sábado, 30 de abril de 2011

A CEIA DO SENHOR E AS SUAS LEMBRANÇAS

1 CORÍNTIOS 11.23-28

I - A CEIA LEMBRA O CRISTO ENCARNADO

1. Quando Jesus diz: “Isto é o meu corpo” (Mt 26.26), está lembrando aos seus discípulos que Deus encarnou; deixou sua glória para habitar entre nós.
2. Paulo escreve aos Filipenses na inspiração do Espírito Santo: “Cristo Jesus (...) a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana” (Fp 2.5-7).
3. Jesus é o cumprimento da promessa falada pelos profetas Miquéias (Mq 5.2) e Isaías (Is 7.14).

II - A CEIA LEMBRA O CRISTO CRUCIFICADO

1. O próprio Jesus previa (profetizava) a sua morte: quando da sua unção em Betânia (Mt 26.12; Lc 18.31-34).
2. Na Ceia, Jesus fala da sua morte: “Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós” (1Co 11.23,24; Mt 26.26).
3. Na carta aos Filipenses, Jesus fala da postura do servo sofredor: “A Si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2.8).
4. Na cruz, Jesus derramaria o seu sangue para a nossa remissão (Mt 26.28); Ele apresenta aos seus discípulos o cálice que os faria lembrar o sangue derramado por todos (Lc 22.20).
5. Pedro mais tarde, chama todos os crentes à reflexão do valor da expiação no sangue de Cristo (1 Pd 1.18,19).

III - A CEIA LEMBRA O CRISTO RESSUSCITADO (“Até que Ele venha”)

1. “Até que Ele venha”, assim escreveu Paulo; a sua vinda é possível devido à sua ressurreição.
2. A ressurreição prevista pelo próprio Jesus (Lc 18.33, 34); também pregada por Pedro (1 Pd 1.21); reforçada por Paulo como tema da nossa anunciação (1 Co 11.26).
3. O Cristo ressuscitado é o tema da nossa pregação ‘até que Ele venha’. “O evangelho é apresentado por meio do culto da comunhão” (MacArthur).
4. A Ceia é também a confirmação do nosso compromisso com o Cristo ressuscitado: “de aceitarmos o Seu senhorio, de permanecermos leais a Ele, de resistirmos ao pecado e de nos identificarmos com a Sua missão” (BEP).

IV - A CEIA LEMBRA O CRISTO QUE VOLTA TRIUNFANTE (“Até que Ele venha”)

1. Ao tomarmos da Ceia do Senhor, estamos vivendo a expectativa da ceia que haverá no reino. A ceia no Reino será para os que participam dela aqui.
2. A Ceia no Reino do Pai é a promessa feita aos discípulos e estendida aos discípulos de hoje e de amanhã (Mt 26.29).
3. À medida que vamos participando da ceia vamos rememorando a promessa e aguardando com ansiedade esse novo tempo na vida igreja.
4. Na ceia de hoje, neste memorial, pode até acontecer de um ou outro irmão que não queira participar; não participa porque não refletiu, não examinou a si mesmo. Acredito, porém, que cada irmão que está aqui hoje não gostaria de ser deixado fora da grande ceia no Reino do Pai (Mt 8.11,12; 22.1-14).

CONCLUSÃO

A Ceia do Senhor é um momento todo especial na igreja. Não vamos dizer que ficaremos mais santos após a participação, pois a ceia já é a participação dos santos.
A Ceia do Senhor é o momento de apagarmos dos nossos corações as mágoas de uns com os outros; é o momento exato para lembrarmos Jesus, que orou pelos pecadores que o matavam, e os perdoou.
A Ceia do Senhor é o momento de lembrarmos que, quaisquer que sejam as nossas diferenças, elas não são maiores que as ofensas que fizemos ao Senhor, mas mesmo assim, ele também nos perdoou.
Graças a Deus por tão grandioso perdão.
Amém

Pr. Eli da Rocha Silva
01/05/2011 – Igreja Batista em Jd. Helena – Itaquera – S.Paulo - SP
FAMÍLIA: COMO TUDO COMEÇOU

I – A FORMAÇÃO DO HOMEM

1. A sentença que dá constituição ao homem: “Façamos o homem”. O verbo no plural indica que mais de uma pessoa decidiram pela criação do homem. Os teólogos gostam de chamar de plural majestático: é a Trindade em ação (Gn 1.26a).
2. O homem é Adam da Adamah (2.7). Foi criado do pó da terra.
3. À criação do homem está escrito: à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. O homem recebeu os atributos de comunicação: espírito, razão, intelecto, vontade e sentimento; exerceria governo e tinha relativo poder. Ainda sobre a imagem: “Em certo sentido, a constituição física do homem e da mulher retrata a imagem de Deus, o que não ocorre no reino animal. Deus pôs nos seres humanos a imagem pela qual Ele apareceria visivelmente a eles (18.1,2,22) e a forma que seu Filho um dia viria a ter (Lc 1.35) (BEP).
4. “Macho e fêmea os criou” (v.27). O cumprimento do que está no v. 28 dependia da diferença física entre homem e mulher.

II – A UNIÃO EM FORMA DE CASAMENTO (IDEALIZAÇÃO DA FAMÍLIA)

1. Com pormenores, o cap. 2 discorre sobre a formação da família, a partir do casal: “O Senhor Deus disse: não é bom que o homem viva sozinho (Gn 2.18).
2. O homem, como primeiro humano criado precisava de companhia. Pois não era bom que o homem estivesse sozinho (Gn 2.18).
3. A solidão compreendia o homem como um ser incompleto; ser incompleto não é bom, disse Deus.
4. Para completar o homem, Deus decidiu dar do homem à mulher: “E a costela que o Senhor Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher, e lha trouxe” (Gn 2.22).
5. O estabeleceu o tipo de mulher que Deus que completaria o homem: “Uma auxiliadora que lhe fosse idônea” (Gn 2.18). Não passou pela mente de Deus criar uma competidora, mas uma auxiliadora.
6. Criada a mulher Deus a trouxe a Adão. Ali no Éden estavam as três pessoas importantes na união conjugal: Deus, o homem e a mulher. Então, diante de muitas testemunhas, Deus os uniu.
7. Podemos citar também duas questões importantes nesse ato criativo de Deus: a monogamia e a heterogamia. A união é monogâmica, pois Deus criou apenas Eva, e não um harém; é heterogâmica, pois Deus uniu um homem e uma mulher.
8. Por melhores que duas pessoas sejam, respeitáveis em suas ações e compromissos, muitas até admiradas por nós em seu caráter e cidadania, nada disso elimina o ideal divino da relação matrimonial homem-mulher, conforme Gn 1.27, 28.

III – DEIXANDO TUDO PARA PODER COMEÇAR

1. O pastor Jaime Kemp, na Bíblia da Família diz que ‘É difícil, mas necessário’. Não dá para começar a vida a dois, sem deixar de lado a vida ‘de muitos’: é preciso sair de casa (2.24).
2. A interferência dos pais nem sempre é vista de modo construtivo; há casos que o casamento começa já terminado, devido a imaturidade dos cônjuges ou de um deles. A relação conjugal tempo por base o ‘filhinho da mamãe’ ou a ‘filhinha do papai’ mina a estabilidade do casamento.
3. Deixar pai e mãe significa viver exclusivamente para o outro; o início da instituição familiar começa com a saída da casa da família genitora ou de afinidade.
4. A parte que decide não deixar pai e mãe não está apta para o casamento. Há casos, que um dos genitores precisa acompanhar o novo casal por não ter com quem ficar. Isso pode ser bom a princípio, mas pode transformar-se em prejuízo no futuro.
5. Famílias que vivem muito próximas umas das outras, sempre têm o que reclamar: é o conselho na hora errada, é a ‘passadinha’ demorada para ver os pais, é a interferência na criação dos filhos, etc
6. Muitas vezes usamos a proximidade com nossos pais para resolvermos parte dos nossos problemas: avós que buscam filhos na escola, cuidam dos netos em períodos de trabalho dos filhos; o que parece ser bom, se não for bem administrado, com cada um sabendo até onde vai o seu limite de influência, pode tornar-se um grande prejuízo para uma das partes, e no final, para a família.


CONCLUSÃO

Que Deus abençoe as nossas famílias.

Pr. Eli da Rocha Silva
01/05/2011 – Igreja Batista em Jd. Helena – Itaquera – S.Paulo - SP


sábado, 23 de abril de 2011

A EXPERIÊNCIA COM DEUS MUDA O INDIVÍDUO

I – A EXPERIÊNCIA QUE MUDOU JACÓ (GENÊSIS 28. 13-22).

1. Despertado do sono, Jacó declara a sua ignorância: “Na verdade, o SENHOR está neste lugar, e eu não o sabia” (v.16).
2. Jacó temendo (v.17) agiu reverentemente, com honra e respeito. Foi assim que se portou Jacó, exclamando: “Quão temível é este lugar!” Para Jacó, ali era um lugar de reverência. A NTLH usa uma variante hebraica e traduz assim: “Este lugar dá medo na gente”.
3. Jacó conclui: “É a Casa de Deus, a porta dos céus”. Portanto, lugar de adorar e fazer votos (v.18-22).
4. Jacó sentiu que a partir daquele dia não seria mais a mesma pessoa: ele teve uma experiência com Deus.
5. Jacó sentiu que devia selar a sua experiência fazendo votos a Deus: “Se Deus for comigo (...) certamente eu te darei o dízimo” (v.20-22). O voto de Jacó era baseado na promessa vs.13-15. Em razão da promessa alguns comentaristas dizem que é preferível pensarmos em Jacó dizendo: “Visto que Deus está comigo”.
6. A experiência com Deus o levou a comprometer-se com Deus: “O Senhor será o meu Deus” (v.21); “E a pedra, que erigi por coluna, será a Casa de Deus (...) eu te darei o dízimo” (v.22).
7. A nossa experiência de salvação, que é única, que é pessoal e intransferível, deve levar-nos a fazer votos e assumir compromissos de fidelidade com o Senhor.

II- A EXPERIÊNCIA QUE MUDOU ISAÍAS (ISAÍAS 6. 1-8).

1. A experiência de Isaías, em nada diferente nos resultados da de Jacó, vai transformá-lo em um homem capaz e operoso na obra de Deus.
2. Ele nos informa: “Eu vi o Senhor”. Isaías usa Adonay. Expressão que sendo falada em lugar de Yaveh, exprime reverência. Isaías estava vendo a Majestade.
3. Como se apresentava o Senhor: “Assentado sobre um alto e sublime trono”. Postura soberana.
4. Como Jacó, Isaías vê seres celestiais, que clamavam uns para os outros (v.2,3): “Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos”.
5. Aquele encontro, aquela experiência marcante com Deus, faria com que Isaías saísse da mesmice da vida sem rumo, sem alvo, sem propósito. Isaías saiu daquela experiência dizendo para si mesmo: “Nunca mais serei o mesmo outra vez”.
6. Isaías mostrou que não era mais o mesmo homem, quando se dirige a Deus e diz: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (v.8).
7. Nós também temos dado provas que não somos mais os mesmos outra vez?

III – A EXPERIÊNCIA QUE MUDA É CADA UM TOMAR A SUA CRUZ E SEGUIR JESUS

1. É muito bonito falar das experiências de Jacó, de Isaías, de Paulo e outros. Como vai a minha experiência com Deus? As experiências por serem pessoais, não se repetem na mesma proporção.
2. TOMAR A CRUZ É POSSIBILIDADE DE NUNCA MAIS SERMOS O QUE FOMOS; tomar a cruz é o chamado a autorrenúncia, tomar a cruz é a certeza de Cristo em nós.
3. A autorrenúncia, pela cruz, é o mesmo que dizer que Jesus Cristo é a suficiência que eu preciso.
4. Quando tomo a cruz, isto é, quando deixo que Jesus Cristo seja o meu Salvador e Senhor, estou dando a mim mesmo oportunidade de nunca mais ser o que fui.
5. Trata-se de uma decisão firme e pessoal: “Nunca mais serei o mesmo outra vez, eu não volto atrás, já decidi”.
6. A decisão por Jesus Cristo nos faz dignos Dele: “Quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim” (Mt 10.38). Jesus veio à terra para não sermos mais o que fomos, mas sermos o que Ele deseja que sejamos.
7. Vale para nós o que Ele disse aos discípulos: “Voltarei e vos levarei para mim mesmo”. Estar para sempre com Jesus é o resultado da NOSSA EXPERIÊNCIA COM DEUS.

Pr. Eli da Rocha Silva
24/04/2011 Igreja Batista em Jd Helena – Itaquera -SP

sexta-feira, 22 de abril de 2011

ENSINOS DA RESSURREIÇÃO
Mateus 28.1-10

I – NOS ENSINA A FUGA DA ROTINA: É O ENCONTRO COM O NOVO

1. Ainda não vi um programa de ressuscitação de pessoas; ainda não vi os líderes evangélicos fazendo os 21 dias de ressurreições.
2. A ressurreição nos ensina que fugimos do natural, trata-se do sobrenatural.
3. A ida das Marias ao túmulo de Jesus era a certeza e a busca pelo natural: Jesus está sepultado.
4. As Marias não imaginavam que estavam próximas à saída da rotina: quantos os sepultamentos elas devem ter presenciado, quantas outras vezes as mulheres podem ter ido a sepulcros para cuidar dos seus mortos.
5. As Marias não fariam o que fizeram aos outros mortos, porque aquele dia seria diferente dos outros dias.
6. Naquele domingo de Páscoa houve um terremoto (talvez localizado à região do sepulcro); naquele domingo de Páscoa teve anjo do Senhor, que removendo a pedra, assentando-se sobre ela.
7. Não era rotina anjos sobre pedras e guardas como se estivessem mortos (v.4); não era rotina as pessoas conversarem com anjos (v.5).

II – NOS ENSINA QUE A MORTE PODE SER VENCIDA

1. A morte é o nosso medo, é o nosso pavor. Vivemos com a sensação da morte perto: a dor no peito, a dor na cabeça, nos rins, na vesícula, etc, sempre pensamos que chegou a nossa hora.
2. É natural pensarmos que vamos morrer; não é natural ficarmos pensando em nossa ressurreição, pois é preciso que morramos antes.
3. A morte é tão certa que José, de Arimatéia, fez um sepulcro novo aberto na rocha (Mt 27.57-60). José decidiu se preparar em vida, porque a morte é certa.
4. O que o anjo sabia das mulheres: “Não temais; porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado” (v.5). O anjo fala do previsível, do natural; as mulheres viram onde Jesus fora colocado (Mt 27.61).
5. O anjo diz às Marias que Jesus não está ali no sepulcro; e antes que elas caiam em desespero ele diz: “Ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde jazia” (v.6).
6. O anjo era o portador das boas notícias, era ele o mensageiro. Mas o anjo transfere às mulheres a responsabilidade de serem as portadoras da boa notícia: “Ide, pois, depressa e dizei aos seus discípulos que ele ressuscitou dos mortos” (v.7).
7. As Marias, tomadas de emoções diversas saíram apressadamente para cumprir a missão (v.8). Mateus nos informa que Jesus aparece às mulheres (v.9); tal aparição confirma os fatos relatados pelo anjo (v.5-7).
8. A ressurreição de Jesus nos ensina que a morte pode ser vencida.

III – NOS ENSINA QUE RESSUSCITAREMOS, PORQUE ELE RESSUSCITOU

1. A ressurreição não era um tema desconhecido dos judeus e dos cristãos ( Jó 19.26,27; Dn 12.2); Jesus aborda o tema ressurreição (Jo 11.23); Marta declara saber sobre o tema (Jo 11.24); Jesus responde, se colocando como Aquele que confere a salvação (Jo 11.25-26); Paulo usa algumas de suas cartas para falar da ressurreição.
2. Paulo foi um apologeta da ressurreição; certamente ele a defendeu de forma oral e escrita. A sua defesa escrita da ressurreição está em 1 Coríntios 15; a sua doutrina da ressurreição está em Romanos 6; o seu desejo pessoal em relação à ressurreição está em Filipenses 3. 7-11.
3. O tema de 1 Co 15.1-19 (ARA) é: A ressurreição de Cristo, penhor da nossa ressurreição. Na ressurreição de Cristo temos a garantia da nossa ressurreição. As Escrituras falaram da morte e ressurreição de Cristo (v.3,4 – Ver Is. 53 ; Sl 16.8-11; Sl 22).
4. A ressurreição de Jesus foi um fato para as Marias, para os apóstolos e muitos outros (1 Co 15.5-8).
5. Paulo disse que era comum ouvir entre as pessoas que Jesus ressuscitou (v.12); Paulo também fala do desastre para a fé se Cristo não ressuscitou (v.13-17).
6. Por último, Paulo fala da inutilidade da esperança em Cristo só para esta vida; se a vida se resume apenas ao nosso tempo aqui, se não há uma esperança e expectativa de futuro da alma e de vida, porque a privação de tudo daqui? O homem poderia, caso tudo terminasse aqui, fazer valer só Ec 8.15.
7. Paulo ainda, na sua apologia da ressurreição: A ressurreição em relação à vida prática (ARA) 1 Co 15.29-34.

CONCLUSÃO

A ressurreição fortalece a nossa fé; a ressurreição nos ajuda a consolar os irmãos (1 Ts 4.13-18).
A ressurreição nos dá confiança mesmo diante da sentença de morte (2 Co 1.9-11).
Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva
24/04/2011 – Igreja Batista em Jd Helena – Itaquera - SP

sábado, 9 de abril de 2011

A GRAÇA QUE NOS DÁ LIBERDADE
2 CORÍNTIOS 3.17

I – A GRAÇA É A LIBERDADE NO MESSIAS (CRISTO)

1. A liberdade pregada pelo profeta messiânico é ratificada pelo Messias-Cristo (Is 61.1 e Lc 4.18).
2. Jesus foi enviado ao mundo para:
a. dar liberdade aos cativos, através da graça que liberta;
b. dar vista aos cegos, por meio da luz da vida, livrando-os da cegueira do mundo e de Satanás;
c. tirar o peso dos que estão oprimidos, através do Seu jugo suave, que retira de nós o pesado fardo.
3. Eles, que também precisam da graça do Pai, devem aceitar o Messias falado pelos profetas.

II – A GRAÇA É A LIBERDADE PREGADA PELO CRISTO DE DEUS.

1. “Vós sereis livres”. Jesus reitera o que foi dito pelo profeta: Ele veio para dar liberdade aos cativos.
2. Mas a liberdade só será alcançada pelos cativos de fato (questão de consciência); os judeus não se viam escravos, pois não entenderam a proposição de Jesus (Jo 8.33).
3. Jesus estava falando da escravidão do pecado (v.34); Ele estava se referindo à pior das escravidões: o escravizado por Satanás.
4. Quem é escravo do pecado e de Satanás é forçado a viver segundo as concupiscências da carne e os desejos das motivações demoníacas (Ef 2.1-3).
5. Mas Cristo disse que não precisa ser assim; as pessoas não precisam viver escravas do pecado, fazendo a sua vontade, e longe de Deus: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (v.36).
6. Jesus falou aos seus compatriotas que não fizeram o mínimo de esforço para entender a Sua mensagem (v.37-47).

III – A GRAÇA É A LIBERDADE PELO ESPÍRITO

1. Pedro em seu sermão evangelístico diz aos judeus que, arrependidos e crentes “receberiam o dom do Espírito”. O que Pedro estava fazendo era confirmar o que Jesus lhes dissera poucos dias antes (Atos 1.5 e 8).
2. É perfeitamente claro para nós, que Pedro estava falando do recebimento do Espírito pela conversão (“Arrependei-vos”, “Sejam batizados em nome de Jesus Cristo”, “Recebam a remissão (perdão) dos pecados”).
3. O pecador remido passa a ser templo do Espírito; cumpre-se em sua vida o que Jesus disse aos discípulos (João 14.23); cumpre-se em sua vida o que Jesus disse aos judeus (João 8.36). Cumpre-se na vida do crente o que Paulo disse aos Coríntios: “Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (1 Co 3.17).
4. Nota B.E.MacArthur: “O cristão não está mais preso à condenação da lei e ao domínio de Satanás”. Não está preso à Lei, pois o fim da Lei é Cristo (Rm 10.4), isto é, ela nos encaminhou até chegarmos ao conhecimento e recebimento de Cristo (Gl 3.22-25). Ver ainda Gálatas 5.1
5. Em Cristo fomos de fato livres (Gl 5.1). Escrevendo a Timóteo, Paulo fala da condição daqueles que estão sem Cristo, e da responsabilidade dos pregadores (2 Tm 2.24-26).
6. Outro aspecto maravilhoso da habitação do Espírito no crente é a liberdade que nos é conferida por estamos em Jesus (Rm 8.1,2).
7. Termino com o comentário da B.E.P:
a. A verdadeira libertação começa quando o crente se une a Cristo e recebe o Espírito Santo (Atos 2.38);
b. A liberdade proporcionada por Cristo não é uma liberdade para o crente fazer o que quer (1 Co 10.23,24), mas para fazer o que deve (Rm 6.18-23);
c. A liberdade cristã deixa o crente livre para servir a Deus (1 Ts 1.9) e ao próximo (1 Co 9.19), segundo a justiça (Rm 6.18).

CONCLUSÃO

A graça que nos dá liberdade manifestou-se salvadora a todos os povos.
A liberdade pregada pelos profetas, confirmada por Cristo e em Cristo, nos alcançou e nos transportou para o reino da luz (Cl 1.12-14).
Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva
Igreja Batista em Jd. Helena – Itaquera – São Paulo - SP

segunda-feira, 4 de abril de 2011

TÁ NO LIVRO...

"A igreja evangélica brasileira vive o pecado da tietagem. Pregadores e cantores são vistos e tratados como astros, como atores que sobem num palco para dar um show. Essa atitude é um sinal evidente de imaturidade e decadência espiritual"
Pr. Hernandes Dias Lopes - Livro: Comentário 1ª Carta aos Coríntios.- Hagnos)

FALA BREVE...

1Pe 4:7 Mas já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração.

"O fim está próximo". Parece uma nota de alegria e descanso. Quando alguém está sofrendo dores, saber que o fim está próximo, é certamente um alívio. Seja o fim da dor ou da vida.

sábado, 2 de abril de 2011

ALGUNS DEVERES DOS CRENTES UNS PARA COM OS OUTROS
1 PEDRO 4.7-11




1Pe 4:7 Mas já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração;

1. “O fim está próximo”. Parece uma nota de alegria e descanso. Quando alguém está sofrendo dores, saber que o fim está próximo, é certamente um alívio. Seja o fim da dor ou da vida.
2. Nesta carta, o fim representa a volta de Cristo; a sua volta era ‘iminente’ na mente dos primeiros cristãos, e continua sendo nas mentes dos cristãos de hoje.
3. A palavra de Pedro é escatológica, e é também de alerta. Com o fim próximo, não podemos deixar que nos envolvam em coisas que não dizem respeito à vida que temos em Cristo.
4. Sobriedade, vigilância e oração é a palavra de ordem. Com sobriedade, não nos deixamos levar nem pelo fanatismo de pararmos tudo porque a vinda do Senhor se avizinha.
5. Vigiar em oração é a busca da comunhão e comprometimento necessário ao crente enquanto aguarda ansioso, mas não passivo.

1Pe 4:8 tendo antes de tudo ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados;

1. Ardente amor, ou, amor intenso, é o tipo de relacionamento entre os irmãos. Esse é o amor ágape; ele é despretensioso, é altruísta. O Pr. John MacArthur escreveu: “Esse tipo de amor exige que o cristão coloque o bem espiritual do outro acima dos seus próprios desejos, a despeito de ser tratado de maneira indelicada e desagradável ou até com hostilidade”.
2. “O amor cobre uma multidão de pecados”. Quando o amor do tipo ‘uns com os outros é vivido na igreja, os nossos irmãos nos perdoam com maior facilidade. A assembléia nos aceita com maior caridade, com maior respeito, com desejo de nos fazer crescer em espiritualidade, em maturidade.
3. Quando eu errar, não vou ser tratado como coitadinho, e nem terei dos irmãos a liberdade para pecar. A igreja que ama ampara o pecador e ajuda a limpar as suas chagas.

1Pe 4:9 sendo hospitaleiros uns para com os outros, sem murmuração;

1. Naqueles dias era comum e também necessário ser hospitaleiro. A hospitalidade não exigia que se conhecesse o hóspede (a palavra grega significa ‘amar aos estranhos’.
2. Em muitas vezes, a hospitalidade era também praticada como um cuidado especial pelo necessitado, principalmente, com os pregadores itinerantes.
3. É muito mais comum a prática da xenofobia (medo do estranho) do que a filoxenia (amor ao estranho).

1Pe 4:10 servindo uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.

1. A práxis eclesiástica: “Servindo uns aos outros”. O motivador da práxis: “O dom que cada um recebeu”. Sem a ação dos dons não conseguimos servir uns aos outros; e sem o fruto do Espírito, muito menos ainda.
2. “Como bons despenseiros”. Vamos tirar da despensa do nosso coração o que é necessário ao meu irmão. A graça recebida será por mim e por você distribuída em abundância aos que necessitam de da graça de Deus.


1Pe 4:11 Se alguém fala, fale como entregando oráculos de Deus; se alguém ministra, ministre segundo a força que Deus concede; para que em tudo Deus seja glorificado por meio de Jesus Cristo, a quem pertencem a glória e o domínio para todo o sempre. Amém.

1. Dois ministérios importantes na igreja: Palavra e Serviço (Atos 6.1-7). Tanto pastores, como diáconos, ou qualquer outro irmão que desempenhem tais funções para a glória de Deus.
2. Qualquer intenção que não seja a glória de Deus ao prestarmos um serviço na igreja deve ser rejeitada.
3. O texto termina com o que devemos saber com reverência: “Para que em tudo Deus seja glorificado por meio de Jesus Cristo, a quem pertencem a glória e o domínio para todo o sempre”.

Pr. Eli da Rocha Silva
03/04/2011 – Igreja Batista em Jd Helena - Itaquera
A IGREJA DOS SANTIFICADOS EM CRISTO
1 Coríntios 1. 1-17

O tema Igreja é apaixonante. Foi assim com Jesus: “Edificarei a minha Igreja”; foi assim com Paulo, haja vista, o grande interesse em organizá-las e nutri-las com a Palavra.
Escrevendo ‘à igreja de Deus que está em Corinto’, Paulo tem como finalidade confirmar aqueles santos em Jesus Cristo. A carta não tem como fim fazê-los desanimar no esforço empreendido para serem crentes, mas de reanimá-los e consertar as pequenas falhas e realinhar onde há divergência.

I – A SAUDAÇÃO À IGREJA DOS SANTIFICADOS EM CRISTO (v.2)

1. A saudação é para a igreja de Deus em Corinto. Era uma saudação para todos os que habitavam em Corinto e professavam Cristo. Não era para uma igreja localizada em um lugar em particular, na rua tal, número tal, mas para todos os que se reuniam para adorar a Deus, em espírito e em verdade.
2. Paulo chama aquele povo de ‘igreja de Deus’. A igreja é o grupo dos que foram chamados para ser de Deus; ‘de’ Deus é sinônimo de possessão, de propriedade; a igreja é de Deus e ‘não de qualquer indivíduo’ (Rieneccker & Rogers). Por melhor que alguém seja, a igreja não lhe pertence.
3. Outra coisa bonita que Paulo fala daqueles irmãos, é que eles eram ‘santificados em Cristo’. Nós somos santos dependentes, isto é, a nossa santificação se dá pelo fato de estarmos Naquele que é santo, e Aquele que é santo estar em nós. O Pr. Hernandes Dias Lopes chama isso de santificação posicional; quando nos posicionamos em Cristo que é santo, então, somos santos Nele. Não santidade à parte de Cristo.
4. Ainda, Paulo reforça a questão da vida dos santos em Cristo. Santo significa: separado e consagrado para determinado fim. Os crentes devem viver de modo santo e em santificação; trata-se de uma condição (posicionamento) quanto de um processo (continuidade). Esse progresso abraçado conduz o crente à glorificação.
5. A igreja de Deus não se limita a uma região geográfica, a uma denominação, ou a uma raça em particular (nem mesmo Israel), mas a ‘todos que em qualquer lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo’.

II – AÇÃO DE GRAÇAS PELA IGREJA DOS SANTIFICADOS EM CRISTO

1. “Sempre” – em todo o tempo. Desde o momento dos primeiros convertidos até quando a carta foi escrita. O apóstolo era em extremo grato a Deus pela vida da igreja que estava em Corinto.
2. A gratidão do apóstolo, a graça dada a Deus, o louvor de Paulo foi ‘a propósito da sua graça, que vos foi dada em Cristo Jesus’ (v.4). A gratidão é a conscientização de que não merecemos nada, e mesmo assim, Deus estendeu suas mãos de misericórdia e compaixão sobre nós.
3. A condição da igreja em Corinto: “Porque, em tudo, fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento” (v.5). Tais palavras devem ter soado como elogio da parte do apóstolo. Aqueles crentes em Corinto eram mesmo cheios de graça da parte de Deus. Aqueles crentes foram ensinados na palavra e tiveram o conhecimento da verdade que liberta (João 8.32).
4. Podemos dizer sem medo de errar, que todos os crentes, em todos os tempos, também são enriquecidos em Cristo, com toda a sorte de bênçãos espirituais (Ef. 1.3). O que pode estar acontecendo com um ou outro membro, é a dificuldade de perceber, de sentir, de querer mesmo andar em bênçãos espirituais.
5. Paulo continua elogiando a igreja: “Assim como o testemunho de Cristo tem sido confirmado em vós” (v.6). Os efeitos da aceitação do evangelho eram visíveis naqueles crentes; não havia neles um nominialismo evangélico; eles eram crentes mesmo. A confirmação não é no âmbito da igreja, mas na atuação no mundo.
6. A igreja em Corinto era farta em recursos espirituais (v.7). Toda essa gama de dons conduziria os crentes, à vida santa e em santificação tratada inicialmente por Paulo, até o ‘dia de nosso Senhor Jesus Cristo’ (v.8).
7. A igreja de hoje está na mesma condição daquela, isto é, caminhando em testemunho e santificação até que o Senhor venha.

III – A EXORTAÇÃO À IGREJA DOS SANTIFICADOS EM CRISTO.

1. Até o verso 9 vemos Paulo preparando o terreno para, com muito cuidado e zelo, falar aos irmãos acerca do que tinha ouvido a respeito deles ( v.11).
2. Mesmo sendo rica em todas as coisas (v.5), a igreja de Deus em Corinto precisa acertar algumas situações: ‘Muito antes de concretizar-se a “comunhão”, há divisão’ (Leon Morris).
3. A igreja está em processo de santificação, e nesse processo, ela precisa expurgar tudo que atrapalhe a comunhão entre os irmãos. Paulo então roga em nome de Jesus (v.10), para que eles acertem as questiúnculas pessoais; “Rogo-vos (...) que faleis todos a mesma coisa, e que não haja entre vós divisões”.
4. Quais eram as divisões? A divisão era marcada pela lealdade a certos líderes (Bíblia Anotada). A divisão não era apenas de liderança, mas, possivelmente, de doutrina e de costumes. Cito novamente o Pr. Hernandes: “A igreja evangélica brasileira vive o pecado da tietagem. Pregadores e cantores são vistos e tratados como astros, como atores que sobem num palco para dar um show. Essa atitude é um sinal evidente de imaturidade e decadência espiritual”.
5. Para a continuidade da igreja e ‘o testemunho de Cristo’ confirmado neles, era preciso acabar com as dissensões e as preferências imediatamente, e que todos fossem ‘inteiramente unidos na mesma disposição mental e no mesmo parecer’. A igreja que tinha tudo para ser exemplo, parecia mais um palco de UFC (Ultimate Fighting Championship), de luta de vale tudo.
6. “Sejam inteiramente unidos”. Sem trinca alguma; um conserto perfeito, onde as partes deixem de existir, fazendo uma única peça. A união das partes pode até ser um processo traumático, mas precisa ser colocado em execução.
7. “Unidos (...) na mesma disposição mental e no mesmo parecer”. Dois textos evidenciam isto em Atos em relação à igreja nascente (2.44 e 4.32). Os tempos eram outros (54 d.C), a região e o povo também (gentílico), mas a mensagem era a mesma que fora pregada em 33 d.C.
8. Paulo intima os irmãos a voltarem à sanidade mental, à verdade do evangelho: “Acaso está Cristo dividido?” (v.13). O apóstolo escreve um sermão em forma de carta para trazer a igreja à unidade “para que não se anule a cruz de Cristo”. Em Cristo, descemos dos nossos tronos e acercamos a sua cruz.
9. Quando nos rendemos à palavra da cruz a comunhão renasce entre nós.

CONCLUSÃO

A igreja cristã, que é de Deus, fundada por Jesus, deve testemunhar e deixar ver a sua perfeita comunhão.
Tal comunhão deve encher o mundo de inveja, e a nós, de humildade e da simplicidade que se vê em Cristo.
Fomos chamados à comunhão de Jesus e dos irmãos; sem Aquele, não haverá esta.
Que Deus nos abençoe com graça e misericórdia.
Amém

Pr. Eli da Rocha Silva
03/04/2011 – Igreja Batista em Jardim Helena – Itaquera