sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A IGREJA E A PRÁTICA DAS (MESMAS) OBRAS
Apocalipse 2.2, 5 e Efésios

À igreja em Éfeso Jesus falou que conhecia as suas obras (v.2); e também falou: “Volta à prática das primeiras obras”.
O Pr. Shedd em seu livro ‘Avivamento e Renovação’ diz: “Embora Jesus não tenha feito uma lista dessas obras, podemos imaginar uma lista com base na carta de Paulo aos efésios”.
Vamos terminar 2010 pensando na carta de Paulo aos efésios e na sua possível lista:

1. Uma consciência viva de que todas as reuniões, cultos e atividades da igreja estariam enraizados em um desejo intenso de louvar a gloriosa graça de Deus, demonstrada na redenção proporcionada em Cristo (Ef 1.6): “Nos concedeu gratuitamente no Amado”. Seria um drama humano termos que pagar o que recebemos de Deus gratuitamente.
2. Uma consciência da incomparável grandeza do poder de Deus para com os irmãos (1.19) e de que esse poder estaria disponível para os que estão em condições de pedir, uma vez que crêem que Cristo está entronizado muito acima de todo governo, autoridade, poder e domínio (1.21).
3. Uma consciência do privilégio de o cristão ter ressuscitado dentre os mortos em transgressões e pecados para assentar com Cristo nos lugares celestiais (2.6).
• Os reflexos da percepção da graça: 1) merecíamos castigo, mostrou-nos misericórdia; 2) merecíamos permanecer mortos, nos fez viver juntamente (sinezoopoíesen) com Cristo. O fato de Jesus voltar à vida nos garantiu o privilégio de termos vida com Ele. Não se trata da vida que passa (bios), mas daquela que é eterna (zoe).
• Ao nos tirar do poder da morte à qual estávamos presos pela transgressão e o pecado, Deus nos deu mais privilégios: “Nos fez assentar nas regiões celestiais em Cristo Jesus” (v.6). Por meio de Cristo fomos tirados de uma situação e colocados em uma condição: da desonra para a honra. Assim disse Calvino a respeito do que afirmou Paulo: “É como se ele quisesse dizer que fomos transferidos do mais profundo inferno ao próprio céu”.
4. Uma convicção de que a razão por que Deus comprou a Igreja foi para fazer boas obras que Ele preparou antes, para que as pratiquem. E essas ações amorosas deveriam ser realizadas com alegria (2.10).
5. Uma consciência real da habitação de Cristo nos corações dos membros, por meio do Espírito (3.16,17).
6. Uma dedicação indomável à unidade da igreja, mantida pelas atitudes de humildade, mansidão, paciência e aceitação um dos outros (4.2-3).
• Com humildade reconhecemos que dependemos de outras pessoas. A vida cristã não é algo que possa ser vivida no isolamento. Somos dependentes uns dos outros, como diz o hineto: “Eu preciso de você, você precisa de mim”.
• Mansidão é outro aspecto da conduta cristã que devemos deixar transparecer. A mansidão nos encaminhará para um bom testemunho para com os de fora, e não escandalizaremos os de dentro (da igreja).
• (Paciência) Longanimidade, isto é, perseverança. Muitos são os desafios e as aflições no mundo. Se a mansidão nos ensina a não perdermos a cabeça, a longanimidade nos ensina a não perdermos a esperança.
• Suportando-vos em amor. Sabendo que suportar não é fácil, o apelo é que isso seja feito em amor. O amor nos aperfeiçoará naquilo em que falhamos.
7. Um compromisso diante de Deus de aceitar o dom gracioso que Ele deu a cada membro e de aplicar o uso desse dom para um empenho máximo na edificação mútua dos membros, bem como no crescimento da igreja (4.7-16).
8. Um compromisso com a renovação do modo de pensar segundo o padrão do “novo homem”, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade (4.23,24).
9. Um compromisso com o perdão mútuo, imitando o trato de pecadores, “assim como Deus os perdoou em Cristo” (4.32).
10. Um compromisso com a transparência e a colocação de tudo na luz (5.13).
11. Um compromisso com o aproveitamento de todas as oportunidades para a glória de Deus (5.16).
12. Um compromisso com o enchimento pelo Espírito (5.18). Na mesma sentença Paulo trata de um aspecto muito importante na vida do crente mas, que se divide em duas questões: o encher-se. O encher-se negativamente: de vinho; o que deve ser rejeitado pelo crente. O encher-se positivamente: do Espírito; o que deve ser a busca diária do crente.
13. Um compromisso com a música que louva, de coração, ao Senhor (5.19).
14. Um compromisso diante de Deus para manter o coração sempre grato, “dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo (5.20).
15. Um compromisso de amor dos maridos por suas esposas, como Cristo amou a igreja, e das esposas se sujeitarem aos seus maridos (5.22-33).
16. Um compromisso com os filhos para criá-los na instrução bíblica e no conselho do Senhor (6.4). Hoje nós temos vivido a cultura do ‘melhor na igreja do que no mundo’, mas muitas vezes os filhos estão mesmo é no mundo; nós nos enganamos e eles também. Na volta de Jesus não será aplicado o critério ‘melhor na igreja do que no mundo’.
17. Um compromisso de diariamente vestir a armadura completa de Deus (6.10-18). Sem a armadura de Deus nos tornamos vulneráveis; já entramos na guerra para perder. A vida cristã é uma guerra fora e dentro; brigamos com os de lá e com os de cá; morrem de lá e morrem de cá.

FINALIZANDO
Os comentários de Paulo, listados pelo Pr. Russel Shedd, contemplam tudo o que precisamos como indivíduos e Igreja, ou devemos acrescentar algo mais?
Acredito que não precisamos acrescentar mais nada. Basta apenas vivermos a visão de Paulo para a Igreja, que continuaremos praticando as obras que enaltecem o nome de Deus, e nos ensinam a viver cada dia o que de fato somos: apenas servos.
Que Deus nos abençoe na busca desse alvo de sermos apenas o que devemos ser.

Pr. Eli da Rocha Silva
31/12/2010 – Igreja Batista em Jardim Helena - Itaquera

sábado, 25 de dezembro de 2010

A VIDA CRISTÃ EXEMPLAR: O AMOR FRATERNAL

1 PEDRO 3.8-12



v.8 Finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, cheios de amor fraternal, misericordiosos, humildes,

1. “Finalmente”. Pedro vai encerrar o período designado pelos ‘arranjadores’ do texto em nossas Bíblias chamado: ‘Vida Cristã Exemplar’. A vida exemplar requerida a nós não se refere apenas às relações internas da igreja local, mas como vimos, em toda a esfera humana: visão integral do homem em suas relações sociais.
2. O verso 8 é suficiente para falarmos horas e horas; há 4 temas excelentes para serem discutidos e colocados em prática: 1) “Sede todos de igual ânimo”. Homophron – homo=mesmo, phroneo= pensar: disposição de ser encaminhados juntos em um mesmo propósito visando um fim único. Todos puxam a corda para o mesmo lado. “Aquela unidade interior de atitude nas coisas espirituais, que torna a divisão algo impensável” (Rienecker & Rogers).
3. 2) “Compassivos, compadecidos”. (Sympathes) Pedro manda que sejamos crentes simpáticos. Pedro exagerou? Há crentes antipáticos? A palavra significa unir-se ao sentimento do outro, seja de tristeza ou de alegria (Rm 12.15). Simpático em nosso uso diário nos leva a pensar em uma pessoa agradável.
4. 3) “Cheios de amor fraternal, fraternalmente amigos”. Filadelfoi = amor ao irmão. Amor de filhos de Deus (Jo 1.12). Acredito em uma categoria especial de amor que só pode ser vivido na igreja, que difere do amor que vivemos em nossas famílias. O amor vivido na igreja supera as dificuldades e conseguimos continuar; nos lares, algumas questões são resolvidas no braço (Gn 4.8; 1 Jo 3.7-12).
5. 4) “Misericordiosos” Pitiful (εὔσπλαγχνοι) (entranhas nobres). Pitibul ou Pitiful (apenas um jogo de palavras). Houve um momento que Pedro foi um verdadeiro pitibul (Jo 18.10,11); amadurecido, já velho, Pedro aprendeu e ensinou que o crente deve ser pitiful (KJV), isto é, cheio de misericórdia. A Darby Translation usa tender hearted (Dotado de grande sensibilidade, suscetíveis de impressões ou influência; afetuoso; piedade; sensíveis). Textos: Roboão ainda jovem e de bom coração, e não podia resistir-lhes. - 2 Cro. 13.7; Sede um tipo para outro, de bom coração. Ef. 4. 32.
6. 5) “Humildes”. Pedro também aprendeu que a humildade é coisa boa. Horton escreveu: “Sem a pretensão de exaltar-se sobre os demais”. Podemos ver isso em João Batista (Mt 3.11; Jo 3.30) e em Jesus (Jo 13.12-20; Fp 2.1-11). A palavra grega no TR é Filophrones, i.e, um pensar com disposição amável; no Nestle-Aland a palavra é tapeinophrones, i.e, pensar com disposição humilde. A KJV traduz tudo isto como cortesia.

v.9 não retribuindo mal por mal, ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo; porque para isso fostes chamados, para herdardes uma bênção.

1. Após apelar aos crentes e reafirmar o modo de convivência que deveriam ter na igreja, Pedro continua reforçando os seus conselhos.
2. “Não pagando mal por mal, ou injúria por injúria”. O Pedro amadurecido é contra o bateu-levou; embora tivesse ele mesmo feito isso quando da prisão de Jesus no Getsêmani.
3. Não sei até que ponto em nossa vida cristã estamos amadurecidos para cumprir essa instrução do apóstolo. Tal instrução apenas reflete o que Jesus mesmo disse no Sermão do Monte (Lc 6.27,28).
4. De modo particular, confesso que fico decepcionado por não conseguir ser um crente melhor, como gostaria que assim fosse. Mas como disse Paulo: Prossigo para o alvo. Não posso desanimar, e nem massagear o meu ego dizendo que, nasci assim vou morrer assim. Não podemos nos acostumar com uma vida cristã sem brilho.
5. Pedro, através do Espírito Santo nos maravilha com o que ele diz: “Antes, pelo contrário, bendizendo”. Ou seja, fale bem, abençoe, inclusive quem lhe fez mal, que lhe injuriou, difamou. (Rm 12.14). É difícil fazer isso, é difícil ser assim? É. Só o Espírito Santo, através do seu fruto pode nos capacitar para agirmos assim.
6. “Pois para isto mesmo fostes chamados”. Outra coisa: fomos chamados para abençoar. Pode ser que em algum momento gostaríamos de fazer imprecações. Não fomos chamados para imprecar, mas para abençoar. Através da nossa fala, da nossa língua podemos estar abençoando ou tirando a bênção.
7. Gosto da tradução literal feita por Waldyr Carvalho Luz: “Para que falação de bem repartais porção”. Aqui temos a ideia de sermos abençoadores com as nossas falações; repartindo da mesma herança que também já somos participantes.



v.10 Pois, quem quer amar a vida, e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano;

1. Conheço uma irmã que sonhou este versículo. Deus ainda fala por sonhos. No caso da referida irmã, não uma mensagem nova, mas uma que já estava escrita. Eu nunca sonhei este versículo, mas vou procurar segui-lo mesmo sem sonhar.
2. O sonho da irmã foi uma repreensão do Senhor; ela de fato precisava sonhar, e sonhou. Podem acreditar! Ela levou a sério o sonho e praticou o versículo.
3. Aqui Pedro recorre a Davi ao citar o Salmo 34.13-17. Parece que o problema com a língua era coisa antiga.
4. Todos nós queremos amar a vida e ver dias bons, isso é normal, é natural. Mas, quando falamos o que não devíamos ter falado pagamos um preço. Então Davi e Pedro nos manda refrear a língua. E Davi insiste com o Senhor (Veja Sl 141.3).
5. No grego, para refrear, temos pausáto, que em português temos a palavra ‘pausa’. Quando formos falar ‘asnices’, que o Espírito Santo puxe o freio da nossa língua e nos silencie e nos aquiete (Ler Tg 3.1-10).
6. Temos que cuidar para que os nossos lábios não falem dolosamente, isto é, com intenção de fazer mal. Pode ser que alguma vez falamos, e somos considerados faladores culposos, falamos sem a intenção de matar a vida do nosso irmão. Outras vezes, pode ser que falamos com intenção de matar a vida do nosso irmão, então, somos considerados faladores dolosos.
7. Na igreja não acionamos um tribunal para julgar esse tipo de procedimento, mas pode ser que, no futuro, a igreja comece a fazer isso. Se não fizer, Deus mesmo fará.

v.11 aparte-se do mal, e faça o bem; busque a paz, e siga-a.

1. “Aparta-te do mal, e faça o bem”. Podemos ver aqui Davi e Pedro nos ensinando a busca por uma vida de objetividade: apartar-se e fazer e o tema. Não basta alguém dizer ‘eu não faço o mal’, e percebermos que ele não pratica bem nenhum; não praticar o bem, em situações que isso exija, é o mesmo que praticar o mal. A omissão é uma espécie de mal.
2. “Busque a paz, e siga-a”. Gosto mais da tradução ARA que diz: “Busque a paz e empenhe-se por alcançá-la”. A paz é um bem que mesmo achado, por um deslize de nossa parte, pode ser perdido com muita facilidade. Conheci pessoas que se gostavam muito, e por causa de um ‘nadinha’ não esclarecido tornaram-se inimigos, ou simplesmente romperam a amizade.


v.12 Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atento à sua súplica; mas o rosto do Senhor é contra os que fazem o mal.

1. Vamos lembrar o Salmo 1.6. Como queremos ser tratados pelo Senhor? Qual tem sido o nosso comportamento na igreja do Senhor nas relações com os nossos irmãos?
2. Existem coisas que devem ser consertadas? Feridas não cicatrizadas, irmãos não perdoados, irmãos que ferimos e agimos como se não fôssemos culpados? Qual o estado das nossas consciências; está cauterizada, ou ainda pode receber medicação sem maiores traumas?
3. Estas questões são para todos nós. Não podemos continuar vivendo a vida da igreja achando que não vamos ter que resolver os problemas. Falo o que falou Paulo: “Miserável homem que sou”. Eu também me incluo aos que têm que resolver pendências.
4. Não quero ter o rosto do Senhor contra mim. Preciso fazer a paz com aqueles que feri. Não estou dizendo fazer uma paz apenas para trazer bons agouros para o novo ano. Falo de fazer a paz mesmo, de voltar a conviver com o irmão, de sorrir quando for para sorrir e ouvir quando for para ouvir.
5. Que Deus nos abençoe com coragem para buscar os que nós ferimos; que peçamos a ajuda do Santo Espírito para não incluirmos novos feridos em nossa lista.
6. Assim seja!


Pr. Eli da Rocha Silva
05, 26/12/2010 – Igreja Batista em Jardim Helena – Itaquera - SP

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A HISTÓRIA DO ADVENTO (UMA SEQUÊNCIA COM HINOS DO HCC)

I – A MAIS ANTIGA ANUNCIAÇÃO
GÊNESIS 3.15 “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”.

II – DE UM HOMEM A BÊNÇÃO PARA TODAS AS NAÇÕES
GÊNESIS 12.3B – A Abrão Deus disse: “e em ti serão benditas todas as famílias da terra”.

III – DO FILHO DA PRIMEIRA (LIA) NASCERIA O LEÃO DA TRIBO DE JUDÁ
GÊNESIS 29.32-35 - “E Lia concebeu e deu à luz um filho, a quem chamou Rúben; pois disse: Porque o Senhor atendeu à minha aflição; agora me amará meu marido.
v.33 Concebeu outra vez, e deu à luz um filho; e disse: Porquanto o Senhor ouviu que eu era desprezada, deu-me também este. E lhe chamou Simeão.
v.34 Concebeu ainda outra vez e deu à luz um filho e disse: Agora esta vez se unirá meu marido a mim, porque três filhos lhe tenho dado. Portanto lhe chamou Levi.
v.35 De novo concebeu e deu à luz um filho; e disse: Esta vez louvarei ao Senhor. Por isso lhe chamou Judá. E cessou de ter filhos”.
(APOCALIPSE 5.5) –“E disse-me um dentre os anciãos: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu para abrir o livro e romper os sete selos”.
(80 HCC)

IV – DA MARGINALIZADA SERIA A SUA DESCENDÊNCIA
JOSUÉ 6.25 – “Assim Josué poupou a vida à prostituta Raabe, à família de seu pai, e a todos quantos lhe pertenciam; e ela ficou habitando no meio de Israel até o dia de hoje, porquanto escondera os mensageiros que Josué tinha enviado a espiar a Jericó”.
(MATEUS 1.5) – “a Salmom nasceu, de Raabe, Boaz; a Boaz nasceu, de Rute, Obede; a Obede nasceu Jessé”

V – EM BOAZ, FILHO DE RAABE, TEMOS A FIGURA DO RESGATADOR
RUTE 4.7-17

VI – DE DAVI OUVIMOS SER A RAIZ; DO MESSIAS, SEU REINO SERÁ SINGULAR
ISAÍAS 11.1-16

VII – A PEQUENA CIDADE QUE GEROU REIS E O MAIOR DELES
MIQUÉIAS 5.2 – “Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”.

VIII – O CARPINTEIRO QUE DEU DESCENDÊNCIA AO SALVADOR
MATEUS 1.1-16

IX – O SALVADOR CHEGOU; A ESTREBARIA O ABRAÇOU COM POMPA E CIRCUNSTÂNCIAS
LUCAS 2.1-7 (HINO 96)RECITAÇÃO:
Quem disse que na estrebaria não havia paz!
Quem disse que na estrebaria não houve riso e festa!
A estrebaria recebeu o bebezinho com pompas e circunstâncias
A manjedoura, acolheu o bebê com carinho digno do que é Rei
A estrebaria e a manjedoura fizeram um pacto de atenção aos que ali chegaram: José, Maria e o bebezinho.
Quem disse que aquele lugar não era bom para difundir alegria!
Quem disse que naquele lugar não podia dar e receber presentes: o bebê recebeu ouro, incenso e mirra; a humanidade recebeu a salvação que Ele trouxe do céu.
Na estrebaria os bichos silenciaram com a noite; cantavam apenas os grilos e os pássaros noturnos. Cantavam porque havia por que cantar; cantavam porque era noite de adoração.
A pequena e alegre estrebaria acomodou em seu seio pastores que correram dos campos; que deixaram os rebanhos porque queriam fazer parte da boa-nova, da bela história de salvação.
Todos nós somos chamados para cantar com os anjos e pastores, com os animais e pássaros ‘Oh, vinde, adoremos’.
(90 HCC)

X – ANJOS, PASTORES E MÚSICA: O SALVADOR CHEGOU
LUCAS 2.8-20 - (104 HCC)
XI – O QUE A HISTÓRIA DO ADVENTO DIZ PARA MIM
1. Diz que precisava ser assim – o Filho nascer
2. Diz que eu não podia fazer nada por mim mesmo – só o Filho nascido
3. Diz que Deus enviou o Seu Filho para que fôssemos salvos
4. Diz que sem Ele não há alternativa
5. Diz que em nenhum outro há salvação

Quão bela é a história do advento!
Não posso fingir que não é comigo
Não posso dar uma de desentendido
As celebrações no Natal só terão sentido se entendermos a razão de Jesus ter nascido.
Só entendemos o sentido do Natal porque um dia cantamos: Vem Jesus habitar comigo, em minha alma há lugar; oh, vem já! (112 HCC)
Pr. Eli da Rocha Silva
12/12/2010
NO NATAL, UM PRESENTE ESPECIAL PARA A HUMANIDADE

JOÃO 3.16

Natal é o dia do nascimento de alguém. Criaram até um momento especial chamado de 'chá do bebê'. Nesse dia, muitos são os presentes.
Mas, e o Natal que não lembra dores de parto, falta de lugar na maternidade e transeuntes que ajudam? O Natal da insensibilidade, do não tenho nada com isso?
O Natal avesso do Natal. O Natal que lembra apenas presentes, mesa farta e encontro de familiares; o Natal das roupas novas e o Natal daqueles que não têm nada.
O Natal deve nos lembrar Jesus; para o crente todo dia é dia de lembrar Jesus; de fazer Jesus nascer no coração.

Natal é dia de lembrar o Natal de 365 dias: o Natal do Cristo que continua nascendo. Não nasce mais em estrebaria e nem precisa de manjedoura. Foi-se o tempo de colocar os nossos olhos apenas no presépio. Quem se detém diante do presépio não vislumbra o que está depois da cruz.
O Natal, que não se parece em nada com o Natal que está aí, é o Natal de Deus. É o Natal que Deus dá presente. Ele presenteou diferente do nosso modo de presentear; Ele presenteou de tal maneira que deu o tinha de mais precioso. Quando presenteamos não damos o nosso bem mais precioso, embora possam ser preciosos para quem os receba.
Aquele que presenteia, o faz de coração aberto, procurando fazer a humanidade feliz. Mas, Aquele que presenteia dá liberdade aos presenteados em aceitar ou não o presente: Para que todo aquele que nele crê.

Receber ou não o presente, não altera em nada a disposição Daquele que decidiu presentear. O presenteador é imutável, não precisa melhorar e não existe em relação a Ele a idéia de ficar ruim, Ele é o que é, e Ele mesmo disse “Eu sou o que Sou”.

A melhora, o resultar-se diferente, é coisa acontecida no que recebe o presente de Deus, nos seguintes termos: Não pereça, mas tenha a vida eterna.
Diferente dos outros presentes que ganhamos; presentes que se acabam com o tempo; de outros esquecemos em algum canto da casa, e de alguns outros trocamos por coisa mais interessante, o presente de Deus recebeu o nome de Emanuel. EMANUEL É O CUMPRIMENTO DA PROMESSA

1. O anjo não tem dificuldades em aplicar o texto profético a Jesus, no intuito de aliviar o coração de José, que havia resolvido deixar Maria secretamente (Mt. 1.23).
2. Em Lucas, o anjo diz aos pastores que Emanuel, já é conosco: “É que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (2.11).
3. A chegada de Emanuel é razão de nossa alegria. O anjo diz aos pastores: “Não temais; eis que vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo” (Lc 2.10).
4. Em João vemos o Emanuel: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (1.14).
5. No deserto Deus estava presente no tabernáculo (Êxodo 40.34-38); na nova dispensação, chamada da graça, Deus “tabernaculou”, isto é, em Jesus, Ele habitou entre nós. A Shekinah já aconteceu: Deus veio morar conosco.

Jesus é então, para nós, os crentes de todas as épocas, o presente especial de Deus: o presente sempre presente em nós. Disse Jesus: “A pessoa que me ama obedecerá a minha mensagem, e o meu Pai a amará. E o meu Pai e eu viremos viver com ela” (Jo 14.23 NVI). Ele disse ainda: Eis que estou convosco sempre (Mt 28.20).
Esse é o jeito de Deus presentear: o seu presente não se acaba, é permanente, não precisa de manutenção e também não cai em desuso; o presente de Deus é o Filho, que para nós significa ter vida eterna.

Esse presente pode ser encontrado em qualquer dia e qualquer hora: ele não está subordinado ao horário comercial. Como convidou o Senhor por intermédio de Isaías, para possuir esse presente basta querer e vir: “Venham, os que não têm dinheiro! Venham, que é tudo de graça (Is 55.1).

A palavra de Jesus é a seguinte: Quem ouve as minhas palavras e crê naquele que me enviou tem a vida eterna (Jo 5. 24).
Vida eterna é a razão do Natal. Jesus nasceu e morreu para que fôssemos presenteados com a vida eterna.
Amém.

PR. Eli da Rocha Silva
19/12/2010 - Igreja Batista em Jardim Helena – S Paulo - SP
UM PRESENTE PARA O BEBÊ

O que alguém pode dar de presente para um bebê? Fraldas,chupetas, mamadeiras, roupinhas? Como é difícil achar opresente ideal. A preocupação não é se o bebê vai gostarou não; a preocupação está em agradar a mamãe e o papai.
Preocupado, o pescador diz: Vou levar um belo peixe paraum ensopado.
O jardineiro: vou preparar um lindo bouquet
O ourives: vou fazer uma linda correntinha de ouro puro;
O lavrador: vou levar as melhores frutas do meu pomar.
Cada um teria preocupações em ser simpático ao visitar o bebê que chegou.
Mas, e o bebê Jesus; o que poderemos colocar diante do seu humilde bercinho? O que você tem de melhor parapresentear?
É bom lembrarmos que Ele é dono de tudo:Por meio Dele epara Ele, Deus criou todas as coisas (Col 1.16).
Quando falamos que o melhor é dar o coração, estamos dizendo que você deve dar tudo. Dar o coração é entregara vida.Dar tudo sem dar o coração é o mesmo que não dar nada.

Veja como é importante dar o coração; o poeta escreveu: Queres o teu vil pecado vencer? Dá teu coração a Jesus; Queres a glória divina alcançar? Dá teu coração a Jesus.
Jesus nos salvou dando a sua vida; ele quer receber de nósa nossa vida para dar-nos vida.O Natal no dia 26 não precisa ser a saudade do dia 25; odia 26 pode ser a alegria continuada do dia anterior.Para que assim seja, é preciso deixar Cristo nascer no coração.
LEITORES DO BLOG

Desejo a todos um Feliz Natal 365 dias em 2011.
Grande abraço a todos.

Pr. Eli

www.scribd.com (Pr. Eli Rocha)

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

OS PARADOXOS DO 'BICHO' CRENTE

Amados,
Parece que a rotina de um pastor é mesmo viver entre o céu e o inferno. Nenhum pastor consegue fazer que todos saiam da igreja, depois de um culto, com o mesmo sentimento de alegria e bênção.
Digo a vocês que vivi o paradoxo ontem.
Primeiro, o balde de água fria: "O pastor já pregou esta mensagem". Acredito que a pessoa que tem a preocupação de ficar anotando (em papel ou memória) o que o pastor pregou, com certeza não é para o seu crescimento, mas para buscar ser um crítico das homilias pastorais. Infelizmente, não conseguimos viver sem esse tipo de gente. Talvez seja até bom que elas existam, pois isso nos faz trabalhar mais o texto e a sua explanação (pregação).
Graças a Deus! Oh! Glória! Estas exclamações efusivas é o resultado de saber que nem tudo está perdido.
Hoje, isso mesmo, hoje! Ao receber uma ligação de uma irmã, que também estava no culto ontem, ela salvou a minha lavoura. Ao perguntar como a irmã estava, ela respondeu: "Ainda estou vivendo a bênção que o culto foi ontem". Para a palavra da irmã, entendo que ela incluiu também o estudo bíblico ministrado.
Sei lá! Esta irmã me ajuda a querer continuar pregando, ou tentando pregar.
Se você que leu o que escrevi acima não entendeu nada, se Deus o chamar para ser pastor, aí posso dizer com certeza, você entenderá.
Só me resta pedir a Deus misericórdia para mim e para os que me ouvem dominicalmente.
Pr. Eli Rocha