QUE TEMPOS SÃO ESTES?
1ª CARTA A TIMÓTEO 4.1-16
É um tempo da ação do
Espírito e da ação dos espíritos.
I – NUNCA DEVE SER
TEMPO DE ABANDONO DA FÉ
1. Paulo
escreveu inspirado pelo Espírito as afirmações do Espírito: “Nos últimos tempos, alguns apostatarão da
fé” (v.1). A igreja sente que está
vivendo tais tempos. Não podemos deixar que se cumpra em nós a terrível marca
destes tempos; temos que lutar contra a possibilidade do abandono da fé.
2. O próprio Jesus
em seus ensinos falou a respeito do abandono da fé (Lc 18.8) e do amor (Mt
24.12). Em Mateus, a palavra iniquidade é
a tradução de anomia. O seu
significado é: viver sem lei, desregradamente. (Estado de uma sociedade caracterizada pela
desintegração das normas que regem a conduta dos homens e asseguram a ordem
social; anarquia. Ilegalidade).
3. Sobre o amor
esfriado cito Norbert Lieth: “As pessoas
têm tempo para diversões, festas e cinema, mas não para ir aos cultos da
igreja. Cristãos organizam suas férias até nos mínimos detalhes, mas quando
viajam não são poucos os que esquecem suas Bíblias em casa. As pessoas têm
tempo para tudo, menos para fazer seu devocional e ter comunhão com Deus”.
4. O que Jesus disse e Lucas escreveu é
muito grave, e podemos observar em dois aspectos: O primeiro e no contexto, diz
respeito à fé perseverante, que busca o que quer de fato e permanece em fidelidade;
o Segundo, que já estamos observando é a falta de fé nos ensinos da Bíblia;
como disse recentemente, parece que alguns crentes estão duvidando do céu e da
vida eterna.
5. Continuar na fé não se trata apenas de
uma disposição mental, uma decisão racional; continuar na fé faz parte de
convicções bíblicas, cristãs, que não necessitam da materialidade das coisas.
6. Falamos que é preciso ter convicções,
porque a apostasia estará ligada aos novos ensinos de espíritos enganadores e de demônios. Não são demônios que ensinam,
são homens usados pelos demônios; são os falsos mestres.
II – NUNCA DEVE SER
TEMPO DE OUVIRMOS ESPÍRITOS ENGANADORES
1.
Os espíritos enganadores e demônios,
falarão, ou já estão falando através da hipocrisia
dos que falam mentiras (v.2). Tais ensinadores conseguem atrair a atenção
dos que são da igreja. J.N.D Kelly diz que: “Paulo
está insinuando que o ar de devoção e rigor ético (deles) é apenas uma máscara
ilusória”.
2.
A apostasia será o resultado de se
seguir aqueles que falam mentiras; não mentira com cara de mentira, mas mentira
com cara de verdade. A mentira convincente vira verdade para que a aceita. Eva
deixou-se convencer pela mentira do diabo. Não será diferente nos últimos dias.
3.
Os falsos mestres, ou os homens que
falam mentiras, têm cauterizadas as próprias consciências (v.3). A Palavra da
verdade já não faz diferença para eles. E por estarem longe da Verdade, tais
homens vão criando as suas próprias verdades, ou melhor, mentiras que parecem
verdades.
4.
Nem precisamos voltar muito no tempo
para citarmos algumas aberrações evangélicas, basta que você ligue a televisão.
(Mas, imediatamente, desligue!).
5.
Paulo cita apenas dois ensinos dos
falsos mestres: “Proíbem o casamento e
exigem abstinência de alimentos” (v.3).1) No sistema monástico foi proibido
o casamento; ainda hoje os padres católicos estão impedidos de casar; 2) No Judaísmo havia a exigência de
abstinência de alguns alimentos, e modernamente, os Adventistas do Sétimo Dia
também têm algumas restrições.
6.
Paulo então estabelece que, em relação
aos alimentos que Deus criou para serem
recebidos, com ações de graças, pelos fieis e por quantos conhecem plenamente a
verdade (v.3b). O apóstolo também diz que tudo que Deus criou é bom. Concluímos como coisas boas para a
humanidade, no contexto da carta, o casamento e os alimentos.
7.
Mesmo que apareçam coisas das mais
estranhas no meio evangélico, para os que conhecem
plenamente a verdade, nunca deve ser tempo de ouvir espíritos enganadores e
ensinos de demônios.
III – SEMPRE DEVE SER
TEMPO DE NOS CONSERVARMOS FIEIS
1. Se
no v.3 Paulo fala dos alimentos físicos, no v.6 ele fala do nosso alimento
espiritual: “alimentado com as palavras
da fé e da boa doutrina que tens seguido”. Quando somos alimentados com a
boa doutrina não somos jogados de um lado para outro por todo vento de doutrina
(Ef 4.14).
2. A
vida piedosa, que costumamos chamar de vida cristã, para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da
que há de ser (v.8). A vida que agora é porque temos a obrigação de
sermos bons cidadãos; e, como bons cidadãos, fazemos tudo para termos uma vida
tranquila e sossegada. E também, vivemos a felicidade de sermos filhos de Deus
e coerdeiros com Cristo. Na vida que agora
é vivemos os frutos da salvação, da justificação e da santificação.
3. A
vida piedosa tem também a promessa da vida que há de ser. Temos em outro lugar da Bíblia as seguintes palavras: “Este corpo mortal (que agora é), vai revestir-se de imortalidade (que há
de ser)”. Na vida que há de ser teremos corpos transformados, glorificados, adaptados
a essa nova vida.
4. Para
os crentes que querem permanecer fieis é preciso continuar nestes deveres (v.16). Foi este o conselho para Timóteo.
Quais deveres?
5. Os
deveres cobrados, ou incentivados a serem praticados por Timóteo são também
nossos deveres: Crença na Palavra que é digna de toda aceitação (v.9).
6. Colocar
a esperança nos Deus vivo (v.10); cada crente um exemplo pra o outro fiel, na
palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza (v.12);
7. Crentes
que se conservam fieis são aplicados na leitura da palavra, à exortação e
consolo uns dos outros, e o ensino mútuos (v.13).
8. Crentes
que cumprem os deveres da vida cristã contribuem para a salvação daqueles que
lhes são caros e daqueles que não conhecem (v.16).
CONCLUSÃO
Que Deus nos guarde
nestes dias tão difíceis;
Que defendamos a nossa
fé contra os falsos ensinadores e doutrinadores de demônios;
Que vivamos bem a vida que agora é, almejando com fervor,
a vida que há de ser.
Pr. Eli da Rocha Silva
08/07/2012 – Igreja Batista
em Jd. Helena – José Bonifácio – S. Paulo - SP