quarta-feira, 3 de junho de 2009

REFLEXÕES (5) NA PRIMEIRA CARTA DE JOÃO

REFLEXÕES (5) NA PRIMEIRA CARTA DE JOÃO

CAPÍTULO 2. 7-11


(v.7) Amados, não vos escrevo mandamento novo, mas um mandamento antigo, que tendes desde o princípio. Este mandamento antigo é a palavra que ouvistes.

1. João dá aos seus leitores um tratamento afetuoso, íntimo, que mostrava de fato o que ele sentia por aqueles crentes; ele os chama de “Amados”. Muitas pessoas têm, por viverem o ambiente da igreja, de chamar alguns irmãos de amados.
2. O apóstolo não estava escrevendo a respeito de nenhum mandamento novo, mas antigo; os seus leitores tinham, ou já conheciam desde o princípio da fé cristã; eles aprenderam o mandamento do amor; mas o amor era tão antigo, a ponto de remontar ao princípio de todas as coisas.
3. O mandamento do amor foi ensinado pelo próprio Jesus aos seus primeiros discípulos (João 15.12). Em certo sentido, o mandamento que João leva os seus leitores a refletirem, era novo para eles, mas ao mesmo antigo para o apóstolo, pois fora ensinado pelo próprio Jesus. Em outras palavras, diríamos que João não inovou, mas trouxe à memória dos novos crentes, aquilo que ele mesmo recebera.

(v.8) Contudo é um novo mandamento que vos escrevo, o qual é verdadeiro nele e em vós; porque as trevas vão passando, e já brilha a verdadeira luz.

1. O mandamento é novo na forma como deve ser aplicado e praticado na igreja. O mandamento é verdadeiro, é factual, na Cabeça (Nele) e no corpo (em vós). A igreja deve vivenciar esse novo mandamento (mas antigo) que é o amor.
2. O mundo que vivia em trevas viu brilhar a luz, e esta luz é o próprio Cristo (João 1.4-9). A que veio ao mundo vai brilhando de forma individual em cada crente, pois o achegar-se para a luz é decisão pessoal (João 3.19-21).




(v.9) Aquele que diz estar na luz, e odeia a seu irmão, até agora está nas trevas.


1. A vida na igreja é muito mais que um discurso; alguns podem dizer e até achar que estão na luz, mas é o trato com o irmão quem definirá se estão ou não na luz.
2. Se o ódio é o perverso inverso do amor, o crente odiento é tudo, menos crente. Ele pode ser chamado de crente por ser membro de uma igreja local, mas por ser odiento, está de fato nas trevas, logo, está sem Cristo.
3. Não consigo pensar que haja crentes odientos na igreja.

(v.10) Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há tropeço.

1. A prática ou não do amor parece ser o indicador de quem é mesmo crente ou incrédulo.
2. Quem ama permanece em Cristo, pois Ele é a luz que veio ao mundo.
3. Quem está em Cristo ‘anda bem’ por estar na luz, e não é motivo de tropeço ou escândalo para o seu irmão.

(v.11) Mas aquele que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai; porque as trevas lhe cegaram os olhos.

1. Aquele que aprendeu a respeito do amor, mas que não consegue praticá-lo, por viver uma vida de ódio “está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai”.
2. Nós falamos em ódio, que é uma palavra bastante pesada, pois o próprio João a usou, mas existem crentes rancorosos, de ‘cara’ virada, intolerante sem domínio próprio.
3. Em síntese, podemos dizer que há muitos crentes que, por viverem mais as obras da carne, não conseguem produzir o fruto do Espírito.


PR. Eli da Rocha Silva
Igreja Batista em Jardim Helena - Itaquera

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