sábado, 27 de setembro de 2008

SALOMÃO E A SUA ORAÇÃO PREVENTIVA

SALOMÃO E A SUA ORAÇÃO PREVENTIVA

1 REIS 8. 28-53


Salomão conhecia com certeza a dureza do coração do próprio homem; ele era fruto da dureza do coração.
Na dedicação do templo, ele faz a sua oração em favor do povo.

I – O REI-SERVO DIANTE DO SEU SENHOR

1. Depois de bendizer ao Senhor (v.23), Salomão se coloca como intercessor do povo, diante de Deus (v.28).
2. O que o rei queria deixar claro ao Senhor é que ele era apenas servo; e, por duas vezes ele declara isso.
3. A melhor maneira de apelarmos a Deus é quando vamos a Ele como servos que de fato somos. Muitos querem determinar que Deus faça isto ou faça aquilo, ao seu bel prazer, esquecendo-se que o Senhor nos ensina a servidão.
4. O líder Salomão, que sabia também ser servo, está diante de Deus para suplicar por ele e pelo seu povo.
5. A oração de Salomão e também do povo, seria no templo (v.30), na casa do Senhor, mas que morava no céu, pois não há lugar que possa contê-Lo (ou enquadrar Deus) (v.27).
6. O rei sabia que o povo, e ele mesmo, pecariam; então pede que o Senhor perdoe (v.30).


II – O TIPO DE ORAÇÃO DE SALOMÃO

1. A oração preventiva de Salomão era do tipo petição ou súplica.
2. O pedido de Salomão era que Deus ouvisse as orações. Recordo-me quando meu sogro foi acometido de uma grave doença no pâncreas, e minha sogra caiu diante de Deus em oração, noite e dia, e em todas as horas, quando não estava dormindo. A minha oração a Deus era a seguinte: Deus ouve a minha sogra.
3. Salomão sabia que haveria problemas de relacionamento na congregação de Israel; os problemas deveriam ser solucionados sem isenção
4. No verso 31 e 32, temos um tipo de oração, que podemos denominar de oração retributiva. Deus justificaria o justo e daria ao que tivesse cometido pecado, a justa retribuição. A palavra pecado aparece com o sentido de violação do direito, ultrapassar a linha, extrapolar o limite (A KJV usa trespass e não sin).
5. Toda vez que pecamos contra o nosso próximo, estamos na verdade violando o seu direito. Por conseqüência, pecamos contra o próprio Deus, que estabeleceu a nossa conduta (Êxodo 20). (Quem quiser saber mais sobre a palavra pecado e seus derivados pesquisar em DITAT pg. 450-453).
6. Jesus também estabelece regra de boa convivência quando diz: “Se teu irmão pecar, vai argüi-lo entre ti e ele só” (MT 18.15).


III – A CONDIOCIONALIDADE DA RESPOSTA FAVORÁVEL

1. Salomão sabia que os israelitas não pecariam apenas contra si mesmos, mas também contra Deus.
2. O pecado contra Deus traria graves conseqüências ao povo (v.33). O pecado contra Deus é resumido em uma única palavra: desobediência (Gn 2.16,17; 3.11,17).
3. Por conta do pecado, o povo seria ferido diante do inimigo (v.33); o povo seria atingido pela seca (v.35); o povo sofreria privações (v.37); o povo sofreria no cativeiro (v.46).
4. Mas Salomão, pediu a Deus, que se o seu povo se convertesse a Ele, que o Senhor não deixasse de ouvi-lo (v.33b, 35b, 48 a).
5. O povo devia se converter, confessar o Nome, orar e suplicar (v.34, 35, 48). O pedido de Salomão: que houvesse retorno à terra (v.34); que houvesse chuva na terra (v.36).
6. E ainda, que após conversão genuína, de todo o coração e toda a alma, orando na terra de seus inimigos que os levaram cativos (v.48), a oração de Salomão a Deus foi a seguinte: “move tu à compaixão os que os levaram cativos para que se compadeçam deles” (v.50b).
7. Salomão faz lembrar Deus que aquele era o seu povo (v.51-53). Deus não se esquecera do seu povo; mas Deus não agiria sem que O buscassem de coração inteiro.
8. Das coisas que Deus não pode fazer, uma delas é salvar sem conversão. Sem conversão não dá.


CONCLUSÃO

A oração de Salomão, que chamei de oração preventiva, é o tipo que de vez em quando também fazemos.
Os pais fazem pelos seus filhos (Jó oferecia até holocaustos pelos dele 1.5).
Os cônjuges crentes pelos não crentes.
Jesus pelos discípulos e por nós (João 17.20).
Mas na oração de Salomão e na de Jesus havia algo que não podia faltar: conversão. Jesus trata do tema usando a expressão: “aqueles que vierem a crer em mim”.
Então, a verdade é, sem conversão nem Deus lhe dará jeito.
Que Deus nos abençoe.

Pr. Eli da Rocha Silva
IBJH 28/09/2008

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A NOSSA RESPONSABILIDADE NO MUNDO QUE VIVE COMO BARATA TONTA

A NOSSA RESPONSABILIDADE NO MUNDO QUE VIVE COMO BARATA TONTA

Tito 2.11-15

O drama será se o crente também viver como uma barata tonta.
O crente barata tonta não sabe para onde ir (Você já viu uma barata tonta?).
Tem também o crente que não sabe em qual igreja congregar; seria por acaso um crente com síndrome de barata tonta?
Deixando para lá essas questões ‘baratatontices’ vamos ao que interessa.

Falei tudo isto, apenas para dizer que o crente deve viver neste mundo (neste país!) cheio de esperança. Quem tem esperança sabe para onde ir. Não vive como bar... (disse que não ia falar mais!).
A fórmula da vida cheia de esperança é dada pelo apóstolo Paulo, que disse: “Mas eu sei em quem tenho crido” (2 Tm 1.12). Quem sabe em quem crê não é levado por vento de doutrina; não se deixa enrolar por pastorecos e apostolecos quaisquer; não vive atrás de revelações e profetadas.

Paulo escrevendo a Tito, diz a ele e a nós que: “A graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens” (2.11). Nós os crentes, nós que já fomos alcançados pela graça de Deus, temos a responsabilidade com os demais, com aqueles que ainda não sabem para onde ir.

Mas também Paulo nos diz qual deve ser o nosso comportamento no mundo, pois fomos salvos e ensinados como agir nele.
O apóstolo usa uma palavra que nos mostra o que ‘a graça de Deus que se manifestou salvadora’ fez conosco: ela nos educou (paideuo). Ela nos ensinou como se ensina uma criança; ela nos carregou pela mão. Ela nos tratou como pré-escolares; ela nos ensinou o ‘be-a-bá’ da vida cristã.
Aqueles que foram educados por essa graça não podem viver no mundo sem mostrar a ele que foram devidamente instruídos.

Uma vez instruídos, devemos renegar a impiedade e as paixões mundanas. João disse que quem ama o mundo o amor do Pai não está nele (1 Jo 2.15). Quem não renega o mundo com os seus atrativos convites nada aprendeu (há um conceito em pedagogia que diz: se não houve mudança, não houve aprendizado).

Certa vez ouvi dois jovens crentes conversando (um rapaz e uma moça), e o rapaz dizia para a moça: ‘Você não precisa justificar nada a ninguém, qualquer justificação nossa seria como crucificar Cristo de novo’. Veja bem! Veja bem! O fato de termos sido justificados, não nos dá a liberdade de vivermos uma vida de libertinos (Leia 1 Cor 6.12-20).

Como devemos viver no presente século? O presente século de Paulo a Tito podemos dizer que é o XXI. Nada mudou de lá para cá. Nem pioramos e nem melhoramos.
Então amados irmãos! Nada melhor que prestarmos atenção no conselho do apóstolo: “vivamos no presente mundo sóbria, e justa, e piamente, aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, que se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo todo seu, zeloso de boas obras”. Tito 2:12-14

CONCLUINDO
Quero terminar este texto com um outro do irmão Almir dos Santos Gonçalves Júnior, em Atualidades 2005, página 118, que ele aplicou à família, mas aqui aplicado de forma geral:

‘Se queremos, pois, ter esperança no melhor enfrentamento dos ataques do mundo, sejamos:

- sóbrios (temperamento controlado);
- sérios (compenetrados);
- temperantes (conciliadores);
- sãos na fé, no amor, na constância (disposição positiva para a vida em sua totalidade);
- reverentes no viver (dando o devido valor às coisas);
- moderados (não dado a exageros de qualquer natureza);
- praticantes do bem (honestidade, dignidade, integridade);
- amantes dos cônjuges e dos filhos (bons pais, mães, filhos e irmãos em família);
- discretos (não dado a aparecer vaidosamente);
- castos (vida sexual normal);
- operosos (produtivos em nossas responsabilidades);
- bondosos (compreensão amorável para com todos);
- submissos (exercício da vivência mútua em submissão um ao outro)”.

Que Deus nos abençoe e nos faça aguardar a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus (v.13).

Amém.

Pr. Eli Rocha Silva
Culto na Diaconia Levi/Ieda 26/09/2008

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

COISAS QUE O PASTORADO NOS ENSINA

COISAS QUE O PASTORADO NOS ENSINA

Uma igreja, cujo nome é HIPOTÉTICA,achou por bem, colocar em seu Estatuto, que o pastor exercerá o seu cargo por tempo indeterminado, mas que, a cada dois anos poderá haver um plebiscito.
Quem decide se poderá haver um plebiscito ou não é a própria igreja. A convocação para que a igreja decida se haverá ou não deve ser pelo presidente, que geralmente é o próprio pastor (E aí, convoca ou não convoca?)
Na igreja HIPOTÉTICA ficou determinado em Estatuto que, para o pastor continuar à frente do ministério pastoral, deverá atingir 2/3 dos membros da igreja (não diz: os membros presentes na assembléia) favoráveis à sua permanência.
Todos nós sabemos que não é comum aos membros das igrejas gostarem de participar de assembléias administrativas.
Vamos imaginar que a determinada igreja esteja caminhando bem; que os membros estão felizes e envolvidos no trabalho.
Vamos imaginar também que ela tenha 130 membros; dos 130, 15 não podem votar, pois são menores de 18 anos. Então, 115 poderão votar.
Caso a igreja, quando for consultada optar pelo plebiscito, 2/3 dos membros da igreja deverão votar a favor da permanência do pastor, o que dará um número de 76 membros.
Ocorre que dos 115 membros, cerca de 10 nunca aparecem; estão totalmente alheios à vida da igreja. Então, mediante convocação, pode ser que 105 membros compareçam, e destes, 76 têm que votar favoravelmente a permanência do pastor. A igreja conseguirá fazer com que o seu pastor permaneça ou não?
Quantos membros tem a sua igreja? Quantos costumam aparecer nas assembléias administrativas? Peça a lista de presença da última assembléia!
Faço a seguinte reflexão: Quando o pastorado vai mal, o plebiscito pode até ser favorável (pois alguns pastores se aferram ao cargo); quando o pastorado vai bem, o plebiscito pode ser um tiro no pé.
Se você estiver indo bem no pastorado, e perder para o plebiscito, é possível continuar confortavelmente pastoreando?
Acho bom pensarmos bem quando formos elaborar os nossos estatutos.

Pr. Eli da Rocha Silva
OPBB/SP 2036
Contador

MANOS PASTORES: PR. ELI ROCHA (BARBA 100% BRANCA) E PR. EDNO ROCHA

domingo, 21 de setembro de 2008

O QUE NOS FAZ PARECIDOS COM UM DOS LADRÕES QUE ESTAVAM NO CALVÁRIO

O QUE NOS FAZ PARECIDOS COM UM DOS LADRÕES QUE ESTAVAM NO CALVÁRIO

I – UMA VIDA DE DESACERTOS (ERROS) (Romanos 3.23).

1. O que se sabe sobre os outros dois crucificados: pouco é dito sobre eles.
2. Mateus e Marcos, escrevem que eles eram ladrões (Mt 27.38 e Mc. 15.27). Alguns entendem, que a princípio, eles foram revolucionários políticos que caíram em desgraça, que por conta disso viveram criminosos.
3. Lucas os chama de malfeitores (kakoúrgous). O que os levou a ficarem separados do convívio social foi a escolha que fizeram.
4. Somos parecidos com eles porque também fazemos escolhas; algumas acertadas e outras não. Mas todas elas trazem resultados, ou melhor, conseqüências.
5. Podemos dizer que somos melhores que eles? Quais foram as suas transgressões? Pelo menos duas. Se nos voltarmos para o Decálogo (As dez palavras), podemos alistar: Não furtarás (Êxodo 20.15) e Não cobiçarás (v.17).
6. Baseados em Romanos 3.23, podemos dizer que eles erraram o alvo. E baseados no mesmo texto podemos dizer que também erramos o alvo, porque todos erraram o alvo.
7. O erro deles e os nossos, nos colocam aquém da glória de Deus, isto é, não conseguimos atingir o alvo proposto por Deus, que é a sua glória. Nós fomos criados para o convívio com glória de Deus (Isaías 43.7), a sua espetacular presença.
8. A palavra carecem, ou destituídos, como em algumas versões, é interessante em sua análise do texto grego, mas preocupante no que ela nos ensina. Alguém pode usar histeréo (carecem, destituídos), e recitar o verso assim: Por causa do meu pecado eu cheguei tarde demais. Exemplo: as cinco virgens loucas.
9. No que se refere aos desacertos, é possível que temos sido melhores que aqueles dois kakoúrgous no Calvário.


III – UMA VIDA MARCADA PELA NECESSIDADE DO ENCONTRO COM CRISTO

1. Para aqueles ladrões houve um encontro marcado pelo kairós. Como kairós, entendemos o tempo marcado e administrado por Deus. No tempo de Deus os três se encontraram no Calvário.
2. No tempo marcado por Deus, o tempo do sacrifício de Cristo na cruz, ali estavam os três para cumprirem as suas penas. A dos ladrões, porque erraram o alvo; estavam aquém da glória de Deus. A de Cristo, o fato de termos errado o alvo e estarmos aquém da glória de Deus.
3. Um dos ladrões aproveitou bem o kairós de Deus, e fez bom uso do chronos. O seu tempo era pouco; as horas passavam lentamente, mas passavam. Ele então resolveu aproveitar o pouco tempo que lhe restava e começa repreender o seu companheiro de infortúnio: “Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós na verdade com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez” (Lc 23.40,41).
4. Numa questão de tempo, onde vemos o kairós de Deus se consumando em Jesus; vemos também o chronos, como uma briga pessoal de um dos ladrões. Em tudo isso ele pode vislumbrar um novo tempo; ele pede a Jesus algo que o leve tranqüilo para o aionos. Ele não pediu para sair da cruz, o chronos venceria, mas ele queria uma chance para a eternidade.
5. Ele aproveitou aquele pouco tempo de encontro com Jesus. Jesus não passaria outra vez por ali. A cruz foi apenas uma vez. O Calvário terminaria ali a sua rude história de cruz.
6. Ele não deixaria Jesus passar por ele sem aproveitar essa última oportunidade. Assim como a mulher com o fluxo de sangue não deixou. Assim como os dez leprosos não deixaram. Assim como nós, que um dia aproveitamos o Mestre que passou por nós.
7. Ele pede a Jesus sem nenhum constrangimento (logo ele, um pecador aquém da glória de Deus): Lembra-te de mim quando vieres no teu reino (v.52).


III – A VIDA QUE TEREMOS POR CAUSA DE CRISTO

1. Jesus é surpreendente; Ele deixa o pessoal do ‘eu quero é mais’ desconsolado. Para quem não sabe, esse é o pessoal que vive querendo azedar a vida do próximo.
2. O pessoal do ‘eu quero é mais’ teve que ouvir Jesus dizer para onde iria aquele que até horas atrás era um salteador.
3. É possível que o pessoal do ‘eu quero é mais’ comentou entre si que o inferno era pouco para aquele malfeitor. Mas Jesus que é surpreendente, diz: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”.
4. O paraíso na cultura persa era um jardim fechado, um parque (o jardim doÉden). Aquele homem arrependido por ter vivido tanto tempo errando o alvo, aquém da glória de Deus, seria recebido em um lugar de delícias, de prazer.
5. Mesmo sendo um tema de difícil explicação o pós-morte, para Jesus, atravessar as portas de parádeisos, significava começar a viver o prazer do céu.
6. Aquele homem que durante toda a sua vida correu atrás dos prazeres fugidios, na cruz, ao lado de Cristo, em Cristo, achou a porta de entrada em parádeisos.
7. O próprio Jesus foi quem disse: Eu sou a porta, quem passar por mim achará alimento (João 10.9).

CONCLUSÃO

Em que podemos dizer que somos diferentes daqueles homens? Em nada, pois como eles, erramos o alvo e ficamos aquém da glória de Deus.
Como eles, mas apenas um aproveitou, tivemos um encontro com Cristo que marcou a nossa história.
Como aquele nosso irmão, que levou nas mãos as marcas dos seus pecados, Jesus levou as marcas dos deles e dos nossos pecados.
Em nada somos diferentes, pois o que nos aguarda é o paraíso.
Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva
IBJH 21/09/2008

sábado, 13 de setembro de 2008

HABACUQUE, TODOS OS CRENTES, E O DESEJO DE UM AVIVAMENTO

HABACUQUE, TODOS OS CRENTES, E O DESEJO DE UM AVIVAMENTO

HABACUQUE 3.2

Definição de avivamento ou reavivamento por John Stott: Trata-se de “... uma visitação inteiramente sobrenatural do Espírito soberano de Deus, pela qual uma comunidade inteira toma consciência de Sua santa presença e é surpreendida por ela. Os inconversos se convencem do pecado, arrependem-se e clamam a Deus por misericórdia, geralmente em números enormes e sem qualquer intervenção humana. Os desviados são restaurados. Os indecisos são revigorados. E todo o povo de Deus, inundado de um profundo senso de majestade divina, manifesta em suas vidas o multifacetado fruto do Espírito, dedicando-se às boas obras” (A verdade do Evangelho, p. 119).

Os crentes gostariam mesmo de serem tomados por um avivamento? É interessante observar, que o avivamento é marcado por coisas que se abandona por outras que são retomadas.
Podemos dizer que trocamos a insubmissão pela submissão; a indisciplina, pela disciplina; a tristeza, pela a alegria; a preguiça, pelo ânimo; a falta de Deus (mesmo que alguns declarem tê-lo), por sua presença constante; a vida sem igreja, pela necessidade de comunhão.

Antes de qualquer coisa, é preciso deixar claro, que qualquer avivamento tem como princípio o próprio Deus, se não for assim, não passará de fogo de palha.

I – ATRAVÉS DA PALAVRA DE DEUS QUE TRATA A NOSSA VIDA

1. A palavra trata a nossa vida, pois estabelece a rota a seguir. Quando Jesus diz: Eu sou o caminho, podemos acreditar que Ele mesmo estabeleceu a rota a ser seguida. Basta que acreditemos nisso.
2. A Palavra de Deus só terá valor para o cristão se for aberta. Não digo, estiver aberta, pois não se trata de um amuleto. É desnecessário deixá-la aberta nos supostos salmos mágicos.
3. A Palavra é para ser lida e ouvida. Quando a lemos, Deus fala conosco. É preciso que desenvolvamos o hábito de ouvir Deus falando pela Palavra.
4. Vai ficar difícil o avivamento com as bíblias fechadas. Crente de Bíblia fechada, se quiser demonstrar avivamento, tudo não passará enganação.
5. Para alguns crentes a Bíblia não passa de um tesouro perdido. Paulo cobra de Timóteo: “aplica-te à leitura”. E o jovem pastor, era tão humano e pecador como eu e você.
6. Se você tiver a facilidade de não só ler, mas também de guardar na memória o que foi lido, melhor ainda, exercite essa capacidade.
7. Deus vai tratar a nossa vida através da sua Palavra. E a sua Palavra é viva e eficaz (Hb 4.12).

II – PELA CONSCIÊNCIA DE TER ABANDONADO A PALAVRA DE DEUS .

1. Josias, que começou a reinar em Judá, com oito anos, aos vinte e seis, restabelece a Palavra de Deus em seu reino (2 Rs 22,23).
2. A O Livro da Lei foi encontrado na Casa do Senhor (22.8). Matthew Henry, diz que o Livro: “deve ter sido negligentemente guardado e esquecido, como e esquecido, como alguns fazem com as suas bíblias ao lançá-las em quaisquer lugares”
3. O escrivão Safã, o leu diante do rei (v.10). Ao ouvi-lo, o rei rasgou as suas vestes (v.11).
4. Josias rasgou as vestes por causa do pecado dos seus pais, que não deram ouvidos às palavras do Livro da Lei.
5. O rei impactado pela mensagem da Lei, colocou o palácio em polvorosa. Fico imaginando o rei Josias chamando, aos gritos: ‘Hilquias, Aicão, Acbor, Safã e Asaías, venham aqui imediatamente!’ (v.12).
6. Naqueles dias havia profetas. Eles foram até a profetisa Hulda, por ordem do rei Josias (v.14). E Deus falou através da profetisa Hulda (VV. 16-20).


III – É PRECISO COLOCAR A PALAVRA DE DEUS NO LUGAR DEVIDO.
1. O resgate do prazer pela Palavra. Davi tinha a revelação pela Palavra como perfeita (Sl 19.7).
2. Da mesma forma, Josias teve muito interesse pela Palavra de Deus. O interesse pela Palavra, o fez convocar a todos até a Casa do Senhor (23.1,2).
3. O rei, como líder do povo, colocou-se à frente para renovarem a aliança com o Senhor.
4. Mas nenhuma aliança, nenhum propósito foi feito sem que se ouvisse o que dizia o Livro (v.2b). Muitas vezes queremos fazer coisas sem ouvir o que nos diz Deus pela Sua Palavra.
5. Primeiro o rei fez propósitos diante de Deus, e em seguida o povo jurou fidelidade a aliança com o Senhor (v.3).
6. Nos dias de Josias, houve queima geral (vv. 4-25).
7. Para que haja avivamento, é necessário que além de buscarmos a Palavra de Deus, façamos uma reavaliação das coisas que julgamos importantes, mas na verdade, atrapalham a nossa fidelidade ao Senhor.


CONCLUSÃO

Se como Habacuque, quisermos de fato um avivamento devemos deixar Deus trabalhar em nossa vida.
Parafraseando o que disse alguém: “Deixa Deus trabalhar”

Pr. Eli da Rocha Silva
IBJH 14/09/2008

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A IGREJA VIVENDO HOJE COM OS OLHOS NO AMANHÃ

A IGREJA VIVENDO HOJE COM OS OLHOS NO AMANHÃ

TEXTO 1 TS. 5.1-11


I – É O TIPO DE IGREJA DEVIDAMENTE INSTRUÍDA

1. Paulo disse que não precisava mais gastar tempo ensinando aquilo que os crentes já sabiam; por conta disto, não escreveria mais a eles a respeito de tempos e épocas (v.1 a). De alguma forma eles já tinham recebido instrução, de Paulo ou de outro pregador escatológico (2 Pd 3.10). Embora Pedro tenha escrito sua carta 15 anos depois de Paulo.
2. Paulo não queria escrever, mas não deixou de lembrá-los dos fatos que envolveriam a parousia. A vinda, chamada aqui de o Dia do Senhor, seria de modo inesperado: como o ladrão que vem de noite.
3. As pessoas correm atrás da paz; fazem movimentos para a paz; criam slogans: “Eu sou da paz”. Todos em ansiedade por paz. Os crentes também apreciam a paz. Paulo mandou que tivéssemos paz com todos (Rm 12.18).
4. Quando as pessoas pensarem ter alcançado a paz eis que lhe virá repentina destruição. A mulher quando está próxima de dar à luz, continua com as suas atividades rotineiras, mas de repente, pára tudo, é hora de correr para o hospital. Assim, tão repentinamente quanto dar à luz, será a vinda do Dia do Senhor.
5. A mulher não escapa de ter que dar á luz. Da mesma forma, os homens não escaparão da realidade do Dia do Senhor.

II – É O TIPO DE IGREJA QUE NÃO VIVE COMOS OS DEMAIS, EM TREVAS.

1. Mais uma vez o apóstolo parece conhecer os seus leitores. Ele sabia que o Dia não os apanharia de surpresa, pois eles não eram das trevas (v.4).
2. Paulo estava tratando com os filhos da luz e filhos do dia (v.5). E gente com estas características, deveria ficar acordada em relação à vida espiritual. Deveriam viver em vigilância, não se embriagando como aqueles que querem esquecer o hoje.
3. Nos que somos do dia, assim nos diz Paulo, devemos estar devidamente equipados:
• Agindo com sobriedade, aqui, como sinônimo de vigilância (O que não estiver sóbrio não consegue suportar o peso da armadura);
• Devidamente revestido da couraça da fé e do amor, que nos impede de vacilar, somos impelidos à frente, sem vacilar.
• Ninguém faz a nossa cabeça. Temos sobre ela a esperança da salvação.
4. A igreja, por não viver como os demais, que não têm esperança, consegue enxergar em meio às dificuldades que tem razões para continuar.

III – É O TIPO DE IGREJA QUE ANDA COM QUEM LHE DA GARANTIA.

1. Se há um destino de perdição para os filhos das trevas (v.3), para os crentes o destino é a salvação, como presente de Deus na mediação de Jesus Cristo.
2. O destino é a providência de Deus para os que crêem, mas só para estes. Não é um presente para o incrédulo, pois este, não saberia valorizá-lo.
3. A união perfeita da igreja com aquele que morreu por ela é tão intensa, que não gera nenhum tipo de preocupação (v.10).
4. O que fazer então diante de tão grande garantia divina? Paulo nos enche de responsabilidade: Consolai-vos (exortem-se, NVI) uns aos outros e edificai-vos reciprocamente (v.11).
5. Na exortação, no consolo, entendemos que a vida cristã só pode ser vivida plenamente se houver encorajamento mútuo (mutualidade).
6. Paulo usa o conceito da construção civil para nos mandar edificar uns aos outros. O verbo significa construir uma casa. Nós somos cooperadores na edificação da casa do Senhor que é o nosso irmão. O próprio Jesus disse que o Pai e Ele viriam e fariam no crente morada (João 14.23).
7. Se eu, ao invés de construir o meu irmão, estou ajudando a demoli-lo, o Senhor vai pedir a prestação de contas. É bom que pensemos sobre isso.

Pr. Eli Rocha Silva

IBJH 09/09/2007

COMO UM PAI, JOÃO ESCREVE COISAS QUE PRECISAMOS SABER

COMO UM PAI, JOÃO ESCREVE COISAS QUE PRECISAMOS SABER

TEXTO: 1 JOÃO 5.13, 18-20

INTRODUÇÃO
Os pais têm a responsabilidade da orientação; não basta colocar o filho no mundo.
Será que de alguma forma Deus cobrará dos pais o quanto foram negligentes na orientação dos seus filhos?
O apóstolo João age como um pai, ensinando aos filhos as coisas que eles devem saber.
Os “filhos” de João são os crentes de todas as épocas. Alguns entendem que a epístola trata das diversas fases da vida cristã.

I – O MODO CARINHOSO DA FILIAÇÃO CRISTÃ.

1. A maneira de tratar os seus leitores, nos mostra a forma carinhosa de João conduzir os seus ensinos. Para ele, todos eram de fato crianças, embora, ele fale de jovens e de pais.
2. Agostinho, teólogo católico, entendia que João falava dos três estágios da vida cristã: os filhinhos, são os recém-nascidos; os jovens, são os já desenvolvidos e vitoriosos na luta espiritual; e, os pais, são os já amadurecidos na vida cristã com profundidade e estabilidade.
3. João usa seis vezes a palavra teknía e duas vezes a palavra paidia. Teknía demonstra a ligação entre pai e filho, a partir da capacidade de gerar. O pai que gerou e o filho gerado, têm relacionamento e proximidade.
4. A carta foi escrita para pessoas que são filhas de Deus (tékna Theou=filhos de Deus) (1 Jo 3.1,2).
5. Mas também João diz que existem os tékna tou diabólou, isto é, os filhos do diabo. Aqueles gerados pelo diabo. E quem é o filho do diabo? “Todo aquele que não ama seu irmão” Lamento dizer, mas se você não ama a seu irmão, você é filho do diabo (1 Jo 3.10). Se não quiser continuar sendo filho do diabo, reconcilie-se com seu irmão.
6. Paulo chama Timóteo de seu verdadeiro filho na fé , tékno en pístei (1 Tm 1.2). Alguém que foi gerado da fé.
7. João está tratando com os filhos de Deus; crentes novos e crentes velhos.


II – JOÃO NOS ESCREVEU PORQUE PRECISAMOS SABER

1. João também chama os crentes de paidía. Por um momento, João vê os crentes como crianças, e como tais, precisam de instrução.
2. Como filhos gerados por Deus, somos feitos novamente crianças. Todo crente novo é uma criança. E João escreve a um grupo de pessoas, e as chama carinhosamente de crianças (1 Jo 2.14, 18).
3. E para os filhos, que são crianças, jovens e adultos João diz: “Estas coisas vos escrevi a fim de saberdes que tendes a vida eterna” (1 Jo 5.13).
4. A vida eterna é a herança dada aos que são filhos. O Espírito Santo nos diz que temos direito à herança, porque de Deus somos filhos (Rm 8.16).
5. Mas, só adquirimos esse direito depois de termos crido “em o nome do Filho de Deus” (v.13).
6. Como crianças (paidía), os leitores de João deviam ser ensinados com o uso da melhor didática, e mais que isto, com pedagogia (A palavra Pedagogia tem origem na Grécia antiga, paidós (criança) e agogé (condução)(Fonte: Wikipédia).

III – COMO FILHOS DE DEUS, SAIBAMOS QUE:

1. Deus nos ouve quando a Ele recorremos. Ele de fato ouve e responde as nossas orações, inclusive o irmão que pecar (1 Jo 5.14-17)
2. Os nascidos de Deus não vivem em pecado (v.18) e nem mais para o pecado, porque para ele morremos (Rm 6.11). Somos guardados por Deus e o maligno não nos toca.
3. Nós somos de Deus. Mesmo estando em um mundo que jaz no maligno, vivemos a vida de Deus. Israel estava no Egito mas era de Deus (v.19).
4. “Também sabemos que o Filho de Deus é vindo” (v.20). João, que andou com Jesus, recebeu do próprio Senhor entendimento para saber que Ele era o verdadeiro.
5. Já naqueles dias havia falsos cristos; nestes dias também os há. O crente precisa discernir em meio à nova onda evangélica, os que são filhos de Deus e os que são filhos do diabo.
6. Outra coisa que nos ensina João, o que é de extrema beleza. Ele nos diz aonde estamos: “E estamos no verdadeiro, em seu Filho Jesus Cristo”.
7. Os filhos de Deus não se confundem, pois conhecem o Pai. Tudo é questão de filiação, de relacionamento.
8. Não precisamos fazer um DNA para sabermos se somos filhos ou não, o próprio Espírito Santo que somos.


CONCLUSÃO

Que todos nós vivamos na certeza da nossa filiação divina.
Somente através dessa filiação podemos morar na casa do Pai.
Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva

IBJH 10/08/2008

A MINHA FUNÇÃO NA IGREJA QUE AJUDAREI A ESTABELECER AQUI

A MINHA FUNÇÃO NA IGREJA QUE AJUDAREI A ESTABELECER AQUI
TEXTO: 1 Cor. 12: 1,4-11

I – QUERO ENTENDER A DINÂMICA DA DIVERSIDADE

1. Devo entender que há diversidade de capacitações, e que todas elas provêm do mesmo Espírito. Logo, não há conflito no seu exercício. O nosso Deus não é Deus de confusão (v.4).
2. Devo entender que há diversidade nos serviços. Que há serviço para todos. Que há muita coisa a ser feita. Há sempre lugar para novos servos. Que nenhuma pessoa deva ficar com os braços cruzados, mas o Senhor (Kyrios) é o mesmo (v. 5).
3. Devo entender que diversidade nas realizações, nos trabalhos, nas operações, nos resultados. São muitas coisas para fazer. Mas, com tanta diversidade, os membros não ficam batendo cabeça, pois “o mesmo Deus é quem opera tudo em todos” (v.6).
4. Há uma justa operação de cada membro, na ação do Espírito, para que tudo que seja realizado tenha um fim proveitoso (bem comum, NIV )(v.7). O Espírito se expressa através dos crentes, para que estes contribuam para o crescimento do corpo de Cristo, a Igreja.
5. A doutrina do Espírito Santo no que se refere à distribuição dos dons, nunca foi para dividir, mas para a edificação dos crentes no corpo de Cristo. A divisão, causamos por ignorância (v.1).

II – QUERO ENTENDER COMO SER ÚTIL NO CORPO

1. COMO DEVO SERVIR? Buscando, sempre, Glorificar a Deus e edificar as pessoas.
2. SERVIR COM PERFIL DE SERVO: O servo reconhece a sua insuficiência; O servo age com humildade; O servo sabe ser responsável na execução da tarefa recebida.
3. Moisés e o perfil de servo. Quem sou eu? Assim perguntou Moisés a Deus (Ex. 3.11).
4. Moisés tinha estado no Egito; conhecia todos os caminhos, as entradas e as saídas. Mesmo assim, diante do tamanho da tarefa, pergunta: “Quem sou eu para ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel?.
5. Diante da consciência de sua pequenez, percebemos o contraste e a distância do EU SOU.
6. Moisés não estaria sozinho, pois o Senhor mesmo prometera: “Eu serei contigo” (v.12).
7. Nós nunca seremos suficientemente aptos para a realização de qualquer obra para Deus. Sempre ficará atrás de nós a marca do pouco que podemos fazer (Lc. 17.10).
8. Saber-se pequeno, insuficiente, incapaz de por si mesmo fazer alguma coisa, o servo útil qualifica-se para a missão.


III – QUERO ENCONTRAR A MINHA FUNÇÃO NA IGREJA

1Co 12:8 Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;
1Co 12:9 a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;
1Co 12:10 a outro a operação de milagres; a outro a profecia; a outro o dom de discernir espíritos; a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação de línguas.
1Co 12:11 Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer.

1. “A um...palavra da sabedoria”(v.8). A palavra da sabedoria está ligada à área do aconselhamento cristão, e permite ao discípulo ouvir atentamente outro discípulo e ajudá-lo, orientando-o de acordo com a Palavra de Deus, ou ainda respondendo sabiamente à inquirições do mundo (Lc. 21.12-15)
2. “A outro...palavra do conhecimento”(v.8). Este dom habilita o discípulo a pesquisar e sistematizar os ensinos da Palavra de Deus. A diferença entre o dom de sabedoria e o de ciência (ou conhecimento) é que o primeiro diz respeito à capacidade para orientar com bons conselhos (e isso é algo que não se aprende nem nas melhores universidades do mundo) e o segundo diz respeito à capacidade para entender aquilo que a Palavra de Deus está dizendo.
3. “A outro...a fé” (v.9). Esta fé não é a fé que nos traz a salvação. É a profunda convicção da ação do poder de Deus que alguns discípulos possuem como dádiva divina, mesmo que as circunstâncias estejam completamente desfavoráveis (Hc. 3.17-19). Os discípulos possuidores desse dom são capazes de agradecer a Deus por algo que ainda não aconteceu, como se já tivesse acontecido (Mc. 11.22-24).
4. “E a outro...dons de curar”(v.9). O termo empregado aqui possui a idéia de cura de modo milagroso. Há outro termo no idioma grego para “cura” mediante tratamento, de onde originou-se a palavra “terapia” em nossa língua. Por falar de “dons de curar”, parece que cada cura deve ser considerada um dom específico. Esse dom é concedido por Deus diante de situações dificílimas impossíveis de soluções humanas. Devemos tomar cuidado, pois em nossos dias existem muitos “falsos profetas” se aproveitando do sofrimento das pessoas, prometendo curas milagrosas que realmente não acontecem.
5. “A outro, operações de milagres” (v.10). Em nosso dias, ainda que os milagres não sejam propalados, Deus, pelo seu poder, ainda recebe glória por intervir de maneira soberana no curso dos acontecimentos humanos, para cumprir os seus desígnios, usando meios que desafiam qualquer explicação puramente racional. Ele pode usar qualquer discípulo para executar seu plano.
6. “A outro, discernimento de espíritos” (v.10) Trata-se de uma capacitação especial, dada pelo Espírito Santo, para distinguir entre o verdadeiro, e o falso, entre a verdade e a mentira. Deus concede esse dom para que outros discípulos sejam protegidos contra as astutas ciladas de Satanás (I Jo. 4.1-6).
7. “A um, variedade de línguas (ἑτέρῳ δὲ γένη γλωσσῶν=outros gêneros, tipos, de línguas)”(v.10). Gêneros, pode significar línguas de outros países e dialetos. (Atos 2.8 ἐγεννήθημεν= que temos nascido). É o dom que aparece como o menor de todos. Além de aparecer como um dos últimos da lista, Paulo gastou bastante tempo para estabelecer a inferioridade desse dom em relação ao dom de profecia. Esse é o único dom que beneficia somente àquele que o possui (I Cor. 14.4,17).
8. “E a outro, a interpretação de línguas” (v.10). O Espírito Santo também capacita alguns discípulos para discernir o significado de uma declaração feita em outra língua e comunicá-la à igreja, para edificação de todos (I Cor. 14.5).

CONCLUSÃO

Diante da exposição das capacitações dadas à igreja, concluo através da Bíblia, que a soberania na distribuição é do próprio Espírito.
Assim sendo, quero me colocar à disposição do Espírito Santo para usar-me conforme lhe apraz. (v.11)

Pr. Eli da Rocha Silva

A PREGAÇÃO DA CRUZ É LOUCURA E SALVAÇÃO.

A PREGAÇÃO DA CRUZ É LOUCURA E SALVAÇÃO.

TEXTO: 1 CORÍNTIOS 1.18-31


I- POR UM INSTANTE PREGAR A CRUZ PARECE LOUCURA (V.18-21)

1. Pensar sobre a cruz nunca será fácil para nenhum de nós. Mas não é possível deixarmos de falar sobre a cruz. A cruz foi-nos um bem necessário, conquanto pareça ser um mal.
2. A cruz trouxe reconciliação. O abismo que nos separava de Deus era do tamanho da cruz de Cristo.
3. Na apresentação do livro ‘A Cruz de Cristo’ de John Stott (Vida), os editores escrevem: “O símbolo universal da fé cristã não é o presépio nem a manjedoura, mas a rude cruz. Muitos não entendem o significado nem o motivo por que Cristo teve de morrer”.
4. A cruz de Cristo que propôs no corpo da sua morte, a nossa reconciliação, é inconcebível para o mundo. Não é possível compreender um líder que se deixa matar. Portanto, a palavra da cruz na passa de tolice para os que se colocam como inimigos do evangelho.
5. Com a morte de Cristo, o evangelho não deixou de ser novas de alegria, como disseram os anjos aos pastores de Belém. A palavra da cruz, para nós, os salvos, é o poder de Deus (v.18).
6. Alguns a têm como loucura. Trata-se de um tema incompreensível para os que se perdem. Incompreensível, porque acham que os defensores a cruz são insensatos.
7. O homem natural não foi suficientemente maduro, ou sábio, para entender Deus, Ele se deu a conhecer pela loucura da pregação.
8. A pregação da cruel morte de cruz é o próprio Cristo.

II – PREGANDO A CRUZ E O SEU MOTIVO (v.22-25).

1. A cruz nos mostra o próprio Cristo; Ele é o motivo da cruz.
2. Paulo tomava cuidado para que, em nenhum momento, em sua pregação, pudesse anular a força do argumento da cruz.
3. O que deve atrair os homens não é a capacidade de persuasão daquele que prega, mas o sentido, a essência da cruz: Cristo crucificado.
4. Os judeus queriam sinais e os gregos, filosofia; Paulo lhes apresenta o incompreensível, a razão da sua própria loucura: Cristo crucificado (2.2).
5. Ele não quis debater no vazio da filosofia, na se apoiou no seu próprio conhecimento, mas deixou-se levar pelo Espírito e pelo poder de Deus (2.3-5).
6. Ao expor o motivo da cruz, Paulo pode falar sobre a expiação. Jesus levando a nossa culpa.
7. Falou sobre a propiciação dos nossos pecados. Jesus foi propício a nós, isto é, Ele foi favorável ao pecador (Ver Rm 3.25).
8. Demonstrou que estava patente na cruz, a nossa justificação. Na justificação ele absolveu de vez o pecador, não lhe atribuindo nenhuma pena. Na havia a ser pago.
9. A cruz de Cristo, nos encaminha para a glorificação. Não haverá glorificação para aquele que não aceitar o trajeto da cruz (Rm 8.30).

III – ALCANÇADOS PELA CRUZ, FAZEMOS DELA A NOSSA PREGAÇÃO

1. Neste novo aspecto somos todos paulinos: “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado” (2.2). Todos nós assumimos o tema principal da loucura da pregação: A cruz de Cristo e o Cristo da cruz.
2. Pode parecer filme de terror, mas alguém cantou: “À sombra da cruz há um deleite singular”. Podemos analisar assim esta frase: As gotas do sangue que caem da cruz, representam para mim o antegozo do eterno. Ou como o próprio Paulo definiu em Romanos 8.18.
3. Paulo faz um apelo, uma súplica aos crentes de Corinto: “Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação” (v.26). Aprouve a Deus escolher os simples deste mundo para serem os portadores da palavra da cruz (v.26-29).
4. Os crentes deveriam observar bem o que Deus fez por eles: “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus” (v.30). À parte de Cristo, fora do alcance da mensagem da cruz, ninguém pode ser de Deus.
5. A vocação me trouxe salvação e responsabilidade. Muitas querem a salvação, mas procuram omitir-se da responsabilidade. Qual a responsabilidade jogada sobre nós? A própria mensagem da cruz.
6. Aquele que não defende a cruz de Cristo, pode tornar-se inimigo da cruz de Cristo (Fp 3.18). De que lado você está, de que lado você quer ficar? O destino dos inimigos da cruz de Cristo é a perdição (Fp.3.19).
7. Alguém que abraçou a mensagem da cruz cantou: “Sim eu amo a mensagem da cruz Te morreu eu a vou proclamar”. Que possamos fazer este o nosso cântico. Amém
Pr. Eli Rocha Silva

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Gálatas 6.7,8 HAVERÁ RETRIBUIÇÃO

HAVERÁ RETRIBUIÇÃO

GÁLATAS 6.7,8

I- NÃO DEVEMOS NOS ENGANAR (v.7)

1. “Não vos enganeis”. Como palavra de orientação e de alerta, o autor da carta manda que não nos enganemos. É possível, sim, que alguém engane a si mesmo, fazendo do errado certo e do certo errado. Ou fazer o errado deliberadamente.
2. Alguém pode enganar a si mesmo, quando acha que o fato de ser bom lhe garante benefícios diante de Deus.
3. Alguém pode enganar a si mesmo, quando pensa que práticas religiosas lhe dão garantia diante de Deus; o próprio Jesus ensinou que não (Mt 7.21-23).
4. Mas Paulo conclui o seu próprio pensamento: “De Deus não se zomba”. Não adianta pensar ‘Deus não está nem aí com isso ou com aquilo, ou, Ele tem mais com o que se preocupar’. A notícia ruim é que Deus esta aí sim e está preocupado com todas as coisas. Não há nada que fuja ao interesse de Deus.
5. O verbo grego mukterizo, que vem de mykter "nariz", significa "virar o nariz para cima, isto é, tratar com desprezo". Alguém com o nariz empinado é alguém soberbo. O soberbo zomba de Deus, pois acha que não terá que prestar contas. Deus não será ridicularizado. Não será tratado com menosprezo. Era o que os fariseus faziam com Jesus (Lucas 16.14).
6. A lei natural; o que rege todas as coisas: “Pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará”.

II – SEMEAR PARA QUEM? PARA A CARNE.

1. Semear para a carne, é uma atitude de alimentá-la. Alimentar um monstro que em algum tempo trará resultados desastrosos, isto é, devorará o seu nutridor.
2. Caim semeou para a carne: nutriu inveja, ódio, despeito; como resultado colheu o homicídio.
3. Acã semeou para a carne: cobiçou, roubou, escondeu, enganou: como resultado, colheu sua própria morte e a da sua família.
4. Judas semeou para a carne: cobiçou, arquitetou, se vendeu e vendeu seu Mestre; como resultado, colheu o desprezo e a morte por suicídio.
5. O alerta é: “Pois aquilo que o homem semear; isso também ceifará”.
6. “Porque o que semeia para a sua própria carne, da carne colherá corrupção” (v.8a). No sentido cristão, eterno sofrimento no inferno.

III – SEMEAR PARA QUEM? PARA O ESPÍRITO.

1. Semear para o Espírito, é a atitude de disponibilizar-se para Ele. Quando nos colocamos à Sua disposição nos tornamos úteis à causa do evangelho.
2. Estevão semeou para o Espírito e, diante da sua própria morte, foi acalentado por gloriosa visão.
3. Filipe semeou para o Espírito e, deixando-se conduzir por Ele, pregou ao etíope, batizou-o e depois disso ‘veio a achar-se em Azoto; e passando além, evangelizava todas as cidades até chegar a Cesaréia’ (Atos 8.26-40).
4. Maria semeou para o Espírito, e por ficar aos pés de Jesus, o Mestre disse que ela escolheu a melhor parte (Lucas 10.38-41).
5. João semeou para o Espírito, e na ilha Patmos, foram-lhe reveladas coisas maravilhosas registradas no Apocalipse, que até hoje, ainda não entendemos.
6. O alerta é: “Pois aquilo que o homem semear; isso também ceifará”
7. “Mas o que semeia para o Espírito, do Espírito colherá vida eterna” (v.8b).

CONCLUSÃO

Se não devemos nos enganar, pois de Deus não se zomba;
E tudo o que for semeado será colhido,
Para quem vamos semear?

Pr. Eli da Rocha Silva
IBJH Culto Res. Dusolina