sábado, 4 de julho de 2009

NA SUA OPÇÃO O SEU DESTINO

NA SUA OPÇÃO O SEU DESTINO
(CADA CABEÇA UMA SENTENÇA)

ROMANOS 8.1-18

Há uma guerra freqüente, e dessa guerra podemos sair vivos e sem ferimento algum. A guerra é espiritual; Paulo nos diz que é guerra de ‘gente’ grande; guerra entre a carne e o Espírito.
É a guerra das incompatibilidades: a carne não se compatibiliza com o Espírito, e nem este com ela. Essa incompatibilidade, que nunca será resolvida, vai fazendo os seus estragos séculos após séculos. Não que o Espírito assim queira!
Paulo lamentou a sua vida conflituosa (Rm 7.18). Como não somos melhores que Paulo em nada, aliás, somos bastante parecidos, só temos é que também lamentar.
Não é demais dizer que podemos fazer a nossa opção.

I – A OPÇÃO DE VIVER SEGUNDO A CARNE

Por estar infectada pelo pecado, ao fazer esse tipo de escolha, o que se consegue é estar exposto a três coisas em relação a Deus:
1. Tornar-se incapaz de agradá-lo (v.8). Por querer agradar a si mesmo, nenhum homem é capaz de, ao mesmo tempo, agradar a Deus. O próprio Jesus disse que não é possível servir a dois senhores, pois há o risco de agradar a um e desagradar ao outro.
2. Tornar-se inimigo de Deus. Não é da natureza da carne fazer amigos: basta que leiamos a carta aos Gálatas. A vida na carne empurra o homem para a inimizade contra Deus, queira ou não queira o homem (v.7). Quem é inimigo de Deus é também inimigo de seus semelhantes. Viver a inimizade é ultrapassar o carro e ferir aquele que atrapalhava.
3. Tornar-se forte candidato à morte. A morte é o pensamento natural daqueles que vivem na carne, porque a carne cogita a morte (v.6 a). E a morte é o destino fatal dos que não têm Deus. Não é se trata da morte física, mas da morte espiritual. A nossa inclinação natural é para o afastamento eterno de Deus.

II – A OPÇÃO QUE NOS AFASTA DE QUALQUER CONDENAÇÃO


Cristo é a opção que muda o nosso destino, uma vez que somos senhores dele, e ele, fruto da nossa vontade livre e soberana.

1. Paulo diz que “já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus” (v.1). A não condenação é apenas para os que estão em Cristo, porque a condenação é a sentença daqueles que não estão Nele (João 3.18).
2. Por meio de Cristo, o crente foi liberto da morte para a vida (v.2). Essa libertação nos capacita a deixar a vida no pecado, que na verdade é morte, por causa natureza pecaminosa. Mas, não só nos capacita deixar uma, mas também a buscar outra; a outra que buscamos (e alcançamos!) é a vida por excelência.
3. O que a Lei, que se tornou inoperante (adunatov) para fazer, por “por estar enfraquecida pela carne (natureza pecaminosa, Deus o fez (operou)” (v.3). Deus fez como conhecemos por Jesus (João 3.16); Deus fez como ratifica Paulo: “enviando seu próprio Filho”. O que Deus fez? “Condenou o pecado na carne”. Em outro texto Paulo escreve sobre a vitória sobre a morte (1 Co 15.55-57).
4. O Filho enviado por Deus ao mundo deu do seu Espírito, conferindo apenas aos crentes os seguintes privilégios:
• Termos o próprio Cristo em nós (v.10);
• Sermos habitação do Espírito (v.11);
• Sermos filhos de Deus (v.14, 16, 17).
• Sermos herdeiros de Deus juntamente com Cristo (v.17)
• Participantes com Cristo do seu sofrimento e glória (v.17).





III – A OPÇÃO DE VIVER SEGUNDO O ESPÍRITO

Se de um lado, a carne afasta o homem de Deus, o Espírito o reabilita, trazendo-o para Deus. Como vimos, a reabilitação é concedida por meio de Cristo Jesus.
Se aqueles que são controlados pela natureza pecaminosa sofrem as conseqüências do pecado, os que são dirigidos pelo Espírito, podem viver em perfeita harmonia com Deus. Essa harmonia acontece porque:

1. Ao vivermos de acordo com o Espírito, a nossa mente estará voltada para as coisas que Ele deseja (v.5b). Será um absurdo, que não vejam em nós o fruto do Espírito; será um absurdo, que não vejam em nós os dons do Espírito; será um absurdo, que não vejam em nós a glorificação do Filho, coisa que o próprio Espírito faz (João 14.14).
2. Vida e paz é a mentalidade do Espírito (v.6b). 1) A vida não é uma expectativa para o futuro, ela é uma realidade presente. 2) A paz é mais que a ausência de guerra; a paz é a serenidade em meio às guerras. A paz não resulta da estabilidade econômica, social ou política; a paz é fruto do Espírito. Ter paz é saber ultrapassar o carro sem ferir aquele que atrapalhava.


CONCLUSÃO

Sendo nos foi dada a responsabilidade de optar, é imperativo que assim façamos. Ninguém poderá escolher por procuração.
A opção pela carne é o afastamento eterno de Deus;
A opção por Cristo afasta de nós qualquer condenação e nos habilita a andarmos pelo Espírito.
Assim seja.

PR. Eli da Rocha Silva
05/07/2009 – Igreja Batista em Jardim Helena – Itaquera – S. Paulo - SP

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