sábado, 22 de maio de 2010

"O que Deus espera do jovem; o que o jovem espera de Deus".

Podemos dizer que não há da parte de Deus algo diferente para o jovem, das coisas que Ele espera de qualquer um. Não há um tratamento vip porque se é jovem. Há, aliás, uma universalização da humanidade em relação a Deus: “Porque todos peca-ram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23).
Em razão dessa universalização do pecado, a consequência é igualitária, isto é, con-denação e absolvição, são igualmente para todos (Rm 6.23).
Deus chama a todos, mas salva apenas os que atendem ao seu chamado. Fazer parte de uma igreja evangélica não garante que o indivíduo tenha sido chamado. Existem muitos evangélicos por tradição; tais pessoas não são diferentes daqueles que cresce-ram em uma tradição católica. Assim como muitos católicos têm resistência em deixar o catolicismo, muitos evangélicos têm de deixar as igrejas nas quais cresceram. Isso é fato, é constatação!
Podemos falar também do juízo de Deus sobre todos. O juízo não é estabelecido por faixa etária. A base do juízo é Romanos 6.23. Não há que se esperar que Deus seja menos grave com os mais jovens e mais duro, rígido com os de mais idade. Em razão de tal certeza, Deus espera do jovem, a compreensão das realidades eternas. Quando o jovem deixar esta vida, vai se deparar com o futuro que ele mesmo escolheu. Então, Deus espera que o jovem saiba escolher a vida e não a morte. Pregando no Salmo 119.9 no mês da juventude de 2009, eu disse:
1. A juventude é o tempo das definições e indefinições. Foi assim com todos os que passaram por essa fase. Alguns decidiram com mais firmeza o seu próprio caminho; outros viveram incertezas diante das muitas possibilidades e dos di-versos conselhos.
2. Desde muito pequenos somos induzidos à escolha dos melhores caminhos. Não raro os pais dizem para os seus pequenos: “Não passe por aí; passe por ali”. São as primeiras escolhas, e elas, por indução.
3. Mas nós crescemos, e os nossos pais já não nos induzem como faziam. Co-meçamos assim, a decidir pelo que julgamos ser o melhor para nós mesmos.

Deus espera que os jovens só façam boas escolhas. Mas as escolhas acontecem no meu julgamento particular, no máximo, deixo alguém dizer alguma coisa; mas no final de tudo, eu decido.
O que o jovem espera de Deus? O jovem não deve esperar de Deus coisas que Ele não disse que faria. O jovem mesmo deve buscar conhecer a vontade de Deus (Rm 12.2). A dica paulina, para que se comece uma boa história com Deus é: “Não se amoldem ao padrão deste mundo” (NVI). O jovem que quiser receberá de Deus di-recionamento. Digo ‘que quiser’, porque Deus não violentará a vontade, que é pes-soal, intransferível e responsabilizadora. O que você decidir será eternamente res-peitado.
O jovem que espera algo de Deus deve querer ouvi-Lo. Muitas vezes temos medo das respostas de Deus, então, fugimos da Sua presença para tomarmos as nossas decisões sem interferências externas.
Confesso que não sei o que o jovem espera de Deus. Nem sei se o próprio jovem sabe. Também não sei o quanto de tempo o jovem para pensar sobre Deus e a Sua vontade. Arrisco-me em dizer o seguinte: é até possível que algum jovem já nem creia em Deus. Espero que não seja o caso de alguém que está aqui hoje!

Terminado, eu até entendo que um tema interessante para pensarmos futuramente será: "O que a igreja espera do jovem; o que o jovem espera da igreja".
Fim.

Pr. Eli da Rocha Silva

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