sexta-feira, 27 de março de 2009

ROMANOS 10.13-16_A ASSERTIVA E A PREOCUPAÇÃO PAULINA

A ASSERTIVA E A PREOCUPAÇÃO PAULINA

ROMANOS 10.13-16

Uma assertiva é uma afirmação. Paulo escrevendo aos crentes de Roma foi assertivo.
A sua assertiva é: “Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”.
Mas Paulo sai da assertiva para a preocupação.
Para a sua assertiva, apenas uma sentença; para a sua preocupação, quatro.

I – A PRIMEIRA SENTENÇA PREOCUPANTE.
1. Lendo apenas a assertiva paulina, fica parecendo muito fácil o indivíduo ser salvo: basta apenas invocar o nome do Senhor.
2. Mas o apóstolo nos faz ver que a coisa não é tão simples assim. Ele levanta uma questão para reflexão dos crentes dos seus dias (e dos nossos): “Como, porém, invocarão aquele em quem não creram?” (v.14 a).
3. Podíamos contra-argumentar o apóstolo dizendo que, se não creram, o que temos nós a ver com isso? Problema deles, uai! Como dizem alguns: ‘Cada um com o seu problema’.
4. Alguém só é invocado, chamado, requisitada a presença, quando pode ser útil. O necessitado clama por ajuda. O ser humano orgulhoso como é, só chamaria alguém como última circunstância.
5. A situação da pessoa que faz o convite é crítica; ela está correndo perigo; ela precisa ser salva. O drama é que a pessoa ainda não creu Naquele que pode salvar do perigo iminente.

II – A SEGUNDA SENTENÇA PREOCUPANTE.
1. Parece-nos que há da parte do aflito, do cansado, daquele que corre perigo, uma disposição para crer: basta que ouçam e crerão.
2. A preocupação do apóstolo é a seguinte: “E como crerão naquele de quem não ouviram falar?”(v.14 b). A pessoa aflita pode ser socorrida; o que caminha para o precipício pode ter a sua rota alterada; basta apenas que ouçam a respeito Daquele que salva.
3. Para que se creia é preciso que se ouça. Zaqueu ouviu falar a respeito de Jesus, e foi conferir. Os cegos curados por Jesus ouviram antes de vê-lo.
4. É preciso que se proclame Aquele que salva. Parece que não ter ouvido de Cristo serve como atenuante. Mas será mesmo? Isso me faz lembrar o hino que diz: “Não me falaram de Cristo...Tantos vi que salvou, mas ninguém se importou, de falar-me da graça de Cristo. Há alguém entre nós que possa dizer, não me falaram de Cristo? Talvez, antes de você adentrar a este templo.
5. Se alguém ainda não ouviu para crer, a culpa pode ser nossa. Que desculpa já vamos preparando para o dia final?

III – A TERCEIRA SENTENÇA PREOCUPANTE
1. Há alguém em apuros e clama. Basta apenas que alguém se disponha a falar-lhe dAquele que pode socorrê-lo.
2. Paulo é assertivo, mas também preocupado. Parece-nos que a coisa não ia bem para os que precisavam invocar o Nome para ser salvos: “E como ouvirão, se não há quem pregue?” (v.14c). A situação estava mesmo feia. Havia pessoas que precisavam ouvir, estavam abertas à palavra de evangelização, mas não há quem pregue.
3. Paulo teria coragem de dizer a mesma coisa para nós hoje? Não só teria, como fala através da Palavra de Deus que ficou para nós: “Não há quem pregue”.
4. Na fila de entrada no céu, o que vamos fazer se virmos alguém do nosso círculo de amizades ou familiar dizendo: ‘Não me falaram de Cristo’. Vamos sair disfarçadamente, de fininho, da fila?

IV – A QUARTA SENTENÇA PREOCUPANTE.
1. Há pessoas que precisam ser salvas e há Quem pode salvar. Há pessoas que precisam ouvir e há uma mensagem a ser pregada. Mas quem vai pregar?
2. Mas Paulo diz (por inferência) que tem gente para pregar, mas: “E como pregarão, se não forem enviados?”(v.15 a).
3. Há um grupo de evangelistas que precisam ser especificamente comissionados. São homens e mulheres que têm a Palavra para ser pregada.
4. A igreja é kerygmática, porque tem a palavra a ser proclamada, e é apostólica, porque envia os pregadores (É certo que é até perigoso dizer que a igreja é apostólica!).
5. A igreja, responsável como é (e aqui penso na local), não só envia, mas sustenta. Para muitas igrejas é chic dizer: ‘Nós enviamos missionários para os campos’. Se o negócio é ser chic, é preciso que coloquemos em nossa cabeça que é chic sustentar, é chic orar, e é chic socorrer os missionários nos momentos de aflição.


CONCLUSÃO

Que Deus nos abençoe na arte de fazer missões.
Ser chic é fazer missões de modo integral: indo, enviando, orando, sustentando e acolhendo.

PR. Eli da Rocha Silva
Igreja Batista em Jardim Helena – Itaquera – São Paulo –SP – 29/03/2009

domingo, 22 de março de 2009

MATEUS 28.18-20_AS VIAS DA MISSÃO

AS VIAS DA MISSÃO

MATEUS 28.18-20


I – A NECESSIDADE

1. A Grande Comissão é fruto da necessidade do povo sem Deus.
2. Em que momento o povo se viu necessitado de Deus? Tão logo saiu do Éden o homem se viu perdido no desastre de sua opção.
3. A saída do Éden não foi de forma honrosa (Gn 3.24). O homem que estava no usufruto de tudo que é bom, principalmente a comunhão com Deus, viu-se de uma hora para outra, destituído de todo esse bem-estar.
4. Retornar ao Éden, nem pensar, nenhum homem em bom juízo enfrentaria querubins com espada flamejante.
5. Estando Jesus cumprindo a missão para a qual foi comissionado, viu que as multidões andavam como ovelhas sem pastor (Mateus 9.36).
6. Ovelha sem pastor é ovelha sem rumo. Falo do Supremo Pastor. Vez por outras ouvimos de pastores sem rumo. Às vezes o pastor se sente como ovelha sem pastor (Não é um desabafo; é uma constatação).
7. Por esta razão, penso que uma das vias da missão é a necessidade.


II - A AUTORIDADE


1. Detectada a necessidade, o Mestre partiu para ação. Qualquer ação sem prognóstico é como investimento sem lucro, por conta de não fazermos um estudo de viabilidade.
2. A sua ação primeira foi criar uma equipe de trabalho. Que tipo de gente é bom para fazer parte da nossa equipe? Como Jesus era um estrategista, e como tal sabia que ficaria de margem em margem, escolheu de cara quatro pescadores (Mateus 4.18,21).
3. A idéia não é que eles forneceriam o grupo de peixes, mas que eles sabiam navegar. Se navegar é preciso, nada como ter bons marinheiros na equipe.
4. Organizado o grupo, Jesus estabelece a ação. Diante da equipe, Jesus delega autoridade; Ele mesmo tinha autoridade (Mateus 28.18). A sua autoridade, por concessão do Pai, era geral e irrestrita: no céu e na terra.
5. Na base de sua autoridade Jesus comissionou os seus discípulos. A Comissão se dá em poucas palavras: “Ide”. O comissionamento também era amplo: “Fazer discípulos de todas as nações”.
6. Para cumprir a missão é preciso estar sob a autoridade de Jesus. Não há como sair ao campo destituído de delegação divina.


III – A REALIZAÇÃO


1. A última via da missão depende integralmente da igreja. As duas vias anteriores estavam diretamente ligadas a Jesus: Ele viu as multidões necessitadas e Ele conferiu autoridade. Mas, ir para a missão é responsabilidade da igreja.
2. A missão não é angélica; é humana. Não foi dada aos anjos a missão, mas para nós integrantes da igreja a responsabilidade de pregar.
3. Não excluo Jesus da última via da missão, pois Ele mesmo disse: “Sem mim nada podeis fazer” (João 15.5). A igreja ficaria de mãos atadas sem o poder para a missão; ou melhor, não haverá razão de tentar realizar a missão sem o poder.
4. Jesus sabia do risco de alguém sair em missão sem o poder, que Ele mesmo orientou os seus discípulos que aguardassem em Jerusalém até que recebessem o poder.
5. A missão é obrigação da igreja. Mas, quem é a igreja, para que se possa atribuir a missão? A igreja é o grupo de pessoas que foi lavado e redimido pelo sangue de Jesus. A igreja é o conjunto dos salvos de todas as épocas, mas os salvos cumprem a missão em seu tempo.
6. Podemos dizer que o tempo é nosso. A missão é nossa, incluindo todos os crentes desta época. Sejam crentes crianças, jovens ou velhos.
7. Não devemos nos apegar à idéia que evangelização é coisa de crente velho, ou, pessoas velhas de crentes. O colégio apostólico era formado por crentes novos, com pouco mais que três anos de evangelho.
8. A última via da missão é a sua própria realização, e para que isto aconteça, nós somos os missionários desta época.


CONCLUSÃO

A igreja tem a história da salvação para que seja contada. Como cantam as mensageiras: “Às nações contaremos a história, que é capaz de livrá-las do mal”.
Se os crentes não se dispuserem a contar a história, quem há de ir por Cristo?

PR Eli da Rocha Silva
Igreja Batista em Jardim Helena – 22/03/2009

domingo, 8 de março de 2009

O IMAGINÁRIO DE LEMUEL E A VIDA REAL

O IMAGINÁRIO DE LEMUEL E A VIDA REAL

PROVÉRBIOS 31


Quando falo ‘imaginário de Lemuel’, estou apenas pensando na resposta ao rei que pergunta: “Mulher virtuosa, que a achará?”.
Mas quando lemos o que ele diz sobre tal mulher, não dá para não pensar em algumas mulheres.
Mas por que pensar em algumas mulheres? Por que não pensar apenas naquelas que nos cercam? Estamos rodeados por muitas mulheres. Muitas delas de importância direta em relação a nós.
Quem são essas mulheres? Elas têm vários nomes; mas para mim seus nomes são: mãe, sogra, esposa (mulher), filhas, tias, irmãs, companheiras, professora, médica, e assim vai.
Algumas delas fizeram a nossa história:
A mãe. Que mulheres maravilhosas. Sem essa mulher nada seríamos. Além de nos dar a vida (participação direta no processo), continua a nos dar de sua vida.
A sogra. Igualmente maravilhosas, as mulheres sogras, têm a coragem de nos deixar levar suas filhas conosco e para nós. Filhas que foram cuidadas com carinho, com zelo, com desprendimento e muitas vezes às duras penas.
As filhas. As filhas são aquelas que nos ensinam a arte de sermos pais. Nunca seríamos pais sem a compreensiva e valiosa contribuição delas.
A professora. Eta mulher que dispensa falação! Tive uma professora chamada Dona Cida; ela cuidou de ensinar-me as primeiras letras. Do seu nome só sei isto: Professora Cida.
As outras mulheres. Muitas são as outras mulheres que passam pela nossa vida; mulheres que deixam as suas marcas impressas na tábua do coração.
Quero dizer ao rei Lemuel que muitos encontraram a mulher virtuosa, cujo valor excede ao das jóias preciosas. Basta apenas que o rei Lemuel pare para ouvir o Alberto falando da Maria José Xavier; o Aleksandro, da Vânia; o Antonio Soares, da Raimunda; o Antonio Leite, da Alessandra; o Augusto, da Creusa; o Arnaldo, da Bete; o Benê, da Susi; o Ricardo, da Silvana; o Deoclides, da irmã Cida; o PR. Eli, da Sueli; o Elto, da Cida Brito; o Emerson, da Denise; o Eraldo, da sua Imaculada; o Gerson, da Janinha; o Hugo, da Jane; o PR. Joaquim, da Ana Maria e o José Arnaldo, da Paixão.
Ah! Se o rei Lemuel não tiver muita pressa, ele pode ainda dar um tempo para ouvir o Milton, falando da Vânia; o Juarez, da Zezé; o Leandro, da Bete; o Levi, da Ieda; o Manuel, da Eunice; o Necivaldo, da Fátima; o Paulo, da Diva; o Rogério, da Daniela; o Ronnie, da Ana Paula; o Rodolfo, da Lucilene; o Rubens, da Evanda e o Wanderson, da Viviane.
O rei poderia ainda conhecer outras mulheres da nossa comunidade. Mulheres solteiras, mulheres viúvas, mulheres divorciadas e meninas mulheres. A minha intenção não seria a de cansar o rei Lemuel.
Aliás, o rei que deu ouvidos à sua mãe, e assim, aprendeu com ela, nos deixa algumas coisas para pensarmos.

I – A FIGURA DO MARIDO ELOGIADOR (v.29).

1. Esse marido, contado pelo rei Lemuel, era elogiador, era romântico. Nós maridos ficamos devendo no quesito romantismo (Nota zero para a maioria).
2. Muitas mulheres têm virtudes, mas a elogiada pelo marido supera a todas.
3. Sem querer ser chulo, esse marido diz para que todos ouçam: ‘A melhor grama está no meu quintal!”. Tal marido está dizendo que reconhece o valor de sua mulher.
4. Não tenho nenhum receio em dizer que a minha mulher preenche o que se diz do verso onze ao vinte e sete. Com certeza assim diriam os outros maridos também (Com a devida contextualização, claro!).

II – COISA PARA SE PENSAR... (v.30).
1. De repente o rei Lemuel muda o discurso para advertir. Advertir quem? Talvez algum jovem que estava pensando em se casar. Quais são os critérios de escolha de uma esposa? Talvez muitos digam ser o coração. Mas muitos escolhem pelo que se vê.
2. Quais virtudes buscar na mulher para ser esposa? O rei diz que a ‘beleza é enganosa, e a formosura é vaidade’. Se ele disse isso mil anos antes de Cristo, imagine o que ele diria hoje, quando estamos na era do silicone e do Botox.
3. Mas o rei fala de um tipo de mulher que será elogiada: a que teme o Senhor. O seu marido e filhos se esmeram em louvá-la, em fazer celebração. As mulheres de um modo geral, que temem ao Senhor, devem ser elogiadas.
4. Vivemos em dias de pouco temor ao Senhor; o que se espera das mulheres cristãs é que nunca percam esse temor.

III – O QUE O REI ENSINA PARA TODOS OS HOMENS (v.31).
1. A mulher virtuosa é digna de recompensa. Ela deve usufruir do seu trabalho. Uma tradução aproximada da KJV seria: “Dê a ela do fruto das suas mãos”. Ela deve viver da tranqüilidade proporcionada pelo seu trabalho.
2. Quantos casos de injustiça. Quantas mulheres trabalham para formar um patrimônio com seus maridos, e sem mais nem menos, se vêem espoliadas dos seus bens. (Vi na TV sobre uma mulher, cujo marido arrumou outra, e voltou em casa para pegar utensílios domésticos). A mulher descrita pelo rei construiu um patrimônio com o seu marido (v.16).
3. Por tudo que fez e representa a mulher virtuosa, o seu trabalho, a sua dedicação, ela deve ser elogiada em público.
4. O seu marido é respeitado na porta de julgamento, quando se assenta entre os anciãos (v.23). O quanto essa mulher virtuosa contribuiu para o sucesso do seu marido é impossível medir. Mas, como se diz: “Junto com um grande homem, há uma grande mulher”. Ali, na porta da cidade, no lugar de julgamento, entre os seus pares, a mulher virtuosa devia ser elogiada pelo marido.

CONCLUSÃO

Que Deus abençoe essas mulheres virtuosas que nos ajudam a escrever a nossa história.
Sejam elas casadas, viúvas ou meninas mulheres, que saibamos valorizá-las.
Quantas meninas mulheres têm sofrido em nossos dias. Que a violência contra elas possam acabar. Que elas também recebam as nossas homenagens neste Dia Internacional da Mulher.
Amém.

PR. Eli da Rocha Silva
08/03/2009 – Igreja Batista em Jardim Helena – Itaquera – São Paulo - SP

sábado, 7 de março de 2009

7- Lições em Romanos 15.1-13

7- Lições em Romanos 15.1-13

Cristo, nosso exemplo de abnegação (NIBB)

(v.1) - Ora nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos.
1. Não sei em que momento da vida cristã nós chegamos à consciência de que ‘somos fortes’. Mas caso saibamos que chegamos, esse poder adquirido nos fará responsáveis pelos outros que ainda não chegaram à mesma consciência.
2. O nosso poder (dinatoi) nos faz devedores (opheílomen) aos que ainda estão sem poder (adinatoi). Paulo tinha isso como uma dívida dos crentes fortes para com os crentes fracos (Ver Rm 1.14).
3. Um ponto difícil é justamente deixarmos de lado aquilo que nos agrada, em favor do nosso irmão. Ou seja, abrirmos mão do nosso de bem-estar, por conta daquele que ainda não nos alcançou.

(v.2) - Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo, visando o que é bom para edificação.
1. A questão não é só deixar de agradar-nos a nós mesmos, mas ser ativo no sentido de agradar ao próximo.
2. Não se trata de atender às vontades, aos caprichos daquele que ainda é fraco na fé, mas de atendê-lo naquilo que servirá para o seu crescimento, naquilo que for bom para a sua edificação (oikodomén). Consequentemente, todos ganharão com isso.

(v.3) - Porque também Cristo não se agradou a si mesmo, mas como está escrito: Sobre mim caíram as injúrias dos que te injuriavam. 1. O exemplo para as atitudes do cristão é o próprio Cristo; razão de sermos cristãos.
2. Cristo não agradou a si mesmo. Se por um momento pediu que o cálice não fosse por Ele tomado, em seguida consentiu que a vontade a ser feita fosse do Pai (Lc 22.42); podendo apegar-se à gloria que tinha, não fez isso (Fp. 2.6,7).

(v.4) - Porquanto, tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que, pela constância e pela consolação provenientes das Escrituras, tenhamos esperança. 1. Sendo Cristo o nosso exemplo, não é demais pedir aos crentes que sejam pacientes com os irmãos mais fracos; coisa que o próprio Cristo fez em relação a todos nós.
2. Quaisquer que sejam as tribulações (até mesmo dentro da própria igreja), os ensinos trazidos pelas Escrituras nos fazem avançar mantendo a esperança.
3. A paciência e o consolo que nos vêm das Escrituras nos ajudam na caminhada cristã.

(v.5) - Ora, o Deus de constância e de consolação vos dê o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus. 1. Deus nos fala pelas Escrituras, que é a Sua própria Palavra, e nos fala também pelo que Ele mesmo é.
2. Não é difícil percebermos que falta tolerância entre os crentes. Muitos crentes não se suportam. Se aprendermos a tolerância, certamente saberemos não agradar a nós mesmos.

(v.6) - Para que unânimes, e a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
1. É possível que todos na igreja saibam que devem glorificar a Deus, mas a falta de unidade (um só coração – NIV) pode ser obstáculo para a adoração conjunta.
2. A adoração de crentes em guerra vale o mesmo que uma nota de três reais. Fazer a paz não é coisa fácil, mas não fica bem aos adoradores viverem ‘se mordendo e devorando uns aos outros’ (Gl 5.15).

(v.7) - Portanto recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu, para glória de Deus.
1. Limitamos a questão do acolhimento aos crentes locais; aos que fazem parte da nossa comunidade. É verdade que Paulo estava tratando das questões locais, de Roma.
2. Muitas vezes temos dificuldades no acolhimento dos crentes de outras igrejas, de outras denominações; parece que há uma dificuldade em acolher o crente que professa a mesma fé, mas não a mesma prática.
3. “Como também Cristo nos recebeu”. Na verdade, Cristo recebeu um ‘bando’ de pessoas mortas em delitos e pecados. Em síntese, ninguém melhor que ninguém.
4. A diferença é que, uma vez acolhidos, por termos sido resgatados de nossa vã maneira de viver, passamos a viver a vida que glorifica a Deus, por meio de Cristo Jesus.

(v.8) – Digo, pois, que Cristo foi feito ministro da circuncisão, por causa da verdade de Deus, para confirmar as promessas feitas aos pais;
(v.9) - e para que os gentios glorifiquem a Deus pela sua misericórdia, como está escrito: Portanto eu te louvarei entre os gentios, e cantarei ao teu nome.
(v.10) - E outra vez diz: Alegrai-vos, gentios, juntamente com o povo.
(v.11) - E ainda: Louvai ao Senhor, todos os gentios, e louvem-no, todos os povos.
(v.12) - E outra vez, diz também Isaías: Haverá a raiz de Jessé, aquele que se levanta para reger os gentios; nele os gentios esperarão.
1. A salvação é universal, isto é, estendida a todos. Cristo veio para os que eram seus (judeus) (v.8), mas também para os demais (os gentios) (v.9).
2. Em Abrão (que é Abraão) todas as nações serão abençoadas (v.10-12).
3. A igreja em Roma, possivelmente, era constituída de crentes judeus e gentios, pois havia trânsito de pessoas entre as nações (Atos 2.8-11).

(v.13) - Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz na vossa fé, para que abundeis na esperança pelo poder do Espírito Santo.
1. Paulo termina a seção com uma oração. A sua oração expressa o seu desejo em relação aos crentes da comunidade em Roma.
2. O seu desejo é que os crentes sejam cheios, sejam plenos de alegria e paz na fé; sem as discussões próprias daqueles que se acham melhores que os outros.
3. “Para que abundeis”, ou “Para que sejais ricos”. Caso os crentes não seguissem os conselhos de Paulo, corriam o risco de continuarem pobres e sem esperança; mas, se fossem maduros o suficiente para atendê-lo, os benefícios de uma vida dirigida pelo poder do Espírito Santo.

PR. Eli da Rocha Silva
08/03/2009 – Igreja Batista em Jardim Helena – Itaquera – São Paulo - SP

domingo, 1 de março de 2009

ANTES DE SERVIR, É PRECISO DIZER: ESTOU AQUI.

ISÁIAS (6.8) E MARIA (LC 1.38)



INTRODUÇÃO

Acho interessante a postura de duas personagens bíblicas: Isaías e Maria. Ambos, em seu tempo e ministério, antes de serem usados por Deus, disseram o que o Senhor queria ouvir.
A Campanha de Missões Mundiais 2009 adotou o tema: Então usa-me, Senhor.
Como soa aos nossos ouvidos a palavra ‘então’? De preferência, que não seja com uma conotação negativa, denotando a última esperança.
É ruim quando fazemos algo, quando não há mais quem queira fazer; ‘então’, vamos lá e fazemos.
Isaías e Maria entenderam perfeitamente o chamado. Eles cumpriram as suas tarefas porque puderam dizer: estou aqui.


I – ISAÍAS DISSE: ESTOU AQUI (ISAIAS 6.8)
1. Mesmo que o texto bíblico apresente outras expressões, o que Isaías disse foi: estou aqui.
2. Estou aqui significa que é possível me envolverem na tarefa. Alguém devia ser enviado a cumprir uma tarefa. A questão era: A quem enviarei?
3. Tudo era uma questão de disponibilidade, talvez não fosse tanto de capacidade. Lembro-me que muito pouco sabia quando fui chamado. Continuo sabendo pouco, mas já aprendi algumas coisas.
4. Podemos ver em Isaías a disponibilidade e a qualificação. Não quero confundir qualificação com experiência e maturidade no exercício da função. Quando me formei no curso de Ciências Contábeis, fui chamado para uma entrevista em uma empresa, para que eu fosse o seu contador. Na entrevista, expliquei que eu tinha qualificação, mas não tinha prática; entrei na empresa e fiquei seis anos.
5. A qualificação de Isaías, para mim, está no versículo sete: “A tua culpa foi tirada, e o teu pecado, perdoado”. Hoje, achamos que, por ter feito a faculdade de teologia, as pessoas já estão qualificadas para o ministério. Na verdade, elas podem estar habilitadas, que não significa que estejam qualificadas.
6. Isaías estava qualificado, mas somente após ter dito ‘aqui estou eu, envia-me’, é que ele passou a fazer parte do plano estabelecido pelo Senhor.
7. Assim deve acontecer comigo e com você; é preciso que se diga apenas ‘aqui estou eu, usa-me.

II – MARIA DISSE: ESTOU AQUI (LUCAS 1.38)
1. Com Maria não foi diferente. Ela se coloca disponível para Deus para que se cumprisse o plano já estabelecido.
2. A missão era dramática, mas ao mesmo tempo sublime. Dramática, porque, como Maria mesma diz: “Como isso poderá acontecer, se não conheço na intimidade homem algum?”. Como aparecer grávida sem ser casada naqueles dias?
3. Mas a missão seria sublime, pois como disse o anjo: “Aquele que nascerá será santo e será chamado Filho de Deus” (v.35).
4. Em Maria vejo disponibilidade e qualificação. Disponibilidade, pois ela mesma disse: “Aqui está a serva do Senhor; cumpra-se em mim a tua palavra” (v.38).
5. Quanto à sua qualificação, assim disse o anjo: “Alegra-te, agraciada; o Senhor está contigo” (v.28), “Encontraste graça diante de Deus” (v.30). Maria foi a escolhida entre todas as mulheres de sua época. Ela achou graça diante de Deus para o cumprimento de tão sublime tarefa.
6. Depois a própria Maria canta: “O meu espírito exulta em Deus, meu Salvador; porque deu atenção à condição humilde de sua serva” (vv. 47,48).
7. Assim deve acontecer comigo e com você; é preciso que se diga apenas ‘aqui estou eu, usa-me.

III – EU E VOCÊ PODEMOS DIZER: ESTAMOS AQUI?
1. A obra continua urgente e as perguntas são as mesmas: “A quem enviarei? E quem há de ir por nós?”
2. E verdade que quando Deus chama, é uma pena que o irmão não tenha vindo para ouvi-lo! Parece que o chamado e a responsabilidade de fazer são sempre dos outros.
3. É certo que não teremos outras Marias no sentido de gerar o Salvador, mas a história da salvação continua dependendo de pessoas que digam: “Aqui está a serva do Senhor”.
4. Não teremos outro profeta messiânico, mas Deus continua esperando pessoas que digam como Isaías: “Aqui estou eu, envia-me”.
5. Jesus lamentou que poucos são os ceifeiros (Lc 10.2). Hoje, a lamentação parece ser a mesma; poucos são os que dizem: “Então usa-me, Senhor”.
6. Quando vejo os meus conhecidos, amigos e parentes indo para o inferno, seria muito bom se eu dissesse: “Então usa-me, Senhor”.
7. É preciso disponibilidade, pois como salvos, já estamos qualificados e habilitados para a missão.
8. Que todos possamos dizer: estamos aqui

Que Deus nos abençoe.

PR. Eli da Rocha Silva 01/03/2009
Igreja Batista em Jardim Helena – Itaquera – São Paulo - SP