quinta-feira, 14 de agosto de 2008

CARTA À GREJA DE PÉRGAMO

CARTA À IGREJA DE PÉRGAMO

APOCALIPSE 2.12-17


I – A IGREJA EM UMA SOCIEDADE IDÓLATRA E LICENSIOSA (v.13).

1. A apresentação do remetente: “Aquele que tem a espada afiada de dois gumes” (v.14). A espada, como sinônimo de juízo aos impenitentes.
2. “Conheço o lugar em que habitas”. A igreja em Pérgamo, estava no olho do dragão. Estava no centro da idolatria. O ambiente ali era um dos piores, e isso, possivelmente trazia alguma influência sobre os crentes.
3. Como centro de idolatria, havia ali o “trono de Satanás”. Além do culto ao Imperador, eram adoradas outras entidades e deuses da mitologia greco-romana. Pérgamo era, visivelmente, um centro de atividade satânica.
4. Existem algumas cidades no Brasil que também são centros de idolatria. Ali são adoradas pessoas e objetos. Os crentes do Vale do Paraíba costumam relacionar Aparecida do Norte como um centro de adoração idólatra.
5. Em meio às dificuldades de um lugar de batalha espiritual, a Igreja conservou o nome de Jesus. Pedro já havia dito aos líderes religiosos de sua época a respeito desse nome (Atos 4.12). A cidade aclamava kyrios kaísaros (César Senhor), a igreja, kyrios christós (Cristo Senhor).
6. Eles estavam apegados ao nome de Jesus, e isso resultava em defesa de quem eles criam.
7. “E não negaste a minha fé”. Mesmo correndo riscos, eles não abandonaram a fé, o sistema cristão, o próprio evangelho.
8. Houve um mártir, Antipas, “morto entre vós”. Antipas recusou-se a declarar senhorio a César, foi condenado a ser assado lentamente, ainda vivo. Alguns eram mortos para servir de exemplo para outros, para que assim pressionados, abandonassem a fé.
9. Embora, com a defesa do nome e a não negação da fé, a Igreja mostrou pontos vulneráveis de conduta.


II – UMA IGREJA COM ALGUNS MEMBROS MEIO LÁ, MEIO CÁ (v.14)

1. Paulo diz aos crentes romanos: “Não vos conformeis com este século” (12.2). A igreja em Pérgamo sofria dessa conformação.
2. “Tenho contra ti algumas coisas”. A igreja que demonstrava fé e apego ao Nome, parecia ter telhado de vidro em algumas questões.
3. A prática religiosa estava sendo ofuscada pelo comportamento dos crentes. Havia uma amizade muito próxima com o mundo. Os valores do mundo passaram a ser assimilados entre aqueles crentes.
4. Havia alguns que ao invés de apegar-se ao nome de Jesus, estavam apegados a um culto falso. Eram pessoas que colocavam armadilhas (skandalon) diante de seus irmãos, onde muitos eram levados para a idolatria e a prostituição.
5. A igreja, talvez influenciada pelo gnosticismo, que valorizava a alma em detrimento do corpo, pensava que uma boa prática religiosa (coisas da alma) compensaria qualquer deslize moral (coisas do corpo).
6. Contraste Éfeso(X)Pérgamo: Em Éfeso não eram tolerados os homens maus; em Pérgamo assumiram posição de liderança na igreja.
7. “A doutrina dos nicolaítas”. Uma espécie de frouxidão moral. Quase nada era pecado. Havia, envolvimento imoral entre alguns membros da igreja. E de alguns membros da igreja com os de fora.
8. A ortodoxia doutrinária era ofuscada pela vida licenciosa de alguns em Pérgamo.


III - ACONSELHAMENTO E ADVERTÊNCIA (v.16)

1. Primeiro, o conselho: “Arrepende-te”. Aquela igreja precisava mudar. Como estava era impossível continuar. O Senhor não iria tolerar tal situação.
2. Era necessária uma mudança espiritual que teria implicações morais.
3. É possível vermos no meio artístico, evangélicos declarados, mas que não deixaram para trás os apelos da licenciosidade. Alguns líderes cristãos serão culpados diante de Deus por não doutrinarem corretamente.
4. Segundo, a advertência: “E se não, venho a ti sem demora”. O julgamento contra a liderança e a igreja viria breve. A eles (líderes danosos à igreja) seria dado apenas o tempo do arrependimento.
5. O Senhor mesmo entraria em guerra contra todos que praticavam o mal e faria uma limpeza. Uma dolorosa limpeza com a espada da sua boca.
6. O Senhor usaria a espada da sua boca (A Palavra), que extirparia o câncer espiritual que estava comprometendo a igreja.

IV – SOMENTE AOS VENCEDORES (v.17)

1. Recebimento do maná escondido. “O maná escondido deve ser visualizado além de nosso gozo presente em Cristo, ou seja, no banquete celestial que nos espera. Rejeitando o luxo das comidas idólatras nesta vida, o banquete será mais opulento na próxima” (Stott).
2. A pedra branca. No contexto (época), uma pedra branca significava absolvição por um júri. Também como bilhete de entrada em festivais públicos. Pode aqui, no Apocalipse, simbolizar nossa admissão à festa messiânica (a Ceia das bodas do Cordeiro 19.9)
3. Um novo nome. Pessoal, intransferível e confidencial. Toda essa confidencialidade mostra o grau de intimidade entre quem nomeia e quem é nomeado.
4. Todo esse envolvimento e dádivas não será para quem quer, mas para quem pode. A palavra “pode” refere-se ao credenciamento recebido por mim e por você.


Pr. Eli Rocha Silva

IBJH 7/12/2007

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