sábado, 25 de outubro de 2008

O AVIVAMENTO PELA CONTRIBUIÇÃO

O AVIVAMENTO PELA CONTRIBUIÇÃO

HABACUQUE 3.2


Pertencer à igreja significa que temos responsabilidades com ela. Não só no que se refere a igreja universal mas também à local.
Na universal todos seremos convocados para estarmos para sempre com o Senhor. Mas enquanto a convocação não se dá, temos responsabilidade com a igreja que nos acolheu.
A vida na igreja local é marcada pelo que nos entendemos como necessidades a serem supridas. São muitas as necessidades da “máquina” chamada igreja local.
Nós temos obrigações a cumprir; a igreja tem contas a pagar.
Dominicalmente, os crentes entregam no tesouro da igreja, parte dos bens que administra; especialmente, os dízimos de sua renda.
Quando pedimos a Deus que avive a sua obra, estamos dizendo que estamos dispostos a cumprir com a nossa parte.
Vamos tratar de um assunto que para muitos é de doer: contribuição.

I – O DÍZIMO EM ABRAÃO: DISPOSIÇÃO DE SER GRATO

1. Após a batalha Abraão decide dar o dízimo (Gn 14.14-17). Muitas são as nossas batalhas e muitas são as vitórias. Como temos nos comportado diante de tudo o que Deus tem nos suprido?
2. O dízimo entregue por Abraão foi voluntário; não houve exigência de Lei.
3. Foi entregue em reconhecimento de ser ele apenas um mordomo.
4. Foi um tributo, uma oferta de gratidão.
5. Foi um ato de adoração. O dízimo deve ser uma atitude de adoração na vida do crente.
6. O crente não tem dificuldades em entender a prática do dízimo. Alguém que se apresente contra o dízimo não pode ser considerado um crente.
7. Se vemos em Abraão o modelo de “pai da fé” (Gl 3.6-9), por que na prática do dízimo alguns não querem fazer igual ao pai?
8. Jacó, neto de Abraão, assenta no coração a mesma disposição referente ao dízimo (Gn 28.18-22).

II – O DÍZIMO COMO INDISPENSÁVEL AO SACERDÓCIO E À BENEFICÊNCIA

1. O dízimo foi incorporado à Lei (Lv 27). O dízimo passou a ser obrigatório em função das necessidades do sacerdócio e da beneficência.
2. Fica muito clara a razão do dízimo ao ser incorporado à Lei: sustentar a linhagem sacerdotal. Para que houvesse boa prestação de serviço, o sacerdócio devia viver às expensas do próprio povo (Nm. 18.20-24).
3. O levantamento de um dízimo para beneficência (Dt 14.28,29). Para os necessitados seria dia de festa, como também é para os que contribuem.
4. A fidelidade nos dízimos abasteceria o tesouro de mantimentos. O Senhor não precisava deles, então o uso seria em favor dos serviços do templo e dos necessitados (Ml 3.10).
5. Com a maior “cara lavada” o povo perguntava: “Em que te roubamos?”. A resposta vem do Senhor: “Nos dízimos e nas ofertas” (v.8). Para os “caras de pau”, maldição (Ml 3.9).
6. Para os fiéis, que entendem a necessidade da cooperação: bênção (“derramar sobre vós bênção sem medida”); proteção: “Repreenderei o devorador (pragas, gafanhoto)” (v.11); abundância: “A vossa vide no campo não será estéril” (v.11).

III – O DÍZIMO E O CRENTE DO NOVO TESTAMENTO

1. A religiosidade que afeta apenas o coração sem afetar os bens tem de tudo para ser superficial.
2. O crente deve ter a prática do dízimo; na transição AT e NT, ele não perdeu a sua finalidade: serviço e beneficência. Acima de tudo, é um ato de fé e de adoração.
3. O crente dizimista deve ser interessado nas coisas do Reino; a entrega do dízimo não deve configurar um pedágio ou uma obrigação que nos isenta de envolvimento.
4. O crente dizimista, que concomitante à pratica dele, se envolve com as coisas do Reino, tem grande zelo missionário.
5. A prática do dízimo traz alegria ao contribuinte; toda contribuição deve ser feita com esse sentimento (2 Cor 9.7).
6. Alguns colocam a contribuição financeira como um termômetro espiritual, se for assim mesmo, como está a nossa temperatura contributiva?

CONCLUSÃO

Qualquer movimento que se faça na igreja visando um avivamento, terá que passar, indiscutivelmente, pela nossa mordomia dos bens.
O crente, por mais fidelidade que deixe transparecer, se estiver cometendo o pecado da negligência quanto aos dízimos e ofertas, tudo não passará de superficialidade e enganação.
Que Deus nos leve à pratica da fidelidade em nossa mordomia.
Amém

Pr. Eli da Rocha Silva
IBJH 26/10/2008

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