quarta-feira, 27 de julho de 2011

UM POVO DADO A FESTAS, BANQUETES E DIVERSÃO
Êxodo 24.12-18; cap. 32

I – UM POVO QUE NÃO DEIXOU DE SER INSTRUÍDO PARA O BEM

1. A respeito da instrução dada ao povo podemos ver já em Êxodo 20. Em 24.12 a 18, vemos Moisés subindo até ao Senhor no monte, para ali receber instruções para transmitir ao povo.
2. No monte o Senhor daria a Moisés tábuas de pedra, e a lei, e os mandamentos (24.12). O que Deus estava entregando a Moisés devia ser ensinado ao povo.
3. O verso 16 diz: “A glória do Senhor pousou sobre o monte Sinai” (ARA); na ARC, “habitava a glória do Senhor”. A palavra hebraica é Shakhan, verbo que significa instalar-se, habitar. A glória (kabhôdh) do Senhor veio instalou-se (shakhan) sobre o monte.
4. Moisés foi envolvido em todo aquele momento de glória, da marcante presença do Senhor (v.16), ficando com o Senhor quarenta dias e quarenta noites recebendo instruções para o povo (v.18).
5. A visão que o povo tinha: “O aspecto da glória do Senhor era como um fogo consumidor” (v.17) (Ver Hb 12.28,29).

II – UM POVO QUE ESQUECIA COM MUITA FACILIDADE

1. Passados os quarenta dias, Deus entrega as duas tábuas escritas por Ele a Moisés (31.18).
2. Mas, enquanto Moisés conversava com Deus e recebia as suas instruções, o povo, ao pé do monte, parecia que não tinha visto nada da glória e da presença de Deus. O povo “(kahal - acercou-se de, ajuntou-se a Arão”, isto, era uma assembléia para tomar decisões (32.1). De forma debochada referiram-se a Moisés como “este Moisés”.
3. Arão mostrou-se diante do povo que era um líder confuso, um líder inseguro em relação ao que acreditava, e imediatamente concordou com o povo (v.2-5).
4. Aquele povo se mostrou dado a festas, banquetes e muita diversão (v.6). Eles fizeram um culto bizarro (esquisito, extravagante); uma festa tipo “uma para o santo e outra para o capeta”. Eles misturam um ídolo à tentativa de honrar a Deus (MacArthur).
5. Há problemas quando pensamos que tudo deve ser festa e diversão. O povo perdeu o limite da decência: “e levantou-se para se entregar à farra” (NVI). A NVI traz a seguinte nota: “O verbo hebraico muitas vezes tem conotações sexuais” (Ver 1 Co 10.7,8).
6. O povo esqueceu muito rápido o que tinham visto no Egito, na travessia do Mar e ao pé do monte.

III – UM POVO, QUE POR UM FIO, NÃO DEIXOU DE SER POVO

1. Por muito pouco aquele povo não foi riscado do mapa. Deus que de todas as coisas sabe, manda que Moisés desça imediatamente do monte para ver o povo que havia se corrompido (v.8).
2. Deus pede que Moisés que não tente impedi-lo de descarregar a sua ira sobre o povo (NTLH); assim, todo o povo seria consumido (“Deus é um fogo consumidor”) (v.10).
3. Moisés humildemente se coloca na brecha; ele passa a ser o intercessor em favor do povo; Moisés faz a sua intercessão com um interessante argumento (v.11-13). O verso 14 nos diz que Deus ouviu o seu servo que se colocou na brecha; Deus ouviu o intercessor.
4. O povo não viu a ira de Deus (o que foi bom para ele), mas sentiu na pele a ira de Moisés (v.19).
5. Moisés não cessou de interceder pelo seu povo (v.30-35). Por causa de Moisés aquele povo não deixou de ser o povo de Deus.

CONCLUSÃO

Aquele povo recebeu as primeiras instruções. Estavam sendo preparadas novas instruções para a jornada até a terra prometida. Mas o povo rapidamente afastou-se da palavra de Deus.
O afastamento da palavra de Deus gerou no povo uma vida de corrupção, que levou Deus a querer rejeitá-lo.
Devemos aplicar o que se passou com o povo a nós mesmos. Será que muitas vezes não rejeitamos as instruções do Senhor? Será que outras vezes não queremos uma vida cristã apenas de festa e diversão?
Que Deus possa ter misericórdia de nós para que não venhamos a falhar com Ele. Que nunca troquemos a sua santa presença pelos apelos do mundo.

Pr. Eli da Rocha Silva
24/07/2011 – Igreja Batista em Jd Helena - Itaquera

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