sábado, 8 de outubro de 2011

QUE DEVO FAZER PARA IMPACTAR A VIDA DE OUTROS
Atos 17.6b

I – SABER EM QUEM SE CRÊ

1. Quem não sabe em quem crer não pode impactar ninguém. Não estou falando daqueles que crêem em alguém ou alguma coisa; estou falando dos que dizem que crê, mas ficam tomados de dúvida diante dos que lhe questionam a própria fé.
2. Disse Paulo: Eu sei em quem tenho crido. Saber em quem se crê: este é o primeiro passo para impactar outros.
3. O carcereiro de Filipos precisou para crer para ser salvo, e consequentemente, proporcionar que a salvação chegasse aos seus (Atos 16.27-34).
4. O alto oficial de Candace, etíope, teve que declarar primeiro a sua crença para depois ser batizado. Não qualquer crença, mas a crença Naquele que foi o motivo do diálogo, a partir do profeta Isaías (At 8.36-37).
5. Característica notável em quem crê foi demonstrada pelo novo crente e novo batizado: “Foi seguindo o seu caminho, cheio de júbilo” (v.39b).
6. Quem sabe em quem crê professa a sua fé com alegria, porque, “não pode ser triste o coração que ama a Cristo”. E ainda, “a alegria está no coração de quem já conhece a Jesus”.
7. Se você pretende impactar pessoas que estão ao seu redor, saiba em Quem você crê e, viva a vida cristã com alegria.

II – TER DISPOSIÇÃO PARA TESTEMUNHAR

1. Testemunhar nem sempre é falar; testemunhar pode ser só viver o que se crê. A nossa vida cristã pode chamar a atenção dos outros sobre nós; surge daí uma possibilidade.
2. Disposição pode ser vista em dois sentidos: disposição como ânimo, entusiasmo e boa vontade. Mas também podemos considerar a disposição em relação ao nosso tempo. Quando de tempo eu quero deixar à disposição para testemunhar?
3. Pode acontecer de sermos empurrados para a disposição, seja de ânimo ou de tempo. Não sei em qual situação estavam os crentes de Jerusalém, só sei que eles foram empurrados para testemunhar, e fizeram isso com ânimo e disposição (Atos 8.1, 4-8).
4. Não sei o que está acontecendo com alguns de nós: falta tempo ou ânimo? Faltando tempo ou ânimo, isso pode ser resolvido com algumas injeções de horas com Deus e de organização. O problema quando é falta de vida; aí, só nascendo de novo da água e do Espírito.
5. Talvez precisemos entender que testemunhar não é opção, e sim obrigação daqueles que foram chamados para serem crentes. Jesus disse aos discípulos que eles seriam testemunhas: ser testemunha fazia parte do chamado de cada um deles. Jesus disse aos discípulos: “Indo, façam discípulos em todas as nações”. O Mestre não perguntou se eles estavam dispostos ou se queriam ir ou não; eles deveriam ir aos novos campos (Mt. 28.19).
6. Assim, todo crente pode testemunhar indo a novos campos ou ficando nos campos onde já estão instalados (não acomodados!): vizinhos, família, colegas de trabalho e escola.
7. Se você pretende impactar os que estão ao seu redor, crie situações para testemunhar.


III – VIVER NA TERRA O QUE ESPERAMOS PARA O CÉU

1. Soa esquisita a expressão ‘viver na terra o que esperamos para o céu’. Talvez não seja tão esquisito assim. Um teólogo diz que vivemos o ‘já, mas ainda não’.
2. É verdade que no céu teremos corpos glorificados; tudo que sofremos aqui neste mundo, em termos de tentação e sofrimentos físicos, não será nem mera lembrança.
3. Mesmo não sendo possível viver aqui o que será lá, Paulo diz que é possível vivermos a vida daqui, na expectativa da que é de lá (Col 3.1-4). Ele diz também que haverá uma mudança naqueles que pautaram a vida daqui pela de lá (v.4).
4. Diante da proposta paulina, entendemos que se quisermos impactar a vida dos outros, não podemos viver a vida daqui com os conceitos só desta vida. O cenário da vida daqui é de luta e provação. Por isso Paulo mesmo diz: “Fazei morrer a vossa natureza terrena” (v.5).
5. “Se quisermos impactar”. O problema é que nem sempre queremos impactar os outros; ou no mínimo, não temos esta preocupação e não encaramos como obrigação.
6. Mas, não tem como, não há escapatória: de alguma forma os outros serão impactados por nós. Alguns serão impactados de forma muito negativa; e nos acusarão dizendo: ‘Eu hein! Ser crente desse jeito?’. E não adianta dizermos: “O que pensam de mim não interessa!”. Pior que interessa sim; Deus nos chamou para uma vida de testemunho.
7. O nosso testemunho é definido pela vida que almejamos no ‘ainda não’, no céu que ainda não chegou e nele ainda não chegamos (Jo 14.3; 1 Ts 4.17).

CONCLUSÃO

Se nós pretendemos impactar pessoas que estão ao nosso redor, precisamos saber em Quem cremos.
Se nós pretendemos impactar pessoas que estão ao nosso redor, precisamos viver a vida cristã com alegria.
Se nós pretendemos impactar pessoas que estão ao nosso redor, precisamos viver aqui como se lá estivéssemos


Pr. Eli da Rocha Silva
09/10/2011 I B Jd. Helena - Itaquera