sábado, 31 de dezembro de 2011

PREOCUPAÇÕES E DESPREOCUPAÇÕES CRISTÃS
MATEUS 6.32a-33


I- A DESPREOCUPAÇÃO EM SABER DO REINO


1. Jesus nos faz ver, pensar e saber, que nos preocupamos com muitas coisas que não podemos resolver. Por outro lado, pode haver em nós muita despreocupação com as coisas que verdadeiramente deveríamos nos preocupar.
2. Em relação às necessidades naturais, Jesus nos faz saber o que o Pai sabe a respeito de nós: que necessitamos de todas elas (v.32 a).
3. Jesus nos faz saber o que o Pai sabe a respeito de nós, para que não achemos que Deus não sabe do que precisamos, e que Ele não tem cuidado de nós.
4. O muito cuidado com as coisas que não deveriam nos preocupar, roubam o tempo que deveria ser investido no que deve preocupar mais.
5. Para Jesus a preocupação maior deve ser em busca o reino de Deus em primeiro lugar. Não sei em que grau os crentes têm buscado primeiro o Reino; não sei também em que grau está o interesse dos crentes pelo Reino; já não sei também se de fato os crentes estão preocupados em saber do Reino ou não.
6. Pelas minhas observações, tem muito crente que não está ligando a mínima para o Reino. Digo que Deus não ligará a mínima para os que desprezaram o Seu Reino. Deus não vai chorar o leite derramado!
7. A vida no Reino deve obedecer às regras do Soberano. Digo também, que as regras do Reino são colocadas diante dos súditos pela igreja. A igreja é a agência conhecida do Reino. A negação da igreja e das regras do Reino trará à luz quem serve a Deus e quem não serve (Ml 3.18).
8. O próprio sentido do Reino trará também à luz quem serve para Deus e quem não serve para Deus. Se quisermos ser crentes que valham à pena, devemos querer servir ao Reino, sendo úteis no serviço aos nossos irmãos.
9. Outra opção é ser crente qualquer, ou, qualquer coisa crente, ou, qualquer nada que seja, ou, agir como se fosse não sendo nada, ou, sei lá o quê, ou, imagine você mesmo!
10. Lamento ter que dizer! Estamos vivendo um tempo de igreja onde muitos crentes não estão muito ligados no que Deus quer ou não, no que Ele pensa ou deixa de pensar.


II – AOS PREOCUPADOS COM O REINO

1. Eu gosto muito da figura do remanescente. Deus ama o remanescente. O remanescente é o pequeno grupo com o qual Deus pode contar.
2. Deus não conta com as grandes massas; talvez não conte cem com as grandes igrejas. Hoje é dia de igreja cheia de vazio. Hoje é dia de crentes réveillon.
3. Hoje é dia de crentes afro-religiosos; crentes que se vestem branco e vão à beira da praia; crentes que dão os seus pulinhos sobre as ondas e alguns que vestem roupas íntimas de cor picante, para dar sorte no amor.
4. Mas destes aí, que eu disse acima, muitos entre eles não sabem amar. Quem faz o amor dar certo não são roupas de cores picantes ou quentes. Estes crentes que preferem a praia à alegria da oração na igreja, já perderam há muito o sentido de igreja e Reino.
5. Volto a dizer: Deus espera muito do remanescente. Os que querem agradar a Deus em todas as coisas, e em primeiro lugar, têm a promessa de que todas as coisas vos serão acrescentadas (v.33). E o que age diferente, não terá nada acrescentado, ou até o que tem lhe será tirado? (Mt 25. 28,29).
6. Acredito que tem crente que vai hoje à igreja. Eu prefiro acreditar que tem crente que vai agradecer pelo ano 2011 e suplicar por um ano 2012 feliz, na igreja. Acredito que tem muito que acredita que a oração do justo pode muito em seus efeitos; imagine um montão de justos orando juntos na igreja! Que bênção; que alegria!
7. Para os preocupados em agradar ao Senhor do Reino eu repito o que disse Jesus: “Vosso Pai celeste sabe que vocês precisam de todas as coisas necessárias para a vida” (Mt 6.32a).
8. Para não nos preocuparmos com as coisas em demasia, Jesus disse: “Não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal” (v.34).
9. Que não comecemos o ano de 2012 plantando o nosso próprio mal. Que comecemos o ano de 2012 crendo que o que precisarmos, segundo a vontade de Deus, o Senhor acrescentará.

Pr. Eli Rocha Silva
31/12/2011 – Igreja Batista em Jd Helena

sábado, 24 de dezembro de 2011

Desejo a todos os irmãos e amigos um Feliz Natal e um próximo ano cheio de realizações.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

DEUS CUIDA DE NÓS

Deus cuida de nós de modo diferenciado; Ele cuida de nós melhor que cuidamos das nossas crianças, dos nossos filhos. Nós não saímos um instante sequer do raio de visão de Deus. Deus vê de todos os lados; não há nada que Deus não veja.
É tão importante sabermos isto; é tão importante pregarmos isto; é tão importante vivermos disto.
Dois homens viveram este cuidado permanente de Deus. Cada um deles viveu os cuidados na proporção dos propósitos de Deus. Cada um deles pode verbalizar em oração o que entendia a respeito de Deus e de si mesmo.
Muitas vezes não fazemos este paralelo ‘eu e Deus’. Quando fizermos o paralelo gritaremos como Isaías: “Ai de mim! pois estou perdido”.
Parece que não gostamos de dar o braço a torcer nem para Deus; mas se dermos, Ele torce, mas Ele mesmo cura. O Profeta Oséias escreveu isto de modo glorioso: “Vinde, e tornemos para o Senhor, porque ele despedaçou e nos sarará; fez a ferida, e no-la atará. Depois de dois dias nos ressuscitará: ao terceiro dia nos levantará, e viveremos diante dele. Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como a chuva serôdia que rega a terra” (6.1-3).

I – O QUE DISSE JACÓ?

Gên 32:10 Não sou digno da menor de todas as tuas beneficências e de toda a fidelidade que tens usado para com teu servo; porque com o meu cajado passei este Jordão, e agora volto em dois bandos.

1. Jacó se coloca diante de Deus crente da sua pequenez; hoje está muito difícil crer na própria pequenez. Tem gente que só falta querer mais que ‘imagem e semelhança’ de Deus.
2. Do que Jacó não era digno? Das mesmas coisas que nós também não somos: da Sua misericórdia e da sua fidelidade.
3. Outra coisa que vemos no crente Jacó, era a crença de que era servo. Quem crê que é servo se satisfaz em servir. A relação servo-senhor nem sempre era marcada por misericórdia e fidelidade; nenhum servo cobra isso do seu senhor.
4. Deus, diferente de qualquer senhor, trata os seus servos com beneficência e fidelidade.
5. O servo que é feliz por ser servo sabe que não merece nada. De Deus é a graça, de Deus é o favor.

II – O QUE DISSE JEREMIAS?

1. Jeremias não desistiu mesmo não sendo fácil ser profeta. Os profetas modernos talvez não lembrem em nada Jeremias.
2. Muitos de nós, pastores, estão desistindo do pastorado quando ele parece não ser fácil. É verdade que existem pastorados mais fáceis que outros. Principalmente, quando o número de ovelhas com DNA de ovelha é maior.
3. Um pastor amigo nosso brincava ao falar da ovelha híbrida, aquela que não é puro sangue. Pode acontecer de ser encontrada a ovelha com rabo de cabra, casco de bode e para piorar, cheiro de lobo.
4. O ministério de Jeremias não foi fácil (Leia Jr 11.18,19; 16.1; 18.18; 26.8; 37.15). Mesmo não sendo um ministério fácil, Jeremias fez de tudo que viu e viveu na pele, um poema dividido em cinco partes.
5. Jeremias não reclamou não maldisse o seu chamado profético; ele saiu mais forte do que entrou na vida e no ministério.
6. Ele pode dizer do que sentiu: Lam 3:22 A benignidade do Senhor jamais acaba, as suas misericórdias não têm fim; Lam 3:23 renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade.
7. A alma sabia muito bem que o Senhor era a sua herança a sua porção, a sua parte. Assim, colocava no Senhor toda a sua esperança: A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto esperarei nele. Lam 3:24
8. Terminamos este pequeno trecho com a palavra de Jeremias que nos dá plena confiança: Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca. Lam 3:25
9. Podemos viver na mesma confiança que viveram Jacó e Jeremias: Deus cuida de nós.

Amém

Pr. Eli da Rocha Silva
20/12/2011 - Culto no lar da irmã Dusolina

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

DIAS DE RECONCILIAÇÃO
TEXTO: 2 CORÍNTIOS 5.14-21

O Natal e o Ano Novo parecem marcar uma vida nova; temos uma sensação de término de período e início de outro. Não estou falando do calendário, mas sim de sensações internas, da psique, das emoções.
Talvez seja também o tempo de darmos um basta às coisas que precisam ser deixadas para trás, de modo que não venham a interferir no período que está próximo a ser iniciado.
Caso em não queira fazer a ruptura com o velho, estarei fadado a iniciar o novo com os velhos vícios, as mesmas intrigas e desavenças e as mesmas inimizades.
Estes últimos dias são dias de reconciliação; mas, a reconciliação não começou hoje, ela é antiga, ela é de iniciativa divina. Podemos até dizer que divinos são também os que buscam a reconciliação. Não divinos por natureza, mas divinos por retratar a imagem e a semelhança de Deus.
Temos alguns casos de reconciliações na Bíblia que mudaram a história de todos os envolvidos. Falarei apenas de dois.

I – JACÓ E SUA RECONCILIAÇÃO COM ESAÚ (GN 32.1-33.20)

1. Não vou mover uma palha para buscar reconciliação com fulano! Talvez seja esta a palavra de que sofreu quando lhe fizeram tanto mal. Na história de Jacó e Esaú, de que lado você quer ficar? Jacó aproveitou o momento de maior fragilidade de seu irmão para ficar com o que era dele (Gn 25.29-34).
2. Tendo feito o acordo sob juramento, tempos depois, de modo fraudulento, Jacó se apossa do bem comprado (Gn 27.1-29).
3. Esaú, a parte cedente do contrato de compra e venda chega logo após Jacó ter sido abençoado; queria ele também a bênção que vendera tempos antes. Mas Isaque diz que não há mais bênção (27.36-41).
4. Jacó parte para Harã para fugir da ira homicida do seu irmão Esaú. Em Harã constituiu família, ficou rico, e por fim, resolveu voltar. O triste na história: reencontrar o seu irmão Esaú.
5. Somos assim também: sofremos o trauma de reencontrar as pessoas que ferimos. Tais traumas acontecem em família, em amizades e igreja. Mas dia menos dia temos que recolocar as coisas em bons termos. Não foi diferente com Jacó. Não será diferente conosco.
6. Jacó começou a criar situações em sua mente marcada pela dívida (Gn 32. 4-8). Mas Jacó também orou a Deus; cria ele que o Senhor lhe faria bem naquelas horas de dificuldades (v.9-12). Ele não só ora por livramento, mas lembra Deus das promessas feitas a ele (v.12).
7. Podemos dizer que aprendemos com Jacó o seguinte: é preciso orar antes para depois buscar a reconciliação.
8. Depois da oração foi preciso agir; Jacó continua a jornada rumo a Esaú. Jacó sabia e sentia: Deus está comigo. E Deus foi mesmo com ele e tudo aconteceu em clima de plena harmonia. Nada lembrava as circunstâncias dos temos de desarmonia (33.1-11).
9. Não há barreira que não possa ser transposta; não há dor que não possa ser superada; não há amargura que não possa ser curada; não há inimizade ou desavença que não possa ser perdoada.
10. Estamos em dias de reconciliação.

II – A HUMANIDADE RECONCILIADA COM DEUS

1. O texto que lemos fala também de reconciliação; o pecado nos intrigou com Deus. Ficamos intrigados com Deus e com todo mundo. Quando estamos intrigados e alguém olha para nós, perguntamos com cara de poucos amigos: Tá olhando o que?
2. Deus é amor; nós somos a imagem de Deus (Gn. 1.27). O triste é que não conservamos todo esse amor; não somos tão cheios de amor assim.
3. Para o nosso bem Deus é amor. Para o nosso bem Deus não se deixou levar pelo nosso desamor. Para o nosso bem Deus tomou a iniciativa: “Tudo provém de Deus” (2 Co 5.18). Somos ruins nas tomadas de iniciativa, então: “Deus nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo”.
4. A reconciliação é traumática: de um lado a morte de Cristo, do outro, a minha luta no reconhecimento que sou pecador, e que tal morte foi culpa minha. Mas Deus considerou que devia ser assim e nos reconciliou por meio do Filho na sua carne, isto é, na sua morte substitutiva.
5. Teologicamente é dito que Deus agiu por graça para não jogar sobre a humanidade a sua ira e a sua justiça (Colin Kruse). A graça manifesta foi na carne do Filho, o que nos libertou do acréscimo da pena: “não imputando aos homens as suas transgressões” (v.19).
6. Os nossos pecados não foram somados, mas poderiam ser somados se Deus assim quisesse, mas Ele não quis que fosse assim. Significa dizer que não temos mérito nenhum em todo este acontecimento de salvação. Nós éramos na verdade pessoas que deviriam ser condenadas, mas Deus preferiu não somar as nossas transgressões, e assim, perdoá-las de fato.
7. Celebrada a reconciliação é restabelecido o relacionamento e, em lugar de ira, a paz que excede todo entendimento. Não basta dizer que houve reconciliação; é necessário que a paz celebrada seja verificada por atos.
8. Para nós, a reconciliação promovida por Deus nos tirou do inferno, a casa que nós mesmos íamos preparando; para nós, a reconciliação promovida por Deus nos coloca na casa de muitos aposentos preparada pelo próprio Senhor (Jo 14.2).
9. Estamos em dias de reconciliação.

CONCLUSÃO
Deus trabalhou para que Jacó tivesse um excelente encontro com o seu irmão Esaú
Deus trabalhou para que nós tivéssemos um excelente encontro com Ele através de Jesus o Seu Filho.
Estamos em dias de reconciliação. Por que deixar para amanhã o que você precisa fazer hoje!?
Amém

Pr. Eli da Rocha Silva
18/12/2011 – Igreja Batista em Jd Helena