sábado, 11 de outubro de 2008

O QUE PRETENDEMOS SER NA GRANDE CASA

O QUE PRETENDEMOS SER NA GRANDE CASA

2 TIMÓTEO 2.20,21

INTRODUÇÃO

É muito difícil ser alguma coisa. Querer ser não significa que alguém chegará a ser; é preciso boa dose de empenho e sacrifício.
Chegamos a algum lugar pelo fato de darmos lugar à pretensão. Ter pretensão é almejar algo e lutar para que se chegue lá.
Nestes dias de vida política, muitos estão correndo atrás dos cargos eletivos, seja vereador ou prefeito. Mesmo pretendendo, é certo que muitos não chegarão lá. E pior, sairão mais endividados do antes. Mas, sem dinamizar a pretensão não há como saber.
O crente também é movido pelas coisas que pretende alcançar. O apóstolo Paulo disse que pretendia chegar a algum lugar, e por isso lutava (Fp 3.12-14).
Neste ensino de Paulo, quem quer chegar não pode deixar de começar. Quem quer chegar não pode agir como uma esposa não crente de um marido crente que conheci: na hora de sair para a igreja ela dizia: ‘não vou mas também não fico’.
Nas coisas que Paulo diz a Timóteo, reflito e pergunto a mim mesmo: o que pretendo ser na grande casa?

I – NA GRANDE CASA BUSCAMOS O QUE DEVEMOS SER

1. Entendo-se a grande casa como a igreja, pelo menos Paulo quis usá-la como figura, para nos ensinar o que podemos nela ser.
2. A igreja é o elemento indissociável da vida cristã. Não se concebe um crente sem igreja. O crente sem igreja, é o mesmo que dizer que se trata de um crente sem Cristo.
3. Por outro lado, o ser crente (sem igreja), torna-se questionável. A não ser que pensemos como Tiago, quando fala da crença monoteísta dos demônios, que não diferia da dos judeus daqueles dias (nem dos de hoje); mas para os demônios não trazia nenhum resultado prático (Tg 2.19).
4. O vivermos a vida da igreja, e na igreja, nos qualifica, nos dá qualidade, nos tornamos, a cada dia o crente melhor que ontem.
5. Na igreja somos aperfeiçoados (Ef. 4.12). Por sermos nova criatura, não podemos cair no erro de voltarmos a praticar coisas da velha criatura, ou continuarmos eternos nascidos.
6. A igreja é a reunião daqueles que foram mudados radicalmente. A igreja não é o lugar daqueles que cansaram desta ou daquela religião, mas daqueles que são crentes em Cristo, com todas as implicações dessa crença.
7. Fizemos uma pequena “confusão” com a palavra igreja, pois todo aquele que é da igreja, gosta de estar no templo.

II – NA GRANDE CASA, JÁ DEFINIDA COMO A IGREJA.

1. Em qualquer casa há vários tipos de utensílios: aqueles mais apreciados e também os ignorados.
2. Numa grande casa, conforme nos diz Paulo, a vasos de todos os tipos e fins. Há vaso de ouro e de prata; há vaso de madeira e de barro; há vaso para honra e para desonra.
3. Os vasos de ouro e de prata, por serem mais valiosos, são portanto mais desejados. Esses vasos, e alguns até raros, eram usados apenas em ocasiões especiais.
4. Na analogia paulina, é possível ver a classificação de crentes que coexistem na mesma igreja. Há um comentário que ao invés de tratar todos como crentes, diz que há pessoas ímpias coexistindo na igreja com os crentes.
5. Ainda em sua analogia, ele trata da honra e da desonra. Os vasos de honra em uma casa de pessoas abastadas, eram colocados à mostra. Os de desonra ficavam escondidos, não por serem feios, podiam até ser belos; o uso é que era desonroso: eles serviam para se colocar lixo ou excremento.
6. Para exemplificar o vaso de honra, podemos citar a mulher que traz até Jesus, o bálsamo puro em um vaso de alabastro, e não em uma botija de barro (Mt 26.7).
7. O que temos sido e o que queremos ser na igreja? Em qual tipo de vaso podemos ser classificados?

III – NA GRANDE CASA, AINDA HÁ TEMPO DE SERMOS O QUE DEVEMOS SER

1. Só não há esperança para quem já morreu; para o que está na igreja ainda há esperança.
2. Para os que estão na igreja, mas a si mesmos, podem considerar-se vasos de desonra, ainda há esperança.
3. Há a possibilidade de mudar o estado vil (desonra) e fútil, para o uso perfeito e útil ao seu possuidor (v.21).
4. Se quisermos, e assim fizermos, isto é, buscarmos a purificação dos erros cometidos, tudo passará a ser diferente.
5. Mas, onde está a diferença? Talvez alguém pense: “Quem disse que nós queremos que seja diferente? Do jeito que está vai muito bem”. Aí caro pensante...nada mais há que fazer por você!
6. Apenas para os que querem fazer diferença (os demais podem fechar os ouvidos!):
• Você deixará o estado de desonra para o 'status' de vaso de honra;
• Será vaso santificado, separado;
• Será vaso útil para servir à vista de todos
• Será vaso preparado para toda boa obra


CONCLUSÃO


Na analogia paulina, nas figuras da grande casa e dos vasos, o fator preponderante não é se o vaso é de ouro ou prata, ou ainda de madeira ou barro, mas o seu uso, a sua finalidade.
Os propósitos que me levam à busca da purificação é que devem contar.
Se alguém aqui não tem propósito nenhum, ainda há tempo de ter algum.
O crente sem propósito é tão inútil quanto um vaso de desonra.
É possível mudarmos o quadro.
Muitas são a possibilidades; vamos começar agora.
Amém.
Pr. Eli da Rocha Silva
IBJH 12/10/2008

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