SÚPLICAS
DE UM ANCIÃO
SALMOS
71 (DIVISÃO BÍBLIA DE ESTUDO MACARTHUR)
I –
A CONFIANÇA EM DEUS É DECLARADA (71.1-8)
v.1 Em ti, Senhor, me refugio; nunca seja eu
confundido.
- O
Salmista busca refúgio em quem pode lhe dar segurança; o seu refúgio é Yahweh.
- Não deixa sofrer a vergonha da derrota (BLH).
v.2 Na tua justiça socorre-me e livra-me;
inclina os teus ouvidos para mim, e salva-me.
- É preciso
recorrer ao que é justo,
- É bom ressaltar
o seguinte: se formos injustos, também sofreremos a aplicação da justiça.
O crente que tiver um comportamento ímpio será tratado como tal.
- A oração deve
ser Ao que ouve as petições e salva.
v.3 Sê tu para mim uma rocha de refúgio a que
sempre me acolha; deste ordem para que eu seja salvo, pois tu és a minha rocha
e a minha fortaleza.
- Temos no Senhor
a proteção que precisamos; Ele é o nosso refúgio e fortaleza.
- “Sempre me
acolha”. O Senhor nos trata como o pai tratou o seu filho que voltou para
casa; há sempre no Senhor a disposição de nos acolher quando a Ele
recorremos. É sempre bom sabermos que podemos voltar para casa.
v.4 Livra-me, Deus meu, da mão do ímpio, do
poder do homem injusto e cruel,
- Nas caminhadas
do salmista ele precisava de proteção livramento do homem cruel.
- Assim, o
salmista recorre a Elohim, ao
Todo-poderoso. Afinal, “quem pode livrar como o Senhor?”.
v.5 Pois tu és a minha esperança, Senhor
Deus; tu és a minha confiança desde a minha mocidade.
- O salmista
ancião diz que de há muito confiava e esperava em Adonai Yahweh, no Senhor Deus.
- Duas coisas para
a juventude: esperança e confiança no Senhor.
v.6 Em ti me tenho apoiado desde que nasci;
tu és aquele que me tiraste das entranhas de minha mãe. O meu louvor será teu
constantemente.
- O salmista
confiava no Senhor desde muito moço; (v.5), mas aqui ele amplia a sua
busca pelo favor de Deus: “desde que eu nasci”.
- O envolvimento
do salmista com a providência divina era desde o útero ("entranhas da
minha mãe") (v.6). O divino parteiro.
- Ele assumiu um
compromisso de adoração com o Senhor ("O meu louvor será teu
constantemente"). Ele assumiu um compromisso de gratidão.
v.7 Sou para muitos um assombro, mas tu és o
meu refúgio forte.
- “Um assombro
(portento)”. Havia algo na pessoa do salmista que causava espanto,
admiração, assombro.
- Podemos
pensar que o cuidado, a ação de Deus em favor do salmista causava medo aos
seus inimigos.
- Em
relação a nós, podemos também dizer que os homens ficam espantados,
pasmados, admirados quando vêem as bênçãos sobre os fiéis. NTLH: “A minha vida tem sido um exemplo para muitos porque tu tens sido
o meu forte defensor”.
v.8 A minha boca se enche do teu louvor e da
tua glória continuamente.
- O salmista tinha
muitos motivos para louvar a Deus; da sua boca saia cânticos de adoração.
- O salmista
parece que brilhava em adoração. Há um brilho especial no verdadeiro
adorador.
II –
A CONFIANÇA EM DEUS PRATICADA NA ORAÇÃO (71.9-13)
v.9 Não me enjeites no tempo da velhice; não
me desampares, quando se forem acabando as minhas forças.
- Mas, o salmista
sabe que haverá um tempo de poucas forças; com os cabelos brancos a marca
da responsabilidade da experiência, mas também de pouco vigor. O servo
quer continuar sob o amparo do Senhor em sua idade avançada.
- Quando as forças
se vão, já não podemos adorar no templo, mas o Senhor está em todo lugar;
fazemos do nosso coração e da nossa casa o templo para adorá-lo.
v.10 Porque os meus inimigos falam de mim, e
os que espreitam a minha vida consultam juntos,
- Os inimigos do
salmista não davam um tempo, pensavam continuamente em fazer-lhe mal.
- “Consultam
juntos”. O conselho dos ímpios é contra o justo.
v.11 dizendo: Deus o desamparou; persegui-o e
prendei-o, pois não há quem o livre.
- Os adversários
espreitam e dizem que há desamparo e fragilidade; já não tinham o mesmo
assombro dos tempos antigos. Os inimigos concluíram que o ancião estava
só, que Elohim - Deus não era mais por ele.
- Para eles, o
salmista era apenas um ancião, alguém que não podia mais sair em batalhas,
alguém que sofria o peso da idade. Eles subestimaram o salmista e o seu
Deus.
v.12 Ó Deus, não te alongues de mim; meu
Deus, apressa-te em socorrer-me.
- Novamente
podemos dizer: Quem pode livrar como o Senhor? O salmista mais uma vez
recorre ao Senhor, a Elohim.
- O perigo era
iminente, os inimigos estavam às portas; era necessário um apressamento no
socorro.
v.13 Sejam envergonhados e consumidos os meus
adversários; cubram-se de opróbrio e de confusão aqueles que procuram o meu
mal.
- Esta é uma
oração retributiva; os adversários devem receber o mal que sempre
procuraram para o servo do Senhor.
- Para nós que não
conhecemos e não vivemos o tipo de cultura da época, estranhos muito a
aplicação deste tipo de oração. Estranhamos quando um irmão ora pedindo a
justiça de Deus contra alguém.
III
– A CONFIANÇA EM DEUS JUSTIFICADA (71.14-24)
v.14 Mas eu esperarei continuamente, e te
louvarei cada vez mais.
- Para o salmista
velho não seria nenhuma dificuldade continuar esperando pelo Senhor. Diz
outro salmo: “Esperei confiadamente pelo Senhor”.
- Enquanto se
espera louva. É bem verdade que somos mais adoradores quando as graças
vêm.
v.15 A minha boca falará da tua justiça e da tua
salvação todo o dia, posto que não conheça a sua grandeza.
- O salmista se
propõe ser um arauto do Senhor, anunciador dos atos poderosos e de justiça
do seu Deus.
- O salmista se
mostra ignorante quanto a quantidade de fatos e dos feitos maravilhosos do
Senhor. Gosto da versão ARA que diz: “Ainda que eu não saiba o seu
número”.
v.16 Virei na força do Senhor Deus; farei
menção da tua justiça, da tua tão somente.
- O idoso e
cansado salmista não se apoiava na sua própria força; o seu vigor era
agora coisa do passado, apenas uma lembrança. Assim ele diz: “Sinto-me na
força do Senhor Deus” (Is 40.30,31).
- O tempo que lhe
restasse de vida seria para exaltar Adonay
Yahweh. Caso não pudesse estar no templo, a sua casa seria o local de
rememorar a justiça do Senhor às gerações mais novas.
v.17 Ensinaste-me, ó Deus, desde a minha
mocidade; e até aqui tenho anunciado as tuas maravilhas.
- O velho salmista
teve Elohim como seu instrutor o
seu mestre desde muito jovem (Salmo 119 trata do jovem que teme ao
Senhor).
- Passado o tempo,
o salmista agora velho, continuava fiel a Elohim que o instruiu (Davi começou cedo a servir a Deus).
v.18 Agora, quando estou velho e de cabelos
brancos, não me desampares, ó Deus, até que tenha anunciado a tua força a esta
geração, e o teu poder a todos os vindouros.
- O salmista não
estava acabado, sentia que podia realizar muito na causa do Senhor; ele
não queria ser esquecido por Elohim.
- O velho salmista
era um exemplo para as gerações mais novas. Não podemos desprezar os
nossos velhos; com eles está a experiência e a indicação de um bom
caminho.
v.19 A tua justiça, ó Deus, atinge os altos céus;
tu tens feito grandes coisas; ó Deus, quem é semelhante a ti?
- Não existe um
lugar que Elohim não tenha
acesso: “A tua justiça, ó Deus, atinge os altos céus”.
- O salmista louva
a Deus e exalta os seus grandes feitos.
- O salmista
declara a singularidade de Deus: “Quem é semelhante a Ti?”.
v.20 Tu, que me fizeste ver muitas e penosas
tribulações, de novo me restituirás a vida, e de novo me tirarás dos abismos da
terra.
- O fato de servir
a Deus não isentou o salmista de muitos males e tribulações. É um erro
pregarmos que os que aceitam o evangelho não sofrem mais (Jo 16.33). “Tu”
– o salmista entendia que todas as coisas são permitidas por Deus.
- Podemos perceber
uma visão antecipada da doutrina da ressurreição? Não seria demais
pensarmos que havia esperança da vida depois da morte pelos fiéis do
Senhor. Ainda no AT, o próprio Deus fala a Daniel a respeito do tema
(Cap.12).
- O foco imediato
no pensamento do salmista seria a libertação dos males, da dor e da
angústia.
v.21 Aumentarás a minha grandeza, e de novo
me consolarás.
- Os adversários
novamente reconheceriam a boa mão do Senhor sobre aquele que quiseram
fazer mal. O idoso salmista continuaria em situação de honra.
- O Senhor que
permitiu as tribulações ao salmista (v.20), seria o mesmo que traria o
consolo.
v.22 Também eu te louvarei ao som do
saltério, pela tua fidelidade, ó meu Deus; cantar-te-ei ao som da harpa, ó
Santo de Israel.
- A velhice não
deve nos tirar o gosto pela adoração. É verdade que o salmista busca uma
adoração mais tranquila, mais intimista.
- Na ARA aparece
para ‘fidelidade’: “Celebro a tua verdade”. As letras das canções entoadas
pelo salmista exaltam, engrandecem do nome do Senhor.
v.23 Os meus lábios exultarão quando eu
cantar os teus louvores, assim como a minha alma, que tu remiste.
- O salmista
adoraria a Deus por inteiro, isto é, não só de lábios, mas com a sua
própria alma.
- À medida que
Deus ia alargando os dias do salmista velho, parecia mesmo, um resgate da
alma, um livramento da morte.
v.24 Também a minha língua falará da tua
justiça o dia todo; pois estão envergonhados e confundidos aqueles que procuram
o meu mal.
1.
Novamente
o salmista diz que não se calaria e que continuaria enaltecendo o seu
Benfeitor, o seu Juiz, o seu Ajudador.
2.
O
salmista termina a sua composição fazendo lembrança dos seus inimigos, pois
eles ‘estão envergonhados’.
Pr. Eli da Rocha
Silva
Março de 2013 – Igreja Batista em Jardim
Helena – S. Paulo – SP
Consulta: Comentário AT – Champlin
Bíblia Eletrônica TheWord
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