sábado, 18 de fevereiro de 2012

BUSCAI PRIMEIRO O REINO DE DEUS
MATEUS 6.33

“Buscai primeiro o Reino de Deus”. É o conselho de Jesus; é a vontade de Jesus. É uma palavra para os discípulos, que talvez, ainda não tinham entendido as características e exigências do Reino.
Para os discípulos, Jesus ensina que o Reino deve fazer parte integrante das suas petições: “venha o teu Reino”. Houve um tempo que Deus reinou em Israel, mas o povo decidiu pedir um rei. Então, Israel não estava ouvindo algo que eles mesmos não experimentaram.
O que se apresentou como novo foi a forma do Reino: é o Reino pela palavra (Lc 4.43); é o Reino que liberta (Mt 12.28); há uma percepção toda especial que se exige dos candidatos ao Reino (Mt 18.1-4).
Para Nicodemos Jesus ensinou que é preciso nascer de novo para fazer parte do Reino (Jo 3.3). Nicodemos não entendeu nada, e viajou... (v.4); Jesus fez Nicodemos por os pés no chão (v.5).
O Reino é um bem especial para os humildes de espírito (Mt 5.3); o Reino é o bem dos que são perseguidos porque são crentes (Mt 5.10).
Jesus tinha apenas um conselho para os discípulos: Buscai primeiro o Reino de Deus.

I – QUEM BUSCAR O REINO DEVE SABER RENUNCIAR (MATEUS 8.18-22)

1. A proposta é renunciar. Um escriba queria seguir Jesus, mas devia saber que a coisa não seria tão confortável, como talvez, ele estivesse acostumado. Jesus não diz não ao escriba, apenas diz como as coisas serão de fato (v.19,20).
2. Mesmo nos parecendo insensível da parte de Jesus, a urgência da hora não permitia a participação em um velório (ou luto) de vários dias. Vejam: “O luto é estabelecido por etapas: a primeira etapa (Shivá), dura sete dias e é considerada a etapa mais intensa, na qual a pessoa tem o direito de recolher-se com sua família. A Segunda etapa (Shloshim), que dura trinta dias, tem a finalidade de estabelecer um período maior para a elaboração do luto. Já a terceira etapa, tem a duração de um ano e é designada, principalmente, para os filhos que perderam seus pais. Enfim, o luto judaico é caracterizado por fases que favorecem a expressão da dor, a elaboração da morte e, por fim, a volta do enlutado à vida da comunidade” (Internet). Não sei se Jesus teria que esperar tanto tempo; só sei que Ele não podia (v.22).
3. A renúncia é parte integrante dos quesitos para fazer parte do Reino. Muitos não entram de vez no Reino porque ficam velando os seus mortos. Velando as suas antigas fotos.
4. Quem buscar o Reino deve estar pronto para renunciar.

II – QUEM BUSCAR O REINO GANHA UMA NOVA FAMÍLIA (MATEUS 12.46-50)

1. Existe um tipo de família que transcende laços de consangüinidade: é a igreja. É o que Jesus nos ensina, a partir de um incidente familiar (v.46-48).
2. Mais uma vez parece que Jesus se mostrava insensível, mas na verdade o que ele estava fazendo, era usar o incidente para falar da Sua outra família.
3. Jesus disse ao “alguém” (v.47), que possivelmente não fosse discípulo, não fazia parte da Sua outra família; que ele estava enganado, pois Sua mãe e irmãos já estavam ali com Ele: “Eis minha mãe e meus irmãos” (v.49).
4. Para fazer parte da família de Jesus é preciso fazer a vontade do Pai celeste. Aquele que não quer fazer a vontade do Pai celestial, mesmo que more na casa, não passará de um serviçal. Nenhum serviçal herda com o filho.
5. Na oração Jesus disse aos discípulos que orassem que a vontade de Deus fosse feita na terra e no céu. Questão de soberania. Mas podemos também entender que a vontade de Deus deve ser feita da mesma maneira em nossas vidas. Novamente, questão de soberania.
6. Não é demais lembrarmos que fazer parte da família de Deus, significa que devemos total submissão ao nosso Pai celestial. Não sei qual tem sido o grau de submissão que temos em relação a Deus. Pense por si mesmo!
7. Mas sabemos o que Jesus ensinou: “Buscai primeiro o Reino de Deus”. Quem fizer isso fará parte de uma nova família.



III – QUEM BUSCAR O REINO ENTRARÁ NAS BODAS (MATEUS 25.1-10)

1. O subtítulo diz: entrará nas bodas. Mas o texto explica que não se entra de qualquer jeito, de qualquer maneira. O texto ensina que não se deve dormir ‘no ponto’ e deixar passar do tempo e da hora.
2. E o noivo está demorando... e aí, todas caíram no sono (v.5). Nenhum problema. A crítica da parábola não está no sono das virgens, mas no desleixo, no descaso, na imprudência de cinco delas.
3. O noivo tardou, mas veio. Não é assim que à vezes pensamos também? Que o noivo está demorando muito?
4. Quando o noivo chegou surpreendeu a todas, mas cinco estavam com as suas lâmpadas devidamente preparadas; estas puderam entrar para as bodas (“e fechou-se a porta”.
5. Mas as outras cinco, que fizeram pouco caso do compromisso, chegaram ‘mais tarde’. Elas deixaram passar o tempo e a hora. Aí, não adiantou chorar o azeite derramado! O noivo disse que não queria as suas companhias (v.12).
6. Quem buscar primeiro o Reino entrará nas bodas, então tudo será só alegria (Ler Ap 19. 6-9).

CONCLUSÃO
Que possamos deixar Deus trabalhar as áreas que exigem renúncias de nossa parte;
Que saibamos valorizar a nova família que passamos a fazer parte quando entramos no Reino;
Que nunca nos esqueçamos do que Jesus ensinou aos discípulos e a todos nós: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” (Mateus 25.13).

Pr. Eli da Rocha Silva
19/02/2012 – Igreja Batista em Jardim Helena – S. Paulo - SP