sábado, 31 de julho de 2010

O DESEJO E O PRAZER DO BOM PASTOR
JOÃO 10.1-29

Jesus é o pastor perfeito; Ele é o nosso modelo de pastor. O seu pastoreio é singular, nenhum pastor humano é capaz de fazer igual. É perda de tempo querer fazer igual; somos seus sub-pastores. Mas Ele é exemplo, o que sabemos faz parte dos seus ensinos.
O bom pastor Jesus viveu em função das suas ovelhas. A chegada do Reino era em função das ovelhas: Israel e os gentios.
A sensibilidade do bom Pastor; sofreu ao ver as multidões: "E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor" (Mt 9.36).
Quando Jesus diz que é o bom pastor, Ele está estabelecendo um paralelo com os pastores, os líderes de Israel que eram pastores que pastoreavam a si mesmos.
O texto em pauta faz parte de um conjunto, uma única peça, compreendendo os capítulos nove e dez das nossas Bíblias.
O capítulo dez nasce da resposta de Jesus aos fariseus (9.40,41). Da sua resposta o nosso tema: o desejo e o prazer do bom Pastor. Podemos tentar responder à seguinte pergunta: qual o desejo e o prazer do bom Pastor?


I – CUIDAR DAS SUAS OVELHAS.

1. Pode parecer simples demais falar que o bom Pastor quer cuidar das suas ovelhas. Mas precisamos observar que a palavra cuidar pode ser muita ampla em sua aplicação.
2. O Pr. Ilson Ferreira, em seu livro ‘Pastorais no Verbo de Deus, o Evangelho de João’, de onde subtraí o título da reflexão, lista as preocupações do bom Pastor: ‘amar e cuidar das ovelhas, alimentar e guiar o rebanho, restaurar as ovelhas feridas e enfermas, buscar as perdidas, livrá-las do mal’.
3. Pelo que pudemos constatar, cuidar das ovelhas é uma tarefa difícil e árdua, que requer do pastor abnegação, zelo e constância.
4. Em virtude dessas exigências, Jesus contrasta a figura do pastor com a do mercenário (v.12,13). O pastor é aquele que cuida como se as ovelhas fossem a sua própria alma; o mercenário não, ele é apenas um assalariado, um tarefeiro, as suas responsabilidades estavam ligadas somente a um contracheque.
5. O mercenário, ao ver vir o lobo, foge. Ele foge porque não tem ligação nenhuma com as ovelhas; a sua ligação é apenas com o contratante, no caso, o dono das ovelhas.
6. O Pastor, esse não, esse não foge ao ver vir o lobo; o pastor não deixa as suas ovelhas caírem nas garras do mal. Temos em Davi um exemplo de cuidado com as ovelhas (1 Sm 17.32-37).
7. Jesus disse que cuida das ovelhas que são suas; esse é o seu desejo e o seu prazer.

II – PROXIMIDADE COM AS SUA OVELHAS

1. O cuidado do pastor está baseado no nível de conhecimento que ele tem das suas ovelhas. O conhecimento acontece por proximidade, por relacionamento. Jesus mesmo usou as seguintes expressões: ‘minhas ovelhas e tenho outras ovelhas’ (v.14,16).
2. Para Jesus, as ovelhas não são números, são vidas. Ele estreitou o relacionamento entre ovelha e pastor; Ele disse: “Conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim”. Lockyer, em seu livro ‘Todas as parábolas da Bíblia’ escreve: “Os pastores das montanhas e seus cães treinados reconhecem uma única ovelha entre as muitas outras, e elas são treinadas exclusivamente, para saberem o seu nome e reconhecerem a voz de seu pastor. Se você é propriedade do seu Pastor divino, então ele sabe o seu nome e endereço e está pronto a satisfazer suas necessidades quando elas surgirem”.
3. Jesus conhece as suas ovelhas por que elas Lhe pertencem. Esse conhecimento é resultado de proximidade e de relacionamento. Há um hino no cantor que diz: “Que doce voz tem meu Senhor, voz de amor tão terna e graciosa”. A voz de Jesus é doce, de ternura e transmite graça. Ele mesmo disse: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem” (v.27).
4. Jesus descreve o grau de intimidade do pastor com a ovelha: “Depois de conduzir para fora todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz; mas de modo algum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos” (v.4,5).
5. Lockyer escreve: Dificilmente as ovelhas acham seguramente o seu caminho. Outros animais conseguem, mas as ovelhas desviam-se, e a sua orientação e segurança são asseguradas pelo seguir o pastor cuja voz é conhecida e fundamental para elas. “Ouvem a sua voz” expressa “o reconhecimento familiar que o pequeno rebanho tem da voz de seu pastor que o guia dia a dia”. Segunda-feira liguei para uma jovem da igreja, quando eu chamei o seu nome ela respondeu: ‘Oi pastor!’ Ela disse que reconheceu a minha voz.
6. Que tipo de voz estamos seguindo? Estamos dando ouvidos às vozes estranhas deste mundo? Que Deus nos guarde dos estranhos, dos assaltantes e dos ladrões de fé destes dias. “As ovelhas são abençoadas não apenas com um ouvido receptivo para ouvir a sua voz, mas como uma ‘defesa divina’ diante da voz dos estranhos, de quem deveriam fugir” (William E. Hull Com. Broadman – Vol. 9 Juerp).
7. Jesus que conduzir as suas ovelhas para lugares descanso; esse é o seu desejo e o seu prazer.


III – DAR-SE VOLUNTARIAMENTE POR SUAS OVELHAS

1. Falando aos fariseus Jesus disse que “O bom pastor dá a vida pelas ovelhas”. O ‘bom’ não é porque o pastor se julga assim. Também não se trata de uma questão profissional, de qualificação, de treinamento. O ‘bom’ é uma característica pessoal, uma qualidade de caráter.
2. A palavra kalós, traduzida como bom, significa atrativo, simpático, belo, nobre. É tudo isso que Jesus diz dele mesmo: “Eu sou o bom pastor” (v.11). O pastor Jesus difere dos demais em sua adjetivação; implícita nessa adjetivação está o que Ele pode fazer: Dar a vida pelas suas ovelhas.
3. Jesus como o bom pastor, não negaria a sua própria vida em favor dos seus. Mas os seus tinham dificuldades em ficar sem o pastor. Para alguns, seria melhor morrer com ele (Jo 11.16). Para outro, a ideia de ficar sem o pastor era inconcebível: (Pedro disse) ‘Senhor, estou pronto a ir contigo, tanto para a prisão como para a morte’ (Lc 22.33).
4. Jesus insiste em dizer aos fariseus: “Dou a minha vida pelas ovelhas” (v.15). Jesus dá a vida pelas ovelhas para que elas tenham vida e a tenham em abundância (v.10). Ao dar a sua própria vida pelas ovelhas, Jesus está garantindo algo que só Ele é capaz de fazer: “Eu lhes dou a vida eterna” (v.28).
5. Sobre a Sua vida, entregue em favor de muitos, Jesus diz que não são as forças humanas que a arrebatam: “Ninguém a tira de mim” (v.18). Não foi o império romano, não foi Pilatos, não foram os sacerdotes que o forçaram a dar a sua vida, ou tiraram a sua vida. Jesus mesmo diz: “Eu espontaneamente a dou” (v.18).
6. Por que Jesus morreu mesmo? Ele morreu porque O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas (v.11).
7. Jesus cumpriu em si mesmo o seu desejo e o seu prazer: “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão” (v.28).


CONCLUSÃO

“Buscou com ternura Jesus o bom Pastor; Oh, que amor glorioso!” (169 HCC)


Pr. Eli da rocha Silva
Igreja Batista em Jardim Helena – Itaquera - S. Paulo - SP

quinta-feira, 29 de julho de 2010

O poder do Amor em Missão Integral

A cada ano a ciência evolui mais na caminhada em direção a compreensão do ser humano; mesmo ainda longe de findar seus passos, os estudos nos mostram que a formação do ser humano é um todo: a realidade na qual está inserido; sua infância, estudos, trabalho, afetividade, amizades, fé, autoestima, entre outros; por isso, qualquer mudança ou transformação precisa estar pautada em campos humanos que se interliguem.
Partindo da preocupação com o todo surge a Missão Integral, que convida casa pessoa ao arrependimento e ao amor em todas as áreas da vida, chamando todos os cristãos a testemunharem da graça transformadora de Jesus Cristo através do envolvimento social.
A prática da Missão Integral emprega esforços no envolvimento social com o objetivo de demonstrar o amor, o carinho, a retidão e a salvação advinda de Cristo, que proclamamos a tanto tempo. Esta pratica esta embasada na vida de Jesus que versava sobre a amplitude do amor e todo o seu poder, como: começo, meio e fim.
Missão Integral nos incita a repensar os modos de transmissão do evangelho às pessoas, partindo de uma fé que nada se parece com uma apólice de seguro mas, de um cristianismo contemporâneo que torna a mensagem de Cristo relevante para cada individuo que é especificamente diferente do outro.
A ação social cristã é imbuída por um poder divino que, como citado pelo ex- secretário Regional da Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos (CIEE) para o Sul da Ásia Ramachandra (2006) pode “interromper a corrupção e a decadência da sociedade expulsando a escuridão moral e espiritual” abrindo assim brechas evangelísticas.
Quando um individuo que esta inserido em um mundo capitalista, onde você é o que você tem, se depara com a gratuidade que se distribui o amor e o carinho, com a doação de tempo e atenção, assim como Zaqueu que ficou chocado com tamanha generosidade de Jesus, responde com o arrependimento genuíno. Fazendo com que os objetivos cristãos de promover o amor redentor e a reconciliação de toda a criação com Deus sejam alcançados.
Faço dessas palavras um convite à toda a Igreja de Cristo:
Proclamemos o Evangelho em sua integralidade para que alcancemos o homem integralmente através da Missão Integral.

Sheila Alice
Membro IB Jd. Helena

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A UNIVERSALIDADE DA AÇÃO DO EVANGELHO
1 TIMÓTEO 2.1-6

I - UMA UNIVERSALIDADE EXPOSTA COMO UM DEVER

1. O dever de interceder. É obrigação da igreja ser intercessora. A oração em todos os seus aspectos e formas tem caráter mundial, universal: “Em favor de todos os homens” (v.1).
2. As necessidades são abrangentes, e o comportamento dos crentes devem estar ligados às necessidades em todas as frentes: “Em favor dos reis e das autoridades” (v.2a). Muitas vezes temos vontade de fazer orações imprecatórias e não intercessórias, dada a nossa insatisfação com os governantes, com as autoridades constituídas; mas, tal insatisfação não deve nos levar à negligência pela oração favorável a eles.
3. A igreja não deve ter sua visão limitada ao seu pequeno espaço, ao seu pouco número de membros, pois a sua atuação é local, mas é também universal. O crente que estiver em viagem, em qualquer parte do mundo, ou fora dele, dirá aos outros que é membro da igreja tal em tal lugar; isso mostra a abrangência da igreja local, que se espalha quando saímos por todos os lugares do mundo.
4. O pedido de Paulo aos crentes, sendo praticado, trará resultados práticos e salutares para a igreja: “Para que vivamos vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito” (v.2 final). Não devemos pensar que Paulo estivesse pensando em sombra e água fresca ao pedir que a igreja orasse pelas autoridades (Embora queiramos isso!).
5. A vida tranquila e mansa de Paulo, com certeza não significava a possibilidade de a cada final de semana, descer até o litoral ou para o sitiozinho do interior. A vida tranquila e mansa de Paulo era a possibilidade de viver a fé sem sobressaltos; de pregar o evangelho sem perturbações; de se viver em comunidade sem impedimentos das autoridades.
6. Podemos terminar esta seção com as palavras de Paulo: “Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador” (v.3). O que é bom e aceitável? As nossas orações, as nossa preocupações com todos os homens, inclusive os que estão em eminência (Neste ano teremos eleições; é bom que se faça orações preventivas).


II - UMA UNIVERSALIDADE COMO EXPOSIÇÃO DO DESEJO DE DEUS

7. O que Deus deseja? Deus tem todo o poder, não poderia Ele fazer cumprir todos os seus desejos? Sim, e não. Sim, porque ninguém é capaz de limitar Deus, ou impedi-lo de agir (“Agindo eu, quem impedirá? Is 43.10-13).
8. E não, porque Deus não age em desacordo ao que Ele mesmo deu para o homem, ou seja, a liberdade agir por si mesmo, sem interferências ou impedimentos.
9. O desejo de Deus: “Que todos os homens sejam salvos” (v.4). Em relação a Paulo e a igreja isso já era uma realidade, ele mesmo disse: “Nosso Salvador” (v.3). Mas não era e não é uma realidade em todos.
10. Deus manifestou a Jonas o seu desejo em relação a Nínive (Jn 4.11). Mas o desejo de Deus deveria ser realizado mediante a pregação, com aceitação voluntária pelos ninivitas. Deus não promoveu uma conversão nacional sem que houvesse arrependimento de pecados, como não fará nesses dias. Aliás, a conversão é nacional na soma da conversão individual; nenhum rei tem o poder de salvar por decreto.
11. Parece que Deus tem um desejo que se divide em duas partes: salvação e pleno conhecimento da verdade. Será que Paulo não inverteu a ordem? Alguns eruditos crêem que não. Acontece que o pleno conhecimento é um privilégio dos salvos, pois o homem natural não entende as coisas espirituais (1 Co 2.11-16).
12. Apenas o crente pode crescer dia-a-dia no conhecimento das coisas de Deus. Hoje, nós sabemos um pouco mais que ontem. Infelizmente, muitos crentes continuam como nasceram; outros, pior ainda, já não têm a chama do primeiro amor.
13. Para outros, o pleno conhecimento da verdade é sentença preliminar para que o homem seja salvo. Assim, o que todos os homens devem conhecer vem as seguir (v.5-6).

III - A UNIVERSALIDADE DA PROVIDÊNCIA DE DEUS

14. O que todos nós crentes já sabemos: “Porquanto há um só Deus”. Nós somos de uma religião monoteísta; cremos que há um só Deus (Dt 6.4).
15. Paulo diz que há um problema, pois o fato da necessidade de um mediador deixa isso muito claro. Não são muitos os mediadores, os negociadores de uma causa: “Há um só Mediador entre Deus e os homens” (v.5). E o melhor de tudo, é que o próprio Deus providenciou o Mediador (Jo 3.16). Isto escancara para nós mesmos o quanto somos incapazes de fazer alguma coisa por nós mesmos.
16. O Mediador é Cristo Jesus, homem (v.5). Cristo Jesus, refere-se Àquele que foi feito capaz de fazer a mediação (Foi ungido para isso). Jesus-homem, refere-se Àquele que teve plena identificação com a raça humana.
17. João escreve que temos um Advogado junto ao Pai; alguém que intercede por nós garantindo a defesa da nossa causa (1 Jo 2.1).
18. Paulo reforça o alcance da mediação: “O qual a si mesmo se deu em resgate por todos” (v.6a). Deus deseja que todos os homens sejam salvos, e Cristo se deu em resgate de todos. A salvação está disponível a todos que queiram recebê-la. Ainda está disponível.
19. A salvação que foi oferecida a todos é eficaz apenas na vida do que crê. Ela é universal quanto a sua disponibilização e individual em sua aceitação.
20. Dar-se de si mesmo faz parte do caráter voluntário de Jesus. Primeiro Ele deixou a sua glória para identificar-se com os homens. Paulo explica isso quando escreve aos crentes de Filipos (Fp 2. 58). Texto sobejamente conhecido dos crentes fala da kenosis, do esvaziamento de Jesus da glória que tinha (Jo 17.5,6) para habitar entre nós (Jo 1.14).
21. Segundo, Ele foi levado à cruz como homem, perfeitamente identificado com os demais homens e mulheres. Mas diferente de nós, Ele viveu sem pecado, não falhou em nada.


CONCLUSÃO

A universalidade do evangelho coloca a igreja como destaque, quando cobra dela a intercessão e a ação evangelizadora.
A igreja mostra a todos os homens, através da ação do evangelho, qual é a vontade de Deus em relação a todos os homens.
Cabe à igreja mostrar também, que Deus constitui a Jesus Cristo como único Mediador entre Ele e os homens.
O Mediador demonstrou o seu caráter voluntário quando deixa a glória e desce para morrer na cruz por todos os homens.
Mas a igreja deve dizer a todos que, embora Jesus morreu por todos os homens, apenas os crentes serão beneficiados por tamanho sacrifício.
Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva 04/07/2010
Igreja Batista em Jardim Helena - Itaquera - S.Paulo - SP
A IGREJA NÃO É UMA BRINCADEIRA DE FAZ-DE-CONTA
1 Coríntios 3.1-3 e 1 Coríntios 13.11
As crianças gostam de brincar de faz-de-conta: faz-de-conta que eu sou o médico, você a enfermeira e você é o paciente. Esse tipo de coisa funciona muito bem entre as crianças. Quando eles cansam de brincar de médico e paciente, passam a brincar de bombeiros. A vida infantil é mesmo o prazer pelo faz-de-conta.
O drama é continuar brincando de faz-de-conta sendo que a vida é mais real do que imaginamos.
As crianças evangélicas também gostam de brincar de igreja de faz-de-conta, mas assim que crescem, aprendem que a igreja não uma brincadeira de faz-de-conta.

I – JESUS NÃO EDIFICOU UMA IGREJA DE FAZ-DE-CONTA
1. A coisa é muita mais séria do que podemos imaginar. A igreja foi colocada em um mundo real, problemático e de muitas incertezas.
2. A igreja foi colocada para ser a última chance de resgate para o mundo perdido. Não é pouco para a igreja a tarefa que lhe é imposta.
3. Jesus não estava brincando de igreja, e nem seus discípulos eram personagens de uma fantasia. Jesus trabalhou o real, pois o inferno que se apresentava era também real.
4. O inferno que não é de faz-de-conta luta contra a igreja; o inferno real luta sabendo que a vitória é da igreja. Não que a igreja seja alguma por si mesma, mas por que a igreja é Daquele que a edificou e a sua vitória é a Dele.
5. A igreja é real e deveria valorizar o que ela mesma é: corpo de Cristo (Ef 4.12); povo peculiar (Tt 2.14); rebanho de Deus (1 Pd 5.2). Apenas para citar algumas figuras.
6. Por saber que a igreja é real, cada crente deve fazer parte dela consciente das próprias obrigações e privilégios.

II – JESUS NÃO ATRIBUIU OBRIGAÇÕES DE FAZ-DE-CONTA À IGREJA
1. Sendo a igreja real, as obrigações que ela deve cumprir também são reais.
2. Cristo não estava brincando quando mandou que os discípulos ficassem em Jerusalém para ser dinamizados. Discípulos medrosos, acanhados e sem poder, não levariam a resultado aquilo que Cristo lhes propunha.
3. O poder para a igreja não é uma opção; não é dada à igreja a possibilidade de ter poder ou não; poder é obrigação em face da dificuldade da tarefa.
4. Igreja sem poder é igreja sem Cristo; igreja sem Cristo é apenas uma associação de amigos que se suportam. E amigos que se suportam, são inimigos que esperam ocasião.
5. Tendo edificado a igreja e lhe prometido poder, desde que não se ausentasse de Jerusalém, Jesus cumpriu o que lhe prometera (At 2.1ss).
6. O poder conferido à igreja não foi para levantar nela uma classe de super-apóstolos, aeroapóstolos ou qualquer outra designação, mas levantar crentes capacitados para toda boa obra.
7. O poder da igreja anda junto com a missão: “ser-me-eis testemunhas”. A igreja deve ser testemunha do que Cristo fez por ela. Não é um testemunho faz-de-conta, mas um testemunho que pode ser efetivado através do seu próprio martírio. Não a morte da igreja, mas a morte de muitos que dela fazem parte.
8. A igreja é de verdade, porque o seu Senhor é de verdade; a missão é de verdade, pois o Cristo de verdade a comissionou.
9. Todo crente precisa saber: vida cristã de faz-de-conta é coisa que o diabo põe na cabeça daqueles que ainda não sabem por que faz parte da igreja.

III – JESUS NÃO FAZ-DE-CONTA QUE VIRÁ BUSCAR A SUA IGREJA

1. A igreja, que é coisa real, verdadeira, proclamadora, mas também contempladora, espera com ansiedade o cumprimento das outras palavras de Jesus.
2. Jesus deu para a igreja, na pessoa dos seus discípulos, a certeza de que Ele a levaria para Si.
3. Jesus era um homem sério; Ele não tinha tempo para gastar com coisas de somenos importância. Jesus não jogava conversa fora; Ele não discutia sobre coisas que tanto faz como tanto fez. Quando Ele diz que é, é mesmo; e, se disser que não é, não é mesmo.
4. A igreja espera o cumprimento da palavra dita por Jesus aos discípulos: “Voltarei e os receberei para mim mesmo”. Jesus não disse isso para animar crentes de corações desiludidos. Jesus disse a crentes que sabiam em quem criam.
5. Quando Jesus voltar para buscar a sua igreja, os crentes faz-de-conta correm o risco de não ter mais tempo de sair da brincadeira para o real.
6. Crentes faz-de-conta são como Ananias e Safira que pensavam que podiam enganar o Espírito Santo.
7. Crentes faz-de-conta pensam como Simão, que achava que as coisas de Deus podem ser compradas por dinheiro (At 8.14-25).
8. Por último, crentes faz-de-conta, levam a vida cristã na brincadeira, pensando que tudo não passa de um faz-de-conta. Crente faz-de-conta não consegue entender o que foi dito à igreja em Filadélfia: “Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Ap 3.11).

CONCLUSÃO
Será muito bom quando pararmos de pensar que tudo é apenas uma brincadeira; que quando cansarmos de brincar, é hora de guardar tudo em uma caixa e voltar para brincar amanhã.
Mas para parar de pensar que tudo não passa de brincadeira é preciso dizer como Paulo: “Quando eu era menino agia assim e assim, mas quando deixei de ser menino, deixei também as meninices” (1 Co 13.11-Livre).
Que Deus nos ajude a crescer em graça e conhecimento Dele.
Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva 18/07/2010
Igreja Batista em Jd Helena – Itaquera – S. Paulo - SP

sexta-feira, 9 de julho de 2010

DECIDI! VOU PARTICIPAR
João 4.35

Acho que isto é o que todo promotor de missões deseja ouvir. Mas sabemos que nem sempre é assim. Nem todos querem participar. Não devemos chorar o leite derramado; a obra é feita com os que querem participar.
Mas quem decidiu participar pode fazer alguma coisa; tudo que se fizer é bem vindo. Você pode orar? Ore. Você pode contribuir? Contribua. Você foi chamado para ir? Vá. O que você não deve fazer é se omitir, fazer de conta que não é com você, fazermos de conta que não é conosco.
O tema da campanha é: São Paulo tem pressa! O pastor Joaquim recentemente, falando em uma Quarta-feira, disse que Jesus tem pressa! São Paulo tem pressa, Jesus tem pressa, mas em qual compasso eu estou?
Somos parte dos que não contribuem para missões? Dos que não oram por missões? Ou somos daqueles que não fazemos missões nem no quarteirão mais fácil?
Missões para nós não pode passar apenas de um momento de emoção. Missionários não vivem das nossas emoções, mas das nossas ações. Deus chama, capacita e sustenta os chamados. Deus sustenta os seus obreiros das ações de crentes envolvidos.
Pressa indica tempo, e um tempo muito curto. Não paramos para conversar quando estamos com pressa. Não perdemos tempo, pois a pressa é a falta de tempo. Se não há tempo não há tempo a perder.
Missões se desenvolvem com envolvimento; não é uma ação solitária. Missões só podem ser feita através de mim, de você e deles, daqueles que vão para que eu não vá.
As razões que me fizeram decidir participar:

I – MISSÕES: COISA DO PAI
1. Tudo que vem de Deus é bom. Ouvimos dizer que missões nasceram no coração de Deus. Participar de missões é participar de algo que nasceu no coração de Deus.
2. O primeiro missionário foi enviado por Deus. Podemos ver em Abrão o primeiro; em José o segundo; em Moisés o terceiro e muitos outros podem ser elencados.
3. Missões nasceram no coração de Deus e foi muito mais que uma emoção, uma poesia, uma canção; Deus materializou missões. Podemos ver missões no decorrer da história.
4. É inteligente fazer parceria com Deus. Quando participo fazendo missões sou parceiro em algo que Deus idealizou; sou parceiro em algo que dá certo. Dando certo não tem prejuízo. Missões é investimento sem expectativa de prejuízo.
5. Podemos dizer que participar é lucro, e quem não participar já está no prejuízo.
6. Podemos participar orando; mas não é justo orar sem contribuir. Não é honesto orar para que outros contribuam e eu mesmo não estender a mão.
7. Para pensar: “Mais bem-aventurada coisa é dar que receber”. Qual você escolhe?

II – MISSÕES: COISA DO FILHO

1. Costumamos dizer em muitos casos: “É a cara do pai”. Não podia ser diferente com Jesus. Jesus tem a cara do Pai.
2. Para cara do Pai, quero dizer que Jesus tinha os mesmos propósitos missionários do Pai.
3. O Pai desenvolveu missões apontando para o Filho. O Filho no desenvolvimento de missões disse que ela é local, estadual, nacional e mundial (Atos 1.8).
4. Tendo nascido em Deus, missões foi dada por Jesus aos parceiros que escolheu: “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Mt 4.19).
5. Sendo tarefa urgente, pois há pressa, os discípulos deixaram tudo e foram após o Mestre (v.20, 22). Em virtude de tempo ser coisa que não sabemos admnistrar bem, de vez em quando cantamos: “Amanhã pode ser muito tarde, hoje Cristo te quer libertar”. Não se perca com o pouco de tempo que você ainda tem.
6. Jesus foi o grande missionário; nós recebemos dele co-missão. Somos cooperadores dessa grande ideia. Somos cooperadores quando oramos, somos cooperadores quando contribuímos e somos cooperadores quando vamos.
7. A máxima: nem todos poderão ir; ir é mais do que querer; ir é ser chamado e enviado. Mas percebo algo interessante: todos podem contribuir.

III – MISSÕES: COISA DO ESPÍRITO.

1. O Espírito Santo continuou a obra iniciada no Pai e exercida com excelência pelo Filho.
2. O Filho, precisando partir, prometeu o Espírito, o Parácletos, o Ajudador, O Consolador. O Filho era irmão, mas parece-nos que também era pai: “Não vos deixarei órfãos”.
3. O Espírito Santo, que o Pai enviaria em nome do Filho, traria aos discípulos a lembrança dos ensinos de Jesus (Jo 14.26).
4. Esse mesmo Espírito, tendo como coisa sua missões, separaria entre muitos, alguns para saírem aos campos que já estavam brancos para a ceifa: “Disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado” (At 13.2).
5. A obra deve ser feita pelos chamados; os chamados devem ser sustentados por aqueles que ficam nas bases.
6. O Espírito Santo não só chama para que se façam missões, mas também é Aquele que envia (v.4). Mas para onde envia o Espírito? Para onde Ele quiser: o campo é o mundo.
7. O chamado é guiado pelo Espírito; é o Espírito que nos separa, capacita e os envia para onde quer: “Tendo sido impedidos...o Espírito de Jesus não o permitiu” (Ler Atos 16.6-10).
8. Missões: palavra plural; missões: singular, não há tarefa igual.

CONCLUSÃO

Estas são as razões que me fizeram decidir participar de missões.
Pense também nas razões que podem fazer você também participar.

Pr. Eli da Rocha Silva 11/07/2010
Igreja Batista em Jardim Helena – Itaquera – S. Paulo - SP