sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A IGREJA E A PRÁTICA DAS (MESMAS) OBRAS
Apocalipse 2.2, 5 e Efésios

À igreja em Éfeso Jesus falou que conhecia as suas obras (v.2); e também falou: “Volta à prática das primeiras obras”.
O Pr. Shedd em seu livro ‘Avivamento e Renovação’ diz: “Embora Jesus não tenha feito uma lista dessas obras, podemos imaginar uma lista com base na carta de Paulo aos efésios”.
Vamos terminar 2010 pensando na carta de Paulo aos efésios e na sua possível lista:

1. Uma consciência viva de que todas as reuniões, cultos e atividades da igreja estariam enraizados em um desejo intenso de louvar a gloriosa graça de Deus, demonstrada na redenção proporcionada em Cristo (Ef 1.6): “Nos concedeu gratuitamente no Amado”. Seria um drama humano termos que pagar o que recebemos de Deus gratuitamente.
2. Uma consciência da incomparável grandeza do poder de Deus para com os irmãos (1.19) e de que esse poder estaria disponível para os que estão em condições de pedir, uma vez que crêem que Cristo está entronizado muito acima de todo governo, autoridade, poder e domínio (1.21).
3. Uma consciência do privilégio de o cristão ter ressuscitado dentre os mortos em transgressões e pecados para assentar com Cristo nos lugares celestiais (2.6).
• Os reflexos da percepção da graça: 1) merecíamos castigo, mostrou-nos misericórdia; 2) merecíamos permanecer mortos, nos fez viver juntamente (sinezoopoíesen) com Cristo. O fato de Jesus voltar à vida nos garantiu o privilégio de termos vida com Ele. Não se trata da vida que passa (bios), mas daquela que é eterna (zoe).
• Ao nos tirar do poder da morte à qual estávamos presos pela transgressão e o pecado, Deus nos deu mais privilégios: “Nos fez assentar nas regiões celestiais em Cristo Jesus” (v.6). Por meio de Cristo fomos tirados de uma situação e colocados em uma condição: da desonra para a honra. Assim disse Calvino a respeito do que afirmou Paulo: “É como se ele quisesse dizer que fomos transferidos do mais profundo inferno ao próprio céu”.
4. Uma convicção de que a razão por que Deus comprou a Igreja foi para fazer boas obras que Ele preparou antes, para que as pratiquem. E essas ações amorosas deveriam ser realizadas com alegria (2.10).
5. Uma consciência real da habitação de Cristo nos corações dos membros, por meio do Espírito (3.16,17).
6. Uma dedicação indomável à unidade da igreja, mantida pelas atitudes de humildade, mansidão, paciência e aceitação um dos outros (4.2-3).
• Com humildade reconhecemos que dependemos de outras pessoas. A vida cristã não é algo que possa ser vivida no isolamento. Somos dependentes uns dos outros, como diz o hineto: “Eu preciso de você, você precisa de mim”.
• Mansidão é outro aspecto da conduta cristã que devemos deixar transparecer. A mansidão nos encaminhará para um bom testemunho para com os de fora, e não escandalizaremos os de dentro (da igreja).
• (Paciência) Longanimidade, isto é, perseverança. Muitos são os desafios e as aflições no mundo. Se a mansidão nos ensina a não perdermos a cabeça, a longanimidade nos ensina a não perdermos a esperança.
• Suportando-vos em amor. Sabendo que suportar não é fácil, o apelo é que isso seja feito em amor. O amor nos aperfeiçoará naquilo em que falhamos.
7. Um compromisso diante de Deus de aceitar o dom gracioso que Ele deu a cada membro e de aplicar o uso desse dom para um empenho máximo na edificação mútua dos membros, bem como no crescimento da igreja (4.7-16).
8. Um compromisso com a renovação do modo de pensar segundo o padrão do “novo homem”, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade (4.23,24).
9. Um compromisso com o perdão mútuo, imitando o trato de pecadores, “assim como Deus os perdoou em Cristo” (4.32).
10. Um compromisso com a transparência e a colocação de tudo na luz (5.13).
11. Um compromisso com o aproveitamento de todas as oportunidades para a glória de Deus (5.16).
12. Um compromisso com o enchimento pelo Espírito (5.18). Na mesma sentença Paulo trata de um aspecto muito importante na vida do crente mas, que se divide em duas questões: o encher-se. O encher-se negativamente: de vinho; o que deve ser rejeitado pelo crente. O encher-se positivamente: do Espírito; o que deve ser a busca diária do crente.
13. Um compromisso com a música que louva, de coração, ao Senhor (5.19).
14. Um compromisso diante de Deus para manter o coração sempre grato, “dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo (5.20).
15. Um compromisso de amor dos maridos por suas esposas, como Cristo amou a igreja, e das esposas se sujeitarem aos seus maridos (5.22-33).
16. Um compromisso com os filhos para criá-los na instrução bíblica e no conselho do Senhor (6.4). Hoje nós temos vivido a cultura do ‘melhor na igreja do que no mundo’, mas muitas vezes os filhos estão mesmo é no mundo; nós nos enganamos e eles também. Na volta de Jesus não será aplicado o critério ‘melhor na igreja do que no mundo’.
17. Um compromisso de diariamente vestir a armadura completa de Deus (6.10-18). Sem a armadura de Deus nos tornamos vulneráveis; já entramos na guerra para perder. A vida cristã é uma guerra fora e dentro; brigamos com os de lá e com os de cá; morrem de lá e morrem de cá.

FINALIZANDO
Os comentários de Paulo, listados pelo Pr. Russel Shedd, contemplam tudo o que precisamos como indivíduos e Igreja, ou devemos acrescentar algo mais?
Acredito que não precisamos acrescentar mais nada. Basta apenas vivermos a visão de Paulo para a Igreja, que continuaremos praticando as obras que enaltecem o nome de Deus, e nos ensinam a viver cada dia o que de fato somos: apenas servos.
Que Deus nos abençoe na busca desse alvo de sermos apenas o que devemos ser.

Pr. Eli da Rocha Silva
31/12/2010 – Igreja Batista em Jardim Helena - Itaquera

sábado, 25 de dezembro de 2010

A VIDA CRISTÃ EXEMPLAR: O AMOR FRATERNAL

1 PEDRO 3.8-12



v.8 Finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, cheios de amor fraternal, misericordiosos, humildes,

1. “Finalmente”. Pedro vai encerrar o período designado pelos ‘arranjadores’ do texto em nossas Bíblias chamado: ‘Vida Cristã Exemplar’. A vida exemplar requerida a nós não se refere apenas às relações internas da igreja local, mas como vimos, em toda a esfera humana: visão integral do homem em suas relações sociais.
2. O verso 8 é suficiente para falarmos horas e horas; há 4 temas excelentes para serem discutidos e colocados em prática: 1) “Sede todos de igual ânimo”. Homophron – homo=mesmo, phroneo= pensar: disposição de ser encaminhados juntos em um mesmo propósito visando um fim único. Todos puxam a corda para o mesmo lado. “Aquela unidade interior de atitude nas coisas espirituais, que torna a divisão algo impensável” (Rienecker & Rogers).
3. 2) “Compassivos, compadecidos”. (Sympathes) Pedro manda que sejamos crentes simpáticos. Pedro exagerou? Há crentes antipáticos? A palavra significa unir-se ao sentimento do outro, seja de tristeza ou de alegria (Rm 12.15). Simpático em nosso uso diário nos leva a pensar em uma pessoa agradável.
4. 3) “Cheios de amor fraternal, fraternalmente amigos”. Filadelfoi = amor ao irmão. Amor de filhos de Deus (Jo 1.12). Acredito em uma categoria especial de amor que só pode ser vivido na igreja, que difere do amor que vivemos em nossas famílias. O amor vivido na igreja supera as dificuldades e conseguimos continuar; nos lares, algumas questões são resolvidas no braço (Gn 4.8; 1 Jo 3.7-12).
5. 4) “Misericordiosos” Pitiful (εὔσπλαγχνοι) (entranhas nobres). Pitibul ou Pitiful (apenas um jogo de palavras). Houve um momento que Pedro foi um verdadeiro pitibul (Jo 18.10,11); amadurecido, já velho, Pedro aprendeu e ensinou que o crente deve ser pitiful (KJV), isto é, cheio de misericórdia. A Darby Translation usa tender hearted (Dotado de grande sensibilidade, suscetíveis de impressões ou influência; afetuoso; piedade; sensíveis). Textos: Roboão ainda jovem e de bom coração, e não podia resistir-lhes. - 2 Cro. 13.7; Sede um tipo para outro, de bom coração. Ef. 4. 32.
6. 5) “Humildes”. Pedro também aprendeu que a humildade é coisa boa. Horton escreveu: “Sem a pretensão de exaltar-se sobre os demais”. Podemos ver isso em João Batista (Mt 3.11; Jo 3.30) e em Jesus (Jo 13.12-20; Fp 2.1-11). A palavra grega no TR é Filophrones, i.e, um pensar com disposição amável; no Nestle-Aland a palavra é tapeinophrones, i.e, pensar com disposição humilde. A KJV traduz tudo isto como cortesia.

v.9 não retribuindo mal por mal, ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo; porque para isso fostes chamados, para herdardes uma bênção.

1. Após apelar aos crentes e reafirmar o modo de convivência que deveriam ter na igreja, Pedro continua reforçando os seus conselhos.
2. “Não pagando mal por mal, ou injúria por injúria”. O Pedro amadurecido é contra o bateu-levou; embora tivesse ele mesmo feito isso quando da prisão de Jesus no Getsêmani.
3. Não sei até que ponto em nossa vida cristã estamos amadurecidos para cumprir essa instrução do apóstolo. Tal instrução apenas reflete o que Jesus mesmo disse no Sermão do Monte (Lc 6.27,28).
4. De modo particular, confesso que fico decepcionado por não conseguir ser um crente melhor, como gostaria que assim fosse. Mas como disse Paulo: Prossigo para o alvo. Não posso desanimar, e nem massagear o meu ego dizendo que, nasci assim vou morrer assim. Não podemos nos acostumar com uma vida cristã sem brilho.
5. Pedro, através do Espírito Santo nos maravilha com o que ele diz: “Antes, pelo contrário, bendizendo”. Ou seja, fale bem, abençoe, inclusive quem lhe fez mal, que lhe injuriou, difamou. (Rm 12.14). É difícil fazer isso, é difícil ser assim? É. Só o Espírito Santo, através do seu fruto pode nos capacitar para agirmos assim.
6. “Pois para isto mesmo fostes chamados”. Outra coisa: fomos chamados para abençoar. Pode ser que em algum momento gostaríamos de fazer imprecações. Não fomos chamados para imprecar, mas para abençoar. Através da nossa fala, da nossa língua podemos estar abençoando ou tirando a bênção.
7. Gosto da tradução literal feita por Waldyr Carvalho Luz: “Para que falação de bem repartais porção”. Aqui temos a ideia de sermos abençoadores com as nossas falações; repartindo da mesma herança que também já somos participantes.



v.10 Pois, quem quer amar a vida, e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano;

1. Conheço uma irmã que sonhou este versículo. Deus ainda fala por sonhos. No caso da referida irmã, não uma mensagem nova, mas uma que já estava escrita. Eu nunca sonhei este versículo, mas vou procurar segui-lo mesmo sem sonhar.
2. O sonho da irmã foi uma repreensão do Senhor; ela de fato precisava sonhar, e sonhou. Podem acreditar! Ela levou a sério o sonho e praticou o versículo.
3. Aqui Pedro recorre a Davi ao citar o Salmo 34.13-17. Parece que o problema com a língua era coisa antiga.
4. Todos nós queremos amar a vida e ver dias bons, isso é normal, é natural. Mas, quando falamos o que não devíamos ter falado pagamos um preço. Então Davi e Pedro nos manda refrear a língua. E Davi insiste com o Senhor (Veja Sl 141.3).
5. No grego, para refrear, temos pausáto, que em português temos a palavra ‘pausa’. Quando formos falar ‘asnices’, que o Espírito Santo puxe o freio da nossa língua e nos silencie e nos aquiete (Ler Tg 3.1-10).
6. Temos que cuidar para que os nossos lábios não falem dolosamente, isto é, com intenção de fazer mal. Pode ser que alguma vez falamos, e somos considerados faladores culposos, falamos sem a intenção de matar a vida do nosso irmão. Outras vezes, pode ser que falamos com intenção de matar a vida do nosso irmão, então, somos considerados faladores dolosos.
7. Na igreja não acionamos um tribunal para julgar esse tipo de procedimento, mas pode ser que, no futuro, a igreja comece a fazer isso. Se não fizer, Deus mesmo fará.

v.11 aparte-se do mal, e faça o bem; busque a paz, e siga-a.

1. “Aparta-te do mal, e faça o bem”. Podemos ver aqui Davi e Pedro nos ensinando a busca por uma vida de objetividade: apartar-se e fazer e o tema. Não basta alguém dizer ‘eu não faço o mal’, e percebermos que ele não pratica bem nenhum; não praticar o bem, em situações que isso exija, é o mesmo que praticar o mal. A omissão é uma espécie de mal.
2. “Busque a paz, e siga-a”. Gosto mais da tradução ARA que diz: “Busque a paz e empenhe-se por alcançá-la”. A paz é um bem que mesmo achado, por um deslize de nossa parte, pode ser perdido com muita facilidade. Conheci pessoas que se gostavam muito, e por causa de um ‘nadinha’ não esclarecido tornaram-se inimigos, ou simplesmente romperam a amizade.


v.12 Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atento à sua súplica; mas o rosto do Senhor é contra os que fazem o mal.

1. Vamos lembrar o Salmo 1.6. Como queremos ser tratados pelo Senhor? Qual tem sido o nosso comportamento na igreja do Senhor nas relações com os nossos irmãos?
2. Existem coisas que devem ser consertadas? Feridas não cicatrizadas, irmãos não perdoados, irmãos que ferimos e agimos como se não fôssemos culpados? Qual o estado das nossas consciências; está cauterizada, ou ainda pode receber medicação sem maiores traumas?
3. Estas questões são para todos nós. Não podemos continuar vivendo a vida da igreja achando que não vamos ter que resolver os problemas. Falo o que falou Paulo: “Miserável homem que sou”. Eu também me incluo aos que têm que resolver pendências.
4. Não quero ter o rosto do Senhor contra mim. Preciso fazer a paz com aqueles que feri. Não estou dizendo fazer uma paz apenas para trazer bons agouros para o novo ano. Falo de fazer a paz mesmo, de voltar a conviver com o irmão, de sorrir quando for para sorrir e ouvir quando for para ouvir.
5. Que Deus nos abençoe com coragem para buscar os que nós ferimos; que peçamos a ajuda do Santo Espírito para não incluirmos novos feridos em nossa lista.
6. Assim seja!


Pr. Eli da Rocha Silva
05, 26/12/2010 – Igreja Batista em Jardim Helena – Itaquera - SP

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A HISTÓRIA DO ADVENTO (UMA SEQUÊNCIA COM HINOS DO HCC)

I – A MAIS ANTIGA ANUNCIAÇÃO
GÊNESIS 3.15 “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”.

II – DE UM HOMEM A BÊNÇÃO PARA TODAS AS NAÇÕES
GÊNESIS 12.3B – A Abrão Deus disse: “e em ti serão benditas todas as famílias da terra”.

III – DO FILHO DA PRIMEIRA (LIA) NASCERIA O LEÃO DA TRIBO DE JUDÁ
GÊNESIS 29.32-35 - “E Lia concebeu e deu à luz um filho, a quem chamou Rúben; pois disse: Porque o Senhor atendeu à minha aflição; agora me amará meu marido.
v.33 Concebeu outra vez, e deu à luz um filho; e disse: Porquanto o Senhor ouviu que eu era desprezada, deu-me também este. E lhe chamou Simeão.
v.34 Concebeu ainda outra vez e deu à luz um filho e disse: Agora esta vez se unirá meu marido a mim, porque três filhos lhe tenho dado. Portanto lhe chamou Levi.
v.35 De novo concebeu e deu à luz um filho; e disse: Esta vez louvarei ao Senhor. Por isso lhe chamou Judá. E cessou de ter filhos”.
(APOCALIPSE 5.5) –“E disse-me um dentre os anciãos: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu para abrir o livro e romper os sete selos”.
(80 HCC)

IV – DA MARGINALIZADA SERIA A SUA DESCENDÊNCIA
JOSUÉ 6.25 – “Assim Josué poupou a vida à prostituta Raabe, à família de seu pai, e a todos quantos lhe pertenciam; e ela ficou habitando no meio de Israel até o dia de hoje, porquanto escondera os mensageiros que Josué tinha enviado a espiar a Jericó”.
(MATEUS 1.5) – “a Salmom nasceu, de Raabe, Boaz; a Boaz nasceu, de Rute, Obede; a Obede nasceu Jessé”

V – EM BOAZ, FILHO DE RAABE, TEMOS A FIGURA DO RESGATADOR
RUTE 4.7-17

VI – DE DAVI OUVIMOS SER A RAIZ; DO MESSIAS, SEU REINO SERÁ SINGULAR
ISAÍAS 11.1-16

VII – A PEQUENA CIDADE QUE GEROU REIS E O MAIOR DELES
MIQUÉIAS 5.2 – “Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”.

VIII – O CARPINTEIRO QUE DEU DESCENDÊNCIA AO SALVADOR
MATEUS 1.1-16

IX – O SALVADOR CHEGOU; A ESTREBARIA O ABRAÇOU COM POMPA E CIRCUNSTÂNCIAS
LUCAS 2.1-7 (HINO 96)RECITAÇÃO:
Quem disse que na estrebaria não havia paz!
Quem disse que na estrebaria não houve riso e festa!
A estrebaria recebeu o bebezinho com pompas e circunstâncias
A manjedoura, acolheu o bebê com carinho digno do que é Rei
A estrebaria e a manjedoura fizeram um pacto de atenção aos que ali chegaram: José, Maria e o bebezinho.
Quem disse que aquele lugar não era bom para difundir alegria!
Quem disse que naquele lugar não podia dar e receber presentes: o bebê recebeu ouro, incenso e mirra; a humanidade recebeu a salvação que Ele trouxe do céu.
Na estrebaria os bichos silenciaram com a noite; cantavam apenas os grilos e os pássaros noturnos. Cantavam porque havia por que cantar; cantavam porque era noite de adoração.
A pequena e alegre estrebaria acomodou em seu seio pastores que correram dos campos; que deixaram os rebanhos porque queriam fazer parte da boa-nova, da bela história de salvação.
Todos nós somos chamados para cantar com os anjos e pastores, com os animais e pássaros ‘Oh, vinde, adoremos’.
(90 HCC)

X – ANJOS, PASTORES E MÚSICA: O SALVADOR CHEGOU
LUCAS 2.8-20 - (104 HCC)
XI – O QUE A HISTÓRIA DO ADVENTO DIZ PARA MIM
1. Diz que precisava ser assim – o Filho nascer
2. Diz que eu não podia fazer nada por mim mesmo – só o Filho nascido
3. Diz que Deus enviou o Seu Filho para que fôssemos salvos
4. Diz que sem Ele não há alternativa
5. Diz que em nenhum outro há salvação

Quão bela é a história do advento!
Não posso fingir que não é comigo
Não posso dar uma de desentendido
As celebrações no Natal só terão sentido se entendermos a razão de Jesus ter nascido.
Só entendemos o sentido do Natal porque um dia cantamos: Vem Jesus habitar comigo, em minha alma há lugar; oh, vem já! (112 HCC)
Pr. Eli da Rocha Silva
12/12/2010
NO NATAL, UM PRESENTE ESPECIAL PARA A HUMANIDADE

JOÃO 3.16

Natal é o dia do nascimento de alguém. Criaram até um momento especial chamado de 'chá do bebê'. Nesse dia, muitos são os presentes.
Mas, e o Natal que não lembra dores de parto, falta de lugar na maternidade e transeuntes que ajudam? O Natal da insensibilidade, do não tenho nada com isso?
O Natal avesso do Natal. O Natal que lembra apenas presentes, mesa farta e encontro de familiares; o Natal das roupas novas e o Natal daqueles que não têm nada.
O Natal deve nos lembrar Jesus; para o crente todo dia é dia de lembrar Jesus; de fazer Jesus nascer no coração.

Natal é dia de lembrar o Natal de 365 dias: o Natal do Cristo que continua nascendo. Não nasce mais em estrebaria e nem precisa de manjedoura. Foi-se o tempo de colocar os nossos olhos apenas no presépio. Quem se detém diante do presépio não vislumbra o que está depois da cruz.
O Natal, que não se parece em nada com o Natal que está aí, é o Natal de Deus. É o Natal que Deus dá presente. Ele presenteou diferente do nosso modo de presentear; Ele presenteou de tal maneira que deu o tinha de mais precioso. Quando presenteamos não damos o nosso bem mais precioso, embora possam ser preciosos para quem os receba.
Aquele que presenteia, o faz de coração aberto, procurando fazer a humanidade feliz. Mas, Aquele que presenteia dá liberdade aos presenteados em aceitar ou não o presente: Para que todo aquele que nele crê.

Receber ou não o presente, não altera em nada a disposição Daquele que decidiu presentear. O presenteador é imutável, não precisa melhorar e não existe em relação a Ele a idéia de ficar ruim, Ele é o que é, e Ele mesmo disse “Eu sou o que Sou”.

A melhora, o resultar-se diferente, é coisa acontecida no que recebe o presente de Deus, nos seguintes termos: Não pereça, mas tenha a vida eterna.
Diferente dos outros presentes que ganhamos; presentes que se acabam com o tempo; de outros esquecemos em algum canto da casa, e de alguns outros trocamos por coisa mais interessante, o presente de Deus recebeu o nome de Emanuel. EMANUEL É O CUMPRIMENTO DA PROMESSA

1. O anjo não tem dificuldades em aplicar o texto profético a Jesus, no intuito de aliviar o coração de José, que havia resolvido deixar Maria secretamente (Mt. 1.23).
2. Em Lucas, o anjo diz aos pastores que Emanuel, já é conosco: “É que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (2.11).
3. A chegada de Emanuel é razão de nossa alegria. O anjo diz aos pastores: “Não temais; eis que vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo” (Lc 2.10).
4. Em João vemos o Emanuel: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (1.14).
5. No deserto Deus estava presente no tabernáculo (Êxodo 40.34-38); na nova dispensação, chamada da graça, Deus “tabernaculou”, isto é, em Jesus, Ele habitou entre nós. A Shekinah já aconteceu: Deus veio morar conosco.

Jesus é então, para nós, os crentes de todas as épocas, o presente especial de Deus: o presente sempre presente em nós. Disse Jesus: “A pessoa que me ama obedecerá a minha mensagem, e o meu Pai a amará. E o meu Pai e eu viremos viver com ela” (Jo 14.23 NVI). Ele disse ainda: Eis que estou convosco sempre (Mt 28.20).
Esse é o jeito de Deus presentear: o seu presente não se acaba, é permanente, não precisa de manutenção e também não cai em desuso; o presente de Deus é o Filho, que para nós significa ter vida eterna.

Esse presente pode ser encontrado em qualquer dia e qualquer hora: ele não está subordinado ao horário comercial. Como convidou o Senhor por intermédio de Isaías, para possuir esse presente basta querer e vir: “Venham, os que não têm dinheiro! Venham, que é tudo de graça (Is 55.1).

A palavra de Jesus é a seguinte: Quem ouve as minhas palavras e crê naquele que me enviou tem a vida eterna (Jo 5. 24).
Vida eterna é a razão do Natal. Jesus nasceu e morreu para que fôssemos presenteados com a vida eterna.
Amém.

PR. Eli da Rocha Silva
19/12/2010 - Igreja Batista em Jardim Helena – S Paulo - SP
UM PRESENTE PARA O BEBÊ

O que alguém pode dar de presente para um bebê? Fraldas,chupetas, mamadeiras, roupinhas? Como é difícil achar opresente ideal. A preocupação não é se o bebê vai gostarou não; a preocupação está em agradar a mamãe e o papai.
Preocupado, o pescador diz: Vou levar um belo peixe paraum ensopado.
O jardineiro: vou preparar um lindo bouquet
O ourives: vou fazer uma linda correntinha de ouro puro;
O lavrador: vou levar as melhores frutas do meu pomar.
Cada um teria preocupações em ser simpático ao visitar o bebê que chegou.
Mas, e o bebê Jesus; o que poderemos colocar diante do seu humilde bercinho? O que você tem de melhor parapresentear?
É bom lembrarmos que Ele é dono de tudo:Por meio Dele epara Ele, Deus criou todas as coisas (Col 1.16).
Quando falamos que o melhor é dar o coração, estamos dizendo que você deve dar tudo. Dar o coração é entregara vida.Dar tudo sem dar o coração é o mesmo que não dar nada.

Veja como é importante dar o coração; o poeta escreveu: Queres o teu vil pecado vencer? Dá teu coração a Jesus; Queres a glória divina alcançar? Dá teu coração a Jesus.
Jesus nos salvou dando a sua vida; ele quer receber de nósa nossa vida para dar-nos vida.O Natal no dia 26 não precisa ser a saudade do dia 25; odia 26 pode ser a alegria continuada do dia anterior.Para que assim seja, é preciso deixar Cristo nascer no coração.
LEITORES DO BLOG

Desejo a todos um Feliz Natal 365 dias em 2011.
Grande abraço a todos.

Pr. Eli

www.scribd.com (Pr. Eli Rocha)

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

OS PARADOXOS DO 'BICHO' CRENTE

Amados,
Parece que a rotina de um pastor é mesmo viver entre o céu e o inferno. Nenhum pastor consegue fazer que todos saiam da igreja, depois de um culto, com o mesmo sentimento de alegria e bênção.
Digo a vocês que vivi o paradoxo ontem.
Primeiro, o balde de água fria: "O pastor já pregou esta mensagem". Acredito que a pessoa que tem a preocupação de ficar anotando (em papel ou memória) o que o pastor pregou, com certeza não é para o seu crescimento, mas para buscar ser um crítico das homilias pastorais. Infelizmente, não conseguimos viver sem esse tipo de gente. Talvez seja até bom que elas existam, pois isso nos faz trabalhar mais o texto e a sua explanação (pregação).
Graças a Deus! Oh! Glória! Estas exclamações efusivas é o resultado de saber que nem tudo está perdido.
Hoje, isso mesmo, hoje! Ao receber uma ligação de uma irmã, que também estava no culto ontem, ela salvou a minha lavoura. Ao perguntar como a irmã estava, ela respondeu: "Ainda estou vivendo a bênção que o culto foi ontem". Para a palavra da irmã, entendo que ela incluiu também o estudo bíblico ministrado.
Sei lá! Esta irmã me ajuda a querer continuar pregando, ou tentando pregar.
Se você que leu o que escrevi acima não entendeu nada, se Deus o chamar para ser pastor, aí posso dizer com certeza, você entenderá.
Só me resta pedir a Deus misericórdia para mim e para os que me ouvem dominicalmente.
Pr. Eli Rocha

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

DIAS DE OUVIR E RECONSIDERAR

Ageu 1 e 2

Não se trata aqui de uma troca, mas de cumprimento da promessa feita aos antigos.
Quem era esse povo? Eram os judeus que vieram da Babilônia. O ano era 520 a.C e o dia era 29 de agosto (B. Genebra) (Detalhes da história em Esdras).
O profeta é usado por Deus para mexer com o brio do povo; o mesmo que dizia não ter gosto em cantar na Babilônia (Sl 137.1-4).
Nós também, muitas vezes, choramos as impossibilidades, mas não aproveitamos as oportunidades.
Deus vai usar Ageu para mudar o seu povo.

I – DIA DE MOSTRAR A REALIDADE

1. Deus precisou falar ao povo, por intermédio de Ageu (1.1) a dois líderes de importância em Judá: o governador, Zorobabel, e o sumo sacerdote, Josué.
2. A palavra do profeta ao povo era: “Assim fala o Senhor dos Exércitos” (v.2). O poder da palavra não era do profeta, mas Daquele que o comissionara para a função. Ao profeta cabe proferir; falar a mensagem.
3. A palavra de Deus ao povo era: “Este povo diz: Não veio ainda o tempo, o tempo em que a Casa do Senhor deve ser edificada. A expressão “Este povo” mostrava o desagrado de Deus, a ponto de Ele não dizer “Meu povo”.
4. Aquele povo negligente com as suas obrigações desagradou a Deus. A ordem do rei Ciro era que o povo descesse até Jerusalém para edificar ‘a casa do Senhor, Deus de Israel’ (Ed 1.2,3). Mas, devido a campanha dos adversários (Ed 4) o povo precisou parar a obra de reconstrução do templo, e se acomodou, ficou indiferente, mudou as suas prioridades.
5. Novamente a palavra do Senhor vem através do profeta: “Acaso, é tempo de habitardes vós em casas apaineladas, enquanto esta casa permanece em ruínas?”. Talvez a melhor reflexão seria: se não é tempo para edificar o templo, não é tempo para edificar casas.
6. Deus não estava querendo estabelecer o movimento dos sem tetos; a repreensão estava no fato do povo deixar-se levar para o luxo e não ter mais tempo para pensar no templo. As casas apaineladas eram casas meticulosamente adornadas. Lambrisamento com cedros se encontravam em palácios de reis (veja I Reis 7:7; Jr. 22:14). Considerando que essa madeira era cara e não comum na Judéia, o seu uso era sinal de luxo (Com. Moody). Enquanto isso...a casa do Senhor permanece em ruínas.

II – DIA DE FAZER LEMBRAR O PASSADO.

1. Duas vezes o povo instado por Deus a considerar o passado (v.5,7). Naquele dia, o povo deveria observar o passado; são dezesseis anos sem um único tijolo no templo. Havia descaso total com a possibilidade do ajuntamento para adorar no templo.
2. Vamos fazer o povo pensar! (v.6). Vocês perceberam que semearam muito, mas recolheram pouco; comeram, mas continuaram com fome; estavam vestidos, mas ainda sentiam frio; e aquele que é assalariado, é pouco para as despesas do mês? Em Judá coexistiam ricos (tinham sementes para semear) e pobres (trabalhadores assalariados).
3. O que Deus estava dizendo ao povo é que não devia ter-se esquecido Dele. Quantos também em nossos dias estão esquecidos de Deus. O Senhor não é mais interessante para os seus projetos. Li nesta se que um líder evangélico atual disse ‘que não precisa de Jesus para ser próspero, pois trabalhou bastante para possuir o que tem’.
4. O povo devia mais uma vez considerar o passado (v.7) e tomar uma atitude; o povo devia voltar ao decreto de Ciro. A ordem era: “Subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa; dela me agradarei e serei glorificado, diz o Senhor (v.8).
5. Deus também diz ao povo a causa da sua miséria: “Esperastes o muito, e eis que veio a ser pouco, e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu com um assopro o dissipei. Por quê? Diz o Senhor dos Exércitos;por causa da minha casa, que permanece em ruínas, ao passo que cada um de vós corre por causa de sua própria casa” (v.9).
6. Jesus mais tarde vai dizer aos seus discípulos: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra (...) porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6.19-21).
7. Quando servimos mais a nós mesmos do que a Deus, sabedores que somos dos ensinos da Bíblia, no final, só vamos colher o que plantamos: a derrota. Em muitos casos, não colheremos nem o que plantamos (v.10-11).

III – DIA DE CONSIDERAR E REAFIRMAR AS BÊNÇÃOS

1. Houve em Judá ‘um dia’ para ouvir a voz de Deus (v.12).
2. Foi também dia de ouvir a voz do profeta, pois havia algo da parte de Deus para ser falado (v.13).
3. Aconteceu um movimento espiritual, um levantar de ânimo da liderança e do povo. A presença do Senhor (v.13) foi significativa para renovar o povo (v.14).
4. E Deus continuou a animar o povo: “A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos exércitos; e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos exércitos” (2.9).
5. Mas o povo precisava ainda fazer reflexão antes de colocar qualquer pedra na edificação (v.15). Até aquele dia eles não tinham um procedimento correto diante de Deus; era preciso mudar para poder edificar (v.10-17).
6. O povo era pecador, mas decidiu fazer consertar-se diante de Deus; e Deus, fez concerto com o seu povo (v.18).
7. Quando o povo se voltou para Deus, a partir daquele dia (v.18), o Senhor se comprometeu abençoá-lo (v.19).
8. O final do livro de Ageu parece uma figura escatológica (v.20-23): abalos nos céus e na terra, vitória sobre as nações e a honra ao servo.

CONCLUSÃO

E nós, como estamos em relação ao interesse pelas coisas de Deus? Poderia Ageu pregar ainda hoje? (Ageu acabou de pregar!).
Estamos mais ligados em nós mesmos, ou temos dão tempo para Deus?
Se não temos agido corretamente, vamos fazer reflexão para vermos onde estamos errando, antes de colocarmos ‘pedra sobre pedra’ (v.15).

Pr. Eli da Rocha Silva
14/11/2010 – Igreja Batista em Jd. Helena - Itaquera

sábado, 25 de setembro de 2010

RESPONSAVELMENTE LIVRES

1 CORÍNTIOS 6.12

INTRODUÇÃO

A liberdade não é passe livre para a prática do mal. Mas para muitos a liberdade é a motivação para o abuso e a libertinagem. A liberdade não é uma carta branca. A liberdade não nos dá o direito de passarmos por cima de princípios de moralidade e de boa convivência.
Mas parece que as pessoas não entendem assim. O som alto no carro é democrático, é para todos. O problema é que se torna um tipo de democracia invasiva. Quem disse que eu quero ouvir o seu tipo de som?
A liberdade me dá o direito de parar o trânsito para conversar em fila dupla com um amigo. Quem achar ruim peça desculpas e aguarde. Talvez a liberdade ainda seja um bem que não aprendemos apreciar.
O clamor de um povo é: “Liberdade! Liberdade! abre as asas sobre nós. Das lutas na tempestade, Dá que ouçamos tua voz”. 575 CC

I – JESUS É A LIBERDADE POSSÍVEL
1. Há um clamor maior por liberdade. É o clamor dos alcançados aos não alcançados. É a palavra de Jesus aos judeus, filhos de Abraão, que sofriam de amnésia. Eles disseram: “Jamais fomos escravos de alguém” (Jo 8.33). E o Egito? E a Babilônia? E o domínio Romano naqueles dias?
2. Jesus estava mesmo falando de uma liberdade que eles não conheciam; falava da liberdade que veio pelo Filho do homem. O triste para eles é que Jesus não era filho de um magnata, filho de um dos ricos daqueles dias; Ele era apenas o filho de um carpinteiro.
3. Eles ficaram inculcados porque Jesus disse “e conhecereis a verdade” (v.32). Havia uma verdade desconhecida para aqueles homens filhos de Abraão. Que verdade é essa? Nós temos Moisés, nós temos os profetas. Há ainda algo para conhecermos?
4. A verdade que vocês ainda não conhecem é: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (v.36). Esta é a verdade desconhecida a muitas pessoas.
5. Não que essa verdade não tenha sido pregada, ela é, a verdade rejeitada: “Então, pegaram pedras para atirarem nele” (v.59).
6. O que é a liberdade para muitos? Poder ir e vir. Fazer ou não fazer.

II – PAULO TRADUZ O CONCEITO DE LIBERDADE PARA OS CORÍNTIOS
1. Em dois lugares, na primeira carta aos Coríntios, Paulo fala sobre licitude, conveniência, dominação e edificação.
2. No cap. 6.12 Paulo fala que todas as coisas são lícitas, isto é, existe a liberdade de se fazer, desde que, não haja impedimento legal.
3. Algumas coisas não têm impedimento legal, mas trazem prejuízos espirituais. Para as coisas lícitas, sem impedimento legal, mas que trazem prejuízo espiritual Paulo diz: “Não me deixarei dominar por nenhuma delas” (6.12b).
4. A liberdade não deve nos levar à licenciosidade. Mesmo a lei estabeleça que não problema na prática de alguns atos, o crente deve saber o que a Bíblia diz a respeito (v.15-20).
5. Mesmo que o Estado crie leis que transformem o imoral em moral (conceito social), a Bíblia continuará dizendo que imoral é imoral. Assim sendo, o crente deve saber tratar, biblicamente, as questões que se referem à licitude e inconveniência (v.12a).
6. Em 10.23, Paulo fala da liberdade que não edifica. Isto é, eu tenho liberdade de fazer muitas coisas, mas entre elas existem algumas que não edificam, que não acrescentam nada. Então, para que fazer?
7. No Comentário Matthew Henry está escrito: “Um cristão não deve considerar o que é lícito, mas o que é conveniente e para a edificação”
8. A liberdade que nos faz caminhar aqui é aquela que Cristo ensinou aos que querem ser verdadeiramente livres de João 6.32 e 36.

III – O CRISTÃO COMO FAZEDOR DA LIBERDADE.
1. O cristão, pessoa responsavelmente livre, será um fazedor de liberdade. Assim como é feliz o pacificador, é feliz o que promove a liberdade a outros.
2. A verdade que liberta só será conhecida pelos que a ignoram, quando nós os crentes lhes falarmos. O crente pode ser agente nessa proclamação, pois já foi, pela liberdade que há Cristo, alcançado.
3. Todos crentes podem gritar em alto e bom som: “A liberdade abriu as asas sobre nós”. Este foi o grito de uma Nação; este é o nosso grito.
4. E os muitos perdidos na falsa liberdade? A falsa liberdade dos alucinógenos. A falsa liberdade nas baladas de Sexta e Sábado. A falsa liberdade pela prática de um evangelho de interesses e moeda de troca. O que fazer?
5. Paulo disse o que fazer. A Timóteo, ele escreveu que o servo do Senhor não deve viver em contendas. Pelo contrário, deve ser apto para instruir, paciente, disciplinar com mansidão os que se opõem (2 Tm 2.24,25).
6. Essa instrução paciente deve ser revestida de expectativa da ação de Deus em favor desses que estão em prisão. Não é uma prisão qualquer. Eles estão enlaçados pelo diabo (v.26). Eles estão privados de qualquer liberdade, ou, podemos dizer, a liberdade que pensam ter é um engano.
7. E o próprio versículo reforça a privação da liberdade, pois diz: “tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade”. Sem o exercício da vontade não há liberdade.
8. É imperativo, portanto, que cada crente se torne um promotor da verdadeira liberdade. Jesus disse como alcançar a liberdade: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8.36).

Pr. Eli da Rocha Silva
26/09/2010 – I B Jd. Helena – Itaquera – S.Paulo - SP

domingo, 19 de setembro de 2010

POR UM BRASIL VERDADEIRAMENTE FELIZ
SALMO 33

Qual tal sido a nossa oração rotineira? Com certeza é o tema de missões nacionais. Nós queremos mesmo um Brasil verdadeiramente feliz.
O tema nos leva a pensar que no Brasil há alguma felicidade, ou, o Brasil tem alguma felicidade. Mas o que nós queremos é que ele seja verdadeiramente feliz.
Como se chega à felicidade? Alguns podem responder que a felicidade é ter dinheiro, casa, carro, bom emprego, segurança e saúde. Se isso fosse verdade, por que vemos tantas pessoas infelizes, mesmo tendo tantas coisas?
Para muitos a felicidade será ganhar as eleições. O político se diz feliz por poder fazer mais metrô, mais policlínicas, mais escolas, mais de tudo e mais um pouco.
Nós crentes sabemos que todas essas coisas são boas e necessárias. Mas o conceito de felicidade para nós vai além da idéia de possuir coisas. O nosso conceito de felicidade é cristão, é bíblico.
Alguém pode ser feliz algum tempo (ganhar o mundo inteiro) e pode da noite para o dia tornar-se eternamente infeliz (perder a alma).
Mas ser evangélico não é pregar ser infeliz aqui para ser feliz lá; ser evangélico é viver a felicidade aqui, que continuará lá.
A felicidade é um tema bíblico. Deus nos fez para sermos felizes. Pelo menos eu acredito assim. Infelizmente, do Éden para cá, a felicidade parece que passou a viver sob condicionantes. Alguém diz: felicidade para mim é ver outros felizes.
O salmista definiu como o Brasil pode ser verdadeiramente feliz: “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor”. Alguns então podem dizer: “Beleza! O Brasil é um país católico, logo, Deus é o seu Senhor”. Será?

O salmo 33 e muitos outros textos ensinam que devemos continuar orando Por um Brasil verdadeiramente feliz. Mas o Brasil só será verdadeiramente feliz quando: (Divisão do Com. Bíblico Moody)

I – ATENDER AO ‘CHAMAMENTO À ADORAÇÃO’ (1-3)
1. Gostaríamos de ver isso ainda no Brasil. Mas querer não significa que podemos declarar ou determinar que assim seja.
2. Mas, parece que o texto não nos ensina a unanimidade nacional, pois ele fala diretamente aos justos, conclui-se, portanto, que haja também injustos.
3. Alguns verbos aqui no texto só têm sentido na boca daqueles que buscam ao Senhor e Lhe pertencem: Exultai, celebrai, louvai, entoai e tangei.
4. Aqui se trata da nação que se rende ao Senhor em perfeita adoração. Há, aliás, a exigência de se tocar com arte e com júbilo (v.3).

II – APRECIAÇÃO E ‘LOUVOR À PALAVRA DE DEUS (4-9)
1. O salmista expressou o que sentia a respeito de Deus e da sua palavra: fidelidade e retidão (v.4). Qual é o lugar da Palavra de Deus em nossa Nação?
2. O que os justos podem esperar de Deus: justiça, direito e bondade (v.5)
3. Voltando a palavra de Deus, pois foi através da palavra que todas as coisas foram criadas (v. 6,9).




III – ATENÇÃO E ‘LOUVOR AO CONSELHO DO SENHOR’ (10-12)
1. Deus (Jeová) está acima das nações. As nações só fazem e acontecem até o limite estabelecido por Deus. Os desígnios das nações dependem da aprovação do Senhor (v.10).
2. O que os povos devem saber sobre Deus: “O conselho do Senhor dura para sempre”. O que Deus estabeleceu, estabelecido está; nunca será mudado.
3. Os propósitos de Deus são de geração em geração. Assim Ele agiu com Abraão e assim age conosco (v.11).
4. A nossa não é do tipo que busca saber a vontade de Deus? O salmista diz que Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor. Podemos dizer que Deus é o Senhor do Brasil?
5. Embora a segunda parte do verso 12 possa se referir a Israel, o que é dito nele vale também para toda nação que coloque Deus como seu Senhor.

IV – GRATIDÃO E ‘LOUVOR À VIGILÂNCIA DO SENHOR (13-19)
1. A boa notícia é que Deus não esqueceu o mundo. Deus não se esqueceu do Brasil. Ele olha, observa e contempla as obras dos homens.
2. Por mais poderosos que sejam os governantes, não há rei que se salve com o poder dos seus exércitos (v.16).
3. Mas onde está Deus quando tudo parece mal? Deus está presente (v.18).
4. E quando as coisas não acontecem como queremos; quando o emprego é escasso, a inflação corrói o nosso dinheiro e a doença nos acomete? Deus está presente (v.19).

V – CONFIANÇA IRRESTRITA E DEPENDÊNCIA DO SENHOR (20-22)
1. O que os crentes brasileiros podem dizer a respeito do país onde tudo pareça estar indo bem? Nossa alma espera no Senhor.
2. E se acontecer do quadro político e econômico mudar; e no lugar da abundância tivermos escassez? Nossa alma espera no Senhor (v.20).
3. Por mais que nos esforcemos ver o Brasil caminhar bem, um Brasil verdadeiramente feliz, particularmente, cada crente pode e deve dizer: “Nele (em Deus), o nosso coração se alegra, pois confiamos no seu santo nome” (v.21). A alegria Nele não depende de circunstâncias favoráveis.
4. Não podemos pensar que um Brasil verdadeiramente feliz dependa dos ventos favoráveis à economia, com aumento da nossa renda, da facilidade de fazermos uma faculdade ou acesso à saúde de primeiro mundo.
5. O Brasil verdadeiramente feliz é aquele que diz como o salmista: “Seja sobre nós, Senhor, a tua misericórdia, como de ti esperamos”. (v.22).

CONCLUSÃO
O Brasil só será verdadeiramente feliz quando entender que a sua esperança deve estar no Senhor.
O Brasil só será verdadeiramente feliz quando disser: Deus é o Senhor da nossa nação.

Pr. Eli da Rocha Silva
Igreja Batista em Jd. Helena - 19/09/2010

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A AFLIÇÃO COMO MOTIVAÇÃO DE BUSCA
OSÉIAS 6.1-3

Não é um absurdo dizermos que em tempos de aflição nos achegamos mais a Deus. Talvez algumas pessoas não, mas para a grande maioria vale esta máxima.
A busca de Deus em tempos de aflição é que faz com que muitas igrejas fiquem cheias hoje; as pessoas estão lá buscando o alívio para o sofrimento. Elas muitas vezes nem querem Deus, mas sim o seu favor. Para muitos nem o seu favor, o que lhe é mesmo uma obrigação por conta do seu ato criador.
Os próprios milagres de Jesus aconteceram em um contexto de aflição. Muitos curados foram salvos, outros apenas receberam o que buscavam e se deram por satisfeitos.
Oséias nos ensina o quanto Deus é capaz de fazer no seu próprio povo e em favor dele.
Três coisas que podemos aprender com o texto:

I – O CONVITE PARA RETORNAR (V.1)

1. O povo quis viver a sua própria vida. Deus não interferiu em nada para que eles não a vivessem. É certo que entre eles estavam os profetas para orientá-los.
2. A decisão de voltar ou não é um sentimento do próprio povo: “Tornemos para o Senhor”. Voltar é uma demonstração de coragem e confiança. Mesmo tendo errado contra Deus, o povo sente que haveria receptividade. “Aquele que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” (Jo 6.37).
3. O retorno traria cura para as feridas. As maiores feridas são espirituais. Morrer sem tê-las curado é morrer duas vezes.
4. O povo não está acusando Deus pela aflição, mas constatando uma correção. Estar com Deus que os deixara ferir era melhor que estar em mãos inimigas. Todo filho volta para casa, mesmo sabendo que o pai o corrigirá.

II – HÁ ESPERANÇA PARA OS QUE RETORNAREM (V.2)

1. Este verso nos leva a pensar o quanto foi pesada a correção. O corrigido ficou em prostração? Signifique o que significar na mente do profeta, a certeza é que o povo de Deus seria levantado da sua prostração.
2. Muitas vezes queremos o alívio da aflição imediatamente. Tomamos os remédios que nos aliviam rapidamente, às vezes, até em doses maiores.
3. Na mente do profeta havia um tempo a ser percorrido até poder estar em pé diante do Senhor.
4. Haverá também um tempo até estarmos em pé na presença do Senhor. O tempo é o da passagem por este mundo.
5. Quem retorna para o Senhor vive alimentado pela esperança. A esperança é viver diante dele.

III- O COMPROMISSO DOS QUE RETORNARAM (V.3)

1. Voltar sem mostrar diferença, que aprendeu com as dificuldades, não tem valor algum. Quem sofre no mundo e volta precisa mostrar que aprendeu.
2. O filho pródigo não voltou fazendo exigências, mas humildemente, submeteu-se às ordens do seu pai.
3. Para o povo, voltar também foi decidir aprender mais de Deus: “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor”. Nenhum conhecimento é completo, final. Apenas quem sabe que não conhece tudo aprende mais. Essa máxima em Oséias vale para o crente, hoje.
4. Para conhecermos alguém precisamos andar juntos. Assim, o povo só poderia conhecer mais de Deus se andasse com Ele. Nós os crentes, só conheceremos mais de Cristo à medida que andarmos com Ele.
5. “Como a alva, a sua vinda é certa”. Tal expressão nos faz lembrar o hino: “Sua vinda ao mundo é certa quando não o sei”. A despeito das dificuldades, tal certeza nos faz avançar e vencer todos os dias.
6. Por último, a outra expressão do profeta: “e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra”. Serôdia – chuva tardia, no fim da estação. Os hebreus chamam a última chuva, malkosh, pela qual o trigo ficava sazonado. E parece que o Profeta queria dizer pela palavra, geshem, a chuva primaveril. Mas o sentido é claramente este, que, embora os israelitas houvessem se tornado tão secos que não tivessem mais qualquer vitalidade, todavia, haveria tanta virtude na graça divina quanto na chuva, que frutifica a terra quando essa parece ser estéril (Calvino).

CONCLUSÃO
Quando em tempos de aflição formos acolhidos pelo Senhor, podemos e devemos fazer compromissos com Ele.
Compromisso de caminharmos e aprendermos mais Dele. Compromisso de combatermos todo o pecado que nos assedia sem trégua.
Somos mais que vencedores porque sabemos que como a alva, a sua vinda é certa.

Pr. Eli da Rocha Silva
14/09/2010

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

DEUS É O MOTIVO DA FELICIDADE DO JUSTO
Salmo 94

I – FELICIDADE POR SER CORRIGIDO PELO SENHOR
V. 12 - Como é feliz o homem a quem disciplinas, Senhor, aquele a quem ensinas a tua lei;
1. O salmista consegue enxergar a felicidade na correção, na disciplina.
2. O salmista consegue enxergar, porque o ímpio não recebe a correção, a disciplina e os ensinos; o ímpio recebe a punição do Senhor (v.1, 23).
3. A disciplina pode até nos deixar por um tempo tristes, mas o seu resultado salvará a nossa alma (Hb 12.10b,11).

II – FELICIDADE POR TER E SENTIR A PRESENÇA DO SENHOR
V.17 - Não fosse a ajuda do Senhor, eu já estaria habitando no silêncio. V. 18 - Quando eu disse: "Os meus pés escorregaram", o teu amor leal, Senhor, me amparou! V. 19 - Quando a ansiedade já me dominava no íntimo, o teu consolo trouxe alívio à minha alma.
1. No verso 12 vimos que podemos também ser disciplinados pelo Senhor; na disciplina que Ele nos dá, mais nos apegamos a Ele. Na disciplina crescemos no Senhor.
2. O salmista vê a sua vida como um todo, e dessa visão conclue que há muito já teria sucumbido sem a ajuda do Senhor (v.18). Muitas são as dificuldades do justo, mas o Senhor de todas o livra (Sl 34.19). Mas em contrapartida, não são assim os ímpios (Sl 1.4-6).
3. O verso 18 é de extrema beleza. Parece a história da nossa vida; a nossa própria história. Quando tudo parecia indicar o fim, pois “os mesus pés escorregaram”, o teu amor leal, Senhor, me amparou! A NVI traduz amor leal, em lugar de benignidade. Então benignidade, é o amor leal em ação, e isso, é de Deus.
4. As duas traduções (NVI,ARA) nos fazem exaltar a Deus diante de tanta beleza. Por mais que nos angustiemos com os ‘muitos cuidados’, que nos deixam ansiosos, a ponto até de perdermos o rumo, nada acrescentamos, nada resolvemos.
5. O salmista diz: “As tuas consolações me alegram a alma” (v.19). Talvez Deus fique nos olhando e dizendo consigo mesmo: ‘Para quê isso!’.

III – FELICIDADE POR TER O SENHOR POR LOCAL DE REFÚGIO
V. 22 -Mas o Senhor é a minha torre segura; o meu Deus é a rocha em que encontro refúgio.
1. O verso 22 responde o 21. A receita para se chegar aos 94 anos, se é que podemos pensar que exista uma receita, é justamente ter o Senhor como torre segura.
2. A vitória contra os inimigos e dos conflitos da vida é ter Deus como a rocha de refúgio.
3. A irmã Dusolina, nestes 94 anos colocou Deus como a sua rocha de refúgio; sendo deles 78 anos de compromisso direto com o Senhor.
4. A irmã Dusolina poderia parafrasear o Salmo 27.10 assim: “Ainda que os meus filhos me abandonem, o Senhor me acolherá". É lógico que isso seria apenas uma citação, pois jamais acontecerá.
5. Mas Deus não é um refúgio para quem não queira que Ele seja; Deus não força uma situação. Ter Deus como refúgio e torre segura faz parte de uma decisão pessoal.

Pr. Eli da Rocha Silva
A MUDANÇA QUE QUEREMOS REFLETE NAS ATITUDES QUE TEMOS

ISÁIAS 6.8

INTRODUÇÃO

Nós sempre queremos mudança; parece que nunca estamos satisfeitos com as coisas. A mudança talvez seja a indisposição causada pela vida rotineira. Mas, querer e estar insatisfeito não são suficientes para mudar, é preciso que o indivíduo faça acontecer.
O tema escolhido é sugestivo, é verdadeiro, tudo é questão de atitude.
O sub-tema é ousado: Deus quer te usar para mudar o mundo.
Talvez querer mudar seja apenas por conta da nossa insatisfação, que pode não ser real no outro.
Encontramos durante o processo de mudança pessoas que não querem que nada mude. É preciso respeitar. Mas não significa deixar as coisas como estão, não podemos trocar a nossa insatisfação pela acomodação.
O nosso exemplo maior é Deus: Ele estava insatisfeito com o mundo da época de Noé: mandou que este fizesse a arca e enviou o dilúvio; Ele estava insatisfeito com Sodoma e Gomorra: as destruiu com fogo; Ele estava insatisfeito com o seu próprio povo: permitiu que sofressem dois cativeiros, o Assírio e o Babilônico.
Que Ele não esteja insatisfeito conosco!
Não sou otimista em relação à mudança do mundo, mas sou otimista em relação à mudança que podemos promover em pessoas, que promovem em outras, e assim sucessivamente.

I – ISAÍAS PRECISOU SER IMPACTADO PELA VISÃO CORRETA

1. A visão correta foi a que Deus quis que ele tivesse; não era a visão que Isaías achava que devia ter. O problema de pouco, ou quase nada fazermos para Deus, é que não temos uma visão clara sobre Deus.
2. Isaías foi impactado porque viu o Senhor (v.1). Quem vê o Senhor não consegue mais ser o que sempre foi.
3. A visão coloca as pessoas em seus devidos lugares: Deus é o soberano; os Serafins exaltavam a o Soberano Senhor; Isaías fica em contemplação.
4. Isaías não se perdeu em contemplação; o êxtase não o anestesiou a ponto de achar que era o que não era; então ele diz: “Ai de mim! Estou perdido!
5. A visão fez que Isaías olhasse para si mesmo, e visse que a sua situação não era nada boa. Ele era o pecador que viu o Deus santo, três vezes santo (v.5).


II – ISAÍAS PRECISOU SER MUDADO PARA MUDAR OUTROS

1. Isaías era inadequado para a missão de mudar outros. Ele mesmo disse ser um homem de lábios impuros. Talvez ele não fosse das pessoas que gostamos de ouvir.
2. Ele precisou ser impactado pela presença do Senhor; ele precisou ter medo da morte; ele precisou olhar para si mesmo.
3. Por reconhecer que era pecador, sem condições de estar no templo, na presença do Senhor, ele deu os passos para mudar.
4. Ele precisa mudar as suas atitudes, de reprováveis que eram, para atitudes aceitáveis diante de Deus.
5. Mas a mudança muitas vezes não acontece sem que seja traumática, incisiva, indolor: “Um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz” (v.6).
6. Talvez Isaías tenha pensado o pior com aquela cena, mas a tenaz não seria usada como arma contra ele. O serafim voou até Isaías para colocá-lo em condições de ser usado por Deus (v.7).
7. O serafim deu a notícia que Isaías precisava ouvir: “A tua iniqüidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado”.

III - ISAÍAS QUIS FAZER A DIFERENÇA ENTRE OS INDIFERENTES

1. É fácil dizer que Deus quer te usar; mas é difícil perceber que eu posso ser usado. O grande problema é que o chamado só serve para o outro; a renúncia é para o outro.
2. O profeta podia continuar indiferente se quisesse; a preocupação da corte celestial não era um problema seu. Mas, o novo Isaías não ficou indiferente da preocupação divina; ele diz: estou aqui.
3. Estou aqui significa que é possível ser envolvido também na tarefa. Alguém devia ser enviado a cumprir uma tarefa. A questão era: A quem enviarei?
4. Tudo era uma questão de disponibilidade, talvez não fosse tanto de capacidade. Podemos ver em Isaías a disponibilidade e a qualificação.
5. A qualificação de Isaías, para mim, está no versículo sete: “A tua culpa foi tirada, e o teu pecado, perdoado”. Hoje, achamos que, por ter feito a faculdade de teologia, as pessoas já estão qualificadas para o ministério. Na verdade, elas podem estar habilitadas, que não significa que estejam qualificadas.


CONCLUSÃO
Deus quer usar as pessoas para mudar outras. Não vamos mudar o mundo, mas devemos fazer a nossa parte.
Mas a minha parte no processo depende da minha atitude. Tem gente que vai morrer vendo a banda passar.
Que tipo de pessoa é você?
Que Deus nos abençoe.

PR. Eli da Rocha Silva 29/08/2010
PIB Jd. Indaiá – Itaim Pta – São Paulo - SP
SAMUEL, UM JOVEM COMPROMETIDO COM O REINO
1 SAMUEL 2.18-21; 3.1-10, 19,20

INTRODUÇÃO

No dia 31 encerramos o mês dos jovens com o culto na residência da irmã Dusolina. Para alguns dos nossos jovens algumas atividades foram feitas pela primeira vez na igreja. Tivemos envolvidos no trabalho a Suelen, a Sheila, a Simone, o Tiago, o Jonatas, o Angelo, o Samuel, a Thaiane, a Rebeca, o Mateus, a Késia, o Maurício e a Bruna.
O fato de darmos uma lista de jovens que estiveram à frente, não significa dizer que eles fizeram tudo sozinho. O grupo é bem maior que esta pequena lista. O trabalho também é bem maior para que poucos possam fazê-lo.
A palavra de ordem é: comprometimento. O ex-técnico da seleção brasileira, Dunga, via como requisito indispensável para um jogador ser convocado, comprometimento.
Deus não espera algo de nós que seja diferente de comprometimento. Comprometer-se é dizer que quer fazer parte do que está acontecendo; o Reino está acontecendo desde antes da fundação do mundo.
Deus busca jovens comprometidos com as coisas do Reino. Tenho certeza que Deus encontrou nesta igreja, os jovens que Ele precisa para continuar o que vamos parar daqui alguns anos.
Jovem aprende vendo e fazendo. Jovem faz junto com os irmãos mais experimentados. Não estou dizendo que somos crentes melhores ou piores; somos só mais experimentados.
Quero falar aos jovens sobre Samuel; o jovem que logo cedo decidiu pelo compromisso com as coisas do Reino de Deus.

I – O SEU DESENVOLVIMENTO PRÓXIMO DE DEUS
1. “Samuel ministrava perante o Senhor, sendo ainda menino” (2.18). Deus dá oportunidade para que os pequenos também sirvam. Ele ainda era um aprendiz.
2. Ele foi dedicado pelos seus pais ao serviço do Senhor (2.11). Samuel era supervisionado pelo sacerdote Eli.
3. “O jovem Samuel crescia diante do Senhor”. Três verbos podem ser destacados nos primeiros anos da vida de Samuel: servir (v.11), ministrar (v.18) e crescer (v.21).
4. A nota singular é que tudo era feito na presença do Senhor. Não precisa ser diferente nos jovens dos nossos dias, embora saibamos que Samuel tinha dedicação exclusiva ao Senhor.
5. Assim como foi Eli para Samuel, nós adultos, devemos ser o suporte e o incentivo para a juventude.
6. Mas não podemos fazer o que a juventude não queira fazer por si mesma. Podemos dizer que, Samuel compreendeu as razões de sua mãe, e transformou sua compreensão em comprometimento.

II – A SUA DISPONIBILIDADE PARA DEUS
1. Que característica notável em Samuel: ele estava atento e pronto.
2. O Senhor chamou Samuel a primeira vez, mas a voz do Deus ainda era desconhecida para ele (3.7). Ele atendeu a Eli, pensando que este o chamara (v.5, 6, 8).
3. Eli entendeu que era Deus que estava chamando Samuel, e lhe dá as devidas orientações (v.9).
4. Quando Deus chamou Samuel pela quarta vez, e ele atendeu a voz do Senhor: “Fala, Senhor, porque o teu servo ouve” (v.10). O jovem não teve dificuldade em se colocar como servo diante de Deus; servir era o que ele já fazia há algum tempo.
5. Jovens comprometidos com o Reino devem estar prontos para ouvir Deus falar e disponíveis para o Senhor atuar.

III – A SUA CONFIRMAÇÃO COMO ALGUÉM EM QUEM DEUS PODIA CONFIAR
1. “Crescia Samuel” (v.19). Foi visível o crescimento de Samuel, não só em idade, mas em relacionamento com Deus na visão do seu ministério. Ao falar ‘ministério’, não estou preocupado em querer dar ministério ou estabelecer chamados, mas mostrar que Deus ia dia a dia confirmado a Samuel o que esperava dele.
2. “E o Senhor era com ele”. Samuel era um jovem com o qual Deus podia contar, podia estabelecer com ele um ministério eficiente. Era marcante a presença de Deus em sua vida. Não é ‘careta’ alguém dizer que Deus é com os nossos jovens. Aliás, é preciso que os outros vejam isso nos jovens e nos adultos.
3. Toda palavra de Samuel era confirmada; o que ele dizia acontecia. Samuel não era só um homem de palavra, ele era também um homem da Palavra. Deus honrou a Samuel e “nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra”. Muitas vezes cantamos: “Nele a gente pode confiar”; em relação a Samuel podemos dizer: “Nele Deus podia confiar”.
4. Samuel cresceu e se tornou um homem de credibilidade em todo o Israel (v.20). A credibilidade começa logo cedo na vida. Como as pessoas têm recibo a palavra que sai dos lábios de um jovem; qual a força da sua argumentação diante dos que lideram a igreja? A vida do jovem crente é a vida da igreja.
5. Todos nós adultos vamos nos ausentar por alguns meses, e tudo que diz respeito à vida da igreja ficará aos cuidados dos adolescentes e jovens. É possível confiarmos e sairmos tranqüilos?
6. Vou dizer o que disseram a respeito de Samuel, como verdade na vida do jovem que se compromete com o Reino de Deus: “O jovem que se sente seguro em Deus, pode se colocar sem receio diante dos grandes da terra”.
7. O jovem que teme ao Senhor “é como árvore plantada junto aos ribeiros de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz é bem sucedido” (Sl 1.3).
CONCLUSÃO
A conclusão mais breve possível é: que a nossa juventude possa perceber que Deus a tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo (Ef 1.3).

sábado, 31 de julho de 2010

O DESEJO E O PRAZER DO BOM PASTOR
JOÃO 10.1-29

Jesus é o pastor perfeito; Ele é o nosso modelo de pastor. O seu pastoreio é singular, nenhum pastor humano é capaz de fazer igual. É perda de tempo querer fazer igual; somos seus sub-pastores. Mas Ele é exemplo, o que sabemos faz parte dos seus ensinos.
O bom pastor Jesus viveu em função das suas ovelhas. A chegada do Reino era em função das ovelhas: Israel e os gentios.
A sensibilidade do bom Pastor; sofreu ao ver as multidões: "E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor" (Mt 9.36).
Quando Jesus diz que é o bom pastor, Ele está estabelecendo um paralelo com os pastores, os líderes de Israel que eram pastores que pastoreavam a si mesmos.
O texto em pauta faz parte de um conjunto, uma única peça, compreendendo os capítulos nove e dez das nossas Bíblias.
O capítulo dez nasce da resposta de Jesus aos fariseus (9.40,41). Da sua resposta o nosso tema: o desejo e o prazer do bom Pastor. Podemos tentar responder à seguinte pergunta: qual o desejo e o prazer do bom Pastor?


I – CUIDAR DAS SUAS OVELHAS.

1. Pode parecer simples demais falar que o bom Pastor quer cuidar das suas ovelhas. Mas precisamos observar que a palavra cuidar pode ser muita ampla em sua aplicação.
2. O Pr. Ilson Ferreira, em seu livro ‘Pastorais no Verbo de Deus, o Evangelho de João’, de onde subtraí o título da reflexão, lista as preocupações do bom Pastor: ‘amar e cuidar das ovelhas, alimentar e guiar o rebanho, restaurar as ovelhas feridas e enfermas, buscar as perdidas, livrá-las do mal’.
3. Pelo que pudemos constatar, cuidar das ovelhas é uma tarefa difícil e árdua, que requer do pastor abnegação, zelo e constância.
4. Em virtude dessas exigências, Jesus contrasta a figura do pastor com a do mercenário (v.12,13). O pastor é aquele que cuida como se as ovelhas fossem a sua própria alma; o mercenário não, ele é apenas um assalariado, um tarefeiro, as suas responsabilidades estavam ligadas somente a um contracheque.
5. O mercenário, ao ver vir o lobo, foge. Ele foge porque não tem ligação nenhuma com as ovelhas; a sua ligação é apenas com o contratante, no caso, o dono das ovelhas.
6. O Pastor, esse não, esse não foge ao ver vir o lobo; o pastor não deixa as suas ovelhas caírem nas garras do mal. Temos em Davi um exemplo de cuidado com as ovelhas (1 Sm 17.32-37).
7. Jesus disse que cuida das ovelhas que são suas; esse é o seu desejo e o seu prazer.

II – PROXIMIDADE COM AS SUA OVELHAS

1. O cuidado do pastor está baseado no nível de conhecimento que ele tem das suas ovelhas. O conhecimento acontece por proximidade, por relacionamento. Jesus mesmo usou as seguintes expressões: ‘minhas ovelhas e tenho outras ovelhas’ (v.14,16).
2. Para Jesus, as ovelhas não são números, são vidas. Ele estreitou o relacionamento entre ovelha e pastor; Ele disse: “Conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim”. Lockyer, em seu livro ‘Todas as parábolas da Bíblia’ escreve: “Os pastores das montanhas e seus cães treinados reconhecem uma única ovelha entre as muitas outras, e elas são treinadas exclusivamente, para saberem o seu nome e reconhecerem a voz de seu pastor. Se você é propriedade do seu Pastor divino, então ele sabe o seu nome e endereço e está pronto a satisfazer suas necessidades quando elas surgirem”.
3. Jesus conhece as suas ovelhas por que elas Lhe pertencem. Esse conhecimento é resultado de proximidade e de relacionamento. Há um hino no cantor que diz: “Que doce voz tem meu Senhor, voz de amor tão terna e graciosa”. A voz de Jesus é doce, de ternura e transmite graça. Ele mesmo disse: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem” (v.27).
4. Jesus descreve o grau de intimidade do pastor com a ovelha: “Depois de conduzir para fora todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz; mas de modo algum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos” (v.4,5).
5. Lockyer escreve: Dificilmente as ovelhas acham seguramente o seu caminho. Outros animais conseguem, mas as ovelhas desviam-se, e a sua orientação e segurança são asseguradas pelo seguir o pastor cuja voz é conhecida e fundamental para elas. “Ouvem a sua voz” expressa “o reconhecimento familiar que o pequeno rebanho tem da voz de seu pastor que o guia dia a dia”. Segunda-feira liguei para uma jovem da igreja, quando eu chamei o seu nome ela respondeu: ‘Oi pastor!’ Ela disse que reconheceu a minha voz.
6. Que tipo de voz estamos seguindo? Estamos dando ouvidos às vozes estranhas deste mundo? Que Deus nos guarde dos estranhos, dos assaltantes e dos ladrões de fé destes dias. “As ovelhas são abençoadas não apenas com um ouvido receptivo para ouvir a sua voz, mas como uma ‘defesa divina’ diante da voz dos estranhos, de quem deveriam fugir” (William E. Hull Com. Broadman – Vol. 9 Juerp).
7. Jesus que conduzir as suas ovelhas para lugares descanso; esse é o seu desejo e o seu prazer.


III – DAR-SE VOLUNTARIAMENTE POR SUAS OVELHAS

1. Falando aos fariseus Jesus disse que “O bom pastor dá a vida pelas ovelhas”. O ‘bom’ não é porque o pastor se julga assim. Também não se trata de uma questão profissional, de qualificação, de treinamento. O ‘bom’ é uma característica pessoal, uma qualidade de caráter.
2. A palavra kalós, traduzida como bom, significa atrativo, simpático, belo, nobre. É tudo isso que Jesus diz dele mesmo: “Eu sou o bom pastor” (v.11). O pastor Jesus difere dos demais em sua adjetivação; implícita nessa adjetivação está o que Ele pode fazer: Dar a vida pelas suas ovelhas.
3. Jesus como o bom pastor, não negaria a sua própria vida em favor dos seus. Mas os seus tinham dificuldades em ficar sem o pastor. Para alguns, seria melhor morrer com ele (Jo 11.16). Para outro, a ideia de ficar sem o pastor era inconcebível: (Pedro disse) ‘Senhor, estou pronto a ir contigo, tanto para a prisão como para a morte’ (Lc 22.33).
4. Jesus insiste em dizer aos fariseus: “Dou a minha vida pelas ovelhas” (v.15). Jesus dá a vida pelas ovelhas para que elas tenham vida e a tenham em abundância (v.10). Ao dar a sua própria vida pelas ovelhas, Jesus está garantindo algo que só Ele é capaz de fazer: “Eu lhes dou a vida eterna” (v.28).
5. Sobre a Sua vida, entregue em favor de muitos, Jesus diz que não são as forças humanas que a arrebatam: “Ninguém a tira de mim” (v.18). Não foi o império romano, não foi Pilatos, não foram os sacerdotes que o forçaram a dar a sua vida, ou tiraram a sua vida. Jesus mesmo diz: “Eu espontaneamente a dou” (v.18).
6. Por que Jesus morreu mesmo? Ele morreu porque O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas (v.11).
7. Jesus cumpriu em si mesmo o seu desejo e o seu prazer: “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão” (v.28).


CONCLUSÃO

“Buscou com ternura Jesus o bom Pastor; Oh, que amor glorioso!” (169 HCC)


Pr. Eli da rocha Silva
Igreja Batista em Jardim Helena – Itaquera - S. Paulo - SP

quinta-feira, 29 de julho de 2010

O poder do Amor em Missão Integral

A cada ano a ciência evolui mais na caminhada em direção a compreensão do ser humano; mesmo ainda longe de findar seus passos, os estudos nos mostram que a formação do ser humano é um todo: a realidade na qual está inserido; sua infância, estudos, trabalho, afetividade, amizades, fé, autoestima, entre outros; por isso, qualquer mudança ou transformação precisa estar pautada em campos humanos que se interliguem.
Partindo da preocupação com o todo surge a Missão Integral, que convida casa pessoa ao arrependimento e ao amor em todas as áreas da vida, chamando todos os cristãos a testemunharem da graça transformadora de Jesus Cristo através do envolvimento social.
A prática da Missão Integral emprega esforços no envolvimento social com o objetivo de demonstrar o amor, o carinho, a retidão e a salvação advinda de Cristo, que proclamamos a tanto tempo. Esta pratica esta embasada na vida de Jesus que versava sobre a amplitude do amor e todo o seu poder, como: começo, meio e fim.
Missão Integral nos incita a repensar os modos de transmissão do evangelho às pessoas, partindo de uma fé que nada se parece com uma apólice de seguro mas, de um cristianismo contemporâneo que torna a mensagem de Cristo relevante para cada individuo que é especificamente diferente do outro.
A ação social cristã é imbuída por um poder divino que, como citado pelo ex- secretário Regional da Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos (CIEE) para o Sul da Ásia Ramachandra (2006) pode “interromper a corrupção e a decadência da sociedade expulsando a escuridão moral e espiritual” abrindo assim brechas evangelísticas.
Quando um individuo que esta inserido em um mundo capitalista, onde você é o que você tem, se depara com a gratuidade que se distribui o amor e o carinho, com a doação de tempo e atenção, assim como Zaqueu que ficou chocado com tamanha generosidade de Jesus, responde com o arrependimento genuíno. Fazendo com que os objetivos cristãos de promover o amor redentor e a reconciliação de toda a criação com Deus sejam alcançados.
Faço dessas palavras um convite à toda a Igreja de Cristo:
Proclamemos o Evangelho em sua integralidade para que alcancemos o homem integralmente através da Missão Integral.

Sheila Alice
Membro IB Jd. Helena

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A UNIVERSALIDADE DA AÇÃO DO EVANGELHO
1 TIMÓTEO 2.1-6

I - UMA UNIVERSALIDADE EXPOSTA COMO UM DEVER

1. O dever de interceder. É obrigação da igreja ser intercessora. A oração em todos os seus aspectos e formas tem caráter mundial, universal: “Em favor de todos os homens” (v.1).
2. As necessidades são abrangentes, e o comportamento dos crentes devem estar ligados às necessidades em todas as frentes: “Em favor dos reis e das autoridades” (v.2a). Muitas vezes temos vontade de fazer orações imprecatórias e não intercessórias, dada a nossa insatisfação com os governantes, com as autoridades constituídas; mas, tal insatisfação não deve nos levar à negligência pela oração favorável a eles.
3. A igreja não deve ter sua visão limitada ao seu pequeno espaço, ao seu pouco número de membros, pois a sua atuação é local, mas é também universal. O crente que estiver em viagem, em qualquer parte do mundo, ou fora dele, dirá aos outros que é membro da igreja tal em tal lugar; isso mostra a abrangência da igreja local, que se espalha quando saímos por todos os lugares do mundo.
4. O pedido de Paulo aos crentes, sendo praticado, trará resultados práticos e salutares para a igreja: “Para que vivamos vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito” (v.2 final). Não devemos pensar que Paulo estivesse pensando em sombra e água fresca ao pedir que a igreja orasse pelas autoridades (Embora queiramos isso!).
5. A vida tranquila e mansa de Paulo, com certeza não significava a possibilidade de a cada final de semana, descer até o litoral ou para o sitiozinho do interior. A vida tranquila e mansa de Paulo era a possibilidade de viver a fé sem sobressaltos; de pregar o evangelho sem perturbações; de se viver em comunidade sem impedimentos das autoridades.
6. Podemos terminar esta seção com as palavras de Paulo: “Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador” (v.3). O que é bom e aceitável? As nossas orações, as nossa preocupações com todos os homens, inclusive os que estão em eminência (Neste ano teremos eleições; é bom que se faça orações preventivas).


II - UMA UNIVERSALIDADE COMO EXPOSIÇÃO DO DESEJO DE DEUS

7. O que Deus deseja? Deus tem todo o poder, não poderia Ele fazer cumprir todos os seus desejos? Sim, e não. Sim, porque ninguém é capaz de limitar Deus, ou impedi-lo de agir (“Agindo eu, quem impedirá? Is 43.10-13).
8. E não, porque Deus não age em desacordo ao que Ele mesmo deu para o homem, ou seja, a liberdade agir por si mesmo, sem interferências ou impedimentos.
9. O desejo de Deus: “Que todos os homens sejam salvos” (v.4). Em relação a Paulo e a igreja isso já era uma realidade, ele mesmo disse: “Nosso Salvador” (v.3). Mas não era e não é uma realidade em todos.
10. Deus manifestou a Jonas o seu desejo em relação a Nínive (Jn 4.11). Mas o desejo de Deus deveria ser realizado mediante a pregação, com aceitação voluntária pelos ninivitas. Deus não promoveu uma conversão nacional sem que houvesse arrependimento de pecados, como não fará nesses dias. Aliás, a conversão é nacional na soma da conversão individual; nenhum rei tem o poder de salvar por decreto.
11. Parece que Deus tem um desejo que se divide em duas partes: salvação e pleno conhecimento da verdade. Será que Paulo não inverteu a ordem? Alguns eruditos crêem que não. Acontece que o pleno conhecimento é um privilégio dos salvos, pois o homem natural não entende as coisas espirituais (1 Co 2.11-16).
12. Apenas o crente pode crescer dia-a-dia no conhecimento das coisas de Deus. Hoje, nós sabemos um pouco mais que ontem. Infelizmente, muitos crentes continuam como nasceram; outros, pior ainda, já não têm a chama do primeiro amor.
13. Para outros, o pleno conhecimento da verdade é sentença preliminar para que o homem seja salvo. Assim, o que todos os homens devem conhecer vem as seguir (v.5-6).

III - A UNIVERSALIDADE DA PROVIDÊNCIA DE DEUS

14. O que todos nós crentes já sabemos: “Porquanto há um só Deus”. Nós somos de uma religião monoteísta; cremos que há um só Deus (Dt 6.4).
15. Paulo diz que há um problema, pois o fato da necessidade de um mediador deixa isso muito claro. Não são muitos os mediadores, os negociadores de uma causa: “Há um só Mediador entre Deus e os homens” (v.5). E o melhor de tudo, é que o próprio Deus providenciou o Mediador (Jo 3.16). Isto escancara para nós mesmos o quanto somos incapazes de fazer alguma coisa por nós mesmos.
16. O Mediador é Cristo Jesus, homem (v.5). Cristo Jesus, refere-se Àquele que foi feito capaz de fazer a mediação (Foi ungido para isso). Jesus-homem, refere-se Àquele que teve plena identificação com a raça humana.
17. João escreve que temos um Advogado junto ao Pai; alguém que intercede por nós garantindo a defesa da nossa causa (1 Jo 2.1).
18. Paulo reforça o alcance da mediação: “O qual a si mesmo se deu em resgate por todos” (v.6a). Deus deseja que todos os homens sejam salvos, e Cristo se deu em resgate de todos. A salvação está disponível a todos que queiram recebê-la. Ainda está disponível.
19. A salvação que foi oferecida a todos é eficaz apenas na vida do que crê. Ela é universal quanto a sua disponibilização e individual em sua aceitação.
20. Dar-se de si mesmo faz parte do caráter voluntário de Jesus. Primeiro Ele deixou a sua glória para identificar-se com os homens. Paulo explica isso quando escreve aos crentes de Filipos (Fp 2. 58). Texto sobejamente conhecido dos crentes fala da kenosis, do esvaziamento de Jesus da glória que tinha (Jo 17.5,6) para habitar entre nós (Jo 1.14).
21. Segundo, Ele foi levado à cruz como homem, perfeitamente identificado com os demais homens e mulheres. Mas diferente de nós, Ele viveu sem pecado, não falhou em nada.


CONCLUSÃO

A universalidade do evangelho coloca a igreja como destaque, quando cobra dela a intercessão e a ação evangelizadora.
A igreja mostra a todos os homens, através da ação do evangelho, qual é a vontade de Deus em relação a todos os homens.
Cabe à igreja mostrar também, que Deus constitui a Jesus Cristo como único Mediador entre Ele e os homens.
O Mediador demonstrou o seu caráter voluntário quando deixa a glória e desce para morrer na cruz por todos os homens.
Mas a igreja deve dizer a todos que, embora Jesus morreu por todos os homens, apenas os crentes serão beneficiados por tamanho sacrifício.
Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva 04/07/2010
Igreja Batista em Jardim Helena - Itaquera - S.Paulo - SP
A IGREJA NÃO É UMA BRINCADEIRA DE FAZ-DE-CONTA
1 Coríntios 3.1-3 e 1 Coríntios 13.11
As crianças gostam de brincar de faz-de-conta: faz-de-conta que eu sou o médico, você a enfermeira e você é o paciente. Esse tipo de coisa funciona muito bem entre as crianças. Quando eles cansam de brincar de médico e paciente, passam a brincar de bombeiros. A vida infantil é mesmo o prazer pelo faz-de-conta.
O drama é continuar brincando de faz-de-conta sendo que a vida é mais real do que imaginamos.
As crianças evangélicas também gostam de brincar de igreja de faz-de-conta, mas assim que crescem, aprendem que a igreja não uma brincadeira de faz-de-conta.

I – JESUS NÃO EDIFICOU UMA IGREJA DE FAZ-DE-CONTA
1. A coisa é muita mais séria do que podemos imaginar. A igreja foi colocada em um mundo real, problemático e de muitas incertezas.
2. A igreja foi colocada para ser a última chance de resgate para o mundo perdido. Não é pouco para a igreja a tarefa que lhe é imposta.
3. Jesus não estava brincando de igreja, e nem seus discípulos eram personagens de uma fantasia. Jesus trabalhou o real, pois o inferno que se apresentava era também real.
4. O inferno que não é de faz-de-conta luta contra a igreja; o inferno real luta sabendo que a vitória é da igreja. Não que a igreja seja alguma por si mesma, mas por que a igreja é Daquele que a edificou e a sua vitória é a Dele.
5. A igreja é real e deveria valorizar o que ela mesma é: corpo de Cristo (Ef 4.12); povo peculiar (Tt 2.14); rebanho de Deus (1 Pd 5.2). Apenas para citar algumas figuras.
6. Por saber que a igreja é real, cada crente deve fazer parte dela consciente das próprias obrigações e privilégios.

II – JESUS NÃO ATRIBUIU OBRIGAÇÕES DE FAZ-DE-CONTA À IGREJA
1. Sendo a igreja real, as obrigações que ela deve cumprir também são reais.
2. Cristo não estava brincando quando mandou que os discípulos ficassem em Jerusalém para ser dinamizados. Discípulos medrosos, acanhados e sem poder, não levariam a resultado aquilo que Cristo lhes propunha.
3. O poder para a igreja não é uma opção; não é dada à igreja a possibilidade de ter poder ou não; poder é obrigação em face da dificuldade da tarefa.
4. Igreja sem poder é igreja sem Cristo; igreja sem Cristo é apenas uma associação de amigos que se suportam. E amigos que se suportam, são inimigos que esperam ocasião.
5. Tendo edificado a igreja e lhe prometido poder, desde que não se ausentasse de Jerusalém, Jesus cumpriu o que lhe prometera (At 2.1ss).
6. O poder conferido à igreja não foi para levantar nela uma classe de super-apóstolos, aeroapóstolos ou qualquer outra designação, mas levantar crentes capacitados para toda boa obra.
7. O poder da igreja anda junto com a missão: “ser-me-eis testemunhas”. A igreja deve ser testemunha do que Cristo fez por ela. Não é um testemunho faz-de-conta, mas um testemunho que pode ser efetivado através do seu próprio martírio. Não a morte da igreja, mas a morte de muitos que dela fazem parte.
8. A igreja é de verdade, porque o seu Senhor é de verdade; a missão é de verdade, pois o Cristo de verdade a comissionou.
9. Todo crente precisa saber: vida cristã de faz-de-conta é coisa que o diabo põe na cabeça daqueles que ainda não sabem por que faz parte da igreja.

III – JESUS NÃO FAZ-DE-CONTA QUE VIRÁ BUSCAR A SUA IGREJA

1. A igreja, que é coisa real, verdadeira, proclamadora, mas também contempladora, espera com ansiedade o cumprimento das outras palavras de Jesus.
2. Jesus deu para a igreja, na pessoa dos seus discípulos, a certeza de que Ele a levaria para Si.
3. Jesus era um homem sério; Ele não tinha tempo para gastar com coisas de somenos importância. Jesus não jogava conversa fora; Ele não discutia sobre coisas que tanto faz como tanto fez. Quando Ele diz que é, é mesmo; e, se disser que não é, não é mesmo.
4. A igreja espera o cumprimento da palavra dita por Jesus aos discípulos: “Voltarei e os receberei para mim mesmo”. Jesus não disse isso para animar crentes de corações desiludidos. Jesus disse a crentes que sabiam em quem criam.
5. Quando Jesus voltar para buscar a sua igreja, os crentes faz-de-conta correm o risco de não ter mais tempo de sair da brincadeira para o real.
6. Crentes faz-de-conta são como Ananias e Safira que pensavam que podiam enganar o Espírito Santo.
7. Crentes faz-de-conta pensam como Simão, que achava que as coisas de Deus podem ser compradas por dinheiro (At 8.14-25).
8. Por último, crentes faz-de-conta, levam a vida cristã na brincadeira, pensando que tudo não passa de um faz-de-conta. Crente faz-de-conta não consegue entender o que foi dito à igreja em Filadélfia: “Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Ap 3.11).

CONCLUSÃO
Será muito bom quando pararmos de pensar que tudo é apenas uma brincadeira; que quando cansarmos de brincar, é hora de guardar tudo em uma caixa e voltar para brincar amanhã.
Mas para parar de pensar que tudo não passa de brincadeira é preciso dizer como Paulo: “Quando eu era menino agia assim e assim, mas quando deixei de ser menino, deixei também as meninices” (1 Co 13.11-Livre).
Que Deus nos ajude a crescer em graça e conhecimento Dele.
Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva 18/07/2010
Igreja Batista em Jd Helena – Itaquera – S. Paulo - SP

sexta-feira, 9 de julho de 2010

DECIDI! VOU PARTICIPAR
João 4.35

Acho que isto é o que todo promotor de missões deseja ouvir. Mas sabemos que nem sempre é assim. Nem todos querem participar. Não devemos chorar o leite derramado; a obra é feita com os que querem participar.
Mas quem decidiu participar pode fazer alguma coisa; tudo que se fizer é bem vindo. Você pode orar? Ore. Você pode contribuir? Contribua. Você foi chamado para ir? Vá. O que você não deve fazer é se omitir, fazer de conta que não é com você, fazermos de conta que não é conosco.
O tema da campanha é: São Paulo tem pressa! O pastor Joaquim recentemente, falando em uma Quarta-feira, disse que Jesus tem pressa! São Paulo tem pressa, Jesus tem pressa, mas em qual compasso eu estou?
Somos parte dos que não contribuem para missões? Dos que não oram por missões? Ou somos daqueles que não fazemos missões nem no quarteirão mais fácil?
Missões para nós não pode passar apenas de um momento de emoção. Missionários não vivem das nossas emoções, mas das nossas ações. Deus chama, capacita e sustenta os chamados. Deus sustenta os seus obreiros das ações de crentes envolvidos.
Pressa indica tempo, e um tempo muito curto. Não paramos para conversar quando estamos com pressa. Não perdemos tempo, pois a pressa é a falta de tempo. Se não há tempo não há tempo a perder.
Missões se desenvolvem com envolvimento; não é uma ação solitária. Missões só podem ser feita através de mim, de você e deles, daqueles que vão para que eu não vá.
As razões que me fizeram decidir participar:

I – MISSÕES: COISA DO PAI
1. Tudo que vem de Deus é bom. Ouvimos dizer que missões nasceram no coração de Deus. Participar de missões é participar de algo que nasceu no coração de Deus.
2. O primeiro missionário foi enviado por Deus. Podemos ver em Abrão o primeiro; em José o segundo; em Moisés o terceiro e muitos outros podem ser elencados.
3. Missões nasceram no coração de Deus e foi muito mais que uma emoção, uma poesia, uma canção; Deus materializou missões. Podemos ver missões no decorrer da história.
4. É inteligente fazer parceria com Deus. Quando participo fazendo missões sou parceiro em algo que Deus idealizou; sou parceiro em algo que dá certo. Dando certo não tem prejuízo. Missões é investimento sem expectativa de prejuízo.
5. Podemos dizer que participar é lucro, e quem não participar já está no prejuízo.
6. Podemos participar orando; mas não é justo orar sem contribuir. Não é honesto orar para que outros contribuam e eu mesmo não estender a mão.
7. Para pensar: “Mais bem-aventurada coisa é dar que receber”. Qual você escolhe?

II – MISSÕES: COISA DO FILHO

1. Costumamos dizer em muitos casos: “É a cara do pai”. Não podia ser diferente com Jesus. Jesus tem a cara do Pai.
2. Para cara do Pai, quero dizer que Jesus tinha os mesmos propósitos missionários do Pai.
3. O Pai desenvolveu missões apontando para o Filho. O Filho no desenvolvimento de missões disse que ela é local, estadual, nacional e mundial (Atos 1.8).
4. Tendo nascido em Deus, missões foi dada por Jesus aos parceiros que escolheu: “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Mt 4.19).
5. Sendo tarefa urgente, pois há pressa, os discípulos deixaram tudo e foram após o Mestre (v.20, 22). Em virtude de tempo ser coisa que não sabemos admnistrar bem, de vez em quando cantamos: “Amanhã pode ser muito tarde, hoje Cristo te quer libertar”. Não se perca com o pouco de tempo que você ainda tem.
6. Jesus foi o grande missionário; nós recebemos dele co-missão. Somos cooperadores dessa grande ideia. Somos cooperadores quando oramos, somos cooperadores quando contribuímos e somos cooperadores quando vamos.
7. A máxima: nem todos poderão ir; ir é mais do que querer; ir é ser chamado e enviado. Mas percebo algo interessante: todos podem contribuir.

III – MISSÕES: COISA DO ESPÍRITO.

1. O Espírito Santo continuou a obra iniciada no Pai e exercida com excelência pelo Filho.
2. O Filho, precisando partir, prometeu o Espírito, o Parácletos, o Ajudador, O Consolador. O Filho era irmão, mas parece-nos que também era pai: “Não vos deixarei órfãos”.
3. O Espírito Santo, que o Pai enviaria em nome do Filho, traria aos discípulos a lembrança dos ensinos de Jesus (Jo 14.26).
4. Esse mesmo Espírito, tendo como coisa sua missões, separaria entre muitos, alguns para saírem aos campos que já estavam brancos para a ceifa: “Disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado” (At 13.2).
5. A obra deve ser feita pelos chamados; os chamados devem ser sustentados por aqueles que ficam nas bases.
6. O Espírito Santo não só chama para que se façam missões, mas também é Aquele que envia (v.4). Mas para onde envia o Espírito? Para onde Ele quiser: o campo é o mundo.
7. O chamado é guiado pelo Espírito; é o Espírito que nos separa, capacita e os envia para onde quer: “Tendo sido impedidos...o Espírito de Jesus não o permitiu” (Ler Atos 16.6-10).
8. Missões: palavra plural; missões: singular, não há tarefa igual.

CONCLUSÃO

Estas são as razões que me fizeram decidir participar de missões.
Pense também nas razões que podem fazer você também participar.

Pr. Eli da Rocha Silva 11/07/2010
Igreja Batista em Jardim Helena – Itaquera – S. Paulo - SP

sábado, 22 de maio de 2010

VIDA CRISTÃ EM AMARELO PISCANTE
Texto: Lucas 24.13-32
No trânsito, o amarelo piscante é atenção. Qual o perigo de estarmos na faixa e percebermos que a nossa vida cristã está no amarelo piscante?
A faixa pode ser o limite entre a crença e a descrença, entre o ficar e continuar.
Lendo o texto dos dois discípulos no caminho de Emaús, fiquei pensando nas crises que somos acometidos na jornada da vida cristã.
Vamos imaginar o caminho cristão como um caminho sinalizado. Vamos tentar perceber na passagem dois discípulos, as coisas que podem nos indicar que a trilha está ficando perigosa.

I – QUANDO AS COISAS QUE ACREDITAMOS PARECEM PERDER O SENTIDO
1. Para saber se algo perdeu o sentido, a razão de ser, é preciso dar um tempo e conversar a respeito (v.14). Os dois tinham onze quilômetros para por a conversa em dia.
2. Eles conversavam e discutiam a respeito dos últimos fatos ocorridos em Jerusalém.
3. Eles eram discípulos entristecidos (v.17 b). Eles alimentaram durante três anos, a certeza de que Jesus redimiria a Israel (v.21 a).
4. O drama deles: “o redentor continua sepultado a três dias” (v.21b).
5. “Para piorar, é notícia corrente que o corpo de Jesus não está mais no sepulcro” (v.22-24).
6. “Tudo o que acreditamos perdeu o sentido. Ter sido seguidores de Jesus por três anos não valeu a pena! Para nós as coisas não têm mais sentido!”
7. Será esse o quadro que podemos ver hoje nas igrejas? Seria grande o número daqueles que já perderam as esperanças, que não veem mais sentido em estar aqui? Ou se estão aqui, há sentido em estar, ficar e continuar?
8. Se a sua vida estiver sinalizada no amarelo piscante, se você perdeu o sentido das coisas, peça misericórdia a Deus.

II – QUANDO NÃO SENTIMOS QUE O SENHOR ESTÁ PRESENTE
1. A perda da visão, da sensibilidade, da percepção em relação ao Senhor é muito grave. É triste quando alguém não percebe mais o Senhor. É triste ver Jesus apenas como uma personagem bíblica, uma personagem da história.
2. O salmista disse: “Deus está perto de todos que o invocam...com sinceridade” (145.18); e, “O Senhor cuida de todos os que o amam” (v.20 a). Mas quando o crente perde o sentido da presença de Deus, ele já não consegue notar que está sendo cuidado pelo Senhor.
3. O homem que não percebe mais Deus, é alma em tormento, é alma sem paz, é como um barquinho nas ondas revoltas do furioso mar (canta Feliciano Amaral).
4. Para o cristão que não sente mais Deus, a igreja ou a pousada de fim de semana pode ter o mesmo sentido. Vale também dizer que, para o cristão que sente Deus, a pousada pode ser a extensão da igreja (não como comunidade, mas como motivo para adorar).
5. “Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles; mas os olhos deles foram impedidos de reconhecê-lo” (v.15,16). Por razões divinas, eles não reconheceram a Jesus. Atrevo-me a dizer que não há mais razões divinas para não sentirmos a presença do Senhor. O crente precisa sentir Deus presente em sua vida.
6. A razão de termos tanta gente fora da igreja, é justamente o fato delas não sentirem mais que o Senhor está perto. Você indaga ao crente faltoso: Por que você sumiu? Ele responde: É que eu quando vou a igreja, volto pior do que saí de casa! Das duas, uma: Ou Deus falou e ele não quer ouvir; ou Deus não falou o que ele quer ouvir.
7. Se a sua vida estiver sinalizada no amarelo piscante, se você perdeu o sentido da presença do Senhor, peça misericórdia a Deus.

III – QUANDO A PALAVRA DE DEUS NÃO FAZ ARDER O CORAÇÃO
1. O salmista disse (119): “Como eu amo a tua lei! Medito nela o dia inteiro (v.97). O salmista foi crítico consigo mesmo: “Embora eu seja como uma vasilha inútil, não me esqueço dos teus decretos” (v.83). O salmista é apegado até a alma à palavra: “A minha alma consome-se de perene desejo das tuas ordenanças” (v.20).
2. O que a Palavra tem sido em nossas vidas? Eu a encaro como uma manual de cobranças ou como um manancial? O que eu penso a respeito da Bíblia determina como ou devo tratá-la. O Neto, ex-jogador de futebol, disse que um dia, ao chegar em sua casa, havia um dos seus troféus colocado como aparador de porta. Entendeu?
3. Outro ponto na sinaleira (semáforo), que deve ser observado, é o quanto a Palavra fala ao meu coração; o prazer do contato com a Lei de Deus, que é perfeita e restaura a alma (Sl 19.7).
4. Voltamos aos dois discípulos, e vemos que o quadro mudou. Depois de terem os olhos abertos (v.31), eles perguntam um ao outro: “Não estava queimando o nosso coração, enquanto ele nos falava no caminho e nos expunha as Escrituras?” (v.32).
5. As Escrituras não falam mais ao seu coração? Se você entende que Deus não lhe fala através do seu pastor, deixe que o Espírito Santo fale através da sua leitura bíblica. Mas para que Ele fale é preciso ler a Bíblia. Não estou falando de passar o ano inteiro lendo só Manancial, ou Pão Diário ou outros tantos que existem por aí.
6. Se a sua vida estiver sinalizada no amarelo piscante, se você não sente mais arder o coração pela Palavra, peça misericórdia a Deus.

CONCLUSÃO
Continue firme: as coisas que você sempre acreditou não perderam o sentido.
Você não está só: o Senhor continua andando com você.
Deixe a Palavra arder seu coração; ela continua sendo lâmpada para os pés e luz para o caminho.

Pr. Eli da Rocha Silva 23/05/2010
Igreja Batista em Jardim Helena – São Paulo - SP
"O que Deus espera do jovem; o que o jovem espera de Deus".

Podemos dizer que não há da parte de Deus algo diferente para o jovem, das coisas que Ele espera de qualquer um. Não há um tratamento vip porque se é jovem. Há, aliás, uma universalização da humanidade em relação a Deus: “Porque todos peca-ram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23).
Em razão dessa universalização do pecado, a consequência é igualitária, isto é, con-denação e absolvição, são igualmente para todos (Rm 6.23).
Deus chama a todos, mas salva apenas os que atendem ao seu chamado. Fazer parte de uma igreja evangélica não garante que o indivíduo tenha sido chamado. Existem muitos evangélicos por tradição; tais pessoas não são diferentes daqueles que cresce-ram em uma tradição católica. Assim como muitos católicos têm resistência em deixar o catolicismo, muitos evangélicos têm de deixar as igrejas nas quais cresceram. Isso é fato, é constatação!
Podemos falar também do juízo de Deus sobre todos. O juízo não é estabelecido por faixa etária. A base do juízo é Romanos 6.23. Não há que se esperar que Deus seja menos grave com os mais jovens e mais duro, rígido com os de mais idade. Em razão de tal certeza, Deus espera do jovem, a compreensão das realidades eternas. Quando o jovem deixar esta vida, vai se deparar com o futuro que ele mesmo escolheu. Então, Deus espera que o jovem saiba escolher a vida e não a morte. Pregando no Salmo 119.9 no mês da juventude de 2009, eu disse:
1. A juventude é o tempo das definições e indefinições. Foi assim com todos os que passaram por essa fase. Alguns decidiram com mais firmeza o seu próprio caminho; outros viveram incertezas diante das muitas possibilidades e dos di-versos conselhos.
2. Desde muito pequenos somos induzidos à escolha dos melhores caminhos. Não raro os pais dizem para os seus pequenos: “Não passe por aí; passe por ali”. São as primeiras escolhas, e elas, por indução.
3. Mas nós crescemos, e os nossos pais já não nos induzem como faziam. Co-meçamos assim, a decidir pelo que julgamos ser o melhor para nós mesmos.

Deus espera que os jovens só façam boas escolhas. Mas as escolhas acontecem no meu julgamento particular, no máximo, deixo alguém dizer alguma coisa; mas no final de tudo, eu decido.
O que o jovem espera de Deus? O jovem não deve esperar de Deus coisas que Ele não disse que faria. O jovem mesmo deve buscar conhecer a vontade de Deus (Rm 12.2). A dica paulina, para que se comece uma boa história com Deus é: “Não se amoldem ao padrão deste mundo” (NVI). O jovem que quiser receberá de Deus di-recionamento. Digo ‘que quiser’, porque Deus não violentará a vontade, que é pes-soal, intransferível e responsabilizadora. O que você decidir será eternamente res-peitado.
O jovem que espera algo de Deus deve querer ouvi-Lo. Muitas vezes temos medo das respostas de Deus, então, fugimos da Sua presença para tomarmos as nossas decisões sem interferências externas.
Confesso que não sei o que o jovem espera de Deus. Nem sei se o próprio jovem sabe. Também não sei o quanto de tempo o jovem para pensar sobre Deus e a Sua vontade. Arrisco-me em dizer o seguinte: é até possível que algum jovem já nem creia em Deus. Espero que não seja o caso de alguém que está aqui hoje!

Terminado, eu até entendo que um tema interessante para pensarmos futuramente será: "O que a igreja espera do jovem; o que o jovem espera da igreja".
Fim.

Pr. Eli da Rocha Silva

sábado, 15 de maio de 2010

VOCÊ ENTENDE QUE VALE A PENA CORRER A CARREIRA?
HEBREUS 12.1-11

É possível que para esta pergunta a resposta direta de muitos será, vale a pena correr a carreira.
Outros, entretanto, talvez parem um pouco para pensar se vale ou não a pena continuar na carreira; em outras palavras, se vale a pena continuar sendo crente. O mundo nos leva a repensar conceitos e preconceitos. Para muitos, o que pensava ser certo agora é errado e o errado agora é certo.
Jesus ao conversar com os seus discípulos precisou em determinado momento colocá-los contra a parede, ao ver que muitos dentre eles voltaram atrás e deixaram de segui-lo (João 6.66): “Então Jesus perguntou aos doze: Vós também quereis retirar-vos?” (v.67).
É possível que alguns crentes estejam vivendo essa crise abordada por Jesus. A resposta que Pedro deu a Jesus (v.68) pode não ser a sua resposta.
Caso você pense como Pedro, o texto que lemos pode nos indicar algumas coisas.


I – ELIMINE TUDO QUE O IMPEDE DE PROSEGUIR (V.1)

1. Quais são as coisas que estão impedindo você de prosseguir, que podem ser deixadas de lado? O que você deve eliminar para prosseguir? O verbo eliminar aqui não deve ser levado ao pé da letra, como é correntemente conhecido e pronunciado.
2. Ninguém vai eliminar pai e mãe, esposa e sogra, para depois ser crente. Mas pode ser bem possível ter que enfrentá-los para prosseguir. Neste caso, é preciso eliminar o seu medo e a sua covardia para seguir a carreira cristã. Alguns gostariam de ser crentes só não são, porque os pais, que são de outra lei, não vão entender.
3. Não é incredulidade minha, mas, eu não consigo enxergar Jesus insistindo com aqueles que não queriam nada com Ele. Aos discípulos, que eram próximos, tratava-se dos doze, Ele perguntou se eles também queriam deixar o barco; ao mancebo de qualidade, Ele lhe impôs o que para o jovem era algo impossível: “Vai vende tudo o que tens e dá aos pobres, depois, vem e segue-me”.
4. O que tem impedido muitos de prosseguirem é a malquerença, isto é, não querem nada com nada. Você convida para alguma coisa, a resposta é: Ah, não quero não! Outro dia você diz: quer ir conosco? O malquerente diz: Dá não, hoje não!
5. É a malquerença que impede o prezado irmão? Seja corajoso, deixe de lado toda e qualquer malquerença. Solte suas amarras. Tire todo o peso. Corra a corrida da fé.
6. “A carreira que nos está proposta” não é uma carreira que não ofereça dificuldades. Alguns não entram na corrida se houver dificuldades. Corrida boa é aquela que oferece só facilidades. A questão é que não há corrida que ofereça só facilidade. O autor diz: “Corramos a corrida com perseverança”.

III – DEPOIS DE ELIMINAR OS EMPECILHOS SAIBA COMO CORRER A CORRIDA (V.2).

1. Ao corredor não basta o preparo técnico, é preciso saber para que lado correr. Correr contra a multidão é suicídio.
2. O mesmo princípio vale para o corredor da carreira cristã. Quem no trajeto da corrida, hora olha para Cristo, outra hora para as circunstâncias (o vento que arruinou Pedro), pode estar concluindo, por si só, que nem devia ter começado correr.
3. Para termos êxito em nossa corrida, é necessário tirarmos os olhos das coisas que embaçam a nossa visão, que nos impedem trilhar o trajeto que nos levará até o almejado prêmio.
4. O autor da carta fala sobre fixação. Crente é mesmo pessoa com fixação. O nosso olhar deve estar fixo em Jesus, “o Autor e Consumador da nossa fé”.
5. Quando temos fixação por alguém queremos sempre fazer o que lhe agrada. O aficionado é alguém devotado. É um admirador, um seguidor, um fã. Tem gente crente que é fã de muita gente ruim, que são péssimos exemplos; só não consegue ser admirador, seguidor e fã de Jesus.
6. Muitos não são fãs de Jesus porque querem uma vida sem cobranças. Se você não quer ser cobrado não seja mesmo fã de Jesus. Ele disse aos discípulos: “Vós sois meus amigos, se fizerdes o que vos mando” (João 15.14). Você não gosta de amigo mandão? Ser amigo de Jesus é aceitar que quem manda é Ele. Se você não aceitar que Ele mande, o risco é de nunca ter sido seu amigo.
7. Saber correr a corrida é saber que Jesus deve receber toda a nossa admiração e aceitação.

III – CORRENDO BEM A CORRIDA, NO FINAL, SÓ ALEGRIA (V.11).

1. O corredor deve ser disciplinado. Deve ter uma alimentação balanceada. Deve dormir e descansar o tempo necessário. Dever abrir mão de algumas coisas para chegar onde quer.
2. O autor diz que “Nenhuma disciplina parece no momento motivo de alegria” (v.11). Nós crentes precisamos ser disciplinados nessa corrida que nos foi proposta.
3. Novamente podemos observar que Jesus é o exemplo de constância: “Considerai aquele que suportou tal oposição dos pecadores contra si mesmo”. Pode ser que em algum momento o cansaço e o desânimo queiram nos embaraçar. Jesus é o exemplo de perseverança (v.3).
4. Este Jesus, a quem voltamos e fixamos os nossos olhares, “Em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz”. Nessa alegria de Jesus está a nossa própria redenção. Alegria de ter cumprido Nele o propósito do Pai.
5. Para seu consolo, e meu, está escrito: “No combate contra o pecado, ainda não haveis resistido a ponto de derramar sangue” (v.4).
6. Nesta nossa caminhada, é preciso que nos recordemos daqueles que não retrocederam na fé, por conta daquilo que aguardavam (11.39).
7. Nós também, como aqueles, devemos prosseguir para o alvo, para o prêmio que nos aguarda.

CONCLUSÃO

Você entende que vale a pena correr a carreira?

Pr. Eli da Rocha Silva
IBJH 16/05/2010