sábado, 11 de julho de 2009

VIVENDO SOB O PRISMA DA ESPERANÇA

VIVENDO SOB O PRISMA DA ESPERANÇA

FILIPENSES 3.15-21

Viver sob o ponto de vista da esperança consiste em caminharmos contra qualquer coisa que se possa medir com a régua do previsível.
Quando Abrão deixou Harã, ele fugia do previsível
Quando Moisés deixou o Egito, deixou o previsível (ser filho da filha de Faraó), para cuidar do rebanho que não era seu.
Quando os primeiros discípulos abandonaram as redes, deixaram o previsível (negociantes de peixes), para aprenderem sob uma nova proposta.
Quando Jesus deixou os céus, deixou o previsível (continuar com a glória que tinha), para acreditar na proposta do Pai: que eu e você aceitaríamos o seu sacrifício (João 3.16).
Quando Paulo deixou um futuro, humanamente brilhante (ser um medalhão no Sinédrio), para correr riscos através dos mares.
Quando eu e você, deixarmos de acreditar apenas no que vemos, e passarmos viver sob o prisma da esperança.


I – VIVEMOS SOB O PRISMA DA ESPERANÇA, QUANDO NÃO PERDEMOS O FOCO

1. Parece muito comum dizer o que a esperança faz conosco, mas não é comum dizer o que a falta de esperança faz com os demais. Mas, a princípio é bom dizer o que ela faz conosco.
2. A esperança nos encaminha para o alvo, que a princípio, pode não ser visto e nem conhecido (Abrão): “Vai para a terra que eu te mostrarei”. Abrão saiu e foi.
3. Paulo disse: “Esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão” (v.13). O apóstolo reafirma com outras palavras, que de fato, para ele, as coisas velhas já passaram. Pena que a mulher de Ló não teve a mesma percepção e decisão.
4. Crio aqui (ou relembro um neologismo): ‘Mulherdelósismo’. É uma pena que muitos se deixam levar pela fraqueza de amar o que se deixou para trás. Imaginem Abrão, a cada parada, olhando o seu álbum de fotografias para lembrar Harã; ou Moisés, para lembrar o Egito! Lamentavelmente, como a mulher de Ló, o povo de Israel não esquecia os pepinos e os melões do Egito.
5. Paulo diz, o que serviu para ele, e serve para nós também: que nós fomos conquistados para nos conformarmos com Cristo (na morte, na ressurreição e na glorificação) (v.10-12).


II – VIVEMOS SOB O PRISMA DA ESPERANÇA, QUANDO SABEMOS A QUEM SEGUIR

1. Quem já não se viu perdido na cidade grande; ou, quem devia falar e não sabia o que dizer; ou, quem não já se viu em apuros? Quando vivemos sob o prisma da esperança, sabemos quais os exemplos que devem ser seguidos.
2. Paulo está propondo uma conformação em cadeia (série, sucessão): Paulo com todos os outros se conformando a Cristo (v.17).
3. Cristo é o exemplo a ser imitado e perseguido pelos crentes, mas Paulo tem a coragem de se apresentar também como modelo de imitação: “Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo” (1Co 11:1).
4. Havia o perigo dos crentes se deixarem levar por péssimos modelos: “Muitos andam entre nós...que são inimigos da cruz de Cristo” (v.18). Qualquer indivíduo, que ensine que é possível ir para o céu sem Cristo, torna-se inimigo da sua cruz.
5. “A glória deles está na sua infâmia” (v.19). É provável que Paulo estive falando a respeito dos gnósticos que ensinavam: “que qualquer coisa feita no corpo, até mesmo o pior dos pecados, não tem valor algum porque vida verdadeira existe no reino espiritual apenas (Internet)”. Diziam que: “o conhecimento e superior à virtude” (Bíblia Anotada).
6. “O fim deles é a perdição” ( v.19). Paulo observa que esses doutrinadores, que estão no meio da igreja, mas que não são do grupo dos salvos, terão como destino a perdição. Não será diferente com aqueles que se deixarem levar pelos seus ensinos.




III - VIVEMOS SOB O PRISMA DA ESPERANÇA, QUANDO CREMOS NO EVANGELHO.

1. Crer no evangelho é crer em Cristo e nos ensinos dos apóstolos. Os apóstolos não inventaram um evangelho, mas ensinaram como recebido do Senhor. Os primeiros apóstolos in loco; e Paulo, ele mesmo diz: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei” (1 Co 11.23 a).
2. As palavras de Jesus, ditas aos discípulos quando da sua despedida (João 14.2,3), são agora relembradas por Paulo:
• Assim disse Jesus: “Na casa de meu Pai há muitas moradas, vou preparar-vos lugar”
Assim disse Paulo: “Pois a nossa pátria está nos céus” (v.20);
• Jesus: “Voltarei e vos receberei para mim mesmo”;
Paulo: “de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo”.
• Jesus: “Para que onde eu estou estejais vós também”.
Paulo nos ensina que, para podermos estar com Jesus, que é o nosso Salvador, Ele: “transformará o corpo da nossa humilhação, para ser semelhante ao corpo da sua glória” (v.21).
3. Paulo ensina uma esperança que só há no crente: a vida na pátria que está no céu. Muitos estão lutando pela pátria daqui mesmo. Que dó! (Alguns certamente dirão), deixar aqui tudo que conseguimos com tanto esforço?
4. Mas para o verdadeiro crente, o céu é inegociável. O evangelho, que nos ensina viver sob o ponto de vista da esperança, não nos deixa cair nessa horrenda troca.


CONCLUSÃO


Como começamos terminamos: a esperança nos ensina a viver fora das realidades aparentes.
Nós aprendemos pela esperança, a tirar o foco do que se pode ver, para as coisas que não vemos, mas sabemos que estão lá (Hb 11.1).
A esperança também nos ensina seguir o modelo por excelência: Jesus
A esperança nos alivia do fardo que deixaremos aqui, porque o que nos faz feliz, e a pátria que está lá.
Amém.

PR. Eli da Rocha Silva 12/07/2009
Igreja Batista em Jardim Helena – Itaquera – São Paulo - SP

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