quarta-feira, 27 de maio de 2009

REFLEXÕES (4) NA PRIMEIRA CARTA DE JOÃO

REFLEXÕES (4) NA PRIMEIRA CARTA DE JOÃO

CAPÍTULO 2. 3-6


(v.3) E nisto sabemos que o conhecemos: se guardamos os seus mandamentos.

1. O teste final e definitivo (BA) para sabermos se o conhecemos de fato é a guarda dos seus mandamentos. O simples fato de alguém dizer que o conhece não muda muita coisa; o que vale mesmo é o testemunho através da prática do que Ele ensinou.
2. O próprio crente pode fazer a sua autoavaliação a partir do que sabe quanto a guarda da palavra de Deus. Fazendo assim, ele não correrá o risco de enganar-se a si mesmo.
3. Jesus tinha real interesse que seus seguidores observassem os seus mandamentos, a ponto de dizer: “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor” (João 15.10a).

(v.4) Aquele que diz: Eu o conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade;

1. Como dizer é fácil, é possível que muitos digam que conhecem ao Senhor, mas em seguida, as suas ações demonstram o quanto estão enganados. E pior, o quanto querem enganar.
2. Repetimos o que já foi dito: o teste final desse conhecimento de Cristo é a guarda dos seus andamentos.
3. João adjetiva de mentiroso aquele que diz conhecer ao Senhor, mas não guarda os seus mandamentos. O termo grego é pseutes, que significa falso. João também diz: “e nele não está a verdade”; a falta da verdade desqualifica alguém para ser verdadeiro.


(v.5) mas qualquer que guarda a sua palavra, nele realmente se tem aperfeiçoado o amor de Deus. E nisto sabemos que estamos nele;

1. João faz a contraposição, o contraste entre aquele que diz conhecer a Cristo, mas não guarda os seus mandamentos, com qualquer que guarda a sua palavra.
2. Enquanto o primeiro é falso e não tem nele a verdade, o segundo, nele realmente se tem aperfeiçoado o amor de Deus.
3. Sabemos que estamos em Cristo, quando o amor de Deus é em nós aperfeiçoado. Sendo Deus amor, nada podemos fazer em relação a Ele, mas é o Seu amor nos leva a uma condição de plenitude, de completo enchimento.
4. Cito Stott que diz: “O verdadeiro amor a Deus se expressa, não em linguagem sentimental ou em experiência mística, mas na obediência moral. A prova de amor é a lealdade” (Com. 1ª Carta).

(v.6) aquele que diz estar nele, também deve andar como ele andou.

1. São duas situações: 1) Sabemos que estamos Nele, e 2) Dizemos que estamos Nele. O primeiro caso é um assentimento pessoal: sei que estou, sinto que estou Nele; o segundo caso é a exposição da minha conclusão pessoal: sei que estou Nele, por isso falo.
2. “Andar como ele andou”. Mas o que digo aos outros deve ser demonstrado pelas minhas ações; a minha fala deve ser ratificada pela minha conduta. A minha conduta deve ser orientada pela conduta do próprio Cristo.
3. Paulo nos dá a fórmula da conduta de Cristo: “Tende em vós aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2.5). ‘A conformidade do cristão deve ser com o exemplo de Cristo’ (Stott). Aliás, só se é cristão por causa dessa conformidade. Podemos escrever a cláusula assim: Conformidade com Cristo (Stott); não conformidade com o mundo (Paulo).

PR. Eli da Rocha Silva
Igreja Batista em Jardim Helena - Itaquera

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