sábado, 25 de setembro de 2010

RESPONSAVELMENTE LIVRES

1 CORÍNTIOS 6.12

INTRODUÇÃO

A liberdade não é passe livre para a prática do mal. Mas para muitos a liberdade é a motivação para o abuso e a libertinagem. A liberdade não é uma carta branca. A liberdade não nos dá o direito de passarmos por cima de princípios de moralidade e de boa convivência.
Mas parece que as pessoas não entendem assim. O som alto no carro é democrático, é para todos. O problema é que se torna um tipo de democracia invasiva. Quem disse que eu quero ouvir o seu tipo de som?
A liberdade me dá o direito de parar o trânsito para conversar em fila dupla com um amigo. Quem achar ruim peça desculpas e aguarde. Talvez a liberdade ainda seja um bem que não aprendemos apreciar.
O clamor de um povo é: “Liberdade! Liberdade! abre as asas sobre nós. Das lutas na tempestade, Dá que ouçamos tua voz”. 575 CC

I – JESUS É A LIBERDADE POSSÍVEL
1. Há um clamor maior por liberdade. É o clamor dos alcançados aos não alcançados. É a palavra de Jesus aos judeus, filhos de Abraão, que sofriam de amnésia. Eles disseram: “Jamais fomos escravos de alguém” (Jo 8.33). E o Egito? E a Babilônia? E o domínio Romano naqueles dias?
2. Jesus estava mesmo falando de uma liberdade que eles não conheciam; falava da liberdade que veio pelo Filho do homem. O triste para eles é que Jesus não era filho de um magnata, filho de um dos ricos daqueles dias; Ele era apenas o filho de um carpinteiro.
3. Eles ficaram inculcados porque Jesus disse “e conhecereis a verdade” (v.32). Havia uma verdade desconhecida para aqueles homens filhos de Abraão. Que verdade é essa? Nós temos Moisés, nós temos os profetas. Há ainda algo para conhecermos?
4. A verdade que vocês ainda não conhecem é: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (v.36). Esta é a verdade desconhecida a muitas pessoas.
5. Não que essa verdade não tenha sido pregada, ela é, a verdade rejeitada: “Então, pegaram pedras para atirarem nele” (v.59).
6. O que é a liberdade para muitos? Poder ir e vir. Fazer ou não fazer.

II – PAULO TRADUZ O CONCEITO DE LIBERDADE PARA OS CORÍNTIOS
1. Em dois lugares, na primeira carta aos Coríntios, Paulo fala sobre licitude, conveniência, dominação e edificação.
2. No cap. 6.12 Paulo fala que todas as coisas são lícitas, isto é, existe a liberdade de se fazer, desde que, não haja impedimento legal.
3. Algumas coisas não têm impedimento legal, mas trazem prejuízos espirituais. Para as coisas lícitas, sem impedimento legal, mas que trazem prejuízo espiritual Paulo diz: “Não me deixarei dominar por nenhuma delas” (6.12b).
4. A liberdade não deve nos levar à licenciosidade. Mesmo a lei estabeleça que não problema na prática de alguns atos, o crente deve saber o que a Bíblia diz a respeito (v.15-20).
5. Mesmo que o Estado crie leis que transformem o imoral em moral (conceito social), a Bíblia continuará dizendo que imoral é imoral. Assim sendo, o crente deve saber tratar, biblicamente, as questões que se referem à licitude e inconveniência (v.12a).
6. Em 10.23, Paulo fala da liberdade que não edifica. Isto é, eu tenho liberdade de fazer muitas coisas, mas entre elas existem algumas que não edificam, que não acrescentam nada. Então, para que fazer?
7. No Comentário Matthew Henry está escrito: “Um cristão não deve considerar o que é lícito, mas o que é conveniente e para a edificação”
8. A liberdade que nos faz caminhar aqui é aquela que Cristo ensinou aos que querem ser verdadeiramente livres de João 6.32 e 36.

III – O CRISTÃO COMO FAZEDOR DA LIBERDADE.
1. O cristão, pessoa responsavelmente livre, será um fazedor de liberdade. Assim como é feliz o pacificador, é feliz o que promove a liberdade a outros.
2. A verdade que liberta só será conhecida pelos que a ignoram, quando nós os crentes lhes falarmos. O crente pode ser agente nessa proclamação, pois já foi, pela liberdade que há Cristo, alcançado.
3. Todos crentes podem gritar em alto e bom som: “A liberdade abriu as asas sobre nós”. Este foi o grito de uma Nação; este é o nosso grito.
4. E os muitos perdidos na falsa liberdade? A falsa liberdade dos alucinógenos. A falsa liberdade nas baladas de Sexta e Sábado. A falsa liberdade pela prática de um evangelho de interesses e moeda de troca. O que fazer?
5. Paulo disse o que fazer. A Timóteo, ele escreveu que o servo do Senhor não deve viver em contendas. Pelo contrário, deve ser apto para instruir, paciente, disciplinar com mansidão os que se opõem (2 Tm 2.24,25).
6. Essa instrução paciente deve ser revestida de expectativa da ação de Deus em favor desses que estão em prisão. Não é uma prisão qualquer. Eles estão enlaçados pelo diabo (v.26). Eles estão privados de qualquer liberdade, ou, podemos dizer, a liberdade que pensam ter é um engano.
7. E o próprio versículo reforça a privação da liberdade, pois diz: “tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade”. Sem o exercício da vontade não há liberdade.
8. É imperativo, portanto, que cada crente se torne um promotor da verdadeira liberdade. Jesus disse como alcançar a liberdade: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8.36).

Pr. Eli da Rocha Silva
26/09/2010 – I B Jd. Helena – Itaquera – S.Paulo - SP

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