sábado, 25 de setembro de 2010

RESPONSAVELMENTE LIVRES

1 CORÍNTIOS 6.12

INTRODUÇÃO

A liberdade não é passe livre para a prática do mal. Mas para muitos a liberdade é a motivação para o abuso e a libertinagem. A liberdade não é uma carta branca. A liberdade não nos dá o direito de passarmos por cima de princípios de moralidade e de boa convivência.
Mas parece que as pessoas não entendem assim. O som alto no carro é democrático, é para todos. O problema é que se torna um tipo de democracia invasiva. Quem disse que eu quero ouvir o seu tipo de som?
A liberdade me dá o direito de parar o trânsito para conversar em fila dupla com um amigo. Quem achar ruim peça desculpas e aguarde. Talvez a liberdade ainda seja um bem que não aprendemos apreciar.
O clamor de um povo é: “Liberdade! Liberdade! abre as asas sobre nós. Das lutas na tempestade, Dá que ouçamos tua voz”. 575 CC

I – JESUS É A LIBERDADE POSSÍVEL
1. Há um clamor maior por liberdade. É o clamor dos alcançados aos não alcançados. É a palavra de Jesus aos judeus, filhos de Abraão, que sofriam de amnésia. Eles disseram: “Jamais fomos escravos de alguém” (Jo 8.33). E o Egito? E a Babilônia? E o domínio Romano naqueles dias?
2. Jesus estava mesmo falando de uma liberdade que eles não conheciam; falava da liberdade que veio pelo Filho do homem. O triste para eles é que Jesus não era filho de um magnata, filho de um dos ricos daqueles dias; Ele era apenas o filho de um carpinteiro.
3. Eles ficaram inculcados porque Jesus disse “e conhecereis a verdade” (v.32). Havia uma verdade desconhecida para aqueles homens filhos de Abraão. Que verdade é essa? Nós temos Moisés, nós temos os profetas. Há ainda algo para conhecermos?
4. A verdade que vocês ainda não conhecem é: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (v.36). Esta é a verdade desconhecida a muitas pessoas.
5. Não que essa verdade não tenha sido pregada, ela é, a verdade rejeitada: “Então, pegaram pedras para atirarem nele” (v.59).
6. O que é a liberdade para muitos? Poder ir e vir. Fazer ou não fazer.

II – PAULO TRADUZ O CONCEITO DE LIBERDADE PARA OS CORÍNTIOS
1. Em dois lugares, na primeira carta aos Coríntios, Paulo fala sobre licitude, conveniência, dominação e edificação.
2. No cap. 6.12 Paulo fala que todas as coisas são lícitas, isto é, existe a liberdade de se fazer, desde que, não haja impedimento legal.
3. Algumas coisas não têm impedimento legal, mas trazem prejuízos espirituais. Para as coisas lícitas, sem impedimento legal, mas que trazem prejuízo espiritual Paulo diz: “Não me deixarei dominar por nenhuma delas” (6.12b).
4. A liberdade não deve nos levar à licenciosidade. Mesmo a lei estabeleça que não problema na prática de alguns atos, o crente deve saber o que a Bíblia diz a respeito (v.15-20).
5. Mesmo que o Estado crie leis que transformem o imoral em moral (conceito social), a Bíblia continuará dizendo que imoral é imoral. Assim sendo, o crente deve saber tratar, biblicamente, as questões que se referem à licitude e inconveniência (v.12a).
6. Em 10.23, Paulo fala da liberdade que não edifica. Isto é, eu tenho liberdade de fazer muitas coisas, mas entre elas existem algumas que não edificam, que não acrescentam nada. Então, para que fazer?
7. No Comentário Matthew Henry está escrito: “Um cristão não deve considerar o que é lícito, mas o que é conveniente e para a edificação”
8. A liberdade que nos faz caminhar aqui é aquela que Cristo ensinou aos que querem ser verdadeiramente livres de João 6.32 e 36.

III – O CRISTÃO COMO FAZEDOR DA LIBERDADE.
1. O cristão, pessoa responsavelmente livre, será um fazedor de liberdade. Assim como é feliz o pacificador, é feliz o que promove a liberdade a outros.
2. A verdade que liberta só será conhecida pelos que a ignoram, quando nós os crentes lhes falarmos. O crente pode ser agente nessa proclamação, pois já foi, pela liberdade que há Cristo, alcançado.
3. Todos crentes podem gritar em alto e bom som: “A liberdade abriu as asas sobre nós”. Este foi o grito de uma Nação; este é o nosso grito.
4. E os muitos perdidos na falsa liberdade? A falsa liberdade dos alucinógenos. A falsa liberdade nas baladas de Sexta e Sábado. A falsa liberdade pela prática de um evangelho de interesses e moeda de troca. O que fazer?
5. Paulo disse o que fazer. A Timóteo, ele escreveu que o servo do Senhor não deve viver em contendas. Pelo contrário, deve ser apto para instruir, paciente, disciplinar com mansidão os que se opõem (2 Tm 2.24,25).
6. Essa instrução paciente deve ser revestida de expectativa da ação de Deus em favor desses que estão em prisão. Não é uma prisão qualquer. Eles estão enlaçados pelo diabo (v.26). Eles estão privados de qualquer liberdade, ou, podemos dizer, a liberdade que pensam ter é um engano.
7. E o próprio versículo reforça a privação da liberdade, pois diz: “tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade”. Sem o exercício da vontade não há liberdade.
8. É imperativo, portanto, que cada crente se torne um promotor da verdadeira liberdade. Jesus disse como alcançar a liberdade: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8.36).

Pr. Eli da Rocha Silva
26/09/2010 – I B Jd. Helena – Itaquera – S.Paulo - SP

domingo, 19 de setembro de 2010

POR UM BRASIL VERDADEIRAMENTE FELIZ
SALMO 33

Qual tal sido a nossa oração rotineira? Com certeza é o tema de missões nacionais. Nós queremos mesmo um Brasil verdadeiramente feliz.
O tema nos leva a pensar que no Brasil há alguma felicidade, ou, o Brasil tem alguma felicidade. Mas o que nós queremos é que ele seja verdadeiramente feliz.
Como se chega à felicidade? Alguns podem responder que a felicidade é ter dinheiro, casa, carro, bom emprego, segurança e saúde. Se isso fosse verdade, por que vemos tantas pessoas infelizes, mesmo tendo tantas coisas?
Para muitos a felicidade será ganhar as eleições. O político se diz feliz por poder fazer mais metrô, mais policlínicas, mais escolas, mais de tudo e mais um pouco.
Nós crentes sabemos que todas essas coisas são boas e necessárias. Mas o conceito de felicidade para nós vai além da idéia de possuir coisas. O nosso conceito de felicidade é cristão, é bíblico.
Alguém pode ser feliz algum tempo (ganhar o mundo inteiro) e pode da noite para o dia tornar-se eternamente infeliz (perder a alma).
Mas ser evangélico não é pregar ser infeliz aqui para ser feliz lá; ser evangélico é viver a felicidade aqui, que continuará lá.
A felicidade é um tema bíblico. Deus nos fez para sermos felizes. Pelo menos eu acredito assim. Infelizmente, do Éden para cá, a felicidade parece que passou a viver sob condicionantes. Alguém diz: felicidade para mim é ver outros felizes.
O salmista definiu como o Brasil pode ser verdadeiramente feliz: “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor”. Alguns então podem dizer: “Beleza! O Brasil é um país católico, logo, Deus é o seu Senhor”. Será?

O salmo 33 e muitos outros textos ensinam que devemos continuar orando Por um Brasil verdadeiramente feliz. Mas o Brasil só será verdadeiramente feliz quando: (Divisão do Com. Bíblico Moody)

I – ATENDER AO ‘CHAMAMENTO À ADORAÇÃO’ (1-3)
1. Gostaríamos de ver isso ainda no Brasil. Mas querer não significa que podemos declarar ou determinar que assim seja.
2. Mas, parece que o texto não nos ensina a unanimidade nacional, pois ele fala diretamente aos justos, conclui-se, portanto, que haja também injustos.
3. Alguns verbos aqui no texto só têm sentido na boca daqueles que buscam ao Senhor e Lhe pertencem: Exultai, celebrai, louvai, entoai e tangei.
4. Aqui se trata da nação que se rende ao Senhor em perfeita adoração. Há, aliás, a exigência de se tocar com arte e com júbilo (v.3).

II – APRECIAÇÃO E ‘LOUVOR À PALAVRA DE DEUS (4-9)
1. O salmista expressou o que sentia a respeito de Deus e da sua palavra: fidelidade e retidão (v.4). Qual é o lugar da Palavra de Deus em nossa Nação?
2. O que os justos podem esperar de Deus: justiça, direito e bondade (v.5)
3. Voltando a palavra de Deus, pois foi através da palavra que todas as coisas foram criadas (v. 6,9).




III – ATENÇÃO E ‘LOUVOR AO CONSELHO DO SENHOR’ (10-12)
1. Deus (Jeová) está acima das nações. As nações só fazem e acontecem até o limite estabelecido por Deus. Os desígnios das nações dependem da aprovação do Senhor (v.10).
2. O que os povos devem saber sobre Deus: “O conselho do Senhor dura para sempre”. O que Deus estabeleceu, estabelecido está; nunca será mudado.
3. Os propósitos de Deus são de geração em geração. Assim Ele agiu com Abraão e assim age conosco (v.11).
4. A nossa não é do tipo que busca saber a vontade de Deus? O salmista diz que Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor. Podemos dizer que Deus é o Senhor do Brasil?
5. Embora a segunda parte do verso 12 possa se referir a Israel, o que é dito nele vale também para toda nação que coloque Deus como seu Senhor.

IV – GRATIDÃO E ‘LOUVOR À VIGILÂNCIA DO SENHOR (13-19)
1. A boa notícia é que Deus não esqueceu o mundo. Deus não se esqueceu do Brasil. Ele olha, observa e contempla as obras dos homens.
2. Por mais poderosos que sejam os governantes, não há rei que se salve com o poder dos seus exércitos (v.16).
3. Mas onde está Deus quando tudo parece mal? Deus está presente (v.18).
4. E quando as coisas não acontecem como queremos; quando o emprego é escasso, a inflação corrói o nosso dinheiro e a doença nos acomete? Deus está presente (v.19).

V – CONFIANÇA IRRESTRITA E DEPENDÊNCIA DO SENHOR (20-22)
1. O que os crentes brasileiros podem dizer a respeito do país onde tudo pareça estar indo bem? Nossa alma espera no Senhor.
2. E se acontecer do quadro político e econômico mudar; e no lugar da abundância tivermos escassez? Nossa alma espera no Senhor (v.20).
3. Por mais que nos esforcemos ver o Brasil caminhar bem, um Brasil verdadeiramente feliz, particularmente, cada crente pode e deve dizer: “Nele (em Deus), o nosso coração se alegra, pois confiamos no seu santo nome” (v.21). A alegria Nele não depende de circunstâncias favoráveis.
4. Não podemos pensar que um Brasil verdadeiramente feliz dependa dos ventos favoráveis à economia, com aumento da nossa renda, da facilidade de fazermos uma faculdade ou acesso à saúde de primeiro mundo.
5. O Brasil verdadeiramente feliz é aquele que diz como o salmista: “Seja sobre nós, Senhor, a tua misericórdia, como de ti esperamos”. (v.22).

CONCLUSÃO
O Brasil só será verdadeiramente feliz quando entender que a sua esperança deve estar no Senhor.
O Brasil só será verdadeiramente feliz quando disser: Deus é o Senhor da nossa nação.

Pr. Eli da Rocha Silva
Igreja Batista em Jd. Helena - 19/09/2010

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A AFLIÇÃO COMO MOTIVAÇÃO DE BUSCA
OSÉIAS 6.1-3

Não é um absurdo dizermos que em tempos de aflição nos achegamos mais a Deus. Talvez algumas pessoas não, mas para a grande maioria vale esta máxima.
A busca de Deus em tempos de aflição é que faz com que muitas igrejas fiquem cheias hoje; as pessoas estão lá buscando o alívio para o sofrimento. Elas muitas vezes nem querem Deus, mas sim o seu favor. Para muitos nem o seu favor, o que lhe é mesmo uma obrigação por conta do seu ato criador.
Os próprios milagres de Jesus aconteceram em um contexto de aflição. Muitos curados foram salvos, outros apenas receberam o que buscavam e se deram por satisfeitos.
Oséias nos ensina o quanto Deus é capaz de fazer no seu próprio povo e em favor dele.
Três coisas que podemos aprender com o texto:

I – O CONVITE PARA RETORNAR (V.1)

1. O povo quis viver a sua própria vida. Deus não interferiu em nada para que eles não a vivessem. É certo que entre eles estavam os profetas para orientá-los.
2. A decisão de voltar ou não é um sentimento do próprio povo: “Tornemos para o Senhor”. Voltar é uma demonstração de coragem e confiança. Mesmo tendo errado contra Deus, o povo sente que haveria receptividade. “Aquele que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” (Jo 6.37).
3. O retorno traria cura para as feridas. As maiores feridas são espirituais. Morrer sem tê-las curado é morrer duas vezes.
4. O povo não está acusando Deus pela aflição, mas constatando uma correção. Estar com Deus que os deixara ferir era melhor que estar em mãos inimigas. Todo filho volta para casa, mesmo sabendo que o pai o corrigirá.

II – HÁ ESPERANÇA PARA OS QUE RETORNAREM (V.2)

1. Este verso nos leva a pensar o quanto foi pesada a correção. O corrigido ficou em prostração? Signifique o que significar na mente do profeta, a certeza é que o povo de Deus seria levantado da sua prostração.
2. Muitas vezes queremos o alívio da aflição imediatamente. Tomamos os remédios que nos aliviam rapidamente, às vezes, até em doses maiores.
3. Na mente do profeta havia um tempo a ser percorrido até poder estar em pé diante do Senhor.
4. Haverá também um tempo até estarmos em pé na presença do Senhor. O tempo é o da passagem por este mundo.
5. Quem retorna para o Senhor vive alimentado pela esperança. A esperança é viver diante dele.

III- O COMPROMISSO DOS QUE RETORNARAM (V.3)

1. Voltar sem mostrar diferença, que aprendeu com as dificuldades, não tem valor algum. Quem sofre no mundo e volta precisa mostrar que aprendeu.
2. O filho pródigo não voltou fazendo exigências, mas humildemente, submeteu-se às ordens do seu pai.
3. Para o povo, voltar também foi decidir aprender mais de Deus: “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor”. Nenhum conhecimento é completo, final. Apenas quem sabe que não conhece tudo aprende mais. Essa máxima em Oséias vale para o crente, hoje.
4. Para conhecermos alguém precisamos andar juntos. Assim, o povo só poderia conhecer mais de Deus se andasse com Ele. Nós os crentes, só conheceremos mais de Cristo à medida que andarmos com Ele.
5. “Como a alva, a sua vinda é certa”. Tal expressão nos faz lembrar o hino: “Sua vinda ao mundo é certa quando não o sei”. A despeito das dificuldades, tal certeza nos faz avançar e vencer todos os dias.
6. Por último, a outra expressão do profeta: “e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra”. Serôdia – chuva tardia, no fim da estação. Os hebreus chamam a última chuva, malkosh, pela qual o trigo ficava sazonado. E parece que o Profeta queria dizer pela palavra, geshem, a chuva primaveril. Mas o sentido é claramente este, que, embora os israelitas houvessem se tornado tão secos que não tivessem mais qualquer vitalidade, todavia, haveria tanta virtude na graça divina quanto na chuva, que frutifica a terra quando essa parece ser estéril (Calvino).

CONCLUSÃO
Quando em tempos de aflição formos acolhidos pelo Senhor, podemos e devemos fazer compromissos com Ele.
Compromisso de caminharmos e aprendermos mais Dele. Compromisso de combatermos todo o pecado que nos assedia sem trégua.
Somos mais que vencedores porque sabemos que como a alva, a sua vinda é certa.

Pr. Eli da Rocha Silva
14/09/2010

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

DEUS É O MOTIVO DA FELICIDADE DO JUSTO
Salmo 94

I – FELICIDADE POR SER CORRIGIDO PELO SENHOR
V. 12 - Como é feliz o homem a quem disciplinas, Senhor, aquele a quem ensinas a tua lei;
1. O salmista consegue enxergar a felicidade na correção, na disciplina.
2. O salmista consegue enxergar, porque o ímpio não recebe a correção, a disciplina e os ensinos; o ímpio recebe a punição do Senhor (v.1, 23).
3. A disciplina pode até nos deixar por um tempo tristes, mas o seu resultado salvará a nossa alma (Hb 12.10b,11).

II – FELICIDADE POR TER E SENTIR A PRESENÇA DO SENHOR
V.17 - Não fosse a ajuda do Senhor, eu já estaria habitando no silêncio. V. 18 - Quando eu disse: "Os meus pés escorregaram", o teu amor leal, Senhor, me amparou! V. 19 - Quando a ansiedade já me dominava no íntimo, o teu consolo trouxe alívio à minha alma.
1. No verso 12 vimos que podemos também ser disciplinados pelo Senhor; na disciplina que Ele nos dá, mais nos apegamos a Ele. Na disciplina crescemos no Senhor.
2. O salmista vê a sua vida como um todo, e dessa visão conclue que há muito já teria sucumbido sem a ajuda do Senhor (v.18). Muitas são as dificuldades do justo, mas o Senhor de todas o livra (Sl 34.19). Mas em contrapartida, não são assim os ímpios (Sl 1.4-6).
3. O verso 18 é de extrema beleza. Parece a história da nossa vida; a nossa própria história. Quando tudo parecia indicar o fim, pois “os mesus pés escorregaram”, o teu amor leal, Senhor, me amparou! A NVI traduz amor leal, em lugar de benignidade. Então benignidade, é o amor leal em ação, e isso, é de Deus.
4. As duas traduções (NVI,ARA) nos fazem exaltar a Deus diante de tanta beleza. Por mais que nos angustiemos com os ‘muitos cuidados’, que nos deixam ansiosos, a ponto até de perdermos o rumo, nada acrescentamos, nada resolvemos.
5. O salmista diz: “As tuas consolações me alegram a alma” (v.19). Talvez Deus fique nos olhando e dizendo consigo mesmo: ‘Para quê isso!’.

III – FELICIDADE POR TER O SENHOR POR LOCAL DE REFÚGIO
V. 22 -Mas o Senhor é a minha torre segura; o meu Deus é a rocha em que encontro refúgio.
1. O verso 22 responde o 21. A receita para se chegar aos 94 anos, se é que podemos pensar que exista uma receita, é justamente ter o Senhor como torre segura.
2. A vitória contra os inimigos e dos conflitos da vida é ter Deus como a rocha de refúgio.
3. A irmã Dusolina, nestes 94 anos colocou Deus como a sua rocha de refúgio; sendo deles 78 anos de compromisso direto com o Senhor.
4. A irmã Dusolina poderia parafrasear o Salmo 27.10 assim: “Ainda que os meus filhos me abandonem, o Senhor me acolherá". É lógico que isso seria apenas uma citação, pois jamais acontecerá.
5. Mas Deus não é um refúgio para quem não queira que Ele seja; Deus não força uma situação. Ter Deus como refúgio e torre segura faz parte de uma decisão pessoal.

Pr. Eli da Rocha Silva
A MUDANÇA QUE QUEREMOS REFLETE NAS ATITUDES QUE TEMOS

ISÁIAS 6.8

INTRODUÇÃO

Nós sempre queremos mudança; parece que nunca estamos satisfeitos com as coisas. A mudança talvez seja a indisposição causada pela vida rotineira. Mas, querer e estar insatisfeito não são suficientes para mudar, é preciso que o indivíduo faça acontecer.
O tema escolhido é sugestivo, é verdadeiro, tudo é questão de atitude.
O sub-tema é ousado: Deus quer te usar para mudar o mundo.
Talvez querer mudar seja apenas por conta da nossa insatisfação, que pode não ser real no outro.
Encontramos durante o processo de mudança pessoas que não querem que nada mude. É preciso respeitar. Mas não significa deixar as coisas como estão, não podemos trocar a nossa insatisfação pela acomodação.
O nosso exemplo maior é Deus: Ele estava insatisfeito com o mundo da época de Noé: mandou que este fizesse a arca e enviou o dilúvio; Ele estava insatisfeito com Sodoma e Gomorra: as destruiu com fogo; Ele estava insatisfeito com o seu próprio povo: permitiu que sofressem dois cativeiros, o Assírio e o Babilônico.
Que Ele não esteja insatisfeito conosco!
Não sou otimista em relação à mudança do mundo, mas sou otimista em relação à mudança que podemos promover em pessoas, que promovem em outras, e assim sucessivamente.

I – ISAÍAS PRECISOU SER IMPACTADO PELA VISÃO CORRETA

1. A visão correta foi a que Deus quis que ele tivesse; não era a visão que Isaías achava que devia ter. O problema de pouco, ou quase nada fazermos para Deus, é que não temos uma visão clara sobre Deus.
2. Isaías foi impactado porque viu o Senhor (v.1). Quem vê o Senhor não consegue mais ser o que sempre foi.
3. A visão coloca as pessoas em seus devidos lugares: Deus é o soberano; os Serafins exaltavam a o Soberano Senhor; Isaías fica em contemplação.
4. Isaías não se perdeu em contemplação; o êxtase não o anestesiou a ponto de achar que era o que não era; então ele diz: “Ai de mim! Estou perdido!
5. A visão fez que Isaías olhasse para si mesmo, e visse que a sua situação não era nada boa. Ele era o pecador que viu o Deus santo, três vezes santo (v.5).


II – ISAÍAS PRECISOU SER MUDADO PARA MUDAR OUTROS

1. Isaías era inadequado para a missão de mudar outros. Ele mesmo disse ser um homem de lábios impuros. Talvez ele não fosse das pessoas que gostamos de ouvir.
2. Ele precisou ser impactado pela presença do Senhor; ele precisou ter medo da morte; ele precisou olhar para si mesmo.
3. Por reconhecer que era pecador, sem condições de estar no templo, na presença do Senhor, ele deu os passos para mudar.
4. Ele precisa mudar as suas atitudes, de reprováveis que eram, para atitudes aceitáveis diante de Deus.
5. Mas a mudança muitas vezes não acontece sem que seja traumática, incisiva, indolor: “Um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz” (v.6).
6. Talvez Isaías tenha pensado o pior com aquela cena, mas a tenaz não seria usada como arma contra ele. O serafim voou até Isaías para colocá-lo em condições de ser usado por Deus (v.7).
7. O serafim deu a notícia que Isaías precisava ouvir: “A tua iniqüidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado”.

III - ISAÍAS QUIS FAZER A DIFERENÇA ENTRE OS INDIFERENTES

1. É fácil dizer que Deus quer te usar; mas é difícil perceber que eu posso ser usado. O grande problema é que o chamado só serve para o outro; a renúncia é para o outro.
2. O profeta podia continuar indiferente se quisesse; a preocupação da corte celestial não era um problema seu. Mas, o novo Isaías não ficou indiferente da preocupação divina; ele diz: estou aqui.
3. Estou aqui significa que é possível ser envolvido também na tarefa. Alguém devia ser enviado a cumprir uma tarefa. A questão era: A quem enviarei?
4. Tudo era uma questão de disponibilidade, talvez não fosse tanto de capacidade. Podemos ver em Isaías a disponibilidade e a qualificação.
5. A qualificação de Isaías, para mim, está no versículo sete: “A tua culpa foi tirada, e o teu pecado, perdoado”. Hoje, achamos que, por ter feito a faculdade de teologia, as pessoas já estão qualificadas para o ministério. Na verdade, elas podem estar habilitadas, que não significa que estejam qualificadas.


CONCLUSÃO
Deus quer usar as pessoas para mudar outras. Não vamos mudar o mundo, mas devemos fazer a nossa parte.
Mas a minha parte no processo depende da minha atitude. Tem gente que vai morrer vendo a banda passar.
Que tipo de pessoa é você?
Que Deus nos abençoe.

PR. Eli da Rocha Silva 29/08/2010
PIB Jd. Indaiá – Itaim Pta – São Paulo - SP
SAMUEL, UM JOVEM COMPROMETIDO COM O REINO
1 SAMUEL 2.18-21; 3.1-10, 19,20

INTRODUÇÃO

No dia 31 encerramos o mês dos jovens com o culto na residência da irmã Dusolina. Para alguns dos nossos jovens algumas atividades foram feitas pela primeira vez na igreja. Tivemos envolvidos no trabalho a Suelen, a Sheila, a Simone, o Tiago, o Jonatas, o Angelo, o Samuel, a Thaiane, a Rebeca, o Mateus, a Késia, o Maurício e a Bruna.
O fato de darmos uma lista de jovens que estiveram à frente, não significa dizer que eles fizeram tudo sozinho. O grupo é bem maior que esta pequena lista. O trabalho também é bem maior para que poucos possam fazê-lo.
A palavra de ordem é: comprometimento. O ex-técnico da seleção brasileira, Dunga, via como requisito indispensável para um jogador ser convocado, comprometimento.
Deus não espera algo de nós que seja diferente de comprometimento. Comprometer-se é dizer que quer fazer parte do que está acontecendo; o Reino está acontecendo desde antes da fundação do mundo.
Deus busca jovens comprometidos com as coisas do Reino. Tenho certeza que Deus encontrou nesta igreja, os jovens que Ele precisa para continuar o que vamos parar daqui alguns anos.
Jovem aprende vendo e fazendo. Jovem faz junto com os irmãos mais experimentados. Não estou dizendo que somos crentes melhores ou piores; somos só mais experimentados.
Quero falar aos jovens sobre Samuel; o jovem que logo cedo decidiu pelo compromisso com as coisas do Reino de Deus.

I – O SEU DESENVOLVIMENTO PRÓXIMO DE DEUS
1. “Samuel ministrava perante o Senhor, sendo ainda menino” (2.18). Deus dá oportunidade para que os pequenos também sirvam. Ele ainda era um aprendiz.
2. Ele foi dedicado pelos seus pais ao serviço do Senhor (2.11). Samuel era supervisionado pelo sacerdote Eli.
3. “O jovem Samuel crescia diante do Senhor”. Três verbos podem ser destacados nos primeiros anos da vida de Samuel: servir (v.11), ministrar (v.18) e crescer (v.21).
4. A nota singular é que tudo era feito na presença do Senhor. Não precisa ser diferente nos jovens dos nossos dias, embora saibamos que Samuel tinha dedicação exclusiva ao Senhor.
5. Assim como foi Eli para Samuel, nós adultos, devemos ser o suporte e o incentivo para a juventude.
6. Mas não podemos fazer o que a juventude não queira fazer por si mesma. Podemos dizer que, Samuel compreendeu as razões de sua mãe, e transformou sua compreensão em comprometimento.

II – A SUA DISPONIBILIDADE PARA DEUS
1. Que característica notável em Samuel: ele estava atento e pronto.
2. O Senhor chamou Samuel a primeira vez, mas a voz do Deus ainda era desconhecida para ele (3.7). Ele atendeu a Eli, pensando que este o chamara (v.5, 6, 8).
3. Eli entendeu que era Deus que estava chamando Samuel, e lhe dá as devidas orientações (v.9).
4. Quando Deus chamou Samuel pela quarta vez, e ele atendeu a voz do Senhor: “Fala, Senhor, porque o teu servo ouve” (v.10). O jovem não teve dificuldade em se colocar como servo diante de Deus; servir era o que ele já fazia há algum tempo.
5. Jovens comprometidos com o Reino devem estar prontos para ouvir Deus falar e disponíveis para o Senhor atuar.

III – A SUA CONFIRMAÇÃO COMO ALGUÉM EM QUEM DEUS PODIA CONFIAR
1. “Crescia Samuel” (v.19). Foi visível o crescimento de Samuel, não só em idade, mas em relacionamento com Deus na visão do seu ministério. Ao falar ‘ministério’, não estou preocupado em querer dar ministério ou estabelecer chamados, mas mostrar que Deus ia dia a dia confirmado a Samuel o que esperava dele.
2. “E o Senhor era com ele”. Samuel era um jovem com o qual Deus podia contar, podia estabelecer com ele um ministério eficiente. Era marcante a presença de Deus em sua vida. Não é ‘careta’ alguém dizer que Deus é com os nossos jovens. Aliás, é preciso que os outros vejam isso nos jovens e nos adultos.
3. Toda palavra de Samuel era confirmada; o que ele dizia acontecia. Samuel não era só um homem de palavra, ele era também um homem da Palavra. Deus honrou a Samuel e “nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra”. Muitas vezes cantamos: “Nele a gente pode confiar”; em relação a Samuel podemos dizer: “Nele Deus podia confiar”.
4. Samuel cresceu e se tornou um homem de credibilidade em todo o Israel (v.20). A credibilidade começa logo cedo na vida. Como as pessoas têm recibo a palavra que sai dos lábios de um jovem; qual a força da sua argumentação diante dos que lideram a igreja? A vida do jovem crente é a vida da igreja.
5. Todos nós adultos vamos nos ausentar por alguns meses, e tudo que diz respeito à vida da igreja ficará aos cuidados dos adolescentes e jovens. É possível confiarmos e sairmos tranqüilos?
6. Vou dizer o que disseram a respeito de Samuel, como verdade na vida do jovem que se compromete com o Reino de Deus: “O jovem que se sente seguro em Deus, pode se colocar sem receio diante dos grandes da terra”.
7. O jovem que teme ao Senhor “é como árvore plantada junto aos ribeiros de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz é bem sucedido” (Sl 1.3).
CONCLUSÃO
A conclusão mais breve possível é: que a nossa juventude possa perceber que Deus a tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo (Ef 1.3).