quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

UMA ENTREGA INESQUECÍVEL

UMA ENTREGA INESQUECÍVEL

EFÉSIOS 5.25-27 “Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (v.25b)

INTRODUÇÃO

Quando digo inesquecível, quero mesmo referir ao que Paulo pede aos crentes em Corinto, que ministrassem a Ceia do Senhor até que Ele venha.
Escrita, por volta de 63 d.C, a carta aos Efésios pinta o quadro da morte de Jesus. Por que Jesus morreu?
Mas antes de explicar a razão da morte, Paulo diz que Cristo amou a igreja. Amou a igreja que Ele mesmo decidiu edificar (Mt 16.18); Ele a edificou para si mesmo. Assim sendo, a igreja só tem um dono: Cristo Jesus.
Jesus não só amou a igreja, mas demonstrou o seu amor quando ‘a si mesmo se entregou por ela’.
Paulo elenca as razões da entrega de Jesus pela igreja:

I – ‘A FIM DE SANTIFICÁ-LA’ (v.26)


1. Essa atitude de Jesus tinha como finalidade algo que devemos chamar de exclusivismo. Ao separar (idéia da palavra santificação) a igreja para si, Jesus estava dizendo que ele era o seu único esposo.
2. A idéia da exclusividade partiu de Deus em relação a Israel, mas este teve dificuldades em assumir que era exclusivo. Pedro, mais tarde, ressalta a exclusividade da igreja (1 Pd 2.9).
3. Os crentes, como Israel, foram separados do mundo. Uma vez separados, cortados para fora do mundo, passamos para algo chamado ‘novidade de vida’.
4. Quando Deus separou a Israel, não queria que a nação tivesse o mesmo comportamento das demais nações. Quando Jesus nos escolheu para compor a sua igreja, também não quis (e não quer) que tivéssemos o mesmo comportamento do mundo. Esta é a lógica!
5. E Cristo é aquele que tem o poder de santificar a igreja. Ao fazer isso, Cristo coloca a sua igreja em outro nível; no nível Dele mesmo, pois Ele é santo (1 Pd 1.16).
6. A igreja (nós, os seus membros), não é ente passivo em todo esse processo, pelo contrário, a sua atitude deve ser mais que dinâmica (Hb 12.14, Rm 12.2). Não estou querendo dizer que Cristo ficará dependente de nós, mas que nós os crentes saberemos ser totalmente dependentes Dele.

II – O MODUS FACIENDI DE JESUS

1. Tendo a igreja sido separada dos demais, tirada do mundo; Paulo explica a forma como Cristo operou a sua santificação: “tendo-a purificado com o lavar da água, pela palavra” (v.26).
2. A purificação pelo lavar com água nos traz a figura do batismo. O batismo é a figura visível do que foi invisível. Gosto de dizer que fomos batizados em Jesus, que mergulhamos Nele, quando quero falar do batismo no Espírito.
3. Falando com Nicodemos, Jesus explica-lhe sobre o novo nascimento, que é aliado ao fato de nascer da água e do Espírito (João 3.6).
4. Da mesma forma, Jesus prega a salvação para a mulher samaritana, falando da necessidade de envolver-se com um tipo de água que faz nascer uma fonte que jorra para a vida eterna (4.14). Ver João 7.37-39.
5. A Palavra tem lugar único no processo de salvação, pois ‘a fé vem pelo ouvir, e o ouvir, pela palavra de Cristo’ (Rm 10.17). Às igrejas do Apocalipse foi dito: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”. Ouça o que? A Palavra. Algo que o pregador não deve deixar de falar é a Palavra. É extremamente válido quando algum irmão ora dizendo: ‘Que o pregador não fale de si mesmo’. Se ele falar de si mesmo deixará a Palavra de lado.
6. O drama da igreja de hoje é que a Palavra tem um pequeno espaço na liturgia. Há muitos que saem antes da Palavra ser pregada. Talvez seja melhor que saiam mesmo, pelo menos não vão atrapalhar os que querem ouvir.

III – O PROPÓSITO DE CRISTO

1. O propósito de Cristo foi apresentar a igreja a si mesmo (v.27). Interessante, alguém leva a noiva até o altar e a apresenta a si mesmo! É isso mesmo que Jesus está fazendo.
2. Jesus edificou a igreja, morreu por ela (prova do seu amor), e a conduz a si mesmo, bela, triunfante, vencedora, sob os olhares das rivais (o diabo).
3. A igreja (Noiva) apresenta-se sem mancha (sem defeito, pura); sem ruga. Não significa maquiada, ou que tenha feito plástica, mas que é permanentemente jovem. Paulo refere-se, logicamente, à santidade da igreja.
4. “Nem qualquer coisa semelhante” A igreja não comprometida. A igreja que não é mal falada (caiu na boca do povo). Qual é o noivo que gostaria de, no dia do seu casamento, ouvir que a sua noiva é de má fama?
5. A igreja deve zelar pelo Nome do noivo que ela tem. Por isso, ela deve ser “santa e irrepreensível”. Ou seja, inculpável (KJV). Também: sem mancha, sem defeito, intacta.
6. A noiva (A igreja), por mais que se esforce, fará apenas o que está ao seu alcance: a submissão.


CONCLUSÃO

Que possamos como igreja do Senhor Jesus, nos guardar dos erros do mundo.
O noivo virá buscar a igreja que viveu sem culpa, sem comprometimento.
Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva
IBJH 01/02/2009