domingo, 18 de abril de 2010

DESPERTAR E LEVANTAR-SE PARA UMA VIDA DE ILUMINAÇÃO

EFÉSIOS 5.14-16

INTRODUÇÃO

Despertar é acordar de vez. Mas nem sempre é assim conosco. É possível vermos no texto uma necessidade que se refere a duas ‘figuras que retratam o pecador’ (Nota NVI). Alguns comentaristas (JFB) chegam a dizer que o texto retrata os dois tipos de pessoas: a salva e a não-salva (perdida).
O texto é uma referência a outro texto anterior ou a compilação de muitos outros do próprio AT, pois não aparece literalmente em lugar algum das Escrituras (Ver Is 51.17; 52.1; 60.1).
Vamos aplicar o texto aos dois tipos de pessoas, sendo ambas serão encaixadas de acordo com a sua posição em relação ao próprio Cristo.

I – O DESPERTAR DOS JÁ ALCANÇADOS PELA PALAVRA

1. O despertamento como exigência àquele que já foi salvo. Crentes são chamados ao despertamento; crentes são chamados a deixar de lado o desânimo ou a sonolência.
2. A falta de ânimo pode ser a razão de muitos estarem se afastando do evangelho de Cristo; por algum tempo estiveram entre os crentes, participaram da comunhão, mas o desânimo os abateu; o desânimo foi determinante em relação àquilo que são hoje.
3. O desânimo começa com o esfriamento, podendo levar o indivíduo ao óbito. Alguns que já morreram foram muito ativos na vida da igreja.
4. Pediram-me que falasse sobre ânimo, mas talvez seja mais produtivo falar sobre a antítese: desânimo. Mas quero também falar sobre ânimo, sobre alma (anima, ânimo – latim). Quando foge a alma é preciso reanimar. Trazer de volta a alma.
5. Podemos dizer que o desanimado perdeu a alma; pode haver entre nós muita gente sem alma (não desalmadas, mas desanimadas). O desanimado vive em prostração, abatimento. É preciso injetar-lhe ânimo.
6. Despertar do sono é o que se espera de quem já despertou da morte; para quem já se levantou do meio dos mortos. E Paulo escrevendo aos crentes de Roma, lhes diz: “Chegou a hora de vocês despertarem do sono” (Rm 13.11).
7. A palavra de ordem é: “Desperta, ó tu que dormes”. As cinco virgens loucas dormiram quando deviam estar acordadas (não adquiriram o azeite na hora certa).

II – O LEVANTAR DOS QUE JÁ OUVIRAM A PALAVRA

1. Incrédulos são chamados a levantar-se de entre os mortos, porque em relação aos crentes, Paulo diz: “Ele vos deu vida” (2.1).
2. Quando alguém que foi dado como morto, ao acordar se vê em um necrotério, qual será a sua primeira reação? Se acontecer com você qual será a sua atitude? Você vai esperar raiar o dia ou vai dar um jeito de sair dali imediatamente?
3. Paulo apela aos crentes de Éfeso, e consequentemente, a todos os seus leitores, que houvesse a predisposição de levantar-se dentre os mortos.
4. O texto aplicado ao crente significa, que ele não pode viver a vida como se morto estivesse, isto é, uma vida no esquema do mundo porque de lá foi tirado.
5. O texto aplicado àquele que não é salvo por Cristo significa, que ele deve procurar o meio de sair dentre os mortos. De antemão dizemos: o meio é Cristo. E assim disse Paulo: “O salário do pecado é a morte; o dom gratuito de Deus é a vida eterna por meio de Jesus” (Rm 6.23).
6. A palavra levantar, que é anisteme, em grego, aparece 111 vezes no NT e 35 delas significa ressurreição. Aparece em João 6.39 para ressurreição do último dia.
7. Assim como Cristo operou em nós o reaparecimento para a nova vida, ao nos levantar dos nossos delitos e pecados, Ele que operar da mesma forma naqueles que ainda não ressurgiram para a vida nova.
8. Muitos podem dizer: o homem não pode operar de si mesmo esse levantar-se. Não pode mesmo! Toda a ação que conduz o homem a uma vida nova depende do próprio Deus trabalhando nele no convencimento do Espírito Santo (João 16.7,8).




III – A ILUMINAÇÃO QUE VEM DO PRÓPRIO CRISTO

1. Sendo o crente, que desperta do sono, Cristo o iluminará; seja o não crente, que desperta dentre os mortos, Cristo o iluminará.
2. Iluminado, o crente sai de uma vida de desânimo e retorna às disposições que conferem o primeiro amor;
3. O antes não crente, que renascido da morte para a vida e se tornou crente, recebe a iluminação de Cristo para viver a vida adequada ao Reino, já vivida há muito tempo pelo crente.
4. Recebemos de Cristo, na pessoa do Santo Espírito, a iluminação para compreensão dos propósitos de Deus, em virtude da nossa importância em relação a Ele.
5. Recebemos a iluminação para compreensão da própria Escritura, que nos fala o que Deus quer e espera de nós. E isto mostra o nosso grau de submissão em relação a Deus.
6. Recebemos a iluminação que nos diferencia do mundo, porque nele, somos quais luzeiros a refletir a pessoa de Jesus (Fp 2.15).
7. Desses iluminados por Cristo são cobradas ainda algumas coisas para não esquecer: “Andar como sábios e remir o tempo” (v.15,16). Por que, Paulo? Porque os dias são maus.

CONCLUSÃO
Ambos os salvos, podem recordar sem saudosismo algum que: “Outrora éreis trevas”. Não há razão para horrível lembrança.
Mas ambos, já salvos, podem trazer em permanente memória que: “Agora sois luz no Senhor”.
Ambos devem levar a sério o que dito pela inspiração do Senhor: “Andai como filhos da luz” (v.8).
Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva
18/04/2010 – Igreja Batista em Jd Helena – Itaquera – S.Paulo - SP

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