sábado, 27 de dezembro de 2008

“O QUE EU GOSTO MESMO É DE ESTAR ENTRE OS MEUS IRMÃOS”

“O QUE EU GOSTO MESMO É DE ESTAR ENTRE OS MEUS IRMÃOS”
(JOSÉ MILTON)


A frase acima demonstra de fato o que é koinonia. Não há nada mais gostoso que a convivência entre os irmãos da fé.
A convivência entre os irmãos da fé é tão diferente de qualquer outro tipo de ajuntamento, que poucos são os que se ausentam da igreja por muito tempo.
É aqui na igreja que temos a oportunidade de expressar o que de fato somos: filhos de Deus. É claro que muito mais devemos expressar ao que estão no mundo.
Mas não somos do mundo, porque de lá fomos chamados (ekklesia).
Entretanto, o crente não é um alienado; não é alguém que só pensa em igreja; ele estuda, trabalha, faz negócios, paga suas contas, vai ao médico, convive com pessoas não crentes, etc.
Mas, como é gostoso viver entre os irmãos.
Abaixo coloco algumas situações que vivenciamos na igreja.

I – A IGREJA É LUGAR DE ENCORAJAMENTO (PARAKALON).

1. Paulo escreve aos crentes de Roma e diz: Se o teu dom...é encorajar; aja como encorajador (Rm 12.7,8). Quantas vezes ficamos desanimados por causa de alguma situação, na igreja ou fora dela, e um irmão se aproxima de nós com encorajamento.
2. É possível que alguns que estão hoje aqui, já estivessem fora, não fora um irmão encorajador.
3. O irmão encorajador na maioria das vezes está longe dos holofotes. Uma vez ou outra alguém diz: “Se não fosse o irmãos fulano de tal...”. É que o irmão encorajador não toca trombetas; na verdade, ele nem gosta quando falamos que ele nos encorajou.
4. O irmão parakalon encoraja, admoesta, exorta e conforta. Há momentos que o irmão parakalon precisa falar conosco com firmeza, duro, grave, porque a situação assim exige.
5. Quando você estiver triste, saiba que aqui na igreja você encontra o irmão parakalon.

II – A IGREJA É LUGAR DE COMPARTILHAMENTO

1. É gostoso estar entre os irmãos, porque a igreja é lugar de compartilhamento. É aqui que exercemos o que Jesus coloca como bem-aventurança: “Mais bem-aventurada coisa é dar que receber”. Jesus diz isso, porque receber é sinônimo de necessidade.
2. Não é uma vergonha receber. É recebendo que arrumamos a casa, nos aprumamos, conseguimos dar um rumo à nossa vida. O alvo do que recebe é chegar ao que Jesus disse: “Mais bem-aventurada coisa é dar”.
3. Jesus ensinou compartilhar: “Quando você der ao carente, não anuncie com trombetas” (Mt. 6.2) Tradução livre.
4. Paulo exalta a generosidade dos crentes da Macedônia no compartilhamento de seus poucos recursos com os crentes da Judéia (2 Cor. 8.1-6).
5. A respeito da igreja primitiva, Lucas registra no livro de Atos que os irmãos viviam a prática do compartilhamento (4.32-35).
6. É gostoso estar entre os irmãos na igreja, porque aqui eu posso compartilhar com eles, e eles comigo.

III – A IGREJA É LUGAR DE TOMAR DO PÃO E DO CÁLICE

1. Não quero ficar limitado à igreja como templo. A igreja não precisa de templo. O crente é o templo. Mas o templo facilita tudo!
2. A igreja do primeiro século se reunia no templo, nas casas, nas catacumbas, embaixo de árvores; muitos crentes na China, correm para o meio da floresta. Mesmo assim eles entendem, que o gostoso mesmo é estar entre os irmãos no momento de tomar do pão e do cálice.
3. Quando estamos na igreja no momento da Ceia do Senhor, estamos para compartilhar. Mais uma vez é preciso lembrar que compartilhar é ter comunhão.
4. Compartilhamos do mesmo pão e do mesmo cálice (vinho). Não há na igreja menores ou maiores; somos todos iguais. Aliás, somos mesmo iguais: todos somos carentes de Jesus.
5. Na igreja, entre os irmãos, eu examino a mim mesmo. Não estou na igreja para examinar o meu irmão, para ver se ele tem pecados ou não. Aqui, junto com o meu irmão, tão pecador como eu, pois todos pecaram, eu atendo o que Paulo diz: “Examine-se, pois, cada um a si próprio” (1 Cor 11.28).
6. Feito isso (o exame pessoal), continuo atendendo Paulo: eu como do pão e bebo do cálice.
7. Não compartilho como alguém que não sabe do que compartilha; não entrei na igreja porque não tinha para onde ir; eu vim aqui para compartilhar porque é gostoso estar entre os meus irmãos.

CONCLUSÃO

Amados irmãos, que a frase dita pelo irmão José Milton, possa ecoar em nossas mentes e corações durante todo o ano de 2009:
“O QUE EU GOSTO MESMO É DE ESTAR ENTRE OS MEUS IRMÃOS”

Pr. Eli da Rocha Silva
IBJH 31/12/2008

AUTENTICIDADE CRISTÃ

AUTENTICIDADE CRISTÃ

INTRODUÇÃO


Em um mundo onde quase tudo é relativo, o que se pode usar para estabelecer o valor do cristão? Podemos (devemos)a verdade como elemento aquilatador da autenticidade do cristão.
Podemos trabalhar com a idéia que é preciso usar algo que mostra o quanto um cristão é autêntico. A verdade é o parâmetro.

I – O CRISTÃO AUTÊNTICO CONHECE A VERDADE (JOÃO 8.32)

1. Jesus conversa com alguns judeus que conheciam algumas verdades.
2. Por terem crido Nele, eles poderiam conhecer a verdade que liberta (v.31,32).
3. Mas para que isso pudesse acontecer, eles teriam que permanecer na Sua palavra. A mudança e a inconstância seriam prejudiciais àqueles que agora eram seus discípulos.
4. Quando se crê em Cristo, como fizeram esses judeus, é preciso orientar a vida por Jesus e seus ensinos.
5. A verdade que liberta exige muito mais que um conhecimento intelectual, mas um conhecer que implica relacionamento. Muitas vezes conhecemos alguém por ouvir falar; não é isso que Jesus espera do cristão.
6. O cristão autêntico conhece a verdade e os benefícios que advêm desse conhecimento.

II – O CRISTÃO AUTÊNCICO CRÊ NA VERDADE

1. Jesus investiu tempo em pessoas que creram Nele; Jesus os intimou a permanecerem Nele; Jesus estabeleceu a permanência na palavra como a ponte necessária para o conhecimento da verdade que liberta.
2. Muitas são as verdades que são ensinadas e pregadas mundo afora, mas Jesus manda que se creia na verdade que liberta.
3. Jesus é contra a verdade que aprisiona. Tem muita gente correndo atrás de coisas, muitas tidas como verdade, mas que na realidade, serve apenas para torná-la prisioneira daquilo em que acredita.
4. O cristão autêntico não fica atrás de saber novas verdades, mas está apegado à fè na verdade.
5. O que é a verdade? A verdade é o próprio Jesus (João 14.6). A verdade são os ensinos dAquele que é a própria verdade.
6. Jesus definiu assim: a verdade vos libertará; sou eu quem vos liberta; logo, Eu sou a verdade (Tentei criar um silogismo!).

III – O CRISTÃO AUTÊNTICO OBEDECE A VERDADE

1. Tendo conhecido e crido, o que fazer diante da verdade? Sendo Jesus a verdade por nós conhecida, Ele mesmo nos responde: “Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando” (João 15.14).
2. O cristão autêntico não tem dificuldade em obedecer à verdade. Aliás, a verdade é o parâmetro, é o elemento aquilatador do cristão. Quando falamos que determinado crente é de alto quilate, nos o aferimos pela própria verdade. Em síntese, estamos dizendo que ele é um crente que obedece a verdade.
3. O cristão autêntico estremece só em pensar na possibilidade de desobedecer à verdade.
4. A obediência à verdade é um purificador da alma, nas palavras de Pedro (1 Pd 1.22). Aquele porém, que não obedece à verdade continua impuro de alma.
5. O cristão autêntico não tem dúvidas em abraçar à verdade; as dúvidas ficam por conta de cristãos que vivem atrás de novas verdades.

IV – O CRISTÃO AUTÊNTICO AMA A VERDADE

1. Ah, o amor! Como é gostoso falar do amor. O amor é sublime. O amor nos faz andar nas nuvens. Quando amamos viramos poetas; conseguimos ver flores onde só há espinhos.
2. Quando alguém ama é capaz de lutar pelo objeto do seu amor. E o amor à verdade? O amor à verdade tem feito de nós poetas e seus defensores?
3. O que a verdade pode esperar de nós? A verdade espera que eu seja um cristão autêntico o suficiente para amá-la.
4. Por amarmos a verdade, outras verdades não terão chance conosco. É isto que a verdade espera de nós. A verdade não que ser traída.
5. Estão ensinando muitas outras verdades pelo rádio e pela televisão. Vamos esclarecer: estão tentando ensinar mentiras travestidas de verdade.
6. Quando um pregador oferece o que Deus não ofereceu e promete o que Deus não prometeu, está está mostrando aos seus ouvintes que não ama a verdade, e por não amar a verdade, trata-se de um crente que não passa por um teste de autenticidade.


CONCLUSÃO


Deus tem grande interesse no cristão autêntico.
Meça você o seu grau de autenticidade.
Veja se de fato você conhece a verdade – não só de ouvir falar;
Se você crê na verdade – crença objetiva (dando chance para que ela faça mudanças)
Se você ama a verdade – não a trocando (trair) pelas meias-verdades ou pela mentiras inteiras.

Pr. Eli da Rocha Silva
IBJH 28/12/2008


Obs: Sugiro a leitura do livro: A guerra pela verdade - John MacArthur - Editora Fiel

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

AS CRIANÇAS PRECISAM DE UM MODELO

AS CRIANÇAS PRECISAM DE UM MODELO

I – O PRIMEIRO MODELO SÃO OS PAIS

A importância do modelo dos pais na educação dos filhos (1 Coríntios 11.1) “Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo.”
“E VOCÊS DEVEM seguir meu exemplo, como eu sigo o de Cristo” (BÍBLIA VIVA)

Paulo diz aos crentes de Corinto que deviam seguir o seu exemplo, imitando também a Cristo.
As primeiras influências na vida das crianças acontecem a partir daquilo que elas vêem em seus pais.

II – OS PAIS DEVEM PERMITIR QUE OS FILHOS VEJAM NELES A FIDELIDADE DE DEUS.

1. Abraão foi um exemplo quando acatou a ordem de sacrificar o seu filho, mas Deus interveio providenciando o cordeiro.
2. Lembranças da fidelidade de Deus na família cristã. Salmo 78.1-8:

“ 1 - Ó MEU POVO, escute com atenção a minha lei. Abra seus ouvidos para as coisas que eu vou ensinar.
2 - Como ilustração eu contarei fatos da história do nosso povo, história muito antiga,
3 - que nossos pais e avós nos contaram e conhecemos muito bem.
4 - Vou lhes contar essas coisas para vocês poderem passar adiante a história dos milagres maravilhosos que o Senhor realizou e do seu grande poder, contando tudo isso a seus filhos e netos.
5 - Ele deu suas Leis a Israel para mostrar sua vontade ao povo, e ordenou aos antigos israelitas que ensinassem essas Leis a seus filhos.
6 - Assim, cada nova geração saberia a vontade do Senhor e ensinaria a geração seguinte,
7 - para que sempre confiassem em Deus e nunca esquecessem seus grandes milagres, obedecendo fielmente os mandamentos do Senhor.
8 - Assim, eles não seriam como os primeiros israelitas, rebeldes e teimosos, infiéis a Deus por causa de seu coração sem fé!”
(BÍBLIA VIVA)

III – OS PAIS DEVEM MOTIVAR OS SEUS FILHOS A ANDAREM NO CAMINHO DO SENHOR

PROVÉRBIOS 22.6 “Ajude seu filho a formar bons hábitos enquanto ainda é pequeno. Assim, ele nunca abandonará o bom caminho, mesmo depois de adulto” (BV)
PARA ENCERRAR
Como pais cristãos vivemos fases distintas na vida; sacrifício e prazer marca essa relação tão sublime.
Para exemplificar, usaremos um dos textos de João (3ª João 1-4).
“1 - De: João, o Ancião. Para: O querido Gaio, a quem amo verdadeiramente.
2 - Querido amigo, estou orando para que tudo esteja correndo bem aí e que o seu corpo esteja tão sadio como eu sei que a sua alma está.
3 - Alguns dos irmãos que vêm aqui de viagem, deixaram-me muito satisfeito ao contar-me que a sua vida continua limpa e verdadeira, e que você está vivendo conforme as normas do Evangelho.
4 - Eu não podia ter maior alegria do que ouvir coisas assim a respeito dos meus filhos” (BV)

O maior prazer dos pais é que, quando velhos, possam ouvir o que João ouviu a respeito de Gaio.

É o que a M.C.A da Igreja Batista em Jardim Helena deseja à mamãe Susi e ao papai Benê.

Sueli Rocha Dutra Silva
23/12/2008

domingo, 21 de dezembro de 2008

EMANUEL: DEUS CONOSCO

EMANUEL: DEUS CONOSCO,
DEUS AINDA CONOSCO,
DEUS SEMPRE CONOSCO.



ISAÍAS 7.14


INTRODUÇÃO

A idéia de Deus presente com o seu povo é antiga; não traçaremos a linha dessa presença, mas vamos lembrar da presença pós-Egito.
Tendo o povo saído do Egito, a Bíblia diz: “Tendo Faraó deixado ir o povo, Deus não o levou pelo caminho da terra dos filisteus, posto que mais perto, pois disse: Para que, porventura, o povo não se arrependa, vendo a guerra, e torne ao Egito” (Ex 13.17).
E ainda em Êxodo 13.21: “O Senhor ia adiante deles, durante o dia, numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho; durante a noite, numa coluna de fogo, para os alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite”.
Também é marcante a presença de Deus no tabernáculo, diante do povo (Êxodo 40.34-38).
Emanuel, significa ‘Deus está conosco’ (Deus conosco). Podemos notar nos textos acima que Deus estava com o seu povo.

I – EMANUEL É A PROMESSA EM ISAÍAS (7.14)

1. Sobre o que estaria escrevendo Isaías? Fosse por conta de ameaça iminente dos inimigos de Judá, ou fosse uma profecia messiânica, o certo é que nas duas situações Deus estaria com o seu povo.
2. Em um primeiro momento, a invasão siro-efraimita, ‘os crentes experimentam a fiel direção de Deus’ (Ridderbos, Mundo Cristão – Com. Isaías).
3. Num segundo momento, podemos ver ‘ a maneira pela qual o profeta, aqui, sem mencionar um pai, se refere à jovem que se torna mãe, sugere a sabedoria divina pela qual o nascimento de Cristo da virgem Maria, sem o envolvimento de um homem, foi assim prefigurado’ (Ridderbos).
4. Horton escreve em seu comentário de Isaías, que ‘outros (comentaristas) propõem um cumprimento dual (sobre a profecia), um contemporâneo e um que se refere ao nascimento de Jesus’ (As expressões entre parênteses não constam no comentário de Horton, são minhas).

II – EMANUEL É O CUMPRIMENTO DA PROMESSA EM MATEUS (1.22,23).

1. O anjo não tem dificuldades em aplicar o texto profético a Jesus, no intuito de aliviar o coração de José, que havia resolvido deixar Maria secretamente (Mt. 1.19).
2. Em Lucas, o anjo diz aos pastores que Emanuel, já é conosco: “É que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor”. (2.11)
3. Em Mateus o anjo aplica a profecia a Jesus, nome que significa ‘Jeová é salvação’; em Lucas, o Emanuel (Deus conosco), chega para nos salvar. Poderíamos então cantar: “Cantai que Emanuel chegou”.
4. A chegada de Emanuel é razão de nossa alegria. O anjo diz aos pastores: “Não temais; eis que vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo” (Lc 2.10).
5. Em João vemos o Emanuel: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (1.14).
6. No deserto Deus estava presente no tabernáculo (Êxodo 40.34-38); na nova dispensação, chamada da graça, Deus “tabernaculou”, isto é, em Jesus, Ele habitou entre nós.

III – EMANUEL CONTINUA SENDO O DEUS CONOSCO.

1. Sendo Jesus o cumprimento da promessa, sendo Ele mesmo o ‘Deus conosco’, por um momento os discípulos poderiam ter a sensação de estarem sozinhos: Deus ‘não’ conosco. Para que eles não sofressem essa sensação Jesus mesmo disse: “Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros” (João 14.18).
2. Os discípulos não passariam pelo drama de viverem o Deus ‘não’ conosco.
3. Jesus prometeu estar para sempre com os seus discípulos (de todas as épocas) Mateus 28.20.
4. O Deus conosco que ser também Deus convosco. A palavra no hebraico para Deus convosco, talvez tenha a sua melhor expressão quando aparece em Gênesis 48.21 “Depois disse Israel a José: Eis que eu morro; mas Deus será convosco (hayah Elohim), e vos fará tornar para a terra de vossos pais”.


CONCLUSÃO

Que nestes dias de festas, possamos dizer não só Emanuel, mas também Deus convosco (hayah´el).
Que esta noite seja muito mais que uma noite de belas apresentações; de cânticos e confraternização; de trocas de presentes e momentos de se pedir perdão.
Que hoje, Jesus possa ser Emanuel para cada um.
Festas, doces, refrigerantes, guloseimas, roupa nova e tantas outras coisas não terão sentido sem Deus conosco.
Que o Deus conosco nos abençoe.
Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva
IBJH 21/12/2008






terça-feira, 16 de dezembro de 2008

FILIPENSES 3.7-16_A ESCOLHA DE ALGO SUPERIOR

A ESCOLHA DE ALGO SUPERIOR

FILIPENSES 3.7-16


I – PERDA E GANHO (v.7,8).

1. Perder as coisas que julgamos superiores; deixando de lado as coisas que tinham valor, mas que nos afastam dos valores do Reino.
2. Todo conhecimento humano é nada diante da superioridade do conhecimento de Cristo (v.7).
3. O apóstolo devota o seu amor ao seu Senhor. Ele deixa todas as coisas (“perdi todas as coisas”), considerando-as refugo para ganhar a Cristo.
4. Paulo havia sido criado no conhecimento da Lei, e em muito era superior aos da sua própria idade (Gl 1.14); mas considera Cristo superior a tudo (v. 3-6).

II – NADA POR LEI; TUDO POR FÉ (v.9-11).

1. Há um estreitamento entre o salvo e seu Salvador. Paulo diz que quer ser achado Nele. Como salvos, passamos a viver a unidade no corpo de Cristo.
2. Da Lei o apóstolo não esperava nada; não havia justiça própria que ele pudesse se apoiar ou cobrar. A Lei era inoperante para aqueles que se uniam a Cristo.
3. Sendo impossível viver em função de sua própria justiça (Lei), o apóstolo espera tão somente na justiça que é pela fé em Cristo (Rm 10.4).

III – CONFORMANDO-SE COM O SEU MESTRE (v.10)

1. Na união com Cristo pela fé, o crente passa a viver uma conformação com o seu Senhor.
2. É possível que venhamos a vivenciar a comunhão dos seus sofrimentos (de Cristo), compartilhando através das dores e perseguições pelo evangelho.
3. E por fim, como bom servo, conformando-se com ele (Cristo) na morte. Paulo mesmo disse: “Não sou em quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.20). Aqui Paulo fala de morte e ressurreição; quando Cristo morreu, todos nós morremos com Ele; quando ressurgiu, todos nós ressurgimos com Ele.
4. Se Paulo falava de algo que já acontecera, pois ele havia morrido para o mundo e ressurgido em novidade de vida, havia nele a esperança da ressurreição dentre os mortos; etapa final na vida de cada crente (v.11).

IV – NÃO DESISTIR POR NADA; NÃO RETROCEDER UM MILÍMETRO

1. Há um estado para o crente que não é para este tempo: perfeição (v.12).
2. Paulo diz não ter alcançado, mas que prossegue em direção ao alvo. Como alguém que fora conquistado, Paulo, como crente, queria chegar àquilo que o fizera ser conquistado: a perfeição.
3. Mesmo não havendo atingido a perfeição, de alguma forma, por estarmos em Cristo somos perfeitos (v.15) (Ver 1 Cor 2.6) (teleios=perfeito).
4. Nenhum crente deve esquecer-se que enquanto estiver por aqui, deve andar de acordo com o que já alcançou (v.12-16).

Pr. Eli da Rocha Silva
16/12/2008 Res. Dusolina

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

POR QUE A BÍBLIA?


POR QUE A BÍBLIA?


Paulo responde ao escrever a Timóteo (2ª Carta 3.16).
A Bíblia é um conjunto de livros diferenciados. São diferenciados por conta do seu autor (Deus) e não por conta dos escritores (homens comuns como nós).
Não há dúvida de que os escritores tiveram a sua importância, mas em nada eram diferentes de nós.
Mas a Bíblia sim! A Bíblia é de fato diferente de tudo que já lemos. Por mais importante que seja um livro, lido uma vez, já não queremos lê-lo segunda vez. Não acontece assim com a Bíblia, pois os seus ensinos são novos a cada manhã.
A maioria dos crentes já leu a Bíblia mais de uma vez, mas poucas pessoas leram qualquer livro mais que uma vez (não digo que não possa acontecer!).
Mas por que repetimos tantas vezes a leitura da Bíblia?
- Por sua importância
- Por sua finalidade
- Por sua utilidade
- Por puro prazer
- Por desejo de aprender e apreender
Há várias razões para a leitura repetida das Escrituras.
Paulo não tinha dúvidas sobre a inspiração divina da Bíblia, então recomenda a Timóteo a sua leitura por causa da sua utilidade:

I – ÚTIL PARA O ENSINO

1. “Como fonte positiva de doutrina cristã”.
2. O ensino mostra um caminho (o Caminho).

II – ÚTIL PARA A REPREENSÃO

1. “Para refutar o erro e para repreender o pecado”.
2. O combate do erro através do que ensina a Palavra de Deus.
3. A repreensão alerta sobre o risco de se perder no caminho (do Caminho)

III – ÚTIL PARA A CORREÇÃO

1. “Para convencer os mal-orientados dos seus erros e de colocá-los no caminho certo outra vez”
2. No passado nossas mães diziam: ‘Menino, não sai da linha’ (Repreensão); quando saíamos da linha, ela usava o relho (vara) (Correção).
3. A correção auxilia no retorno ao caminho (Caminho)

IV – ÚTIL PARA A EDUCAÇÃO NA JUSTIÇA

1. “Para a educação construtiva na vida cristã”.
2. A educação nos constrói; ela nos forma. Somos construídos (formados) para a justiça. Só a Bíblia é capaz de construir o homem.
3. A educação na justiça nos faz ver as belezas da vida cristã através do caminho. A Bíblia nos faz entender que maravilhoso estarmos no Caminho. Para não esquecer: Jesus é o Caminho (João 14.6).

CONCLUSÃO

Por que a Bíblia?
A fim de que o homem de Deus ( e também a mulher) seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra (v.17).

Pr. Eli da Rocha Silva

Nota: As utilidades (entre aspas) são do livro I,II Timóteo de J.N.D.Kelly (Mundo Cristão/Vida Nova)
IBJH 14/12/2008

JESUS, RAZÃO DE NOSSO VIVER

JESUS, RAZÃO DE NOSSO VIVER

Por que dizemos hoje e sempre que Jesus é a razão de nosso viver?

I – EM RAZÃO DE SEU ATO CRIATIVO

1. Em Jesus fomos criados. João diz que Todas as coisas foram feitas por intermédio dele (João 1.3). Se ele diz todas, logo, estamos também incluídos nesse ato criativo.
2. O apóstolo Paulo pinta em belas cores esse quadro, quando diz: “O qual é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele” (Col 1.15-17).


II – EM RAZÃO DE SEU ATO REDENTIVO

1. Tendo o homem sido criado por Ele, decidiu voluntariamente romper com o seu Criador, através da aceitação dos conselhos do pecado.
2. Mas Deus não desistiu do seu maior bem criado: o homem. Então decidiu, em Sua soberania, romper as barreiras de separação, enviando o seu próprio Filho (João 3.16), para reatar nossas relações com Ele.
3. Jesus explica o seu ato redentivo como uma doação de si mesmo, voluntariamente, soberano e suficiente, ou seja, não há nada que nós ou outros precisemos fazer para que haja salvação; Nele tudo se consumou.

III – EM RAZÃO DE SEU ATO GLORIFICATIVO

1. Mas as coisas não param na redenção; Jesus nos encaminha para a sublimidade de todas as coisas: Nele somos glorificados.
2. Depois de andar por três anos nas empoeiradas ruas de Israel, Jesus diz aos discípulos que ia deixá-los, mas que voltaria para levá-los para si mesmo (João 14.3).
3. Jesus nos levará para si; é o que aguarda todo crente. Paulo, usado pelo Espírito Santo nos fala do ato glorificativo: “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; -Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. -Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. - E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. - Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? - Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. - Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 15.51-57).
4. Paulo ainda fala do total desinteresse dos crentes. Ele diz que nós não estaremos mais ligados nas coisas que hoje valorizamos. E ele afirma isso ao dizer que: Seremos arrebatados, nos ares, para nos encontrarmos com Aquele que nos criou, nos redimiu e nos glorificou, e assim estaremos para sempre com o Senhor (1 Ts 4.17).

CONCLUSÃO

Pelos atos de Jesus (criação, redenção e glorificação), podemos dizer sem sombra de dúvidas: Jesus, Razão de nosso viver.
Amém

Pr. Eli da Rocha Silva

domingo, 7 de dezembro de 2008

ATOS 16.30-33_PASSOS INICIAIS DA VIDA CRISTÃ

PASSOS INICIAIS DA VIDA CRISTÃ

ATOS 16.30-33


1º PASSO - RECONHECER UMA NECESSIDADE (V.30)

1. O carcereiro precisou reconhecer a necessidade de ser salvo.
2. Para reconhecer a necessidade ser salvo é preciso saber que está perdido.

2º PASSO - TOMAR UMA DECISÃO PESSOAL (V.31)

1. A decisão de sair de perdido para salvo requer uma tomada de decisão.
2. A decisão não pode ser feita por procuração.
3. É preciso decidir crer.

3º PASSO - DAR ESPAÇO À PALAVRA (V.32)

1. É preciso deixar que se pregue a palavra de Deus, pois a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra (Rm 10.17).
2. Sem dar espaço a palavra, o perdido continuará perdido, embora o guia de localização esteja tão próximo, à sua disposição.

4º PASSO - TORNAR PÚBLICA A DECISÃO PESSOAL (v.33)

1. Pelo batismo o carcereiro e seus familiares publicaram aos apóstolos e aos demais que tinham crido, e por isso foram salvos.
2. O batismo é a expressão pública da nova vida em Cristo.

5º PASSO - MERGULHAR EM UMA VIDA CRISTÃ SEM LIMITES

1. Dado(s) o(s) primeiro(s) passo(s), o crente novo, que Paulo diz ‘nova criatura é’, entra em uma estrada chamada Vida Cristã Sem Limites.
2. Para entender essa Vida Cristã Sem Limites leia a reflexão: Vida Cristã sem Limites.

Pr. Eli Rocha Silva

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

COLOSSENSES 4.2-6_VIDA CRISTÃ SEM LIMITES

VIDA CRISTÃ SEM LIMITES


COLOSSENSES 4.2-6

Como podemos qualificar uma vida cristã sem limites?

I – SEM LIMITES PARA A PERSEVERANÇA (v. 2)

1. Talvez o que precisamos mais seja o exercício da perseverança. Quando perseveramos não desistimos diante de qualquer dificuldade.
2. A perseverança nos faz caminhar decididos a cada enfrentamento: “A tribulação produz perseverança” (Rm 5.3). Aprendemos quando ficamos calejados, experimentados, não insensíveis.
3. O conselho é perseverar na oração. Nem sempre somos atendidos de primeira. Quem desiste de orar é porque não tinha certeza de precisar ou não; quem precisa persiste.
4. Mas não devemos viver apenas a oração emergencial, mas orarmos em todo tempo; na paz e na guerra, na saúde e na doença; na pobreza e na riqueza.
5. A vigilância por vivermos em dias maus, não nos impede de darmos ações de graças. A oração respondida, com um sim ou com um não, é motivo de darmos graças.

II – SEM LIMITES PARA A INTERCESSÃO (v. 3,4)

1. A intercessão é um exercício de nobreza. Paulo via essa nobreza nos crentes de Colossos, por isso lhes pede a oração intercessória em seu favor.
2. Em Lucas 7 temos um triangulo intercessório: o centurião intercede por seu servo junto a Jesus e os judeus intercedem pelo centurião (v. 3-5).
3. Quando intercedemos por alguém deixamos por um instante de pensarmos em nós mesmos e nas nossas próprias dificuldades.
4. O pedido de Paulo era igualmente nobre: “Pra que Deus nos abra a porta à palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual também estou algemado”.

III – SEM LIMITES PARA A BOA CONDUTA PARA COM OS DE FORA (v.5,6)

1. O crente deve viver sob policiamento de si mesmo por causa dos que não são crentes. A expressão ‘portai-vos’ (ARA) tem o sentido de andar (ARC) em boa conduta.
2. Por estarmos no mundo, precisamos andar sabiamente para que não coloquemos empecilho àqueles que não são crentes.
3. O apelo é que aproveitemos as oportunidades para que de alguma forma façamos conhecido o mistério de Cristo.
4. Os que não pertencem à igreja virão para o evangelho através da palavra que lhes pregarmos.
5. Devemos ter uma palavra equilibrada, mesmo diante daqueles que nos ofendem por professarmos a fé no evangelho.
6. Devemos ter sempre a boa palavra para respondermos a cada um; não só a nossa palavra ‘temperada com sal’, mas a Palavra que temos recebido.


IV – SEM LIMITES NO ACOLHIMENTO

1. A vida em comunidade tem as suas dificuldades. Nem sempre estamos de acordo com o que pensa o outro.
2. A igreja muitas vezes torna a arena onde o plenário é o seu palco. Ali os diversos atores desenvolvem a prática cristã.
3. A igreja é formada por crentes de vários níveis, ou altura (estatura) cristã. Paulo escreve aos crentes de Roma e trata com eles sobre o acolhimento que deviam dar aos que pensavam diferente deles (Rm 14.1-6).
4. As diferenças no meio da igreja não devia ser motivo de desunião. Paulo pregava a unidade na diversidade.
5. O irmão mais experimentado não devia ser causa de tropeço para o mais fraco na fé.
6. Na vida cristã nós não devemos traçar limites para o acolhimento (Rm 15.7).

V – SEM LIMITES NAS COISAS QUE NOS FAZEM CAMINHAR JUNTOS (Rm. 12. 10-16).

1. No amor cordial (“Amai-vos cordialmente”) (v.10). Se temos dificuldades em mostrar cordialidade, o que se fará relação ao amor? Paulo estava cobrando um tipo de amor pleno de afeição (filostorgos). Trata-se do amor que vemos entre pais e filhos, que deve ser praticado entre os crentes (os irmãos da fé).
2. Nosso zelo com as coisas do Senhor deve ser crescente. Nada de preguiça e descuido; devemos servir ao Senhor com mais dedicação que um escravo, já que a expressão que temos em grego é to kyrío douleúontes. O que se espera de nós é que sejamos fervorosos de espírito (v.11).
3. Unidos quando o tempo é de adversidades (v.12). É muito fácil querermos estar juntos em momento de festa. É muito fácil estarmos no dia de sermos fotografados; o difícil é estarmos juntos quando tudo parece estar perdido. É basicamente isso que retrata o versículo doze.
4. O clima de fervor do versículo onze permanece nos corações dos crentes, tornando-os capazes de regozijarem na esperança. Regozijar naquilo que não têm e que não vêem, por isso que é esperança.
5. O exercício da esperança, criava nos crentes em Roma, um espírito paciente diante da tribulação. A alegria na esperança, a paciência na tribulação e fidelidade nas orações.

VI – SEM LIMITES NO COMPARTILHAMENTO (V.13).

1. Compartilhamento é a essência da vida comunitária. Quem não quer compartilhar (Koinoneo), ou ter comunhão, que não se filie à igreja; igreja é lugar de exercitarmos compartilhamento.
2. Compartilhar as necessidades dos santos, é colocarmos em sua mesa o pão que temos na nossa; é disponibilizarmos o remédio, que por graça divina, não necessitamos; é darmos a vara de pescar que ele não tem; é indicarmos para a vaga no trabalho, etc
3. Para o crente do primeiro século não era incomum oferecer pousada aos missionários itinerantes; não era incomum acolher os irmãos que estavam sendo perseguidos; não era incomum acolher o cristão estrangeiro. A hospitalidade é a demonstração de amor ao estrangeiro (filoxenía).

VII – SEM LIMITES PARA ABENÇOAR (V.14).

1. Paulo em outro lugar disse: “Nos tem abençoado com toda sorte de bênção”. Se temos sido abençoados de modo tão pleno, tão diversificado, por que temos tanta dificuldade em sermos abençoadores?
2. Paulo dá um mandamento difícil de digerir, mas em nada diferente do que Jesus ensinou. Está difícil de digerir? Ora que digere.
3. O que se espera do crente é a prática sem limites da bênção. Paulo diz: “Abençoai, e não amaldiçoeis”. Em outras palavras: Invoque as bênçãos de Deus sobre alguém (Murray). E ainda, não amaldiçoeis ninguém.
4. A vida koinônica é de fato maravilhosa. Apenas quando sabemos viver a koinonia podemos brilhar no exercício do versículo quinze: “Alegrai-vos com os que se alegram”. A nossa igreja tem vivido dias de alegria. Alguns chegam a brincar, dizendo que tudo acaba em bolo; como temos sido felizes vivendo a prática da nossa koinonia. Mas a alegria não nos anestesia; há momentos que choramos.
5. Faz parte do conselho de Paulo: “Chorai com os que choram”. Quando choramos as dores de alguém com esse alguém, as nossas lágrimas têm o poder de consolar. Se não sabemos consolar com palavras, consolemos com nossas lágrimas.

VIII – SEM LIMITES PELA CAUSA DO EVANGELHO

1. O apóstolo Paulo não impunha limites à sua responsabilidade de pregar; chegou até dizer que a sua vida só teria importância se completasse o ministério que recebeu do Senhor (Atos 20.24).
2. Jesus disse: “Vocês serão felizes por sofrerem injurias e perseguições por minha causa” Mt. 5.11
3. O autor de Hebreus diz: “Na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue” Hb 12.4
4. Paulo novamente: “Sei estar humilhado, como também ser honrado” Fp 4.12. E ainda: “Não me envergonho do evangelho” (Rm 1.16).

IX- SEM LIMITES PARA PERDOAR

1. É comum nos tornarmos o perdão uma coisa difícil de ser praticada. Pessoas têm dificuldades em pedir perdão; pessoas têm dificuldades em perdoar. Parece que isso é coisa de pessoas.
2. Um conferencista na área de liderança e motivação, mostrou como exemplo de perdão, o cachorro. Ele disse que por mais que briguemos com ele, às vezes damos até umas chineladas, mas poucos instantes depois ele está novamente do nosso lado. Mas parece que não é assim com as pessoas.
3. Preocupado com a questão do perdão, um discípulo (Pedro) de Jesus quer saber, até quantas vezes deve alguém perdoar o seu irmão (Mt. 18.21); o próprio discípulo estabelece um número (sete vezes?). O discípulo foi além dos rabis, que estipulavam até três vezes para se perdoar o ofensor.
4. Jesus lhe responde: “Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (v.22). Fazendo matemática: 70x7=490. Na verdade Jesus estava estabelecendo que não há limites de vezes para se perdoar o ofensor. Se o nosso irmão pecar contra nós 52 vezes ao ano e pedir perdão, passaremos 9,5 exercendo o perdão. Mas será que há alguém que peque contra o seu irmão 1 vez por semana?
5. Se o meu irmão pecar contra mim só uma vez por trimestre, e pedir perdão, eu passarei 122 anos perdoando o irmão. É Jesus de fato sabia mesmo o limite do perdão. E para exagerar: 1 perdão ao ano= 490 anos de perdão

EM TEMPO: Caso haja algum erro matemático, favor perdoar.


CONCLUSÃO

Oportunamente escreveremos um pouco mais sobre vida cristã sem limites.
Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva

terça-feira, 25 de novembro de 2008

1 PEDRO 1.1-25_SANTIDADE E VIDA CRISTÃ

SANTIDADE E VIDA CRISTÃ

1 PEDRO 1.1-25

INTRODUÇÃO

Os destinatários: os eleitos da dispersão (v.1).

I – CARACTERÍSTICAS DOS CRENTES (V.3-16)
1. São regenerados (v.3)
2. São herdeiros de herança incorruptível, imarcescível (que não murcha) (v.4)
3. São guardados por Deus (v.5)
4. São portadores de uma fé apurada, de valor não mensurado (v.7).
5. São chamados para uma vida de santidade (v.15,16)
6. São comprados por preço caro (v.18,19).

II – O QUE CARACTERIZA O INCRÉDULO (V.14)

1. Uma vida em ignorância (desconhecimento proposital de Deus).
2. Não há por parte do ímpio interesse de conhecer Deus.
3. Uma vida dominada pelos desejos impuros.
4. Uma vida dominada por futilidades, tendo como marca, a falta de objetivos para a eternidade; aliás, a eternidade não é a preocupação do incrédulo.

III – SANTIDADE E AMOR FRATERNAL COMO PRÁTICA CRISTÃ

1. A vida de santidade é fruto de termos sidos purificados pela obediência à verdade (v.22). Cristo é a verdade que liberta (João 8.32).
2. A vida de santidade é exercitada no contexto da comunidade fraternal, entre os irmãos, pela prática sincera do amor. (“amor fraternal não fingido”, isto é, sem hipocrisia).
3. O apelo de Pedro é que se ame de coração, fervorosamente. Que tipo de amor é esse que se requer na comunidade dos crentes? Temos visto entre nós esse tipo de amor que faz arder o coração?
4. Pedro espera tudo isso do cristão por conta da sua origem. A origem do crente é de semente boa, melhor dizendo, excelente.
5. O crente nasce pela palavra de Deus que permanece para sempre (v. 23,25). A nova vida que recebemos contrasta com a vida da carne, que é passageira e corruptível (erva).


CONCLUSÃO

Os crentes de todas as épocas são convidados a participarem dessa vida excelente.
Nós os crentes conservaremos sempre a diferença com o incrédulo.
Os crentes crêem na eternidade; o incrédulo vive apenas para o presente.
Para o crente, Cristo é o cordeiro sem defeito e sem mácula que garantiu o nosso resgate; para o incrédulo, Jesus é apenas uma figura importante na história.
Como crentes, vivamos o amor sincero e desinteressado que nos ensinou Jesus.
Amém

Pr. Eli da Rocha Silva
Res. Dusolina 25/11/2008

domingo, 16 de novembro de 2008

MATEUS 16.13-16_COMO AS PESSOAS VÊEM JESUS

COMO AS PESSOAS VÊEM JESUS

MATEUS 16.13-16

Talvez eu poderia, para uma melhor compreensão do que vamos refletir, usar a seguinte expressão: ‘o que as pessoas pensam de Jesus’, uma vez que Ele mesmo teve essa preocupação.
Tentarei refletir em dois tópicos sobre ‘como as pessoas vêem Jesus’, e em um, ‘como as pessoas não vêem Jesus’.
Por se tratar de uma reflexão pessoal, cada um pode pensar o que quiser sobre o tema, coisa que nem Jesus acha esquisito que se faça.

I – AS PESSOAS VÊEM APENAS UM MENINO NA MANJEDOURA

1. Como nos aproximamos do Natal, a igreja, o comércio, as músicas e outras situações, nos levam a pensar no menino da manjedoura (ou na manjedoura).
2. O menino na manjedoura é louro, cabelos encaracolados (ondulados) e de olhos azuis; assim é que vemos o menino, que o anjo disse que se chamaria Jesus (Mt. 1.21).
3. Não nos ensinaram ver um Jesus pardo, pretinho, amarelo ou vermelho. O Jesus que nos ensinaram ver é aquele branquinho, com as pernas rechonchudas, dando os braços para Maria.
4. Para muitos, Jesus continua sendo o mesmo menino da manjedoura. E nestes dias isso ficará mais acentuado nas mentes de cada um.
5. O menino que nasce na estrebaria, que é colocado na manjedoura delicadamente arrumada por sua mãe, recebe presentes digno de um rei: ouro, incenso e mirra (Ver 1 Rs 10.2).
6. Se o bebê pudesse, perguntaria naqueles dias: O que pensam ou dizem as pessoas a respeito de mim?

II – AS PESSOAS VÊEM APENAS O BOM MOÇO CRESCIDO EM NAZARÉ

1. Em poucos meses mudamos a forma de ver Jesus; rapidamente esquecemos o menino da manjedoura e passamos a pensar no bom moço de Nazaré.
2. Sempre imaginamos Jesus como as figuras das revistas: louro, boa pinta, barriga de tanquinho, ou seja, enxergamos um Jesus Top Model. Esse é o Jesus que a sociedade nos empurra goela abaixo. Dessa forma que as pessoas vêem Jesus. Esse é o Jesus que nos vendem, e muitas vezes compramos
3. Nos últimos dias descobriram um novo Jesus. Livros e mais livros são vendidos para explorar a sua figura e aquilo que Ele representa para o mercado livreiro. Temos nas bancas livros que tratam do Jesus Manager (Especialização: Administração); Jesus Coach (Especialização: Dirigir Equipes, o Técnico); Jesus Psycologist (Especialização: Psicólogo) e tantos outros que já devem estar por aí.
4. Mesmo com tantas especializações, Jesus continua querendo saber: “Quem diz o povo ser o Filho do Homem?” (Mt. 16.13). Eles começaram a responder: Para alguns, João, o batizador; para outros: Elias, o profeta catastrófico; e ainda para outros, Jeremias, o profeta chorão.
5. Mas Jesus queria saber dos seus discípulos, o que eles pensavam, ou quem diziam ser Ele. Pedro, como sempre responde: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (v.16).
6. Para alguns, Jesus não passava de um bom carpinteiro. Ainda não escreveram nenhum livro do tipo: Seja um carpinteiro como Jesus.

III – COMO AS PESSOAS NÃO VÊEM JESUS.

1. Se em poucos meses passamos do menino da manjedoura para o belo jovem de Nazaré, paramos de pensar Jesus. A nossa mente não consegue nos fazer ver Jesus de modo diferente. Ou Ele está na manjedoura ou está caminhando com os seus discípulos.
2. Mas a Bíblia nos ensina de um Jesus que quase não nos fazem ver. Estevão nos seus últimos momentos viu o Jesus que muitos não conseguem enxergar: “Estevão, cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à sua direita”. Para esse Jesus Estevão pode dizer: “Recebe o meu espírito” (Atos 7.59).
3. O apóstolo Paulo nos ensina, na inspiração do Espírito Santo, que precisamos enxergar o Jesus que se assenta para julgar. Paulo diz assim: “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo pra que cada um receba segundo o bem ou mal que tiver feito por meio do corpo” (2 Cor 5.10).
4. João recebe a revelação a respeito do Noivo que vem para receber a sua noiva devidamente preparada (AP 19.7,8). Interessante que o texto diz que a noiva a si mesmo se ataviou. A noiva teve a preocupação de estar preparada para apresentar-se ao seu Noivo; a noiva é a Igreja de Cristo.
5. A igreja tem a responsabilidade de fazer a sociedade ver o Jesus que virá. Todos já estamos acostumados com o Jesus que já veio.
6. Nestes últimos dias do ano estamos ansiosamente aguardando o Jesus que está para nascer. O mundo está grávido com Maria. Mas Jesus continuará nascendo em uma manjedoura, continuará não achando lugar para repousar. Jesus, o moço de Nazaré continuará sem ter onde reclinar a cabeça.
7. Mas, o menino que nasceu na manjedoura, cresceu em Nazaré e foi crucificado em Jerusalém, virá como Rei para julgar as nações; todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra se dobrarão diante de Jesus (Fp 2.10).

CONCLUSÃO

Qual o Jesus que você consegue enxergar? Ele continua sendo apenas uma pessoa que marcou a história?
Ele é apenas uma pessoa que disse coisas bonitas para serem escritas, e uma fonte de riqueza para os que escrevem?
Que possamos fazer os outros verem Jesus como Único e suficiente Salvador.
Amém.
Pr. Eli da Rocha Silva
IBJH 16/11/2008

sábado, 15 de novembro de 2008

EFÉSIOS 6.10-18_SÓ OS QUE SE VESTEM ADEQUADAMENTE PODEM ENTRAR NA GUERRA

SÓ OS QUE SE VESTEM ADEQUADAMENTE PODEM ENTRAR NA GUERRA

EFÉSIOS 6.10-20

Necessidades dos que querem entrar na luta:
1 – Ter consciência que a batalha é diária;
2 – Conhecer as armas de guerra do inimigo (defesa e ataque);
3 – Vestir-se adequadamente.

I – COMO NOS APRESENTAMOS

1. O soldado não pode apresenta-se mal vestido; não é apenas questão de aparência, mas de segurança.
2. Se entrarmos na guerra sem as vestes espirituais, pois a batalha também é espiritual, já entramos derrotados; melhor não se arriscar.
3. Se a primeira impressão é a que fica, como temos sido vistos pelo nosso adversário?
4. Paulo nos aconselha a nos vestirmos de modo que possamos combater.
5. As vestes corretas nos garantem segurança quando na defesa, e vitória quando no ataque.
6. Quando vestimos as roupas feitas na medida para o bom soldado de Cristo, terminada a batalha, ainda permanecemos de pé (v.11).

II – COMO NOS PREPARAMOS

1. No preparo para a batalha não podemos descartar nenhum componente da armadura de guerra (v.13).
2. O cinto. Não é possível lutar com as vestes esvoaçando. Não dá para lutar sem termos a posse (e apossados) da verdade. Na luta travada é preciso saber em que, e em quem se crê (v.14).
3. A couraça da justiça. A proteção do coração nos preserva de uma vida vacilante; afasta-nos do perigo de não estarmos firmes do que seja certo ou errado (v.14)
4. Os calçados. Pés bem calçados possibilitam firmeza de postura no combate. Firmeza no evangelho nos qualifica como mensageiros do evangelho da paz. Como mensageiros de boas-novas falaremos do que já recebemos.
5. Escudo da fé. Arma de defesa eficiente; capaz de aniquilar as setas do inimigo enviadas contra nós. Por ser arma de defesa (mas também de ataque), quando bem manuseada, o tamanho do inimigo não passa de mero detalhe (v.16) (Lembremo-nos de Davi e Golias).
6. Capacete da Salvação (v.17). O capacete protege a nossa mente dos ensinos absurdos e das doutrinas de demônios destes últimos dias.
7. A espada do Espírito (v.17). A palavra de Deus, por ser viva e eficaz (Hb 4.12), nos habilita para o confronto contra as hostes da malignidade, que combatemos dia-a-dia.

III – COMO DEVEMOS LUTAR

1. A nossa luta principia e continua com o ingrediente imprescindível para os que querem vencer:
• com toda oração e súplica;
• orando todo o tempo no Espírito;
• vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos (v.18).
2. O soldado que deixar de lado a oração, será apenas um Davi em armadura de Saul.
3. O soldado que se apega à oração eficiente estará de fato com a armadura de Deus.

CONCLUSÃO
Cada soldado deve preparar-se adequadamente para lutar.
O campo de batalha está minado; o inimigo cria fortalezas da maldade.
Só sairemos vencedores dessa luta se formos fortalecidos no Senhor e na força do seu poder (v.10).
Na nossa força, cairemos no primeiro quarto do primeiro round.
Mas, devemos ter certeza que em Deus faremos proezas.
Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva
IBJH 16/11/2008

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

AS QUATRO ESTAÇÕES DO MINISTÉRIO PASTORAL

AS QUATRO ESTAÇÕES DO MINISTÉRIO PASTORAL

Não que eu queira ser pessimista...mas alguns pastores já viveram a situação abaixo:

VERÃO
A chegada do novo pastor aquece os corações dos irmãos. Novos projetos são entabulados, e a igreja é só fervor.

PRIMAVERA
Tudo termina em festa e flores. Pastor e igreja vivem em perfeita harmonia. Tudo cheira bem.

OUTONO
As belas flores deram lugar às folhas secas. Começa aparecer o que está por trás das folhas. Há apenas um caule seco aguardando que o tempo o renove.Nem sempre a igreja (e o pastor) estão com paciência de esperar.

INVERNO
A relação entre líder e liderados está fria. A igreja começa a colocar o pastor na geladeira. O seu salário está muito alto, é melhor dar uma congelada. Certo dia, na maior frieza, dizem que já passou da hora do pastor sair.


Ainda bem que as 'Quatro Estações do Ministério Pastoral' só acontecem no nosso imaginário.

Pr. Eli da Rocha Silva

sábado, 8 de novembro de 2008

O DESENCANTO DE JÓ E A RESPOSTA DE JESUS

O DESENCANTO DE JÓ E A RESPOSTA DE JESUS

JÓ 14.1-22; JOÃO 11.25,26

INTRODUÇÃO

O Pr. Charles R. Swindoll escreveu um livro maravilhoso a respeito de Jó (Mundo Cristão).
No livro, Swindoll traça um perfil de Jó e de seus amigos. Jó à vezes aparece confuso, deprimido e choramingão.
Jó na verdade, falava do que sabia, via e sentia; ele falou das suas próprias marcas, das suas próprias incertezas.
Quem já não teve o seu dia Jó? E alguns até mesmo com as feridas.


I – O DESENCANTO DE JÓ NOS FAZ REFLETIR

1. Refletir que a nossa vida não passa de breve tempo (v.1). São muitos os textos bíblicos que falam da brevidade da vida (Leia as referências em sua Bíblia).
2. Ele compara o breve tempo às coisas de curta duração: a flor e a sombra. O comentarista Matthew Henry diz: “Todos nós descendentes de Adão temos vida curta. Toda sua exibição de beleza, felicidade e esplendor cai diante do golpe da enfermidade ou da morte, como a flor diante do machado; ou se desvanece como a sombra” (Conciso Comentário da Bíblia pg. 376).
3. Além de viver breve tempo ele é cheio de inquietação, diz Jó. Para Moisés, há um tempo da vida que não passa de cansaço e enfado (Sl 90.10). Muitas são as nossas inquietações: a saúde, o vestuário, a profissão, a casa, a aposentadoria, os remédios, e por último, a sepultura aonde vão nos depositar. Não ficamos nenhum minuto sem pensar como vai ser o amanhã. Que bom se aprendêssemos com Jesus (Mt 6.19-34).
4. Jó trata de um assunto que, em teologia, chamamos de determinismo. Na teologia de Jó, que não difere neste aspecto da nossa, os nossos dias estão determinados por Deus (v.5). Por mais robusto que alguém seja, por mais saudável que alguém se apresente, não passará um segundo do encontro marcado com o Deus.
5. Jó parece estar preocupado com os olhos de Deus. Primeiro ele diz: “Sobre tal homem abres os teus olhos” (v.3). Nenhum mortal passará despercebido por Deus; os dedos de Deus, que guiam os seus olhos na lista, não passarão por cima de nenhum nome de homem mortal. Em um segundo momento ele parece pedir um tempo: “Desvia dele os teus olhos” (v.6). Big Brother ou Big God, na verdade Jó quer mesmo que Deus dê um tempo, pois nenhum mortal suporta a presença do Senhor.
6. O desencanto de Jó nos faz refletir que de fato a nossa vida acaba como um conto rápido, quando começamos gostar, acabou.

II – JÓ E A SUA ARTE DE COMPARAR

1. O homem Jó, compara a si mesmo com uma árvore cortada. Há esperança para a árvore (v.7-9); para homem apenas uma expectação do nada (v.10-22).
2. O tronco (toco) da árvore que fica ainda na terra se renovará e os seus rebentos não cessarão (v.7). É o que vemos nas ruas da cidade: novos brotos em árvores cortadas.
3. Sendo o livro de Jó classificado como poético, é hora de fazer poesia; foi o que Jó fez: “Se envelhecer na terra a sua raiz, e no chão morrer o seu tronco, ao cheiro das águas brotará, e dará ramos como a planta nova” (v.8,9). O que pensou Jó ao dizer à fragrância das águas? O que ele pensou eu não sei. Mas fiz o seguinte: levantei-me, fui até o fundo do quintal, onde tenho algumas árvores frutíferas, e tentei sentir o cheiro das águas, pois havia chovido muito no dia anterior. O que senti foi o cheiro gostoso da terra molhada, regando e umidecendo as raízes das minhas plantas. Que delícia!
4. Para Jó, o homem parece ter menos valor (v.10-22). Pena que ele não leu o que disse Jesus: “Porventura não valeis vós muito mais do que as aves?” (MT 6.26). Não valemos muito mais que as árvores?
5. Que desencanto, que depressão, que desassossego de alma. Jó estava mesmo na pior. Nos dias de hoje alguém o mandaria tomar um antidepressivo.
6. Como a gota d’água que faz chegar ao limite, ele diz: “Morrendo o homem, porventura tornará a viver?” (v.14). Quem vai nos dar a resposta é o próprio Jesus. Que aliás, poderá conversar, se não é que já conversou, sobre o tema com o nosso amigo Jó.

III – HÁ ESPERANÇA PARA O HOMEM

1. Cerca de 1500 anos depois, Jesus vai tratar do tema que inquietava Jó (Jó 14.14): “Morrendo o homem porventura tornará a viver?”.
2. Mandaram mensageiros com a triste notícia para Jesus: “Lázaro está enfermo” (João 11.3). Jesus diz a todos que estavam por ali, que aquela enfermidade não seria para morte, mas para glória de Deus e glorificação do Filho (v.4).
3. Jesus demorou dois dias no lugar onde estava (v.6), e chegou à casa de Lázaro, sendo este já sepultado há quatro dias (v.17).
4. Sepultado? Mas Jesus não disse que a enfermidade não era para morte? Teriam enterrado Lázaro vivo? Teria Jesus errado? Nada disso! Nem enterraram Lázaro vivo e nem Jesus errou. Na verdade o pensamento de Jesus estava além do túmulo de Lázaro.
5. Diante das irmãs chorosas, Jesus diz a Marta: “Teu irmão há de ressuscitar” (v.23). Crente na teologia da ressurreição ela diz já saber que seu irmão ressuscitaria, mas “na ressurreição, no último dia” (v.24).
6. Jesus aproveita o ‘gancho’ para nos ensinar o que precisamos saber; disse Ele: “Eu sou a ressurreição e a vida” (v.25). Ela estava, em outras palavras dizendo, Eu sou a ressurreição para Jó, para Davi, para Lázaro. Para os do passado, por crerem que Jesus viria, para os do presente, por crerem que Jesus veio para dar a vida que é eterna; a vida que é maior que os poderes do túmulo.
7. Mas a resposta que Jesus quis arrancar de Marta foi se ela era capaz de crer ou não (v.26). Ela diz a Jesus o que todos nós devemos dizer: “Sim, Senhor, respondeu ela, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo. “João 11:27”.
8. Jesus podia ter parado por ali mesmo; já havia dado o seu recado. Mas Ele vai até o túmulo e diz: “Lázaro, vem para fora” (v.43); e em seguida: “Desatai-o, e deixai-o ir” (v.44). Jesus é a esperança para o ferido, que mesmo como árvore plantada, marcada pela dor, ressurgirá para glória de Deus Pai.

CONCLUSÃO

Se como Jó, em alguns momentos temos deixado a dor e a tristeza marcar o nosso coração, saibamos que em Jesus há esperança.
Jesus é a esperança para mim, para você e para todas as pessoas.
Jesus é a esperança da vida que é eterna; a vida que transcende os limites da sepultura.
Ele nos diz: “Todo o que vive e crê em mim não morrerá eternamente” (v.26)
Crês tu isto?
Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva
IBJH 9/11/2008

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

FIZEMOS ‘MINHA ESPERANÇA BRASIL’ DIFERENTE

FIZEMOS ‘MINHA ESPERANÇA BRASIL’ DIFERENTE


As orientações eram que devíamos abrir a nossa casa para os amigos.
Fizemos um pouco diferente: pedimos que um grupo de amigos abrisse a casa para nós. O que facilitou a nossa parte foi o fato do grupo de amigos fazer parte de uma mesma família.
Explico por que pedimos isso...
Na família havia uma pessoa com câncer em estágio terminal. Esses nossos amigos têm orientação espiritual católica e espírita, mas mesmo assim, decidiram que podíamos estar lá, inclusive a enferma.
Mas, no dia 6 (quinta-feira) por volta das 08:00h , fomos avisados que a enferma estava sendo levada às pressas para o hospital, e provavelmente não voltaria de lá com vida. Eu e minha esposa chegamos rapidamente na casa dos nossos amigos a tempo de vermos o Samu levá-la. No hospital os médicos não esconderam a gravidade do caso (a nossa amiga tinha câncer nos ossos há mais de 20 anos).
Eu e minha família ficamos tristes, não só pela situação da nossa amiga, mas também porque queríamos fazer o encontro de Minha Esperança Brasil conforme já combinado. Minha esposa consolou um membro da família, dizendo que se Deus quisesse ela voltaria do hospital; perguntou se a pessoa cria nisso, o que ela respondeu afirmativamente.
Amados irmãos, para glória do nosso Deus, a nossa amiga voltou, calma, serena, tranqüila, hospedeira e pronta para nos receber para assistirmos Minha Esperança Brasil.
No horário marcado chegamos, eu e minha família (esposa e três filhas, a quarta filha estava na faculdade) para juntos assistirmos o programa. Todos nos reunimos no quarto da enferma, que mesmo usando um compressor com mangueira para manter a sua respiração, acompanhou tudo. No mesmo quarto também estavam os familiares.
No fim do programa pude falar mais alguma coisa, lendo dois versículos bíblicos (João 3.16 e Romanos 5.8), e entreguei o cartão de decisão para todos, explicando o que deveria ser feito (a nossa amiga enferma também recebeu o seu). Oramos por todos, pedindo a superabundante graça do nosso Deus; e que Ele aliviasse as dores da nossa amiga. No final disse a ela que Deus a ama, e que no dia seguinte estaríamos de volta.
Meus amados irmãos, hoje cedo recebemos a notícia que a nossa amiga faleceu por volta da 01:00h do dia 7. O seu esposo disse que ela morreu sem dores, como um passarinho.
Damos graças a Deus que nos permitiu que fizéssemos parte dos últimos momentos da vida da nossa amiga.
Eu e minha esposa Sueli temos sido uma “espécie” de pastores dessa família, e hoje, às 16:00 h, estaremos pela última vez com a nossa amiga.
Oremos pela família enlutada.
Falemos que Jesus é a esperança para cada pessoa, para o Brasil e para o mundo.
Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva
IBJH 07/11/2008

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

MINHA ESPERANÇA PARA O BRASIL

MINHA ESPERANÇA PARA O BRASIL



Esperança é tudo aquilo que aguardamos na certeza da fé (Hb 11.1)
A fé é o combustível que nos encaminha até as coisas que estão à nossa frente.
A fé nos faz viver em expectação (esperança).
Embora a palavra esperar em português possa sugerir ficar parado, aguardando, não é bem isso que nos ensina o conceito bíblico. Quando alguém está na fila de espera para ser transplantando, na verdade, a fila está em movimento, e o que espera, virtualmente, também está.
O capítulo onze de Hebreus nos indica que todos os que esperavam por algo melhor, se movimentaram para que o ‘algo melhor’ acontecesse.
O jovem que espera um futuro melhor, faz uma profissão (ele vive em movimento).
Nós brasileiros esperamos dias melhores; para que isso aconteça precisamos nos movimentar, fazer a nossa parte.
Se perguntarmos para qualquer jogador de futebol o que ele espera para o seu time, ele dirá que espera que seja campeão. Sendo assim, crendo assim, esse atleta não medirá esforços para que isso se concretize.
Como crentes, o que esperamos para o Brasil?

O irmão Almir dos Santos Gonçalves Júnior levanta algumas questões (Atualidades 2005 págs 75 a 140 - Juerp).

Quais são as nossas expectativas, ou como ele mesmo escreve:
(Os comentários abaixo de cada indicação dos estudos são meus)

Estudo 7 – A esperança cristã diante da violência urbana (Leiam os estudos).
O que eu tenho feito para diminuir (às vezes contribuímos para que aumente) os altos índices de violência em meu país?

Estudo 8 – A esperança cristã diante da permissividade social.
A sociedade brasileira está entrando (ou já está há muito tempo) em uma onda muito forte nos últimos dias que o crime é discriminar. E alguns têm se aproveitado disso.
Recentemente, conversando com um pastor, ele dizia como resolveu levantar fundos para missões. Ele com outros irmãos criaram uma árvore seca, onde as folhas secas eram os nomes dos membros da igreja. Cada membro trocaria a folha seca por uma verde quando contribuísse. Quem não contribuísse continuaria com o seu nome na folha seca. Eu apenas disse para que ele tomasse cuidado, pois algum irmão podia se ofender, e por fim, ofender judicialmente a igreja.

Estudo 9 – A esperança cristã diante do esfacelamento da família.
Muitas vezes nos esquecemos que, por melhores que sejam os nossos amigos, no final, quem vai nos acolher será a nossa família (Filho Pródigo).
Por menos perfeita que seja a nossa família, pois somos pecadores, o projeto de Deus continua de pé: “Deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher” (Gn 2.24). Quando as pessoas saem fora desta regra, na verdade, estão saindo do projeto de Deus para a família.

Estudo 10 – A esperança cristã diante do terrorismo.
Em muitos países, as minorias tentam chamar a atenção da sociedade, em relação àquilo que defendem, através do terrorismo. Os atos de terror muitas vezes ceifam a vida de pessoas que não têm nada a ver com as suas reivindicações. Quantas pessoas inocentes morreram no dia 11 de setembro de 2001? Quantas têm morrido a cada ato terrorista? Sabemos que tudo é resultado do distanciamento do coração do homem do coração de Deus.

Estudo 11 – A esperança cristã diante do misticismo e do demonismo.
Nós estamos vivendo dias de confusão evangélica. Passando por um canal de televisão ontem (04/11/08) um ‘pastor’ dizia: “espírito de enfermidade, está amarrado”. Ironizando, eu disse à minha esposa, ‘agora que a enfermidade não sai mesmo’.
E as chamadas ‘Batalhas Espirituais’ em que muitos crentes estão envolvidos? Alguns crentes têm se transformado em caçadores de demônios. Acreditamos sim, que a igreja pode aliviar as dores dos oprimidos; Jesus mesmo disse: “Vinde a mim os cansados e oprimidos”. (Mt 11.28). Devemos tomar cuidado com o exagero e a perda da finalidade da igreja.

Estudo 12 – A esperança cristã diante da queda da igreja.
A igreja vive sob a promessa de que as portas do inferno não prevalecerão sobre ela (Mt 16.18), mas algumas vezes, aqui e acolá, temos ouvido coisas que entristecem o seu Fundador.
Os organizadores de Minha Esperança Brasil tiveram mais dificuldades para conseguir o horário para a programação dos dias 6,7 e 8 de novembro de 2008, com os chamados grupos evangélicos televisivos do que com outras crenças. Que sinal é esse meus irmãos? Realmente é o fim dos tempos.

CONCLUSÃO

Que possamos ter a fé que é a certeza das coisas que se esperam.
A minha esperança para o Brasil, é que ele saiba que, Só Jesus Cristo Salva.

Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva
05/11/2008

sábado, 1 de novembro de 2008

VIVENDO CORDIALMENTE COM OS INIMIGOS

VIVENDO CORDIALMENTE COM OS INIMIGOS


MATEUS 5.38-48



1. Os ensinos de Jesus são desconcertantes; imagine dar a face esquerda àquele que nos bateu na direita!
2. E o vexame de ficar nu por ter perdido a roupa para o inimigo. Andar com alguém que deseja o nosso mal, duas milhas ao invés de uma? Talvez diante de tudo isso, a única resposta nossa seja ‘nem pensar’.
3. Se a sociedade nos ensinar que devemos pagar com a mesma moeda, Jesus ensina que não deve ser assim (“Ouvistes que foi dito...Eu, porém, vos digo”) (v.38,39). Só entende o ensino de Jesus quem tomou a sua cruz e o seguiu.
4. Mas o primeiro ensino do Senhor é: “Não resistais o perverso”. Qual é o limite do perverso? É só lembrarmos dos últimos crimes bárbaros praticados na cidade de São Paulo, que vamos entender o conselho de Jesus.
5. Chegamos à conclusão, que não há limite para o perverso.
6. Mas Jesus ensina que o que sofre o dano deve ser voluntarioso. Talvez alguém diga: “Jesus pirou!” Mas Jesus não ‘pirou’ não; Ele estava ensinando os valores do Reino.
7. São.


II – O ROSTO, A ROUPA E A COMPANHIA

1. São três as situações tratadas por Jesus. As três primeiras atitudes das três situações são motivadas pela perversidade das pessoas; as três segundas atitudes são reações voluntárias daqueles que sofreram diante do perverso.
2. Aquele que tiver a face ferida pelo ofensor, voluntariamente, devia voltar-lhe a outra face (v.39);
3. Se alguém, através de demandas da lei, pleitear a túnica, voluntariamente, deixa-lhe também a capa. Jesus estava ensinando que o litígio deve ser evitado (v.40).
4. Se a companhia dor perverso não é nada agradável, ele quer a sua companhia por uma milha, voluntariamente, vai com ele duas (v.41).
5. Jesus teve a missão de ensinar os valores do Reino que chegara ; os valores que até então as pessoas estavam acostumadas não combinavam com aqueles que acabavam de chegar.

III – AMOR, ORAÇÃO E SAUDAÇÃO

1. Para Jesus, o crente deverá sempre, demonstrar ações que possam recuperar o homem perverso. São elas:
2. “Amai os vossos inimigos”. Que tipo de amor devemos demonstrar pelos nossos inimigos? O mesmo amor que Deus teve por nós; Ele nos amou a ponto de nos salvar. Sendo salvos, não devemos impor dificuldades em cooperar com Deus para a salvação daqueles que não nos querem bem.
3. “Orai pelos que vos perseguem”. Qual a oração que devemos fazer pelos que nos perseguem? Jesus nos ensinou: “Pai, perdoa-lhes por que não sabem o que fazem” (Lc 23.34). A vida cristã pode ser marcada por várias tribulações; assim como Paulo, levamos em nós as marcas de Jesus (Gl 6.17). A perseguição não nos exime da oração por aqueles que estão nos perseguindo, principalmente poir conta de defendermos o evangelho de Cristo.
4. “Se saudardes apenas os vossos irmãos, que fazeis de mais?” (v.47). A resposta é: nada. Jesus mesmo diz que os gentios fazem o mesmo. Os judeus tinham as suas saudações, igualmente os gentios. O problema que havia a dificuldade de se saudarem por conta de conceitos e preconceitos.
5. E nós, saudaremos apenas aqueles que comungam da nossa fé e dos nossos costumes (e as questões de moralidade)? As maneiras, as práticas gentílicas eram diferentes da dos judeus, pois estes tinham a Lei como regramento. Então, como saudar alguém que difere tanto de nós em tantas coisas?
6. Aqueles que diferem de nós em tantas coisas, em tantos pormenores, que vez por outra possa se levantar como um inimigo declarado, Jesus ordena: ore por ele.
7. A diferença pode se dar em relação à Bíblia, e consequentemente, no que se espera e crê do futuro, conforme prescrito por ela. Jesus mesmo disse: vinde a mim; e não disse: vocês são obrigados a virem a mim.
8. Para muitos a Bíblia é um livro ultrapassado. Em recente discussão no Superpop (Rede TV!), alguns defendiam a Lei contra a Homofobia e desqualificavam a Bíblia, enquanto uma pastora tentava defendê-la. Quero dizer que, Deus respeita a opinião das pessoas, não significando que serão inimputáveis. Entretanto, as diferenças não devem tornar a pessoas inimigas.


IV – SENTENÇA AOS CORDIAIS (OS CRENTES EM CRISTO)

1. “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (v.48). Depois de discorrer como deve ser o comportamento dos discípulos em relação aos inimigos de um modo geral, Jesus diz como de fato eles devem ser.
2. Jesus estabelece o padrão para o cristão: a perfeição que há em Deus, que mesmo quando ainda éramos pecadores nos estendeu a sua mão (Rm 5.8).
3. Jesus não estava cobrando de nós, que sejamos tal qual Deus é, porque isso é impossível para pecadores que somos, mas para que façamos como Ele fez: “Deus amou o mundo de tal maneira...” (Jo 3.16). Que saibamos amar também.


Pr. Eli Rocha Silva
02/11/2008 IBJH

terça-feira, 28 de outubro de 2008

GASTAMOS MUITO TEMPO COM O QUE NÃO PODEMOS RESOLVER

GASTAMOS MUITO TEMPO COM O QUE NÃO PODEMOS RESOLVER


MATEUS 6.27-34

Como o que Jesus menos tinha era tempo, Ele quis nos ensinar a não gastarmos o nosso nas coisas que não devemos.
A ansiedade é um dos sentimentos que nos atrapalham na boa administração do tempo.
A ansiedade gera preocupações; ficamos ocupados por antecipação.

I- O QUE JESUS NOS FAZ VER

1. Jesus nos faz ver o quanto somos importantes para Deus (v.26). Se Deus cuida das aves dos céus, não cuidaria de nós? Ele as alimenta, e a nós também.
2. Qualquer que seja a minha a minha preocupação, não vou conseguir acrescentar tempo à minha vida (curso da vida – hilikia), ou conseguir passar dos 1,74m que tenho (v.27). Talvez ocorra o contrário: a ansiedade pode me roubar os melhores dias.
3. Se Jesus fala de coisas que são mais importantes quando comparadas, é melhor termos apreço pela vida sem inquietações. Diante de tudo isto, por que se preocupar com o sustento?

II – O QUE JESUS NOS FAZ PENSAR

1. A palavra considerar é equivalente a expressão ‘veja bem’ (observe well). A idéia é a seguinte: ver e refletir sobre o que viu (examinar intimamente, detidamente) (v.28).
2. Os discípulos deveriam olhar a beleza dos lírios e considerar, refletir sobre eles e compará-los a si mesmos.
3. Se eles tinham alguma dificuldade em refletir, Jesus ajudou: “Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?” (v.30). Diante de tudo isto, por que se preocupar com o vestuário? (v.28, 31).


III – O QUE JESUS NOS FAZ SABER

1. Jesus nos faz ver, pensar e saber, que nos preocupamos com muitas coisas que não podemos resolver.
2. Mas também, Jesus nos faz saber o que o Pai sabe a respeito de nós: que necessitamos de todas elas (v.32).
3. Jesus nos faz saber o que o Pai sabe a respeito de nós, para que não achemos que Deus não sabe do que precisamos e que não tem cuidado de nós.
4. Os que querem agradar a Deus em todas as coisas, e em primeiro lugar, têm a promessa de que todas as coisas vos serão acrescentadas (v.33). E o que age diferente, não terá nada acrescentado, ou até o que tem lhe será tirado? (Mt 25. 28,29) Algo a se pensar!
5. Para não nos preocuparmos com as coisas que não podemos resolver (e também com as que podemos), Jesus disse: “Não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal” (v.34).

Pr. Eli Rocha Silva
28/10/2008 Res. Dusolina

sábado, 25 de outubro de 2008

O AVIVAMENTO PELA CONTRIBUIÇÃO

O AVIVAMENTO PELA CONTRIBUIÇÃO

HABACUQUE 3.2


Pertencer à igreja significa que temos responsabilidades com ela. Não só no que se refere a igreja universal mas também à local.
Na universal todos seremos convocados para estarmos para sempre com o Senhor. Mas enquanto a convocação não se dá, temos responsabilidade com a igreja que nos acolheu.
A vida na igreja local é marcada pelo que nos entendemos como necessidades a serem supridas. São muitas as necessidades da “máquina” chamada igreja local.
Nós temos obrigações a cumprir; a igreja tem contas a pagar.
Dominicalmente, os crentes entregam no tesouro da igreja, parte dos bens que administra; especialmente, os dízimos de sua renda.
Quando pedimos a Deus que avive a sua obra, estamos dizendo que estamos dispostos a cumprir com a nossa parte.
Vamos tratar de um assunto que para muitos é de doer: contribuição.

I – O DÍZIMO EM ABRAÃO: DISPOSIÇÃO DE SER GRATO

1. Após a batalha Abraão decide dar o dízimo (Gn 14.14-17). Muitas são as nossas batalhas e muitas são as vitórias. Como temos nos comportado diante de tudo o que Deus tem nos suprido?
2. O dízimo entregue por Abraão foi voluntário; não houve exigência de Lei.
3. Foi entregue em reconhecimento de ser ele apenas um mordomo.
4. Foi um tributo, uma oferta de gratidão.
5. Foi um ato de adoração. O dízimo deve ser uma atitude de adoração na vida do crente.
6. O crente não tem dificuldades em entender a prática do dízimo. Alguém que se apresente contra o dízimo não pode ser considerado um crente.
7. Se vemos em Abraão o modelo de “pai da fé” (Gl 3.6-9), por que na prática do dízimo alguns não querem fazer igual ao pai?
8. Jacó, neto de Abraão, assenta no coração a mesma disposição referente ao dízimo (Gn 28.18-22).

II – O DÍZIMO COMO INDISPENSÁVEL AO SACERDÓCIO E À BENEFICÊNCIA

1. O dízimo foi incorporado à Lei (Lv 27). O dízimo passou a ser obrigatório em função das necessidades do sacerdócio e da beneficência.
2. Fica muito clara a razão do dízimo ao ser incorporado à Lei: sustentar a linhagem sacerdotal. Para que houvesse boa prestação de serviço, o sacerdócio devia viver às expensas do próprio povo (Nm. 18.20-24).
3. O levantamento de um dízimo para beneficência (Dt 14.28,29). Para os necessitados seria dia de festa, como também é para os que contribuem.
4. A fidelidade nos dízimos abasteceria o tesouro de mantimentos. O Senhor não precisava deles, então o uso seria em favor dos serviços do templo e dos necessitados (Ml 3.10).
5. Com a maior “cara lavada” o povo perguntava: “Em que te roubamos?”. A resposta vem do Senhor: “Nos dízimos e nas ofertas” (v.8). Para os “caras de pau”, maldição (Ml 3.9).
6. Para os fiéis, que entendem a necessidade da cooperação: bênção (“derramar sobre vós bênção sem medida”); proteção: “Repreenderei o devorador (pragas, gafanhoto)” (v.11); abundância: “A vossa vide no campo não será estéril” (v.11).

III – O DÍZIMO E O CRENTE DO NOVO TESTAMENTO

1. A religiosidade que afeta apenas o coração sem afetar os bens tem de tudo para ser superficial.
2. O crente deve ter a prática do dízimo; na transição AT e NT, ele não perdeu a sua finalidade: serviço e beneficência. Acima de tudo, é um ato de fé e de adoração.
3. O crente dizimista deve ser interessado nas coisas do Reino; a entrega do dízimo não deve configurar um pedágio ou uma obrigação que nos isenta de envolvimento.
4. O crente dizimista, que concomitante à pratica dele, se envolve com as coisas do Reino, tem grande zelo missionário.
5. A prática do dízimo traz alegria ao contribuinte; toda contribuição deve ser feita com esse sentimento (2 Cor 9.7).
6. Alguns colocam a contribuição financeira como um termômetro espiritual, se for assim mesmo, como está a nossa temperatura contributiva?

CONCLUSÃO

Qualquer movimento que se faça na igreja visando um avivamento, terá que passar, indiscutivelmente, pela nossa mordomia dos bens.
O crente, por mais fidelidade que deixe transparecer, se estiver cometendo o pecado da negligência quanto aos dízimos e ofertas, tudo não passará de superficialidade e enganação.
Que Deus nos leve à pratica da fidelidade em nossa mordomia.
Amém

Pr. Eli da Rocha Silva
IBJH 26/10/2008

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

DEUS E O SEU INTERESSE PELO CAMINHO DOS JUSTOS

DEUS E O SEU INTERESSE PELO CAMINHO DOS JUSTOS

SALMO 1.6 a


Muito mais que saber o caminho do justo, é bom que saibamos, que Deus estabelece com interesse real o que é melhor para os que são seus.
É muito bom sabermos que Deus está interessado em nossos planos. Seria melhor dizer, que Deus é o parceiro número nos planos que temos no coração.


I – COM DEUS, OS NOSSOS PLANOS NÃO SERÃO FRUSTRADOS

1. Infelizmente, temos notado, em nós mesmos, que nem sempre colocamos sobre a mesa os planos para os discutirmos com Deus. É difícil avaliarmos o porquê de fazermos isso.
2. Pode ser insegurança quanto à forma de pensarmos como Deus avaliará o nosso projeto. Mas, se acreditamos que Ele e perfeito arquiteto, o melhor é deixá-lo avaliar se estamos indo bem ou não.
3. Deus não frustra os planos dos justos pois são feitos a partir de um relacionamento estabelecido com Ele mesmo.
4. No NT aprendemos que o relacionamento nosso com Deus é na qualidade de filhos (João 1.12). No relacionamento estabelecido por filiação, o filho espera só coisas boas do pai e, por sua vez, o pai só quer dar boas coisas aos filhos. Portanto, há uma interação das vontades.
5. Falando sobre a questão da vontade, Paulo disse aos crentes de Roma que eles poderiam “experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2). E, para nós, Deus só quer tudo de bom.
6. Quando escreve aos cativos na Babilônia, Deus através de Jeremias declara qual a sua vontade e o seu plano para o seu povo (Jer. 29.4-14). Deus conduziu o povo a entender qual era a sua vontade (v.11-13).

II – POR CAUSA DE DEUS, OS NOSSOS PLANOS DEVEM SER SABIAMENTE ESTABELECIDOS.

1. Quando digo, por causa de Deus, estou me referindo ao compromisso que aliançamos com Ele.
2. Quero lembrar de Abraão, que a partir da aliança com Deus, estabeleceu em seu coração ser diferente, e levar a sua descendência a mostrar a diferença.
3. Isaque já estava em idade de se casar; Abraão estabeleceu em seu coração que seu filho não esposaria das “filhas dos cananeus” (Gn 24.3,4). Quem eram os cananeus:
“Entre as suas muitas divindades, Baal era o seu deus principal, o "Senhor da Terra", que também era o deus do tempo atmosférico. Astarote, mulher de Baal era a personificação do princípio reprodutivo da natureza, Istar era o seu nome babilônico; Astarte, seu nome grego e romano. Os templos de Baal e Astorete eram comumente próximos. Sacerdotisas eram prostitutas dos templos. Sodomitas eram homens da mesma espécie que também agiam nos templos. Existiam outros deuses cananeus e o culto a eles consistia em orgias.
Os cananeus tinham como prática religiosa comum o sacrifício de crianças. Em escavações feitas por Macalister em Gezer, 1904-1909, foram encontradas ruínas de um "Lugar Alto", que tinha sido um templo, no qual ocorria a adoração de Baal e Astarote. Sob os detritos, neste local, foram encontrados uma grande quantidade de jarros contendo despojos de crianças recém-nascidas, que haviam sido sacrificadas a Baal. A área inteira se revelou como sendo cemitério de crianças. Em Meggido, Jericó e Gezer as escavações revelaram que era comum o "sacrifício dos alicerces"; quando se ia construir uma casa, sacrificava-se uma criança, cujo corpo era metido num alicerce, a fim de trazer felicidade para o resto da família”(Fonte: Wikipédia).
4. A preocupação de Abraão era legítima; a preocupação de todo pai moderno (Séc. XXI) é legítima, aceitável e necessária.
5. Mas hoje os pais (em nossa cultura) não escolhem com quem os filhos devem se casar. Mesmo assim, os jovens e as jovens crentes podem estabelecer em seus corações não se contaminar com as “filhas dos cananeus”, aquelas e aqueles não fazem parte do seu povo da fé.
6. Como filhos de Deus, é muito importante deixarmos que Ele nos indique o caminho a seguir.

III – POR CAUSA DE NÓS, DEUS VAI ESCREVENDO A HISTÓRIA

1. Escrevendo a história? Isso mesmo, a história da humanidade ainda está sendo escrita. Como fazemos parte da humanidade, logo, a nossa está em pleno andamento.
2. Por conta do amor que Deus tem por nós, já sabemos de muitas coisas que fazem e farão parte da nossa história.
3. Ele escreveu, por causa de nós, uma história de amor e sangue. A história nasceu no coração de Deus, quando resolveu nos criar; a história foi se desenvolvendo na mente e nos propósitos de Deus, quando resolveu nos salvar; e a história terá o seu clímax, quando Deus, em Cristo, nos glorificar.
4. Por tudo que Deus já fez e ainda fará, temos mais que razões para entregarmos a Ele o nosso caminho.
5. Deus conhece o caminho dos justos; Ele conhece o caminho dos seus filhos.


CONCLUSÃO

Como será bom...
...o dia em que entregarmos o nosso caminho ao Senhor, confiando que o mais Ele fará.
...o dia em que deixarmos as preocupações, que ocupam as nossas mentes e impedem a ação de Deus.
...o dia em que crermos, que de fato, Deus tem para nós pensamentos de paz e felicidade.
Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva
IBJH 24/10/2008

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

OPOSIÇÃO, CRISE ENTRE OS LIDERADOS E A FÉ EM QUEM LIDERA

OPOSIÇÃO, CRISE ENTRE OS LIDERADOS E A FÉ EM QUEM LIDERA

NEEMIAS 4

I – TEM GENTE QUE A DESGRAÇA DO OUTRO É A SUA ALEGRIA

1. O capítulo quatro começa descrevendo o humor de Sambalá que, ouvindo que o muro estava sendo edificado ardeu em ira; não é difícil encontrar pessoas que ficam doentes quando temos sucesso. Dizem que até entre irmãos crentes há esse sentimento de inveja; será que há mesmo?
2. De Sambalá e de qualquer outro ímpio não estranhamos que isso aconteça. Davi em seus salmos nos dá muitas informações a respeito de seus inimigos.
3. Nesses dias de política temos visto a briga entre os candidatos; o sucesso de alguém que está empossado no cargo é a morte para quem aspira ser eleito.
4. Sambalá e Tobias menosprezam os judeus e a obra que estava sendo edificada (v.2,3).

II – QUANDO A ‘COISA ESTÁ FEIA’, É MELHOR ORAR

1. Estando à frente de povo que fazia a obra, Neemias não podia se deixar vencer pela intriga da oposição; assim, ele prefere orar.
2. Neemias expõe diante de Deus as faltas dos inimigos: “Estamos sendo desprezados” (v.4). Pelo tom de Neemias em todo o capítulo, o que temos que considerar é que a oposição era contra o próprio Deus, que conduzira o líder até Judá para a reconstrução; desde as primeiras informações contidas em 1.2, Deus estava à frente da obra.
3. Neemias em sua oração, um tanto pesada, podemos assim dizer, lança sobre Deus o alvo de toda provocação: “Pois te provocaram à ira na presença dos que edificavam” (v.4,5).
4. Cyril J. Barber, em seu livro Neemias e a dinâmica da liderança eficaz, diz: “Se tomássemos tempo para dizer ao Senhor as coisas que nos perturbam, não seríamos tentados a mexericar com os outros a respeito dessas coisas”. E ainda, “A reconstrução do muro é projeto de Deus. O reconhecimento disso tira todo o fardo da responsabilidade dos ombros de Neemias”.
5. Quando entendemos a quem pertence a obra na qual estamos envolvidos, trabalhamos tranqüilos, pois toda oposição terá que se haver com Aquele que nos comissionou. Assim entendia Neemias.


III – LIDERAR COM CONFIANÇA DIANTE DAS DIFICULDADES

1. Havia muita gente que queria atrapalhar a obra de reconstrução do muro. Os opositores subestimaram os edificadores (v.2), por isso ficaram furiosos quando ouviram que a reparação dos muros de Jerusalém ia avante e que já se começavam a fechar-lhe as brechas (v.7).
2. Já que pouco se conseguiu com a zombaria, decidiram atrapalhar, atacando Jerusalém e fazendo confusão (v.8). Mais uma vez queremos dizer: Tem gente que faz de tudo para que o outro não tenha sucesso. A inveja é realmente uma doença!
3. Neemias não se deixou levar pelo medo e pelo desânimo; como um líder de visão e que sabia o que queria, levou o povo a orar. Mas não só isso, ele aliou a oração com a ação: “Oramos...pusemos guarda” (v.9). Nós quando saímos de casa oramos para que Deus guarde o nosso lar, mas a previdência manda que fechemos a porta, e deixemos o pitbull solto no quintal.
4. O comentário Moody diz o seguinte: “Naquelas circunstâncias, oração e vigilância foram uma excelente combinação, ligando fé e responsabilidade” (Volume 2, Neemias, pg. 292).
5. Por um momento os judeus esmoreceram (v.10,12), pois os inimigos estavam dispostos a acabar com a obra e com os edificadores (v.11).
6. Neemias não entra no desânimo e medo do povo e toma atitudes, criando estratégias (v.13, 14, 16-18).
7. O líder Neemias motiva os seus liderados com palavras de ânimo: “Não os temais; lembrai-vos do Senhor, grande e temível, e pelejai...” (v.14). Quantas vezes o medo e o desânimo podem subtrair a nossa vitória; se não tivermos alguém do nosso lado para nos animar, fatalmente seremos vencidos.
8. Por um instante podemos ser tomados pelo medo, mas o favor de Deus através da nossa oração de confiança (v.4, 9), faz com que o quadro, de desalento e pessimismo de alguns, seja transformado em coragem e disposição para o trabalho (v.15).

CONCLUSÃO

Queremos destacar as últimas expressões de Neemias no capítulo quatro: “Grande e extensa é a obra...o nosso Deus pelejará por nós”(v.19,20).
O envolvimento ‘de corpo e alma’ com a obra, fez com que os edificadores deixassem a comodidade de estar em suas casas (v.23).
Que possamos ter essa mesma disposição quando abraçamos as tarefas do Reino.
Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva
IBJH 22/10/2008

sábado, 18 de outubro de 2008

A ‘QUASE’ INCOMPREENSÃO DO SALMISTA

A ‘QUASE’ INCOMPREENSÃO DO SALMISTA

SALMO 8.3-5

Quando penso e falo na incompreensão do salmista Davi, refiro-me à comparação que ele mesmo faz da grandiosidade dos itens criados (v.3).
O homem, tão pequeno se comparado ao universo criado, suscita uma pergunta: “Que é o homem para que dele te lembres?” (v.4).
Qual o relacionamento de Deus com o homem, a ponto deste, ser considerado pouco menor que a divindade? (v.5).
Que relacionamento é esse que faz Deus se movimentar em favor do homem pecador?

I- RELACIONAMENTO POR APRECIAÇÃO

1. Apreciação é o ato ou efeito de apreciar. Estimar valor a alguma coisa. Apreciar é prezar, julgar e considerar.
2. Tendo criado todas as coisas, inclusive o homem, Deus mesmo avaliou o que criara.
3. A respeito da luz, escreve Moisés: “E viu Deus que a luz era boa” (Gn 1.4). Mais quatro vezes Moisés escreve a avaliação de Deus sobre os conjuntos das coisas criadas, usando a seguinte expressão: “E viu Deus que isso era bom” (1.10,12,17,25).
4. Tendo terminada a criação, Moisés diz que a avaliação foi a seguinte: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (v.31).
5. Então o primeiro interesse de Deus em favor do homem foi por apreciação. Deus aprovou tudo que criara. E, o homem tendo sido criado, recebeu o selo de qualidade.
6. Davi sabia que Deus tinha razões sobejas na apreciação do homem, por ter sido este criado um pouco menor que a divindade (Sl 8.5). Deus criou o homem pouco menor que Ele mesmo, dando-lhe a sua imagem e semelhança (Gn 1.27).
7. Não fica difícil apreciarmos um filho que se pareça conosco. Não fica difícil apreciarmos um filho que seja tão inteligente quanto os pais, e às vezes, até mais.

II – RELACIONAMENTO POR VOLIÇÃO.

1. Mesmo o homem tendo errado em relação a Deus, a apreciação do Senhor por ele não se perdeu com o tempo.
2. Deus continuou interessado pelo homem, e agora queremos falar do relacionamento por volição. Na filosofia, explicam que volição é um ato da vontade. E vontade, explicam como sendo a ‘Faculdade de livremente praticar ou deixar de praticar algum ato’. Temos ainda expressões correlatas, tais como: desejo, intenção, resolução, etc .
3. O homem depois de criado por Deus, recebeu Dele, delegação para exercer domínio sobre os demais itens da criação (Sl 8.6-8). Se Deus tinha o poder sobre todas as coisas, ao homem foi dado o domínio sobre algumas coisas.
4. Mesmo tendo se rebelado contra Deus, que o criara, o homem continuou sendo objeto da vontade do Criador em relação a ele.
5. As questões relativas a expressão da vontade de Deus em favor do homem está permeada em toda a Bíblia, e de forma explícita na primeira carta de Paulo a Timóteo, quando diz: “Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (2.3,4).
6. Em teologia é-nos dada a seguinte explicação: ‘Uma expressão do desejo de Deus, não de Seu decreto soberano’ (Nota de rodapé Bíblia Anotada 1 Tm 2.4 pg 1517). Podemos tentar explicar da seguinte forma: Deus, mesmo soberano, não viola a capacidade de escolha do homem impondo-lhe aquilo que Ele deseja.
7. Já que somos seres pensantes, que têm vontade, pois conservamos a semelhança com Deus, nem sempre aquilo que desejamos ou queremos, realizamos. Claro, conservando as diferenças, pois fomos criados ‘pouco menor que Deus’, disse Davi.


III – RELACIONAMENTO POR SENTIMENTO

1. Se Deus quer manter relacionamento conosco por conta de sua apreciação e da sua vontade, Ele coloca tudo no sentimento que nutre por nós.
2. O próprio Davi nos faz compreender, pois ele mesmo compreendeu todas as coisas, e deixa isso claro no salmo, quando expressa o seu próprio sentimento. Para o salmista era flagrante a pequenez do homem em comparação à imensidão do universo (v.3,4).
3. Mas mesmo estupefato, pasmado, ele não deixa de expressar o seu próprio sentimento quando diz: “Ó Senhor, Senhor nosso” (v.1,9). O sentimento é de propriedade e soberania.
4. Deus, como já dissemos, coloca tudo no sentimento que nutre por nós. O próprio Jesus, o Deus encarnado, nos conta como foi isso, da seguinte forma: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que de o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).
5. Deus, o qual deseja que todos os homens sejam salvos, tomou para Si mesmo a responsabilidade da redenção. Ele não ficou passivo, vendo o homem que tanto apreciou, indo de mal a pior, sem a possibilidade de voltar ao Éden (figura de um estado de prazer).
6. Deus colocou em prática o Seu sentimento em relação ao homem, enviando Jesus que nos leva de volta para casa. Nós estávamos perdidos, sem saber o caminho, sem saber qual direção tomar, mas Jesus nos pega pela mão e nos conduz para casa.
7. Não há coisa mais gostosa do chegar em casa: a água da nossa torneira parece mais gostosa, o cheiro do nosso quarto é muito mais convidativo, o nosso colchão é de fato incomparável. Sabendo que tudo é assim, Jesus nos toma pela mão e nos leva para casa.
8. Jesus é a expressão do amor de Deus que se revela em favor de todos os homens.


CONCLUSÃO

Davi estava admirado com a criação. Em sua admiração ele compara a si mesmo com as demais coisas: Mas afinal, que é o homem?
Ele mesmo responde: Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus.
Deus se movimenta através da história para nos levar de volta para casa.
Os sentimentos nutridos por Deus em nosso favor, nos credenciam a esse retorno.
Mas o retorno só será possível, como Jesus mesmo diz: “Para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva
19/10/2008 IBJH

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

FATORES QUE CONTRIBUEM PARA QUE O CASAMENTO RESISTA AO TEMPO

FATORES QUE CONTRIBUEM PARA QUE O CASAMENTO RESISTA AO TEMPO

SALMO 103.8

I – A MISERICÓRDIA DE DEUS

1. A misericórdia de Deus começa ao aproximar duas pessoas que não têm nada a ver uma com a outra; pessoas com quase nada de afinidade.
2. É certo que o casamento não é constituído a partir de afinidades. Nenhuma pessoa se casa com a outra porque se é palmeirense, santista ou corintiano; porque se gosta de vermelho ou azul; ou porque gosta de comer jiló (Aliás, quem procurar alguém para casar porque gosta de comer jiló, correrá o risco de ficar solteiro muito tempo).
3. O casamento é o desafio de unir pessoas nada afins, mas muito a fim de ajuntar-se.
4. Abraão e seus descendentes fizeram casamentos com afinidade consangüínea. Nesse caso, fizeram uniões sabendo no que ia dar? Claro que não! Vejam quantos problemas surgiram em suas famílias.
5. Casamento bom é casamento sob a misericórdia de Deus. Não quero com isso jogar as responsabilidades sobre Deus, mas dizer que somente Ele pode nos conduzir a um casamento satisfatório.
6. Depois de casar Adão e Eva, “viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gn 1.31).

II – A MISERICÓRDIA DE DEUS

1. Aproximadas as pessoas, elas decidem voluntariamente, espontaneamente deixar tudo e se ajuntar. E o conceito bíblico é o de deixar tudo mesmo (Ef 5.31). Tem coisa mais difícil de deixar que o papai e a mamãe?
2. Quando falamos voluntariamente, espontaneamente, estamos falando no sentido lato da palavra, isto é, amplo, irrestrito e claro. As pessoas decidiram, após avaliarem todas as possibilidades, ficarem juntas.
3. Há casos de união consentida que acabam em casamentos involuntários e não espontâneos. Explico: uma união sexual entre duas pessoas, geralmente é consentida. Se uma união dessas, gerar uma criança, as pessoas envolvidas podem casar-se para resolver apenas um problema. Entendo assim, que a união não é nem espontânea e nem voluntária, pois se pudessem (e podem!), os envolvidos não casariam.
4. E o que falar dos casamentos feitos por interesses sociais, imposição familiar, os bens que devem permanecer entre familiares e outros?
5. As pessoas que querem estar sob a misericórdia de Deus, deixam tudo e se unem a partir do que ensina a Palavra de Deus.
6. Como ser misericordioso faz parte do caráter de Deus (e nem sempre do nosso), pode ser que um casamento que comece errado dê certo.
7. Não temos, portanto, que prescindir da misericórdia de Deus em nossos casamentos.

III – A MISERICÓRDIA DE DEUS

1. A misericórdia de Deus em nos fazer capazes de suportar um ao outro em amor.
2. Escrevendo aos crentes de Éfeso, Paulo disse o seguinte: “Suportando-vos uns aos outros em amor” (4.2). Embora o texto se refira à convivência dos crentes na igreja (No máximo, 3 dias na semana, de apenas 2 horas), o que dizer da união conjugal? Convivemos com nosso cônjuge 24 horas por dia, 30 dias no mês, e 365 dias no ano e 9855 em 27 anos. Haja amor!
3. Muitas vezes somos insuportáveis; mas o nosso cônjuge, em amor, nos suporta (Deus é mesmo misericordioso!).
4. Jesus disse: “Sem mim nada podeis fazer” (João 15.5). O Mestre estava se referindo à possibilidade de darmos frutos, mas perfeitamente aplicável ao casamento. De fato, sem Jesus nada podemos fazer para que o nosso matrimônio dê certo. É isso mesmo: sem Jesus nada podemos fazer para que o casamento resista ao tempo.
5. O amor de Deus derramado em nossos corações, por meio de Jesus Cristo, na força do Espírito Santo, nos torna capazes de amar.
6. Só o amor pode ajuntar duas pessoas, que não têm, a princípio nada a ver uma com a outra. Só o amor leva duas pessoas diferentes a decisões afins.

CONCLUSÃO

No casamento, os cônjuges nem sempre são unânimes, mas com diálogo, respeito e boa dose de disposição, é possível se chegar a um lugar comum.
Não existe receita e nem fórmula pronta para que casamentos dêem certo. O crente tem a Bíblia, que aplicada às diversas situações, pode indicar caminhos que levem à plena satisfação.
Mas, em todas essas coisas, saibam meus amados irmãos: no Senhor, a busca do casamento plenamente satisfatório não será vã.
Amém

Pr. Eli da Rocha Silva
17/10/2008

sábado, 11 de outubro de 2008

O QUE PRETENDEMOS SER NA GRANDE CASA

O QUE PRETENDEMOS SER NA GRANDE CASA

2 TIMÓTEO 2.20,21

INTRODUÇÃO

É muito difícil ser alguma coisa. Querer ser não significa que alguém chegará a ser; é preciso boa dose de empenho e sacrifício.
Chegamos a algum lugar pelo fato de darmos lugar à pretensão. Ter pretensão é almejar algo e lutar para que se chegue lá.
Nestes dias de vida política, muitos estão correndo atrás dos cargos eletivos, seja vereador ou prefeito. Mesmo pretendendo, é certo que muitos não chegarão lá. E pior, sairão mais endividados do antes. Mas, sem dinamizar a pretensão não há como saber.
O crente também é movido pelas coisas que pretende alcançar. O apóstolo Paulo disse que pretendia chegar a algum lugar, e por isso lutava (Fp 3.12-14).
Neste ensino de Paulo, quem quer chegar não pode deixar de começar. Quem quer chegar não pode agir como uma esposa não crente de um marido crente que conheci: na hora de sair para a igreja ela dizia: ‘não vou mas também não fico’.
Nas coisas que Paulo diz a Timóteo, reflito e pergunto a mim mesmo: o que pretendo ser na grande casa?

I – NA GRANDE CASA BUSCAMOS O QUE DEVEMOS SER

1. Entendo-se a grande casa como a igreja, pelo menos Paulo quis usá-la como figura, para nos ensinar o que podemos nela ser.
2. A igreja é o elemento indissociável da vida cristã. Não se concebe um crente sem igreja. O crente sem igreja, é o mesmo que dizer que se trata de um crente sem Cristo.
3. Por outro lado, o ser crente (sem igreja), torna-se questionável. A não ser que pensemos como Tiago, quando fala da crença monoteísta dos demônios, que não diferia da dos judeus daqueles dias (nem dos de hoje); mas para os demônios não trazia nenhum resultado prático (Tg 2.19).
4. O vivermos a vida da igreja, e na igreja, nos qualifica, nos dá qualidade, nos tornamos, a cada dia o crente melhor que ontem.
5. Na igreja somos aperfeiçoados (Ef. 4.12). Por sermos nova criatura, não podemos cair no erro de voltarmos a praticar coisas da velha criatura, ou continuarmos eternos nascidos.
6. A igreja é a reunião daqueles que foram mudados radicalmente. A igreja não é o lugar daqueles que cansaram desta ou daquela religião, mas daqueles que são crentes em Cristo, com todas as implicações dessa crença.
7. Fizemos uma pequena “confusão” com a palavra igreja, pois todo aquele que é da igreja, gosta de estar no templo.

II – NA GRANDE CASA, JÁ DEFINIDA COMO A IGREJA.

1. Em qualquer casa há vários tipos de utensílios: aqueles mais apreciados e também os ignorados.
2. Numa grande casa, conforme nos diz Paulo, a vasos de todos os tipos e fins. Há vaso de ouro e de prata; há vaso de madeira e de barro; há vaso para honra e para desonra.
3. Os vasos de ouro e de prata, por serem mais valiosos, são portanto mais desejados. Esses vasos, e alguns até raros, eram usados apenas em ocasiões especiais.
4. Na analogia paulina, é possível ver a classificação de crentes que coexistem na mesma igreja. Há um comentário que ao invés de tratar todos como crentes, diz que há pessoas ímpias coexistindo na igreja com os crentes.
5. Ainda em sua analogia, ele trata da honra e da desonra. Os vasos de honra em uma casa de pessoas abastadas, eram colocados à mostra. Os de desonra ficavam escondidos, não por serem feios, podiam até ser belos; o uso é que era desonroso: eles serviam para se colocar lixo ou excremento.
6. Para exemplificar o vaso de honra, podemos citar a mulher que traz até Jesus, o bálsamo puro em um vaso de alabastro, e não em uma botija de barro (Mt 26.7).
7. O que temos sido e o que queremos ser na igreja? Em qual tipo de vaso podemos ser classificados?

III – NA GRANDE CASA, AINDA HÁ TEMPO DE SERMOS O QUE DEVEMOS SER

1. Só não há esperança para quem já morreu; para o que está na igreja ainda há esperança.
2. Para os que estão na igreja, mas a si mesmos, podem considerar-se vasos de desonra, ainda há esperança.
3. Há a possibilidade de mudar o estado vil (desonra) e fútil, para o uso perfeito e útil ao seu possuidor (v.21).
4. Se quisermos, e assim fizermos, isto é, buscarmos a purificação dos erros cometidos, tudo passará a ser diferente.
5. Mas, onde está a diferença? Talvez alguém pense: “Quem disse que nós queremos que seja diferente? Do jeito que está vai muito bem”. Aí caro pensante...nada mais há que fazer por você!
6. Apenas para os que querem fazer diferença (os demais podem fechar os ouvidos!):
• Você deixará o estado de desonra para o 'status' de vaso de honra;
• Será vaso santificado, separado;
• Será vaso útil para servir à vista de todos
• Será vaso preparado para toda boa obra


CONCLUSÃO


Na analogia paulina, nas figuras da grande casa e dos vasos, o fator preponderante não é se o vaso é de ouro ou prata, ou ainda de madeira ou barro, mas o seu uso, a sua finalidade.
Os propósitos que me levam à busca da purificação é que devem contar.
Se alguém aqui não tem propósito nenhum, ainda há tempo de ter algum.
O crente sem propósito é tão inútil quanto um vaso de desonra.
É possível mudarmos o quadro.
Muitas são a possibilidades; vamos começar agora.
Amém.
Pr. Eli da Rocha Silva
IBJH 12/10/2008