domingo, 21 de junho de 2009

OS PERIGOS DA CONFORMAÇÃO COM O MUNDO

OS PERIGOS DA CONFORMAÇÃO COM O MUNDO

ROMANOS 12.1,2


Tendo como base o texto de Romanos 12.2, podemos observar o cuidado do apóstolo Paulo, no sentido que seus leitores não caíssem no perigo da conformação com o presente século (o dos seus dias, e hoje, o dos nossos dias).
Mas o que é conformação? A NIBB traduz: “E não vos amoldeis ao esquema deste mundo”. Conformação, não como sinônimo de passividade (Ah, o mundo é assim mesmo!), mas, conformação, como assimilação e associação (simbiose) com as práticas próprias do mundo.
O crente não tem como negar que corre riscos ao entrar nessa relação perigosa. O esquema deste mundo não se coaduna com os propósitos e interesses do reino de Deus.
Para que os crentes não incorressem em nenhum deslize próprio daqueles dias, receberam tal instrução de não conformação.


I – A CONFORMAÇÃO COMO OBSTÁCULO A APRESENTAÇÃO DO CULTO VERDADEIRO (v.1)

1. O primeiro obstáculo causado pela conformação ao sistema do mundo é à capacidade e genuinidade da nossa adoração.
2. A solicitação da parte do apóstolo é que apresentemos o nosso (vosso) corpo em sacrifício vivo. É justamente uma ideia que difere de todo o sistema judeu de adoração. Quando Abraão saiu para apresentar Isaque, o culto teria como parte da adoração, o próprio cutelo como seu instrumento. Hoje, temos outros instrumentos.
3. Outro ingrediente que se mostra de suma importância, era o fato da própria apresentação do adorador, ter o componente da santidade. A ideia principal aqui é de algo separado para um determinado fim; no caso, o de adoração. O Deus santo busca a santidade em seus adoradores.
4. Ainda outro ingrediente ou, componente da adoração, seria o da agradabilidade. A nossa apresentação deve ser agradável a Deus. Não há quem não fique feliz quando alguma coisa lhe é agradável. Podemos dizer o mesmo de Deus. O componente ‘agradabilidade’ nos faz lembrar o que Deus fez em relação a Abel, que houve da Sua parte, acolhimento e agradabilidade, tanto a ele com o ao seu sacrifício.
5. E Paulo, quer o mesmo para cada um de nós; ele não nos cobra o que vemos em outras religiões, mas nos diz que diante de Deus nos apresentemos em culto racional, autêntico. Há muitos cultos que são verdadeiras barbaridades, que se mostram irracionais diante de Deus, portanto fora de lógica serem aceitos por Ele.


II – A CONFORMAÇÃO COMO OBSTÁCULO À RENOVAÇÃO DA MENTE

1. Paulo, embora pedisse um culto com razoabilidade e logicidade, que é fruto da própria mente, fala também dos perigos à própria mente. Ele fala do perigo da mente obscurecida pela conformação com o mundo.
2. Para a mente obscurecida, as ações do mundo é que estão dentro da razoabilidade. Ou seja, todo e qualquer padrão que se viva, está totalmente dentro do aceitável (às vezes até elogiável!). O mundo perdeu a noção do que seja deplorável. Quando nós também perdemos a noção do que seja deplorável estamos esquematizados, daí em diante tudo passa a ser normal.
3. Dizendo não à esquematização tipo ‘unha e carne’ com o mundo, o passo certo para o cristão, que já acertou ao dizer não, é buscar a transformação pela renovação da mente.
4. Paulo continua a argumentar sobre questões de razoabilidade, questões da mente; sendo assim, ele usa a palavra grega nous, que está ligada ao intelecto, ao entendimento (ARC).
5. Assim sendo, é preciso então decidir qual direção tomar: conformação ou transformação. A segunda hipótese só se dará pela renovação da mente, do exercício seguro da vontade.
6. O crente, pela prática do exercício seguro da sua vontade, jamais será um ‘um vai com as outras’; ele saberá dizer sim e ele saberá dizer não.


III – A CONFORMAÇÃO COMO OBSTÁCULO À EXPERIMENTAÇÃO DA VONTADE DE DEUS.

1. A conformação é na verdade um obstáculo à experimentação da vontade de Deus. É lógico que não basta a não conformação com o mundo, é preciso que se tome uma decisão pela transformação da mente.
2. Paulo que falar do grande lucro da transformação pela renovação da mente. Esse lucro é chamado de experimentação. Como o tema está voltado à lógica (culto racional e transformação da mente) a própria experimentação está baseada em testar e discernir.
3. Apenas aqueles que têm a mente renovada podem discernir (experimentar) qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (v.2; discernimento que não está disponível às pessoas de um modo geral.
4. Quanto ao conhecimento da Sua perfeita vontade, Deus é seletivo. Tal discernimento é privilégio apenas daqueles que decidiram, no exercício seguro da vontade, não se conformar com o presente século, e que ‘ato contínuo’ trataram da renovação das suas mentes. Esse tipo de gente a Bíblia decidiu chamar de crente (Gl 3.6-9).
5. É senso comum entre os crentes que a vontade de Deus é boa e perfeita. Quando perdemos alguém que amamos, depois de termos orado, jejuado, rogado a sua cura, que não veio, nos curvamos a Deus que tem a perfeição em si mesmo e em tudo que realiza.
6. No passado a vontade de Deus foi conhecida pela Lei e os profetas; no presente se dá a conhecer pela revelação (aparição) de Cristo Jesus (Hb 1.1,2); Nele está a possibilidade da mente ser renovada, pois a inconformação com o mundo nasce apenas no coração naqueles que se decidiram por Jesus.

CONCLUSÃO

A transformação é o resultado da nossa não conformação com o mundo.
Quando decidimos por Cristo decidimos pela diferença que devemos fazer.
Amém.

PR. Eli da Rocha Silva

21/06/2009 – Igreja Batista em Jardim Helena – São Paulo - SP

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