segunda-feira, 26 de julho de 2010

A IGREJA NÃO É UMA BRINCADEIRA DE FAZ-DE-CONTA
1 Coríntios 3.1-3 e 1 Coríntios 13.11
As crianças gostam de brincar de faz-de-conta: faz-de-conta que eu sou o médico, você a enfermeira e você é o paciente. Esse tipo de coisa funciona muito bem entre as crianças. Quando eles cansam de brincar de médico e paciente, passam a brincar de bombeiros. A vida infantil é mesmo o prazer pelo faz-de-conta.
O drama é continuar brincando de faz-de-conta sendo que a vida é mais real do que imaginamos.
As crianças evangélicas também gostam de brincar de igreja de faz-de-conta, mas assim que crescem, aprendem que a igreja não uma brincadeira de faz-de-conta.

I – JESUS NÃO EDIFICOU UMA IGREJA DE FAZ-DE-CONTA
1. A coisa é muita mais séria do que podemos imaginar. A igreja foi colocada em um mundo real, problemático e de muitas incertezas.
2. A igreja foi colocada para ser a última chance de resgate para o mundo perdido. Não é pouco para a igreja a tarefa que lhe é imposta.
3. Jesus não estava brincando de igreja, e nem seus discípulos eram personagens de uma fantasia. Jesus trabalhou o real, pois o inferno que se apresentava era também real.
4. O inferno que não é de faz-de-conta luta contra a igreja; o inferno real luta sabendo que a vitória é da igreja. Não que a igreja seja alguma por si mesma, mas por que a igreja é Daquele que a edificou e a sua vitória é a Dele.
5. A igreja é real e deveria valorizar o que ela mesma é: corpo de Cristo (Ef 4.12); povo peculiar (Tt 2.14); rebanho de Deus (1 Pd 5.2). Apenas para citar algumas figuras.
6. Por saber que a igreja é real, cada crente deve fazer parte dela consciente das próprias obrigações e privilégios.

II – JESUS NÃO ATRIBUIU OBRIGAÇÕES DE FAZ-DE-CONTA À IGREJA
1. Sendo a igreja real, as obrigações que ela deve cumprir também são reais.
2. Cristo não estava brincando quando mandou que os discípulos ficassem em Jerusalém para ser dinamizados. Discípulos medrosos, acanhados e sem poder, não levariam a resultado aquilo que Cristo lhes propunha.
3. O poder para a igreja não é uma opção; não é dada à igreja a possibilidade de ter poder ou não; poder é obrigação em face da dificuldade da tarefa.
4. Igreja sem poder é igreja sem Cristo; igreja sem Cristo é apenas uma associação de amigos que se suportam. E amigos que se suportam, são inimigos que esperam ocasião.
5. Tendo edificado a igreja e lhe prometido poder, desde que não se ausentasse de Jerusalém, Jesus cumpriu o que lhe prometera (At 2.1ss).
6. O poder conferido à igreja não foi para levantar nela uma classe de super-apóstolos, aeroapóstolos ou qualquer outra designação, mas levantar crentes capacitados para toda boa obra.
7. O poder da igreja anda junto com a missão: “ser-me-eis testemunhas”. A igreja deve ser testemunha do que Cristo fez por ela. Não é um testemunho faz-de-conta, mas um testemunho que pode ser efetivado através do seu próprio martírio. Não a morte da igreja, mas a morte de muitos que dela fazem parte.
8. A igreja é de verdade, porque o seu Senhor é de verdade; a missão é de verdade, pois o Cristo de verdade a comissionou.
9. Todo crente precisa saber: vida cristã de faz-de-conta é coisa que o diabo põe na cabeça daqueles que ainda não sabem por que faz parte da igreja.

III – JESUS NÃO FAZ-DE-CONTA QUE VIRÁ BUSCAR A SUA IGREJA

1. A igreja, que é coisa real, verdadeira, proclamadora, mas também contempladora, espera com ansiedade o cumprimento das outras palavras de Jesus.
2. Jesus deu para a igreja, na pessoa dos seus discípulos, a certeza de que Ele a levaria para Si.
3. Jesus era um homem sério; Ele não tinha tempo para gastar com coisas de somenos importância. Jesus não jogava conversa fora; Ele não discutia sobre coisas que tanto faz como tanto fez. Quando Ele diz que é, é mesmo; e, se disser que não é, não é mesmo.
4. A igreja espera o cumprimento da palavra dita por Jesus aos discípulos: “Voltarei e os receberei para mim mesmo”. Jesus não disse isso para animar crentes de corações desiludidos. Jesus disse a crentes que sabiam em quem criam.
5. Quando Jesus voltar para buscar a sua igreja, os crentes faz-de-conta correm o risco de não ter mais tempo de sair da brincadeira para o real.
6. Crentes faz-de-conta são como Ananias e Safira que pensavam que podiam enganar o Espírito Santo.
7. Crentes faz-de-conta pensam como Simão, que achava que as coisas de Deus podem ser compradas por dinheiro (At 8.14-25).
8. Por último, crentes faz-de-conta, levam a vida cristã na brincadeira, pensando que tudo não passa de um faz-de-conta. Crente faz-de-conta não consegue entender o que foi dito à igreja em Filadélfia: “Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Ap 3.11).

CONCLUSÃO
Será muito bom quando pararmos de pensar que tudo é apenas uma brincadeira; que quando cansarmos de brincar, é hora de guardar tudo em uma caixa e voltar para brincar amanhã.
Mas para parar de pensar que tudo não passa de brincadeira é preciso dizer como Paulo: “Quando eu era menino agia assim e assim, mas quando deixei de ser menino, deixei também as meninices” (1 Co 13.11-Livre).
Que Deus nos ajude a crescer em graça e conhecimento Dele.
Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva 18/07/2010
Igreja Batista em Jd Helena – Itaquera – S. Paulo - SP

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