terça-feira, 28 de outubro de 2008

GASTAMOS MUITO TEMPO COM O QUE NÃO PODEMOS RESOLVER

GASTAMOS MUITO TEMPO COM O QUE NÃO PODEMOS RESOLVER


MATEUS 6.27-34

Como o que Jesus menos tinha era tempo, Ele quis nos ensinar a não gastarmos o nosso nas coisas que não devemos.
A ansiedade é um dos sentimentos que nos atrapalham na boa administração do tempo.
A ansiedade gera preocupações; ficamos ocupados por antecipação.

I- O QUE JESUS NOS FAZ VER

1. Jesus nos faz ver o quanto somos importantes para Deus (v.26). Se Deus cuida das aves dos céus, não cuidaria de nós? Ele as alimenta, e a nós também.
2. Qualquer que seja a minha a minha preocupação, não vou conseguir acrescentar tempo à minha vida (curso da vida – hilikia), ou conseguir passar dos 1,74m que tenho (v.27). Talvez ocorra o contrário: a ansiedade pode me roubar os melhores dias.
3. Se Jesus fala de coisas que são mais importantes quando comparadas, é melhor termos apreço pela vida sem inquietações. Diante de tudo isto, por que se preocupar com o sustento?

II – O QUE JESUS NOS FAZ PENSAR

1. A palavra considerar é equivalente a expressão ‘veja bem’ (observe well). A idéia é a seguinte: ver e refletir sobre o que viu (examinar intimamente, detidamente) (v.28).
2. Os discípulos deveriam olhar a beleza dos lírios e considerar, refletir sobre eles e compará-los a si mesmos.
3. Se eles tinham alguma dificuldade em refletir, Jesus ajudou: “Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?” (v.30). Diante de tudo isto, por que se preocupar com o vestuário? (v.28, 31).


III – O QUE JESUS NOS FAZ SABER

1. Jesus nos faz ver, pensar e saber, que nos preocupamos com muitas coisas que não podemos resolver.
2. Mas também, Jesus nos faz saber o que o Pai sabe a respeito de nós: que necessitamos de todas elas (v.32).
3. Jesus nos faz saber o que o Pai sabe a respeito de nós, para que não achemos que Deus não sabe do que precisamos e que não tem cuidado de nós.
4. Os que querem agradar a Deus em todas as coisas, e em primeiro lugar, têm a promessa de que todas as coisas vos serão acrescentadas (v.33). E o que age diferente, não terá nada acrescentado, ou até o que tem lhe será tirado? (Mt 25. 28,29) Algo a se pensar!
5. Para não nos preocuparmos com as coisas que não podemos resolver (e também com as que podemos), Jesus disse: “Não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal” (v.34).

Pr. Eli Rocha Silva
28/10/2008 Res. Dusolina

sábado, 25 de outubro de 2008

O AVIVAMENTO PELA CONTRIBUIÇÃO

O AVIVAMENTO PELA CONTRIBUIÇÃO

HABACUQUE 3.2


Pertencer à igreja significa que temos responsabilidades com ela. Não só no que se refere a igreja universal mas também à local.
Na universal todos seremos convocados para estarmos para sempre com o Senhor. Mas enquanto a convocação não se dá, temos responsabilidade com a igreja que nos acolheu.
A vida na igreja local é marcada pelo que nos entendemos como necessidades a serem supridas. São muitas as necessidades da “máquina” chamada igreja local.
Nós temos obrigações a cumprir; a igreja tem contas a pagar.
Dominicalmente, os crentes entregam no tesouro da igreja, parte dos bens que administra; especialmente, os dízimos de sua renda.
Quando pedimos a Deus que avive a sua obra, estamos dizendo que estamos dispostos a cumprir com a nossa parte.
Vamos tratar de um assunto que para muitos é de doer: contribuição.

I – O DÍZIMO EM ABRAÃO: DISPOSIÇÃO DE SER GRATO

1. Após a batalha Abraão decide dar o dízimo (Gn 14.14-17). Muitas são as nossas batalhas e muitas são as vitórias. Como temos nos comportado diante de tudo o que Deus tem nos suprido?
2. O dízimo entregue por Abraão foi voluntário; não houve exigência de Lei.
3. Foi entregue em reconhecimento de ser ele apenas um mordomo.
4. Foi um tributo, uma oferta de gratidão.
5. Foi um ato de adoração. O dízimo deve ser uma atitude de adoração na vida do crente.
6. O crente não tem dificuldades em entender a prática do dízimo. Alguém que se apresente contra o dízimo não pode ser considerado um crente.
7. Se vemos em Abraão o modelo de “pai da fé” (Gl 3.6-9), por que na prática do dízimo alguns não querem fazer igual ao pai?
8. Jacó, neto de Abraão, assenta no coração a mesma disposição referente ao dízimo (Gn 28.18-22).

II – O DÍZIMO COMO INDISPENSÁVEL AO SACERDÓCIO E À BENEFICÊNCIA

1. O dízimo foi incorporado à Lei (Lv 27). O dízimo passou a ser obrigatório em função das necessidades do sacerdócio e da beneficência.
2. Fica muito clara a razão do dízimo ao ser incorporado à Lei: sustentar a linhagem sacerdotal. Para que houvesse boa prestação de serviço, o sacerdócio devia viver às expensas do próprio povo (Nm. 18.20-24).
3. O levantamento de um dízimo para beneficência (Dt 14.28,29). Para os necessitados seria dia de festa, como também é para os que contribuem.
4. A fidelidade nos dízimos abasteceria o tesouro de mantimentos. O Senhor não precisava deles, então o uso seria em favor dos serviços do templo e dos necessitados (Ml 3.10).
5. Com a maior “cara lavada” o povo perguntava: “Em que te roubamos?”. A resposta vem do Senhor: “Nos dízimos e nas ofertas” (v.8). Para os “caras de pau”, maldição (Ml 3.9).
6. Para os fiéis, que entendem a necessidade da cooperação: bênção (“derramar sobre vós bênção sem medida”); proteção: “Repreenderei o devorador (pragas, gafanhoto)” (v.11); abundância: “A vossa vide no campo não será estéril” (v.11).

III – O DÍZIMO E O CRENTE DO NOVO TESTAMENTO

1. A religiosidade que afeta apenas o coração sem afetar os bens tem de tudo para ser superficial.
2. O crente deve ter a prática do dízimo; na transição AT e NT, ele não perdeu a sua finalidade: serviço e beneficência. Acima de tudo, é um ato de fé e de adoração.
3. O crente dizimista deve ser interessado nas coisas do Reino; a entrega do dízimo não deve configurar um pedágio ou uma obrigação que nos isenta de envolvimento.
4. O crente dizimista, que concomitante à pratica dele, se envolve com as coisas do Reino, tem grande zelo missionário.
5. A prática do dízimo traz alegria ao contribuinte; toda contribuição deve ser feita com esse sentimento (2 Cor 9.7).
6. Alguns colocam a contribuição financeira como um termômetro espiritual, se for assim mesmo, como está a nossa temperatura contributiva?

CONCLUSÃO

Qualquer movimento que se faça na igreja visando um avivamento, terá que passar, indiscutivelmente, pela nossa mordomia dos bens.
O crente, por mais fidelidade que deixe transparecer, se estiver cometendo o pecado da negligência quanto aos dízimos e ofertas, tudo não passará de superficialidade e enganação.
Que Deus nos leve à pratica da fidelidade em nossa mordomia.
Amém

Pr. Eli da Rocha Silva
IBJH 26/10/2008

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

DEUS E O SEU INTERESSE PELO CAMINHO DOS JUSTOS

DEUS E O SEU INTERESSE PELO CAMINHO DOS JUSTOS

SALMO 1.6 a


Muito mais que saber o caminho do justo, é bom que saibamos, que Deus estabelece com interesse real o que é melhor para os que são seus.
É muito bom sabermos que Deus está interessado em nossos planos. Seria melhor dizer, que Deus é o parceiro número nos planos que temos no coração.


I – COM DEUS, OS NOSSOS PLANOS NÃO SERÃO FRUSTRADOS

1. Infelizmente, temos notado, em nós mesmos, que nem sempre colocamos sobre a mesa os planos para os discutirmos com Deus. É difícil avaliarmos o porquê de fazermos isso.
2. Pode ser insegurança quanto à forma de pensarmos como Deus avaliará o nosso projeto. Mas, se acreditamos que Ele e perfeito arquiteto, o melhor é deixá-lo avaliar se estamos indo bem ou não.
3. Deus não frustra os planos dos justos pois são feitos a partir de um relacionamento estabelecido com Ele mesmo.
4. No NT aprendemos que o relacionamento nosso com Deus é na qualidade de filhos (João 1.12). No relacionamento estabelecido por filiação, o filho espera só coisas boas do pai e, por sua vez, o pai só quer dar boas coisas aos filhos. Portanto, há uma interação das vontades.
5. Falando sobre a questão da vontade, Paulo disse aos crentes de Roma que eles poderiam “experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2). E, para nós, Deus só quer tudo de bom.
6. Quando escreve aos cativos na Babilônia, Deus através de Jeremias declara qual a sua vontade e o seu plano para o seu povo (Jer. 29.4-14). Deus conduziu o povo a entender qual era a sua vontade (v.11-13).

II – POR CAUSA DE DEUS, OS NOSSOS PLANOS DEVEM SER SABIAMENTE ESTABELECIDOS.

1. Quando digo, por causa de Deus, estou me referindo ao compromisso que aliançamos com Ele.
2. Quero lembrar de Abraão, que a partir da aliança com Deus, estabeleceu em seu coração ser diferente, e levar a sua descendência a mostrar a diferença.
3. Isaque já estava em idade de se casar; Abraão estabeleceu em seu coração que seu filho não esposaria das “filhas dos cananeus” (Gn 24.3,4). Quem eram os cananeus:
“Entre as suas muitas divindades, Baal era o seu deus principal, o "Senhor da Terra", que também era o deus do tempo atmosférico. Astarote, mulher de Baal era a personificação do princípio reprodutivo da natureza, Istar era o seu nome babilônico; Astarte, seu nome grego e romano. Os templos de Baal e Astorete eram comumente próximos. Sacerdotisas eram prostitutas dos templos. Sodomitas eram homens da mesma espécie que também agiam nos templos. Existiam outros deuses cananeus e o culto a eles consistia em orgias.
Os cananeus tinham como prática religiosa comum o sacrifício de crianças. Em escavações feitas por Macalister em Gezer, 1904-1909, foram encontradas ruínas de um "Lugar Alto", que tinha sido um templo, no qual ocorria a adoração de Baal e Astarote. Sob os detritos, neste local, foram encontrados uma grande quantidade de jarros contendo despojos de crianças recém-nascidas, que haviam sido sacrificadas a Baal. A área inteira se revelou como sendo cemitério de crianças. Em Meggido, Jericó e Gezer as escavações revelaram que era comum o "sacrifício dos alicerces"; quando se ia construir uma casa, sacrificava-se uma criança, cujo corpo era metido num alicerce, a fim de trazer felicidade para o resto da família”(Fonte: Wikipédia).
4. A preocupação de Abraão era legítima; a preocupação de todo pai moderno (Séc. XXI) é legítima, aceitável e necessária.
5. Mas hoje os pais (em nossa cultura) não escolhem com quem os filhos devem se casar. Mesmo assim, os jovens e as jovens crentes podem estabelecer em seus corações não se contaminar com as “filhas dos cananeus”, aquelas e aqueles não fazem parte do seu povo da fé.
6. Como filhos de Deus, é muito importante deixarmos que Ele nos indique o caminho a seguir.

III – POR CAUSA DE NÓS, DEUS VAI ESCREVENDO A HISTÓRIA

1. Escrevendo a história? Isso mesmo, a história da humanidade ainda está sendo escrita. Como fazemos parte da humanidade, logo, a nossa está em pleno andamento.
2. Por conta do amor que Deus tem por nós, já sabemos de muitas coisas que fazem e farão parte da nossa história.
3. Ele escreveu, por causa de nós, uma história de amor e sangue. A história nasceu no coração de Deus, quando resolveu nos criar; a história foi se desenvolvendo na mente e nos propósitos de Deus, quando resolveu nos salvar; e a história terá o seu clímax, quando Deus, em Cristo, nos glorificar.
4. Por tudo que Deus já fez e ainda fará, temos mais que razões para entregarmos a Ele o nosso caminho.
5. Deus conhece o caminho dos justos; Ele conhece o caminho dos seus filhos.


CONCLUSÃO

Como será bom...
...o dia em que entregarmos o nosso caminho ao Senhor, confiando que o mais Ele fará.
...o dia em que deixarmos as preocupações, que ocupam as nossas mentes e impedem a ação de Deus.
...o dia em que crermos, que de fato, Deus tem para nós pensamentos de paz e felicidade.
Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva
IBJH 24/10/2008

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

OPOSIÇÃO, CRISE ENTRE OS LIDERADOS E A FÉ EM QUEM LIDERA

OPOSIÇÃO, CRISE ENTRE OS LIDERADOS E A FÉ EM QUEM LIDERA

NEEMIAS 4

I – TEM GENTE QUE A DESGRAÇA DO OUTRO É A SUA ALEGRIA

1. O capítulo quatro começa descrevendo o humor de Sambalá que, ouvindo que o muro estava sendo edificado ardeu em ira; não é difícil encontrar pessoas que ficam doentes quando temos sucesso. Dizem que até entre irmãos crentes há esse sentimento de inveja; será que há mesmo?
2. De Sambalá e de qualquer outro ímpio não estranhamos que isso aconteça. Davi em seus salmos nos dá muitas informações a respeito de seus inimigos.
3. Nesses dias de política temos visto a briga entre os candidatos; o sucesso de alguém que está empossado no cargo é a morte para quem aspira ser eleito.
4. Sambalá e Tobias menosprezam os judeus e a obra que estava sendo edificada (v.2,3).

II – QUANDO A ‘COISA ESTÁ FEIA’, É MELHOR ORAR

1. Estando à frente de povo que fazia a obra, Neemias não podia se deixar vencer pela intriga da oposição; assim, ele prefere orar.
2. Neemias expõe diante de Deus as faltas dos inimigos: “Estamos sendo desprezados” (v.4). Pelo tom de Neemias em todo o capítulo, o que temos que considerar é que a oposição era contra o próprio Deus, que conduzira o líder até Judá para a reconstrução; desde as primeiras informações contidas em 1.2, Deus estava à frente da obra.
3. Neemias em sua oração, um tanto pesada, podemos assim dizer, lança sobre Deus o alvo de toda provocação: “Pois te provocaram à ira na presença dos que edificavam” (v.4,5).
4. Cyril J. Barber, em seu livro Neemias e a dinâmica da liderança eficaz, diz: “Se tomássemos tempo para dizer ao Senhor as coisas que nos perturbam, não seríamos tentados a mexericar com os outros a respeito dessas coisas”. E ainda, “A reconstrução do muro é projeto de Deus. O reconhecimento disso tira todo o fardo da responsabilidade dos ombros de Neemias”.
5. Quando entendemos a quem pertence a obra na qual estamos envolvidos, trabalhamos tranqüilos, pois toda oposição terá que se haver com Aquele que nos comissionou. Assim entendia Neemias.


III – LIDERAR COM CONFIANÇA DIANTE DAS DIFICULDADES

1. Havia muita gente que queria atrapalhar a obra de reconstrução do muro. Os opositores subestimaram os edificadores (v.2), por isso ficaram furiosos quando ouviram que a reparação dos muros de Jerusalém ia avante e que já se começavam a fechar-lhe as brechas (v.7).
2. Já que pouco se conseguiu com a zombaria, decidiram atrapalhar, atacando Jerusalém e fazendo confusão (v.8). Mais uma vez queremos dizer: Tem gente que faz de tudo para que o outro não tenha sucesso. A inveja é realmente uma doença!
3. Neemias não se deixou levar pelo medo e pelo desânimo; como um líder de visão e que sabia o que queria, levou o povo a orar. Mas não só isso, ele aliou a oração com a ação: “Oramos...pusemos guarda” (v.9). Nós quando saímos de casa oramos para que Deus guarde o nosso lar, mas a previdência manda que fechemos a porta, e deixemos o pitbull solto no quintal.
4. O comentário Moody diz o seguinte: “Naquelas circunstâncias, oração e vigilância foram uma excelente combinação, ligando fé e responsabilidade” (Volume 2, Neemias, pg. 292).
5. Por um momento os judeus esmoreceram (v.10,12), pois os inimigos estavam dispostos a acabar com a obra e com os edificadores (v.11).
6. Neemias não entra no desânimo e medo do povo e toma atitudes, criando estratégias (v.13, 14, 16-18).
7. O líder Neemias motiva os seus liderados com palavras de ânimo: “Não os temais; lembrai-vos do Senhor, grande e temível, e pelejai...” (v.14). Quantas vezes o medo e o desânimo podem subtrair a nossa vitória; se não tivermos alguém do nosso lado para nos animar, fatalmente seremos vencidos.
8. Por um instante podemos ser tomados pelo medo, mas o favor de Deus através da nossa oração de confiança (v.4, 9), faz com que o quadro, de desalento e pessimismo de alguns, seja transformado em coragem e disposição para o trabalho (v.15).

CONCLUSÃO

Queremos destacar as últimas expressões de Neemias no capítulo quatro: “Grande e extensa é a obra...o nosso Deus pelejará por nós”(v.19,20).
O envolvimento ‘de corpo e alma’ com a obra, fez com que os edificadores deixassem a comodidade de estar em suas casas (v.23).
Que possamos ter essa mesma disposição quando abraçamos as tarefas do Reino.
Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva
IBJH 22/10/2008

sábado, 18 de outubro de 2008

A ‘QUASE’ INCOMPREENSÃO DO SALMISTA

A ‘QUASE’ INCOMPREENSÃO DO SALMISTA

SALMO 8.3-5

Quando penso e falo na incompreensão do salmista Davi, refiro-me à comparação que ele mesmo faz da grandiosidade dos itens criados (v.3).
O homem, tão pequeno se comparado ao universo criado, suscita uma pergunta: “Que é o homem para que dele te lembres?” (v.4).
Qual o relacionamento de Deus com o homem, a ponto deste, ser considerado pouco menor que a divindade? (v.5).
Que relacionamento é esse que faz Deus se movimentar em favor do homem pecador?

I- RELACIONAMENTO POR APRECIAÇÃO

1. Apreciação é o ato ou efeito de apreciar. Estimar valor a alguma coisa. Apreciar é prezar, julgar e considerar.
2. Tendo criado todas as coisas, inclusive o homem, Deus mesmo avaliou o que criara.
3. A respeito da luz, escreve Moisés: “E viu Deus que a luz era boa” (Gn 1.4). Mais quatro vezes Moisés escreve a avaliação de Deus sobre os conjuntos das coisas criadas, usando a seguinte expressão: “E viu Deus que isso era bom” (1.10,12,17,25).
4. Tendo terminada a criação, Moisés diz que a avaliação foi a seguinte: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (v.31).
5. Então o primeiro interesse de Deus em favor do homem foi por apreciação. Deus aprovou tudo que criara. E, o homem tendo sido criado, recebeu o selo de qualidade.
6. Davi sabia que Deus tinha razões sobejas na apreciação do homem, por ter sido este criado um pouco menor que a divindade (Sl 8.5). Deus criou o homem pouco menor que Ele mesmo, dando-lhe a sua imagem e semelhança (Gn 1.27).
7. Não fica difícil apreciarmos um filho que se pareça conosco. Não fica difícil apreciarmos um filho que seja tão inteligente quanto os pais, e às vezes, até mais.

II – RELACIONAMENTO POR VOLIÇÃO.

1. Mesmo o homem tendo errado em relação a Deus, a apreciação do Senhor por ele não se perdeu com o tempo.
2. Deus continuou interessado pelo homem, e agora queremos falar do relacionamento por volição. Na filosofia, explicam que volição é um ato da vontade. E vontade, explicam como sendo a ‘Faculdade de livremente praticar ou deixar de praticar algum ato’. Temos ainda expressões correlatas, tais como: desejo, intenção, resolução, etc .
3. O homem depois de criado por Deus, recebeu Dele, delegação para exercer domínio sobre os demais itens da criação (Sl 8.6-8). Se Deus tinha o poder sobre todas as coisas, ao homem foi dado o domínio sobre algumas coisas.
4. Mesmo tendo se rebelado contra Deus, que o criara, o homem continuou sendo objeto da vontade do Criador em relação a ele.
5. As questões relativas a expressão da vontade de Deus em favor do homem está permeada em toda a Bíblia, e de forma explícita na primeira carta de Paulo a Timóteo, quando diz: “Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (2.3,4).
6. Em teologia é-nos dada a seguinte explicação: ‘Uma expressão do desejo de Deus, não de Seu decreto soberano’ (Nota de rodapé Bíblia Anotada 1 Tm 2.4 pg 1517). Podemos tentar explicar da seguinte forma: Deus, mesmo soberano, não viola a capacidade de escolha do homem impondo-lhe aquilo que Ele deseja.
7. Já que somos seres pensantes, que têm vontade, pois conservamos a semelhança com Deus, nem sempre aquilo que desejamos ou queremos, realizamos. Claro, conservando as diferenças, pois fomos criados ‘pouco menor que Deus’, disse Davi.


III – RELACIONAMENTO POR SENTIMENTO

1. Se Deus quer manter relacionamento conosco por conta de sua apreciação e da sua vontade, Ele coloca tudo no sentimento que nutre por nós.
2. O próprio Davi nos faz compreender, pois ele mesmo compreendeu todas as coisas, e deixa isso claro no salmo, quando expressa o seu próprio sentimento. Para o salmista era flagrante a pequenez do homem em comparação à imensidão do universo (v.3,4).
3. Mas mesmo estupefato, pasmado, ele não deixa de expressar o seu próprio sentimento quando diz: “Ó Senhor, Senhor nosso” (v.1,9). O sentimento é de propriedade e soberania.
4. Deus, como já dissemos, coloca tudo no sentimento que nutre por nós. O próprio Jesus, o Deus encarnado, nos conta como foi isso, da seguinte forma: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que de o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).
5. Deus, o qual deseja que todos os homens sejam salvos, tomou para Si mesmo a responsabilidade da redenção. Ele não ficou passivo, vendo o homem que tanto apreciou, indo de mal a pior, sem a possibilidade de voltar ao Éden (figura de um estado de prazer).
6. Deus colocou em prática o Seu sentimento em relação ao homem, enviando Jesus que nos leva de volta para casa. Nós estávamos perdidos, sem saber o caminho, sem saber qual direção tomar, mas Jesus nos pega pela mão e nos conduz para casa.
7. Não há coisa mais gostosa do chegar em casa: a água da nossa torneira parece mais gostosa, o cheiro do nosso quarto é muito mais convidativo, o nosso colchão é de fato incomparável. Sabendo que tudo é assim, Jesus nos toma pela mão e nos leva para casa.
8. Jesus é a expressão do amor de Deus que se revela em favor de todos os homens.


CONCLUSÃO

Davi estava admirado com a criação. Em sua admiração ele compara a si mesmo com as demais coisas: Mas afinal, que é o homem?
Ele mesmo responde: Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus.
Deus se movimenta através da história para nos levar de volta para casa.
Os sentimentos nutridos por Deus em nosso favor, nos credenciam a esse retorno.
Mas o retorno só será possível, como Jesus mesmo diz: “Para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva
19/10/2008 IBJH

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

FATORES QUE CONTRIBUEM PARA QUE O CASAMENTO RESISTA AO TEMPO

FATORES QUE CONTRIBUEM PARA QUE O CASAMENTO RESISTA AO TEMPO

SALMO 103.8

I – A MISERICÓRDIA DE DEUS

1. A misericórdia de Deus começa ao aproximar duas pessoas que não têm nada a ver uma com a outra; pessoas com quase nada de afinidade.
2. É certo que o casamento não é constituído a partir de afinidades. Nenhuma pessoa se casa com a outra porque se é palmeirense, santista ou corintiano; porque se gosta de vermelho ou azul; ou porque gosta de comer jiló (Aliás, quem procurar alguém para casar porque gosta de comer jiló, correrá o risco de ficar solteiro muito tempo).
3. O casamento é o desafio de unir pessoas nada afins, mas muito a fim de ajuntar-se.
4. Abraão e seus descendentes fizeram casamentos com afinidade consangüínea. Nesse caso, fizeram uniões sabendo no que ia dar? Claro que não! Vejam quantos problemas surgiram em suas famílias.
5. Casamento bom é casamento sob a misericórdia de Deus. Não quero com isso jogar as responsabilidades sobre Deus, mas dizer que somente Ele pode nos conduzir a um casamento satisfatório.
6. Depois de casar Adão e Eva, “viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gn 1.31).

II – A MISERICÓRDIA DE DEUS

1. Aproximadas as pessoas, elas decidem voluntariamente, espontaneamente deixar tudo e se ajuntar. E o conceito bíblico é o de deixar tudo mesmo (Ef 5.31). Tem coisa mais difícil de deixar que o papai e a mamãe?
2. Quando falamos voluntariamente, espontaneamente, estamos falando no sentido lato da palavra, isto é, amplo, irrestrito e claro. As pessoas decidiram, após avaliarem todas as possibilidades, ficarem juntas.
3. Há casos de união consentida que acabam em casamentos involuntários e não espontâneos. Explico: uma união sexual entre duas pessoas, geralmente é consentida. Se uma união dessas, gerar uma criança, as pessoas envolvidas podem casar-se para resolver apenas um problema. Entendo assim, que a união não é nem espontânea e nem voluntária, pois se pudessem (e podem!), os envolvidos não casariam.
4. E o que falar dos casamentos feitos por interesses sociais, imposição familiar, os bens que devem permanecer entre familiares e outros?
5. As pessoas que querem estar sob a misericórdia de Deus, deixam tudo e se unem a partir do que ensina a Palavra de Deus.
6. Como ser misericordioso faz parte do caráter de Deus (e nem sempre do nosso), pode ser que um casamento que comece errado dê certo.
7. Não temos, portanto, que prescindir da misericórdia de Deus em nossos casamentos.

III – A MISERICÓRDIA DE DEUS

1. A misericórdia de Deus em nos fazer capazes de suportar um ao outro em amor.
2. Escrevendo aos crentes de Éfeso, Paulo disse o seguinte: “Suportando-vos uns aos outros em amor” (4.2). Embora o texto se refira à convivência dos crentes na igreja (No máximo, 3 dias na semana, de apenas 2 horas), o que dizer da união conjugal? Convivemos com nosso cônjuge 24 horas por dia, 30 dias no mês, e 365 dias no ano e 9855 em 27 anos. Haja amor!
3. Muitas vezes somos insuportáveis; mas o nosso cônjuge, em amor, nos suporta (Deus é mesmo misericordioso!).
4. Jesus disse: “Sem mim nada podeis fazer” (João 15.5). O Mestre estava se referindo à possibilidade de darmos frutos, mas perfeitamente aplicável ao casamento. De fato, sem Jesus nada podemos fazer para que o nosso matrimônio dê certo. É isso mesmo: sem Jesus nada podemos fazer para que o casamento resista ao tempo.
5. O amor de Deus derramado em nossos corações, por meio de Jesus Cristo, na força do Espírito Santo, nos torna capazes de amar.
6. Só o amor pode ajuntar duas pessoas, que não têm, a princípio nada a ver uma com a outra. Só o amor leva duas pessoas diferentes a decisões afins.

CONCLUSÃO

No casamento, os cônjuges nem sempre são unânimes, mas com diálogo, respeito e boa dose de disposição, é possível se chegar a um lugar comum.
Não existe receita e nem fórmula pronta para que casamentos dêem certo. O crente tem a Bíblia, que aplicada às diversas situações, pode indicar caminhos que levem à plena satisfação.
Mas, em todas essas coisas, saibam meus amados irmãos: no Senhor, a busca do casamento plenamente satisfatório não será vã.
Amém

Pr. Eli da Rocha Silva
17/10/2008

sábado, 11 de outubro de 2008

O QUE PRETENDEMOS SER NA GRANDE CASA

O QUE PRETENDEMOS SER NA GRANDE CASA

2 TIMÓTEO 2.20,21

INTRODUÇÃO

É muito difícil ser alguma coisa. Querer ser não significa que alguém chegará a ser; é preciso boa dose de empenho e sacrifício.
Chegamos a algum lugar pelo fato de darmos lugar à pretensão. Ter pretensão é almejar algo e lutar para que se chegue lá.
Nestes dias de vida política, muitos estão correndo atrás dos cargos eletivos, seja vereador ou prefeito. Mesmo pretendendo, é certo que muitos não chegarão lá. E pior, sairão mais endividados do antes. Mas, sem dinamizar a pretensão não há como saber.
O crente também é movido pelas coisas que pretende alcançar. O apóstolo Paulo disse que pretendia chegar a algum lugar, e por isso lutava (Fp 3.12-14).
Neste ensino de Paulo, quem quer chegar não pode deixar de começar. Quem quer chegar não pode agir como uma esposa não crente de um marido crente que conheci: na hora de sair para a igreja ela dizia: ‘não vou mas também não fico’.
Nas coisas que Paulo diz a Timóteo, reflito e pergunto a mim mesmo: o que pretendo ser na grande casa?

I – NA GRANDE CASA BUSCAMOS O QUE DEVEMOS SER

1. Entendo-se a grande casa como a igreja, pelo menos Paulo quis usá-la como figura, para nos ensinar o que podemos nela ser.
2. A igreja é o elemento indissociável da vida cristã. Não se concebe um crente sem igreja. O crente sem igreja, é o mesmo que dizer que se trata de um crente sem Cristo.
3. Por outro lado, o ser crente (sem igreja), torna-se questionável. A não ser que pensemos como Tiago, quando fala da crença monoteísta dos demônios, que não diferia da dos judeus daqueles dias (nem dos de hoje); mas para os demônios não trazia nenhum resultado prático (Tg 2.19).
4. O vivermos a vida da igreja, e na igreja, nos qualifica, nos dá qualidade, nos tornamos, a cada dia o crente melhor que ontem.
5. Na igreja somos aperfeiçoados (Ef. 4.12). Por sermos nova criatura, não podemos cair no erro de voltarmos a praticar coisas da velha criatura, ou continuarmos eternos nascidos.
6. A igreja é a reunião daqueles que foram mudados radicalmente. A igreja não é o lugar daqueles que cansaram desta ou daquela religião, mas daqueles que são crentes em Cristo, com todas as implicações dessa crença.
7. Fizemos uma pequena “confusão” com a palavra igreja, pois todo aquele que é da igreja, gosta de estar no templo.

II – NA GRANDE CASA, JÁ DEFINIDA COMO A IGREJA.

1. Em qualquer casa há vários tipos de utensílios: aqueles mais apreciados e também os ignorados.
2. Numa grande casa, conforme nos diz Paulo, a vasos de todos os tipos e fins. Há vaso de ouro e de prata; há vaso de madeira e de barro; há vaso para honra e para desonra.
3. Os vasos de ouro e de prata, por serem mais valiosos, são portanto mais desejados. Esses vasos, e alguns até raros, eram usados apenas em ocasiões especiais.
4. Na analogia paulina, é possível ver a classificação de crentes que coexistem na mesma igreja. Há um comentário que ao invés de tratar todos como crentes, diz que há pessoas ímpias coexistindo na igreja com os crentes.
5. Ainda em sua analogia, ele trata da honra e da desonra. Os vasos de honra em uma casa de pessoas abastadas, eram colocados à mostra. Os de desonra ficavam escondidos, não por serem feios, podiam até ser belos; o uso é que era desonroso: eles serviam para se colocar lixo ou excremento.
6. Para exemplificar o vaso de honra, podemos citar a mulher que traz até Jesus, o bálsamo puro em um vaso de alabastro, e não em uma botija de barro (Mt 26.7).
7. O que temos sido e o que queremos ser na igreja? Em qual tipo de vaso podemos ser classificados?

III – NA GRANDE CASA, AINDA HÁ TEMPO DE SERMOS O QUE DEVEMOS SER

1. Só não há esperança para quem já morreu; para o que está na igreja ainda há esperança.
2. Para os que estão na igreja, mas a si mesmos, podem considerar-se vasos de desonra, ainda há esperança.
3. Há a possibilidade de mudar o estado vil (desonra) e fútil, para o uso perfeito e útil ao seu possuidor (v.21).
4. Se quisermos, e assim fizermos, isto é, buscarmos a purificação dos erros cometidos, tudo passará a ser diferente.
5. Mas, onde está a diferença? Talvez alguém pense: “Quem disse que nós queremos que seja diferente? Do jeito que está vai muito bem”. Aí caro pensante...nada mais há que fazer por você!
6. Apenas para os que querem fazer diferença (os demais podem fechar os ouvidos!):
• Você deixará o estado de desonra para o 'status' de vaso de honra;
• Será vaso santificado, separado;
• Será vaso útil para servir à vista de todos
• Será vaso preparado para toda boa obra


CONCLUSÃO


Na analogia paulina, nas figuras da grande casa e dos vasos, o fator preponderante não é se o vaso é de ouro ou prata, ou ainda de madeira ou barro, mas o seu uso, a sua finalidade.
Os propósitos que me levam à busca da purificação é que devem contar.
Se alguém aqui não tem propósito nenhum, ainda há tempo de ter algum.
O crente sem propósito é tão inútil quanto um vaso de desonra.
É possível mudarmos o quadro.
Muitas são a possibilidades; vamos começar agora.
Amém.
Pr. Eli da Rocha Silva
IBJH 12/10/2008

sábado, 4 de outubro de 2008

QUEREMOS UMA VIDA TRANQUILA E MANSA

QUEREMOS UMA VIDA TRANQUILA E MANSA

1 TIMÓTEO 2.1,2


I – PRESTEM ATENÇÃO AO QUE VOU PEDIR

1. O que Paulo espera dos crentes de Éfeso a prática da oração nas suas mais variadas formas, ou tipos. A igreja deve viver a prática da oração, e esta, pública ou privada.
2. A súplica era dirigida a Deus. Há casos de súplicas aos homens, tendo em vista uma necessidade. Podemos orar a Deus e também solicitar em favor de alguém a alguma autoridade.
3. A oração é usada apenas em relação a Deus. Devemos orar por todos os homens.
4. As intercessões, palavra que nos dá a idéia, de nos colocarmos entre um e outro. O intercessor, por um instante esquece de si mesmo em favor do outro.
5. As ações de graça demonstram o nosso espírito de gratidão. Há crentes ingratos. Há crentes que para eles, Deus não faz mais que sua obrigação em abençoar. É possível que tenhamos que ser gratos a Deus quando abençoa a todos os homens.





II – O OBJETO DAS ORAÇÕES (V.2 a).

1. Paulo pede que se ore pelos reis. No nosso caso pelo nosso presidente. Também pelo governador e pelo prefeito.
2. Orar pelos deputados federais, estaduais e pelos vereadores; pelos delegados e policiais; pelos juízes e promotores; pelos fiscais e seus chefes. Enfim, por todos os que estão investidos de autoridade (v.2 a).
3. Devemos orar pelos maus e pelos bons governantes; pelos crentes e pelos incrédulos; pelos que se mostram justos e pelos ímpios.
4. É difícil? Difícil ou não, é melhor que atendamos ao apelo de Paulo.


III – O RESULTADO DAS ORAÇÕES (V.2b)

1. “Para que vivamos uma vida tranqüila e mansa”. Paulo não estava pensando em sua aposentadoria; não estava pensando no seu sitiozinho em Cafundó, embora a palavra grega eremos (tranqüila) possa indicar isso; ele estava pensando nas possibilidades de divulgação do evangelho. Talvez alguns entre nós, vivam pensando no sitiozinho em Cafundó!
2. Paulo queria uma vida quieta e sem sobressaltos. Embora a palavra grega hesuchios (mansa) possa ter vindo de uma outra, hedraios, que possa indicar sedentarismo, imobilismo e imperturbável, o que Paulo queria mesmo era paz (ausência de perseguição) para que pudesse evangelizar.
3. Na sociedade em que vivemos, e Paulo queria isso, a nossa vida deve ser com toda piedade e respeito.
4. A nossa vida de ser de dedicação às coisas do Reino de Deus, embora cuidemos das outras necessidades, sem esquecer o que devemos priorizar.
5. A vida de piedade é caracterizada pela reverência e o temor que devotamos a Deus.
6. A vida de respeito, deve acontecer de nós para os outros e dos outros para nós. A sociedade respeita a fé que professamos. Embora não aceitemos (por isso pregamos) a sua incredulidade, respeitamos.


CONCLUSÃO

Tudo o que dissemos acima, baseado no entendimento de Paulo, foi simplesmente para dizer que hoje é um dia de escolhas.
Que, ao escolhermos os nossos representantes, possamos fazer na melhor das intenções, buscando sempre o bem da sociedade na qual estamos inseridos.
Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva
IBJH 05/10/2008

ADORAMOS O CORDEIRO

ADORAMOS O CORDEIRO

Textos: Isaías 53.7 ; João 1.29,35,36; Apocalipse 5.6-6.17


I – O CORDEIRO NA PROFECIA DE ISAÍAS

1. Em Isaías, temos a visão Daquele que sofre sem revidar; que foi humilhado sem exaltar (perder a cabeça), ou seja, manteve-se passivo diante dos que o maltratavam (v.7).
2. O Servo sofredor foi encaminhado para a morte sem oferecer resistência: “como cordeiro foi levado ao matadouro”.
3. Isaías, conhecido como profeta messiânico, nos dá a nítida idéia a respeito do Cordeiro que morreria em favor das ovelhas desgarradas (v.6).
4. Todos os cordeiros mortos em sacrifício indicavam para o Servo sofredor.
5. O que não houve no Servo sofredor foi o desejo de apelação: “não abriu a sua boca”.
6. O profeta usa também a figura da ovelha dócil e subserviente: “como ovelha, muda perante os seus tosquiadores.
7. Como alguém sob um tirano, o Servo foi oprimido; na sua humilhação foi contado entre os perversos (v.9).


II – O CORDEIRO E JOÃO, O BATISTA

1. João Batista deu um tempo para os fariseus (João 1.24); eles queriam saber de João se era ele mesmo o Cristo (v.19): “Ele confessou e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo” (v.20).
2. No dia seguinte ao fato, Jesus vem até o batizador; então João Batista diz: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (v.29).
3. Na dispensação da Lei, o pecador apresentava o sacrifício pelo seu pecado (Lev 4.27-35); na dispensação da graça, o próprio Deus entrega o Cordeiro.
4. Na dispensação da Lei, o sacrifício era apresentado por apenas um que pecasse; na dispensação da graça, o Cordeiro foi entregue por todos os pecadores.
5. João, o evangelista, escreve o que o próprio Jesus diz: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (3.16). João Batista, viu no Filho unigênito entregue por Deus, o Cordeiro entregue pelos pecados.
6. No dia seguinte às declarações de João, a ver novamente Jesus, ele diz: “Eis o Cordeiro de Deus” (v.35,37).


III – O CORDEIRO E JOÃO, O EVANGELISTA

1. Em Isaías, o Cordeiro como profecia; com João Batista, o Cordeiro como cumprimento; em João, o evangelista, em seu livro Apocalipse, a revelação do Cordeiro que venceu.
2. João viu um Cordeiro como tendo sido morto (5.6). Como Cordeiro de Deus, Jesus traz em seu corpo as marcas do nosso pecado. A Tomé, Jesus disse: “Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega também a tua mão e põe-na no meu lado” (João 20.27).
3. Diante do Cordeiro prostraram-se os vinte e quatro anciãos, que com harpas, entoavam um novo cântico. A letra do cântico diz: “Porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação” (Ap 5.8,9).
4. João, conforme escreve George Ladd, “viu multidões incontáveis de anjos acrescentando seu cântico de louvor ao dos quatro seres viventes e dos anciãos” (v.11). Eles em uníssono diziam: “Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor” (v.12).
5. O Cordeiro, que levado para o matadouro, não abriu a sua boca; como ovelha, que tosquiada, mostra-se resignada no seu silêncio, é honrado e aclamado por milhões de milhões e milhares de milhares (v.11).
6. Terminamos (Mas João continua o seu Apocalipse!) com a revolução cósmica ouvida por João: “Ouvi também a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e a todas as coisas que neles há, dizerem: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos. E os quatro seres viventes diziam: Amém. E os anciãos prostraram-se e adoraram” (v.13,14).


CONCLUSÃO


Jesus é o Servo sofredor em Isaías.
Jesus é o Cordeiro declarado por João Batista.
Jesus é o Cordeiro que recebe adoração na revelação dada a João, o evangelista.
O que Jesus representa para você?
Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva

IBJH 05/10/2008

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

LÍDERES E LIDERADOS COM O CORAÇÃO NA OBRA

LÍDERES E LIDERADOS COM O CORAÇÃO NA OBRA

Neemias 3.1-32


I – LÍDERES, AVANTE!

1. Eliasibe, sumo sacerdote, comandou os demais sacerdotes na reedificação do muro. Eliasibe entendeu que o trabalho pesado deveria ser feito também pelos que cuidavam da religião.
2. Acabaram fazendo o serviço completo: reedificação e consagração. Cada pedaço terminado era dedicado ao Senhor. Quanta alegria em edificar algo para Deus! Essa mesma alegria deve inundar a nossa alma quando tivermos que edificar a casa de oração (Templos).




II – A OBRA DEVE ENVOLVER A TODOS

1. A obra de Deus envolve gente de todas as procedências e profissões.
2. Pessoas que estavam acostumadas com serviços pesados como os de profissões mais leves: sacerdotes (v.1), ourives e perfumistas (v.8), líderes (governadores) e mulheres (v.12), levitas (v.17) e mercadores (v.32).
3. Sempre há aqueles que querem ficar à margem para ver em que tudo vai dar. Alguns nobres tecoítas não quiseram se envolver na obra (v. 5); é possível que não quiseram se submeter à Neemias. Os aristocratas não quiseram se misturar.
4. É interessante observarmos, que aparecem expressões que nos mostram o envolvimento de todos na obra de restauração: com os, junto a ele, também ao seu lado, ao lado destes, a cujo lado, ao seu lado, ao lado.
5. A obra que fazemos para o Senhor é de cooperação, não só cooperadores de Deus, mas de um ao outro.



III – A OBRA DEVE SER FEITA COM ARDOR.

1. No texto há uma referência a alguém que fazia a obra com grande ardor (v.20). A NVI diz que ele reparou com zelo. Uma tradução em espanhol diz que ele fez “con todo fervor”, isto é, fervorosamente.
2. Na verdade, houve da parte de Baruque, total envolvimento naquilo que fazia; ele colocou a sua alma na tarefa que lhe cabia. Que bom se todos nós agíssemos como Baruque naquilo que somos encarregados de fazer.
3. A palavra ardor em hebraico que é harah, indica tanto indignação, como fervor e empenho; e o que se pensa a respeito de Baruque, é que ele se empenhou.


CONCLUSÃO

Nem sempre a única obra a ser realizada na causa é a pregação e o ensino. Muitas vezes somos designados, por força das circunstâncias, a serviços mais pesados.
Em relação aos pastores, aos que se encarregam de atender às necessidades espirituais do rebanho, a orientação do Conselho Apostólico, é que aqueles se dediquem à pregação e à oração.
Mas se precisar...mãos na massa!

Pr. Eli Rocha Silva
IBJH 30/09/2008