sábado, 4 de junho de 2011

OS DEVERES DO MINISTÉRIO
1 PEDRO 5.1-4 - NVI (Entre parênteses ARA)


v.1 - Portanto, apelo (Rogo) para os presbíteros que há entre vocês, e o faço na qualidade de presbítero como eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, como alguém que participará da glória a ser revelada:

1. O apelo inicial é para os anciãos da comunidade, para os líderes, que são presbíteros, que são pastores. Em nossos dias, nas igrejas batistas e outras mais tradicionais, são considerados os ‘pastores’.
2. Mesmo tendo se apresentado como apóstolo em 1.1, Pedro agora se coloca como igual entre os ministros (presbítero como eles). Fica ressaltada a importância daqueles que ministravam entre o povo de Deus.
3. Pedro teve o privilégio de estar com Cristo e ser Sua testemunha. Mas a participação não foi como testemunha, mas também como mártir, e no futuro, participará da glória que há de ser revelada.

v.2 - pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir.

1. O apelo aos líderes, é que pastoreiem (poimánate) o rebanho (poímnion=rebanhozinho) de Deus. O rebanho pertence a Deus, os líderes, são apenas apascentadores; eles têm responsabilidade em cuidar do rebanho, zelar por ele, alimentá-lo e protegê-lo. Pedro aprendeu do próprio Jesus a responsabilidade pastoral (Jo 21.15-17).
2. “Olhem por ele” (episkopountes). O pastor é o supervisor do rebanho; é aquele que vê vir o lobo e deve protegê-la, diferente do que é mercenário (assalariado) (Jo 10.12).
3. Pedro começa a discorrer sobre o modo de pastorear, de supervisionar, de cuidar das ovelhas do Senhor: não forçado, não por obrigação. Caso haja alguma obrigação ou algum constrangimento, que seja da parte de Deus.
4. “Sórdida ganância” (ARA) – lucro vergonhoso (Gr.). “Digno é o obreiro do seu salário” contrasta com a busca de vantagem em pastorear. “Desejo de servir”, isto é, com entusiasmo e zelo devotado (Chave lingüística NT grego).

v.3 - Não ajam como dominadores dos que lhes foram confiados, mas como exemplos para o rebanho.

1. Os pastores não devem ser dominadores, agir como dono do rebanho, exercer controle completo. É bem verdade que alguns gostam do domínio completo, vivem melhor se forem mandados. Aquele que nos confiou o rebanho foi para que dele cuidássemos com zelo, como quem há de dar contas (Hb 13.17).
2. Pedro, mesmo sendo apóstolo, não usou dessa credencial para dominar, machucar ou fazer sofrer aqueles que estavam aos seus cuidados. Pedro foi bem diferente dos ditos ‘apóstolos’ modernos.
3. A responsabilidade pastoral é grande. Pedro diz que os pastores devem servir como exemplos ao rebanho. Ser exemplo de alguém não é fácil; o futuro do outro pode depender do que ele vê em nós.
4. Em se falando de igreja, é muito provável que os líderes de amanhã serão como nós somos hoje. Cada um pode pensar por si mesmo se isso será bom ou será o naufrágio da comunidade.

v.4 - Quando se manifestar o Supremo Pastor, vocês receberão a imperecível coroa da glória.

1. Pedro não acha ruim que sejamos chamados de pastores; ele acredita na figura do pastor. Mas é preciso que cada pastor saiba que acima dele está o Supremo Pastor.
2. Conheço um pastor que gosta de dizer que ‘nós pastores somos reservas, o Supremo Pastor é o titular’. Podemos dizer como Paulo disse: somos apenas sinergoí (cooperadores) (1 Co 3.9).
3. Os pastores, que são presbíteros, que são anciãos, receberão o reconhecimento do seu trabalho quando Cristo vier em glória, na sua manifestação. Eles podem até não ser reconhecidos no tempo presente, podem até não ser respeitados como pastores que são.
4. O prêmio da soberana vocação? A imarcescível coroa de glória (Ver 1 Pd 1.4). A coroa de glória não se deteriora com o tempo, ela não murcha, ela não cai de moda, ela não vira peça de museu.


Pr. Eli da Rocha Silva
05/06/2011 – Igreja Batista em Jd. Helena

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