domingo, 18 de abril de 2010

DESPERTAR E LEVANTAR-SE PARA UMA VIDA DE ILUMINAÇÃO

EFÉSIOS 5.14-16

INTRODUÇÃO

Despertar é acordar de vez. Mas nem sempre é assim conosco. É possível vermos no texto uma necessidade que se refere a duas ‘figuras que retratam o pecador’ (Nota NVI). Alguns comentaristas (JFB) chegam a dizer que o texto retrata os dois tipos de pessoas: a salva e a não-salva (perdida).
O texto é uma referência a outro texto anterior ou a compilação de muitos outros do próprio AT, pois não aparece literalmente em lugar algum das Escrituras (Ver Is 51.17; 52.1; 60.1).
Vamos aplicar o texto aos dois tipos de pessoas, sendo ambas serão encaixadas de acordo com a sua posição em relação ao próprio Cristo.

I – O DESPERTAR DOS JÁ ALCANÇADOS PELA PALAVRA

1. O despertamento como exigência àquele que já foi salvo. Crentes são chamados ao despertamento; crentes são chamados a deixar de lado o desânimo ou a sonolência.
2. A falta de ânimo pode ser a razão de muitos estarem se afastando do evangelho de Cristo; por algum tempo estiveram entre os crentes, participaram da comunhão, mas o desânimo os abateu; o desânimo foi determinante em relação àquilo que são hoje.
3. O desânimo começa com o esfriamento, podendo levar o indivíduo ao óbito. Alguns que já morreram foram muito ativos na vida da igreja.
4. Pediram-me que falasse sobre ânimo, mas talvez seja mais produtivo falar sobre a antítese: desânimo. Mas quero também falar sobre ânimo, sobre alma (anima, ânimo – latim). Quando foge a alma é preciso reanimar. Trazer de volta a alma.
5. Podemos dizer que o desanimado perdeu a alma; pode haver entre nós muita gente sem alma (não desalmadas, mas desanimadas). O desanimado vive em prostração, abatimento. É preciso injetar-lhe ânimo.
6. Despertar do sono é o que se espera de quem já despertou da morte; para quem já se levantou do meio dos mortos. E Paulo escrevendo aos crentes de Roma, lhes diz: “Chegou a hora de vocês despertarem do sono” (Rm 13.11).
7. A palavra de ordem é: “Desperta, ó tu que dormes”. As cinco virgens loucas dormiram quando deviam estar acordadas (não adquiriram o azeite na hora certa).

II – O LEVANTAR DOS QUE JÁ OUVIRAM A PALAVRA

1. Incrédulos são chamados a levantar-se de entre os mortos, porque em relação aos crentes, Paulo diz: “Ele vos deu vida” (2.1).
2. Quando alguém que foi dado como morto, ao acordar se vê em um necrotério, qual será a sua primeira reação? Se acontecer com você qual será a sua atitude? Você vai esperar raiar o dia ou vai dar um jeito de sair dali imediatamente?
3. Paulo apela aos crentes de Éfeso, e consequentemente, a todos os seus leitores, que houvesse a predisposição de levantar-se dentre os mortos.
4. O texto aplicado ao crente significa, que ele não pode viver a vida como se morto estivesse, isto é, uma vida no esquema do mundo porque de lá foi tirado.
5. O texto aplicado àquele que não é salvo por Cristo significa, que ele deve procurar o meio de sair dentre os mortos. De antemão dizemos: o meio é Cristo. E assim disse Paulo: “O salário do pecado é a morte; o dom gratuito de Deus é a vida eterna por meio de Jesus” (Rm 6.23).
6. A palavra levantar, que é anisteme, em grego, aparece 111 vezes no NT e 35 delas significa ressurreição. Aparece em João 6.39 para ressurreição do último dia.
7. Assim como Cristo operou em nós o reaparecimento para a nova vida, ao nos levantar dos nossos delitos e pecados, Ele que operar da mesma forma naqueles que ainda não ressurgiram para a vida nova.
8. Muitos podem dizer: o homem não pode operar de si mesmo esse levantar-se. Não pode mesmo! Toda a ação que conduz o homem a uma vida nova depende do próprio Deus trabalhando nele no convencimento do Espírito Santo (João 16.7,8).




III – A ILUMINAÇÃO QUE VEM DO PRÓPRIO CRISTO

1. Sendo o crente, que desperta do sono, Cristo o iluminará; seja o não crente, que desperta dentre os mortos, Cristo o iluminará.
2. Iluminado, o crente sai de uma vida de desânimo e retorna às disposições que conferem o primeiro amor;
3. O antes não crente, que renascido da morte para a vida e se tornou crente, recebe a iluminação de Cristo para viver a vida adequada ao Reino, já vivida há muito tempo pelo crente.
4. Recebemos de Cristo, na pessoa do Santo Espírito, a iluminação para compreensão dos propósitos de Deus, em virtude da nossa importância em relação a Ele.
5. Recebemos a iluminação para compreensão da própria Escritura, que nos fala o que Deus quer e espera de nós. E isto mostra o nosso grau de submissão em relação a Deus.
6. Recebemos a iluminação que nos diferencia do mundo, porque nele, somos quais luzeiros a refletir a pessoa de Jesus (Fp 2.15).
7. Desses iluminados por Cristo são cobradas ainda algumas coisas para não esquecer: “Andar como sábios e remir o tempo” (v.15,16). Por que, Paulo? Porque os dias são maus.

CONCLUSÃO
Ambos os salvos, podem recordar sem saudosismo algum que: “Outrora éreis trevas”. Não há razão para horrível lembrança.
Mas ambos, já salvos, podem trazer em permanente memória que: “Agora sois luz no Senhor”.
Ambos devem levar a sério o que dito pela inspiração do Senhor: “Andai como filhos da luz” (v.8).
Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva
18/04/2010 – Igreja Batista em Jd Helena – Itaquera – S.Paulo - SP

domingo, 11 de abril de 2010

O QUE FAZER DEPOIS DA PÁSCOA

LUCAS 24.36-53

I – DEIXAR A INCREDULIDADE

1. Passada a Páscoa a vida dos discípulos volta à sua rotina; uma rotina de incredulidade no sobrenatural.
2. Jesus levanta duas questões: “Por que estais perturbados? E por que sobem dúvidas aos vossos corações?” (v.38).
3. Três anos com Jesus não foram suficientes para que eles conhecessem o Mestre. Jesus havia ressuscitado, mas os discípulos ainda não tinham essa verdade em seus corações.
4. O Senhor deles e nosso quis ser mais prático, permitiu que os discípulos fossem mais cinestésicos que visuais-auditivos: “Apalpai-me e verificai” (v.39). É pouco ver para crer; é preciso tocar para certificar.
5. Para provar que não era um espírito (v.39), porque os discípulos ainda não acreditavam no que viam, ouviam e apalpavam, Jesus quer comer com eles: “Tendes aqui alguma coisa para comer?” (v.41).
6. Imaginando os discípulos, quais crianças, observando o Mestre comer, pensando todos em verem o peixe descendo para o estômago. Ainda estavam incrédulos (apisteo)!

II – DAR UM TEMPO PARA OUVIR JESUS

1. Jesus não tinha muito tempo, já foi direto ao assunto: ‘Era preciso que se cumprissem as Escrituras a respeito de mim’ (v.44).
2. Depois de todas as provas de sua ressurreição (viram, ouviram, apalparam e comeram com Ele), Jesus abriu o entendimento dos discípulos para que compreendessem as Escrituras (v.43). Jesus removeu o véu que impedia que as mentes e corações dos discípulos pudessem entender as verdades das Escrituras.
3. O que era preciso saber que estava nas Escrituras? A respeito do Seu sofrimento, morte e ressurreição (Vejam Salmo 16.9-11; 22 e Isaías 53).
4. A bela história não deveria terminar com a ressurreição e ascensão de Jesus, havia algo que devia continuar a ser feito. A obra da salvação culminada em Jesus deveria ser espalhada entre as nações.
5. Os discípulos não deviam ficar em Jerusalém, mesmo em alegria, mesmo que louvando no templo (v.52-53). Não deviam esticar as redes de descanso e viver em profundo sono. Não!
6. A tarefa estava apenas começando. A responsabilidade era uma só: “Que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados” (v.47). O tema da pregação seria na autoridade do nome de Jesus, na autoridade da sua morte e na autoridade da sua ressurreição. O tema era extremamente forte, contundente e avassalador, pois era baseado no nome do Cristo sofredor das Escrituras.
7. E Jesus os chama à responsabilidade, à percepção de que devem cumprir a tarefa. Não cumpririam a tarefa porque ouviram alguém falar, mas porque estiveram com o Cristo das Escrituras: “Vós sois testemunhas destas coisas” (v.48).


III – DAR UM TEMPO PARA OUVIR AS ESCRITURAS
1. A semana da Páscoa passou com suas programações, na vida diária ninguém mais agüenta nem ouvir falar em bacalhau ou chocolate; enfim, a vida e a igreja voltaram à sua rotina.
2. Os corações incrédulos continuam como sempre foram; o desinteresse pelas coisas do Reino continua cristalizado nas mentes e corações. O véu da incredulidade (apisteo) continua atrapalhando a visão e o coração. Sem maiores problemas! Serão apenas 358 dias para voltarmos a falar sobre Paixão, Páscoa e Ressurreição.
3. Mas tudo pode ser diferente, tudo pode mudar se quisermos. Podemos deixar cair o véu do nosso entendimento para que as Escrituras nos falem de Cristo.
4. Os discípulos tinham a Lei de Moisés, os Profetas e os Salmos (v.44), nós temos tudo isto e mais os Evangelhos, os Atos da Igreja, as Cartas e a Revelação.
5. Mas tudo o que temos perde em valor pessoal diante da incredulidade. A incredulidade não é um mal que se trate coletivamente, como se pudéssemos vacinar em grande escala. A incredulidade é um mal a ser trabalhado na nossa própria individualidade.
6. Se não deixarmos que o Cristo das Escrituras, que foi morto e ressurgiu marcando um novo tempo, só nos resta mesmo esperar ansiosos que se passe rápido os próximos 358 dias.
7. Sem o arrependimento para remissão de pecados, passados os 358 dias, só nós restará voltarmos para o chocolate, para o bacalhau, para uma vida vazia e sem sentido.

CONCLUSÃO

Depois da Páscoa tudo pode ser diferente. O final das coisas não precisa ser uma vida vazia e sem sentido.
O túmulo vazio pregado na Páscoa enche a nossa vida de esperança.
Os próximos 358 dias podem ser muito diferentes se quisermos.
Arrependimento e remissão de pecados farão a diferença na vida de alguém.
Que Deus nos abençoe.
Amém.


Pr. Eli da Rocha Silva 11/04/2010
Igreja Batista em Jardim Helena – Itaquera – São Paulo - SP

quarta-feira, 7 de abril de 2010

NEEMIAS 13

O REAVIVAMENTO DO POVO (DIVISÃO BÍBLIA ANOTADA EXPANDIDA)
1. Reformas em relação aos não-judeus v. 1-3

v. 1 Naquele dia leu-se o livro de Moisés, na presença do povo, e achou-se escrito nele que os amonitas e os moabitas não entrassem jamais na assembléias de Deus;
v. 2 porquanto não tinham saído ao encontro dos filhos de Israel com pão e água, mas contra eles assalariaram Balaão para os amaldiçoar; contudo o nosso Deus converteu a maldição em benção.
v. 3 Ouvindo eles esta lei, apartaram de Israel toda a multidão mista.


1. Ver Dt.23.3-6 (Nm 22.1-11);
2. Vemos em Rute 1.4 o casamento misto;
3. A Palavra de Deus quando estudada e colocada no coração impede que pequemos contra Deus (Sl 119.11).

2. Reformas em relação ao sacerdócio v.4-14

v. 4 Ora, antes disto Eliasibe, sacerdote, encarregado das câmaras da casa de nosso Deus, se aparentara com Tobias,
v. 5 e lhe fizera uma câmara grande, onde dantes se recolhiam as ofertas de cereais, o incenso, os utensílios, os dízimos dos cereais, do mosto e do azeite, que eram dados por ordenança aos levitas, aos cantores e aos porteiros, como também as ofertas alçadas para os sacerdotes.


1. O sacerdócio estava comprometido; Eliasibe havia se aparentado com Tobias, que era amonita (Ver 19);
2. É interessante notar que Eliasibe esteve bem por algum tempo, quando ajudou na obra de reconstrução (3.1).
3. A casa do tesouro (Ml 3.10) foi transformada em apartamento para Tobias. Eliasibe deixou de cumprir a sua obrigação; não tinha mais cuidado com as coisas de Deus, e também não estava cumprindo o que foi estabelecido em 12.44-47.

v. 6 Mas durante todo este tempo não estava eu em Jerusalém, porque no ano trinta e dois de Artaxerxes, rei da Babilônia, fui ter com o rei; mas a cabo de alguns dias pedi licença ao rei,


• Neemias começou o seu trabalho em Judá no vigésimo ano do reinado de Artaxerxes (2.1), depois de doze anos como governador, retornou à Babilônia no trigésimo segundo ano de Artaxerxes, ficando por lá pouco tempo (13.6).

v. 7 e vim a Jerusalém; e soube do mal que Eliasibe fizera em servir a Tobias, preparando-lhe uma câmara nos átrios da casa de Deus.
v. 8 Isso muito me desagradou; pelo que lancei todos os móveis da casa de Tobias fora da câmara.


1. Como homem comprometido com Deus, Neemias jamais consentiria que Eliasibe fizesse o que fez.
2. Tanto não consentiria que para ele aquilo foi um mal, que o desagradou e que o levou a tomar atitudes severas: “Lancei todos os móveis de Tobias fora da câmara”.
3. Não dá para entender com um sacerdote de Judá se aparentou com um inimigo do seu povo; Tobias foi daqueles que se juntou a Sambalate para perturbar no tempo da reconstrução (2.10).

v. 9 Então, por minha ordem purificaram as câmaras; e tornei a trazer para ali os utensílios da casa de Deus, juntamente com as ofertas de cereais e o incenso.

1. Neemias era governador, portanto, seria mais ligado às questões políticas, e Eliasibe deveria cuidar das coisas espirituais. Mas, surpreende-nos o fato de que Neemias cuidou também das espirituais, porque a liderança espiritual estava comprometida com as coisas deste mundo.
2. Neemias depois de desinfetar as câmaras das coisas de Tobias, mandou que elas fossem purificadas para voltarem ao seu propósito original.

v. 10 Também soube que os quinhões dos levitas não se lhes davam, de maneira que os levitas e os cantores, que faziam o serviço, tinham fugido cada um para o seu campo.
v. 11 Então contendi com os magistrados e disse: Por que se abandonou a casa de Deus? Eu, pois, ajuntei os levitas e os cantores e os restaurei no seu posto.
v. 12 Então todo o Judá trouxe para os celeiros os dízimos dos cereais, do mosto e do azeite.
v. 13 E por tesoureiros pus sobre os celeiros Selemias, o sacerdote, e Zadoque, o escrivão, e Pedaías, dentre os levitas, e como ajudante deles Hanã, filho de Zacur, filho de Matanias, porque foram achados fiéis; e se lhes encarregou de fazerem a distribuição entre seus irmãos.

1. Os levitas tinham deixado o seu posto, pois não estavam sendo subsidiados (sustentados) conforme prescrevia a Lei (Ver Nm 3 e 4).
2. Todo o serviço do Templo (já restaurado por Esdras, cf 6.16-18) restabelecido por Neemias tinha sido relegado ao segundo (ou a nenhum) plano; os ministros tiveram que cuidar das suas vidas, deixando de fazer o que havia sido determinado a eles.
3. Depois de contender com os magistrados (os que faziam o juízo) Neemias restaura os ministros aos seus postos (v.11).
4. O povo havia se acomodado; como não eram cobrados por ninguém, deixaram de dedicar os seus dízimos (v.12). Não sei se hoje acontece isso!
5. Neemias escolheu dentre todos, para cuidarem dos recursos financeiros, aqueles que foram ‘achados fiéis...para fazerem a distribuição entre seus irmãos’ (At. 6.1-6). Eliasibe foi descartado pois não cumpriu bem a sua obrigação.

v. 14 Por isto, Deus meu, lembra-te de mim, e não risques as beneficências que eu tenho feito para a casa do meu Deus e para o serviço dela.

• É possível que Neemias tenha sentido apenas que o seu tempo estava terminando, e que, algo maior o esperava. Assim como Paulo também acreditava em algo melhor (1 Co 9.27).

3. Reformas em relação ao sábado v.15-22

v. 15 Naqueles dias vi em Judá homens que pisavam lagares no sábado, e traziam molhos, que carregavam sobre jumentos; vi também vinho, uvas e figos, e toda sorte de cargas, que eles traziam a Jerusalém no dia de sábado; e protestei contra eles quanto ao dia em que estavam vendendo mantimentos.
v. 16 E em Jerusalém habitavam homens de Tiro, os quais traziam peixes e toda sorte de mercadorias, que vendiam no sábado aos filhos de Judá, e em Jerusalém.
v. 17 Então contendi com os nobres de Judá, e lhes disse: Que mal é este que fazeis, profanando o dia de sábado?
v. 18 Porventura não fizeram vossos pais assim, e não trouxe nosso Deus todo este mal sobre nós e sobre esta cidade? Contudo vós ainda aumentais a ira sobre Israel, profanando o sábado.
v. 19 E sucedeu que, ao começar a fazer-se escuro nas portas de Jerusalém, antes do sábado, eu ordenei que elas fossem fechadas, e mandei que não as abrissem até passar o sábado e pus às portas alguns de meus moços, para que nenhuma carga entrasse no dia de sábado.
v. 20 Então os negociantes e os vendedores de toda sorte de mercadorias passaram a noite fora de Jerusalém, uma ou duas vezes.
v. 21 Protestei, pois, contra eles, dizendo-lhes: Por que passais a noite defronte do muro? Se outra vez o fizerdes, hei de lançar mão em vós. Daquele tempo em diante não vieram no sábado.
v. 22 Também ordenei aos levitas que se purificassem, e viessem guardar as portas, para santificar o sábado. Nisso também, Deus meu, lembra-te de mim, e perdoa-me segundo a abundância da tua misericórdia.


1. O sábado, que era para ser guardado como dia de descanso e reflexão estava sendo profanado, tanto por judeus como por outros que vinham até a cidade (v.15,16).
2. Neemias que já estava acostumado a ter que fazer mudanças na base do grito, mais uma vez contende com os nobres, fazendo perceber o mal que estavam trazendo para si mesmos (v.17,18).
3. Neemias já estava no limite da sua paciência; depois de ordenar que as portas de Jerusalém fossem fechadas na sexta-feira para que nenhum comerciante entrasse, os mesmos ficavam aguardando do lado de fora. Bom, é melhor dizer que Neemias perdeu a paciência (v.21).

4. Reformas em relação ao casamento v. 23-31

v. 23 Vi também naqueles dias judeus que tinham casado com mulheres asdoditas, amonitas, e moabitas;
v. 24 e seus filhos falavam no meio asdodita, e não podiam falar judaico, senão segundo a língua de seu povo.
v. 25 Contendi com eles, e os amaldiçoei; espanquei alguns deles e, arrancando-lhes os cabelos, os fiz jurar por Deus, e lhes disse: Não dareis vossas filhas a seus filhos, e não tomareis suas filhas para vossos filhos, nem para vós mesmos.
v. 26 Não pecou nisso Salomão, rei de Israel? Entre muitas nações não havia rei semelhante a ele, e ele era amado de seu Deus, e Deus o constituiu rei sobre todo o Israel. Contudo mesmo a ele as mulheres estrangeiras o fizeram pecar.
v. 27 E dar-vos-íamos nós ouvidos, para fazermos todo este grande mal, esta infidelidade contra o nosso Deus, casando com mulheres estrangeiras?
v. 28 Também um dos filhos de Joiada, filho do sumo sacerdote Eliasibe, era genro de Sambalate, o horonita, pelo que o afugentei de mim.
v. 29 Lembra-te deles, Deus meu, pois contaminaram o sacerdócio, como também o pacto do sacerdócio e dos levitas.
v. 30 Assim os purifiquei de tudo que era estrangeiro, e determinei os cargos para os sacerdotes e para os levitas, cada um na sua função;
v. 31 como também o que diz respeito à oferta da lenha em tempos determinados, e bem assim às primícias. Lembra-te de mim, Deus meu, para o meu bem.


1. Já vimos no início do capítulo a decisão que o povo tomou em relação à mistura que haviam feito (v.3). Mas pelo que tudo indica a decisão não foi levada até as últimas conseqüências.
2. Os lares eram divididos em sua religiosidade; havia gente de Deus casada com os filhos de Belial. Nenhum casamento misto pode trazer a harmonia que o crente precisa buscar dentro de casa. Por mais que o outro seja bonzinho, nunca vai compreender as muitas atividades que temos na igreja cristã (Muitas vezes os próprios crentes não se entendem!).
3. Neemias perdeu a paciência de vez: “Contendi com eles...os amaldiçoei...espanquei alguns deles...arrancando-lhes os cabelos” (v.25). Não sei o que os crentes fariam se os seus pastores partissem para essas atitudes mais radicais. A bem da verdade, tem muita gente merecendo isso mesmo!
4. Neemias faz o povo lembrar-se de Salomão que, mesmo sendo amado de Deus, pecou por causa das mulheres estrangeiras (v.26).
5. Eliasibe, o sumo sacerdote, estava comprometido até a raiz dos cabelos, pois um dos seus netos era genro de Sambalate, amigo de Tobias (parente de Eliasibe v.4).
6. Neemias encerra o seu livro mostrando o contraste entre quem serve a Deus e quem não O serve:
• “Lembra-te deles, Deus meu, pois contaminaram o sacerdócio” (v.29) O próprio Eliasibe havia contaminado o sacerdócio aparentando-se com Sambalate e Tobias.
• “Lembra-te de mim, Deus meu, para o meu bem” (v.31). Neemias entendia que havia combatido o bom combate e guardado a fé; razão da sua oração.

PR. Eli da Rocha Silva OPBB/SP 2036
Igreja Batista em Jardim Helena – Itaquera – São Paulo – SP 07/04/2010

sábado, 3 de abril de 2010

TRISTEZA E ALEGRIA DIANTE DO SEPULCRO VAZIO
JOÃO 20.11-18

I – ACORDANDO CEDO PARA VISITAR O MESTRE

1. Maria Madalena não deve ter dormido bem aquela noite; não era mais possível a alegria de rever o Mestre com antes.
2. Não sendo possível dormir, o melhor mesmo é ir ver como está o Mestre. É bem verdade, que nada seria possível fazer por Ele. Já estava sepultado desde Sexta-feira ao cair da tarde.
3. A noite está tranqüila. Maria Madalena entende que estaria entre as 3h e 6h da manhã (Quarta vigília da noite). Ainda está escuro (v.1); as pessoas dormem; os amigos também.
4. Ao chegar ao sepulcro, Maria viu que alguma coisa estava errada, ou algo havia acontecido: “A pedra estava revolvida” (v.1). Mas quem teria feito isso? Quem esteve aqui para importunar o Mestre?
5. Não há muito, e nem com quem argumentar. O melhor mesmo é informar os outros (v.2).
6. Vindo ao sepulcro, Pedro e o outro discípulo puderam constatar que o Senhor não estava mais ali (v.6-8).
7. Mas diferente de Maria Madalena, voltaram para casa (v.10).

II – NÃO ARREDO O PÉ DAQUI!

1. Diferente dos discípulos, Maria Madalena ficou. Ali era o melhor lugar para chorar o sumiço do corpo de Jesus.
2. Antes, ela apenas vira que a pedra não estava em seu lugar; agora, ela deseja saber o que está acontecendo dentro do túmulo e dá uma ‘espiadinha’: “abaixou-se e olhou para dentro do túmulo” (v.11).
3. Maria Madalena que já chorava, quando vê que de fato não estava ali o Mestre, não pode conter-se, e dois anjos que ali estavam perguntam a ela: “Mulher, por que choras?” (v. 13).
4. Maria compartilha o que eles já sabiam: “Levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram” (v.13).

III- VALEU A PENA NÃO DESISTIR: JESUS ESTÁ AQUI.

1. Um terceiro homem passa a fazer parte do cenário: seria o jardineiro? Ainda está meio escuro, as lágrimas e a emoção dificultam a visão de Maria Madalena.
2. Maria supôs que fosse o jardineiro, possivelmente um empregado de José de Arimatéia. Ela diz ao suposto jardineiro: “Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei” (v.15). Não sei como, mas darei um jeito de levá-lo; dize-me onde o puseste.
3. Naquele instante Jesus tira toda dúvida, tira toda dor, e com voz suave diz: “Maria”. Maria reconheceu aquele tom de voz; só o Mestre a chamava com tanta suavidade. O Mestre já havia tratado da sua dor, Ele dela sete demônios (Mc 16.9).
4. Da tristeza para alegria no menor tempo possível. “Raboni”. É o Senhor mesmo! Imagino Maria querendo se jogar aos pés de Jesus, mas Ele lhe diz: “Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai” (v.17).
5. Não há mais razão para ficar à porta do túmulo; não há mais razão para prantos com choro incontido: “Vai ter com os meus irmãos” (v.17).
6. Maria recebe a missão de anunciar a todos o que estava acontecera: “Vi o Senhor!” (v.18).
7. Não sei o que Maria cantou, mas se fôssemos nós ali naquele jardim cantaríamos: Cristo já ressuscitou, Aleluia! (101 CC).
8. O sepulcro vazio foi a alegria de Maria.

Amém.
Pr. Eli Rocha Silva IBJH 4/04/2010
ATÉ NA ÚLTIMA HORA O ENSINO É O PERDÃO

LUCAS 23.34

I – A ÚLTIMA FASE DA SUA PAIXÃO: JESUS É CRUCIFICADO (V.26-49).

1. “Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram” (v.33). A crucificação era um método cruel e espetacular de execução. Era prática corrente naqueles dias, pois juntamente com Jesus, foram crucificados dois malfeitores.
2. Cumpre-se no Calvário a essência e o fundamento do plano divino de redenção (1 Cor 1.23,24). Na cruz foi paga a nossa dívida (Col 2.14). As forças do mal, que pensavam vencedoras, são vencidas por Jesus, que triunfa sobre elas na cruz (v.15).

II – NA ÚLTIMA FASE DA SUA PAIXÃO, O DESEJO DE PERDOAR

1. A dor dos pregos não tirou de Jesus o amor pelos que o maltratavam; a dor de dos pregos não anestesiaram o coração de Jesus.
2. A versão KJ traz: “Apesar de tudo, Jesus dizia: ‘Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo’” (Lc. 23.34). O Senhor intercede por todos que queriam a sua morte: seguidores, sacerdotes, Pilatos e até mesmo Barrabás.
3. A cruz seria o grande benefício daqueles homens e de todos os pecadores.
4. Mas é bom que se saiba que o perdão não acontece sem o arrependimento. Havia da parte de Jesus o desejo de perdão aos que o ofendiam.

III – NA ÚLTIMA FASE DA SUA PAIXÃO, O PERDÃO NA PRÁTICA

1. Na própria cruz, ainda em vida, Jesus assegura a um dos criminosos, mediante a sua pública profissão de fé, que após ambos morrerem, encontrar-se-iam no paraíso (v. 39-43). Aquela não era uma sentença de morte, mas uma palavra de salvação. Podemos dizer que aquele homem estava no lugar certo na hora certa.
2. Foram seis horas de agonia. Jesus sofreu na cruz das 09:00 às 15:00 horas. E nesta última hora Ele clama em grande voz: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (v.46). A morte não podia vencê-lo; Ele voluntariamente se entregou. Naquela hora Ele reassume a sua posição diante do Pai.

CONCLUSÃO
Com a sua morte na cruz Jesus estende a nós:
• O perdão das nossas culpas
• A salvação que é imediata: Hoje
• Garante aos crentes sua maravilhosa companhia: Estarás Comigo
• E um lugar eterno, para uma vida que é eterna: No Paraíso.
Amém.

Pr. Eli Rocha Silva IBJH 4/04/2010