domingo, 20 de setembro de 2009

CRISTO VAI HOJE PASSAR

CRISTO VAI HOJE PASSAR

Foram muitas as vezes que Jesus se deparou com alguém que sabia que não iria mais vê-lo; basta apenas que façamos um tour pelos quatro evangelhos para nos certificarmos disso. Para essas pessoas tratava-se de uma oportunidade única.
Podemos dizer que nada mudou em vinte séculos; as pessoas precisam ser informadas que Cristo vai hoje passar.
O hino 245 do Cantor Cristão levanta três questões que devem fazer parte da nossa reflexão diária: 1. Há hoje alguém esperando para Jesus encontrar? 2. Há inda alguém duvidando do seu poder de salvar? Há inda alguém demorando para Jesus aceitar? Para as três questões podemos responder Sim! A nossa proposta é discorrermos sobre alguns casos de pessoas que não deixaram para amanhã.

Primeiro Caso – A cura de um leproso (Lucas 5.12,13).

Para Lucas era apenas um homem anônimo. O que o diferenciava das demais era o fato de ser um leproso (“tomado pela lepra”).
Ao ver Jesus aquele homem compreendeu que estava ali, diante dele, quem poderia torná-lo limpo. Ele humildemente apela à vontade de Jesus (“Se quiseres”). Jesus quis, e o homem ficou limpo.

Segundo Caso – O centurião de Cafarnaum (Lc 7.1-10)

“Tendo ouvido falar de Jesus” (v.3). Quantos não têm ouvido falar de Jesus, mas não fazem disso a diferença!
Não foi assim com aquele centurião (chefe de cem soldados); ao ouvir falar Jesus ele mandou uma comitiva, solicitando que Ele viesse até sua casa para curar o seu servo ‘a quem muito estimava’.
Jesus ficou admirado com a fé do centurião, e concede aquilo que ele pediu (v.9,10).



Terceiro Caso – A filha de Jairo (Lc 8.40-42,49-56)

Jairo estava com a sua única filha, de doze anos, enferma à beira da morte (v.42). Jairo prostrado aos pés de Jesus implora em favor da sua filha, pedindo que Jesus fosse até sua casa (v.41).
Quando Jesus chega à casa de Jairo a menina já estava morta, mas o Senhor pegando-a pela restaurou-lhe a vida (v.54,55).

Quarto Caso – A cura de uma mulher com hemorragia (Lc 8.43-48)

No trajeto até a casa de Jairo (v.42b), uma mulher que há doze anos sofria de uma hemorragia, tocou a borda do manto de Jesus; e a sua hemorragia estancou imediatamente (v.44). A mulher não conseguiu ficar todo o tempo no anonimato; Jesus lhe diz: “Filha, a tua fé te salvou; vai em paz” (v.48).
São usadas em relação à mulher três palavras que refletem tudo o que aconteceu com ela. 1) Ela recorreu a muitas pessoas que não puderam curar (Therapeutênai); 2) Ela depois de tocar em Jesus, declara-lhe que fora curada (iáthe – teve a saúde restaurada); 3) Jesus diz à mulher: “A tua fé te salvou”. Jesus não usa nenhuma palavra relacionada à cura física (Therapeuo, iaomai ou hugies), mas sésokén (salvo) (Certo comentarista disse que a palavra sesoken (da raíz sozo=salvar) tem uma alegre ambigüidade. Pode significar sarado, restaurado e salvo). Ao encontra-se com Jesus a mulher recebeu a cura física e a cura espiritual. Ela não deixou para amanhã.

Quinto Caso – A cura de dez leprosos (Lc 17.11-19)

Caso entendamos que há cura sem salvação e salvação sem cura, isso pode ser visto claramente neste texto. Jesus disse que dez foram os purificados (v.17). Mas apenas a um deles Jesus diz: “A tua fé te salvou (sesoken)” (v.19).

Sexto Caso – O cego de Jericó (Lc 18.35-43)

O cego de Jericó não deixou para amanhã a possibilidade de ser curado. Quando Jesus se aproxima da cidade, o cego, após clamar é trazido até o Senhor. Jesus lhe pergunta o que ele quer que seja feito. O cego quer tornar a ver (v.41). Jesus cura o homem, e este salvo (sesoken), passa a ser um seguidor de Jesus (v.42).

Sétimo Caso – Zaqueu, o publicano (Lc 19.1-10)

Zaqueu, diferente das personagens anteriores, era rico; podia ter um dos melhores planos de saúde em Jericó; mas algo lhe faltava: precisava conhecer Jesus. Ele soube que Jesus estava na cidade; seria hoje ou nunca; amanhã podia ser muito tarde.
Por ser de pequena estatura, Zaqueu corre à frente da multidão e sobe em uma figueira para ver o Mestre passar (v.4). Jesus manda que ele desça da árvore porque que pousar em sua casa (v.5).
Os invejosos de plantão murmuraram, dizendo que Jesus foi ser hóspede de um homem pecador (v.7).
Zaqueu tocado pela presença do seu hóspede, o próprio Jesus, declara diante de todos que a partir daquele encontro estava mudado (v.8).
Jesus, diante de todos, e para tristeza dos invejosos disse: “Hoje, houve salvação (sotería) nesta casa” (v.9). Jesus declara também a missão do Filho do Homem: “Buscar e salvar (sôsai) o perdido” (v.10).

Para terminar:

O leproso, o centurião, Jairo, a mulher com hemorragia, os dez leprosos, o cego de Jericó e Zaqueu não deixaram para amanhã. Essas personagens sabiam que não podiam esperar outra oportunidade. E você vai deixar a sua decisão para quando?
Lembre-se: o Mestre vai hoje passar.

PR. Eli da Rocha Silva
Igreja Batista em Jardim Helena – 20/09/2009

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

AS BEM-AVENTURANÇAS NA VIDA DAQUELE QUE SERVE A DEUS

AS BEM-AVENTURANÇAS NA VIDA DAQUELE QUE SERVE A DEUS


O crente é diferente do incrédulo. Não é um absurdo acreditarmos nesta verdade. Não é diferente por que tenha feito algo para sê-lo; é diferente por que Deus fez nele a diferença.
As bem-aventuranças retratam o perfil daquele que serve a Deus e sabe que deve esperar Nele.


(Mateus 5:3) - Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;

Na sua humildade o crente reconhece a soberania de Deus.
Promessa: “Deles é o reino dos céus”.

(v.4) - Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;

O crente não se conforma com a miséria do mundo, sendo assim, é consolado pelo Senhor. Mas, é muito mais abençoado quando ele aprende a chorar a sua própria miséria.
Promessa: “Serão consolados”.

(v.5) - Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;

A pátria que o crente almeja é bem diferente desta que está tão acostumado. Trata-se de uma pátria que serão cidadãos dela apenas aqueles que conseguem viver a mansidão ainda nesta.
Promessa: “Herdarão a terra”.

(v.6) - Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;

Todos os dias somos sobressaltados por injustiças praticadas, sendo que algumas delas contra nós mesmos. Mas o crente não toma nada a força e nem se iguala aos injustos na busca do direito. Deus satisfará plenamente de justiça aqueles que esperam Nele.
Promessa: “Serão fartos”.

(v.7) - Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;

O crente não deve se fechar diante das necessidades do seu próximo. Ele deve mover o seu coração em favor daqueles que vivem em situação difícil, e alguns, até completa miséria. A maior miséria do homem é o seu próprio pecado.
Promessa: “Alcançarão misericórdia”.

(v.8) - Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;

A vida cristã deve ser o exercício da pureza. Com o crente passa até ser regra principal. Há até um imperativo em relação à vida de pureza: “Sede santos, porque eu sou santo” (1 Pd 1.16).
Promessa: “Verão a Deus”.

(v.9) - Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;

O crente é pacificador por natureza, porque em Cristo obteve a paz com Deus (Rm 5.1). É inconcebível um crente que ama a guerra. Caso haja um crente assim, é duvidoso que ele mesmo tenha alcançado a paz com Deus.
Promessa: “Serão chamados filhos de Deus”.

(v.10) - Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;

O crente é feliz quando for perseguido por fazer a vontade de Deus.
Promessa: “Deles é o Reino dos céus”

(v.11) - Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.

Ser crente pode representar um “alto custo”. Jesus disse aos discípulos que eles não estariam isentos de sofrerem perseguição por causa Dele. Em recente artigo na revista Ultimato, Ricardo Barbosa escreve: “O chamado de Cristo para sermos seus discípulos, com seu ‘alto custo’, é o único caminho possível para a liberdade. A única opção para a verdadeira humanidade. A única esperança para a nossa sociedade enferma. Se seguir a Cristo exige muito, lembre que não segui-lo vai lhe custar muito mais”.


PR. Eli da Rocha Silva,
Igreja Batista em Jardim Helena 18/09/2009