sábado, 30 de abril de 2011

FAMÍLIA: COMO TUDO COMEÇOU

I – A FORMAÇÃO DO HOMEM

1. A sentença que dá constituição ao homem: “Façamos o homem”. O verbo no plural indica que mais de uma pessoa decidiram pela criação do homem. Os teólogos gostam de chamar de plural majestático: é a Trindade em ação (Gn 1.26a).
2. O homem é Adam da Adamah (2.7). Foi criado do pó da terra.
3. À criação do homem está escrito: à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. O homem recebeu os atributos de comunicação: espírito, razão, intelecto, vontade e sentimento; exerceria governo e tinha relativo poder. Ainda sobre a imagem: “Em certo sentido, a constituição física do homem e da mulher retrata a imagem de Deus, o que não ocorre no reino animal. Deus pôs nos seres humanos a imagem pela qual Ele apareceria visivelmente a eles (18.1,2,22) e a forma que seu Filho um dia viria a ter (Lc 1.35) (BEP).
4. “Macho e fêmea os criou” (v.27). O cumprimento do que está no v. 28 dependia da diferença física entre homem e mulher.

II – A UNIÃO EM FORMA DE CASAMENTO (IDEALIZAÇÃO DA FAMÍLIA)

1. Com pormenores, o cap. 2 discorre sobre a formação da família, a partir do casal: “O Senhor Deus disse: não é bom que o homem viva sozinho (Gn 2.18).
2. O homem, como primeiro humano criado precisava de companhia. Pois não era bom que o homem estivesse sozinho (Gn 2.18).
3. A solidão compreendia o homem como um ser incompleto; ser incompleto não é bom, disse Deus.
4. Para completar o homem, Deus decidiu dar do homem à mulher: “E a costela que o Senhor Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher, e lha trouxe” (Gn 2.22).
5. O estabeleceu o tipo de mulher que Deus que completaria o homem: “Uma auxiliadora que lhe fosse idônea” (Gn 2.18). Não passou pela mente de Deus criar uma competidora, mas uma auxiliadora.
6. Criada a mulher Deus a trouxe a Adão. Ali no Éden estavam as três pessoas importantes na união conjugal: Deus, o homem e a mulher. Então, diante de muitas testemunhas, Deus os uniu.
7. Podemos citar também duas questões importantes nesse ato criativo de Deus: a monogamia e a heterogamia. A união é monogâmica, pois Deus criou apenas Eva, e não um harém; é heterogâmica, pois Deus uniu um homem e uma mulher.
8. Por melhores que duas pessoas sejam, respeitáveis em suas ações e compromissos, muitas até admiradas por nós em seu caráter e cidadania, nada disso elimina o ideal divino da relação matrimonial homem-mulher, conforme Gn 1.27, 28.

III – DEIXANDO TUDO PARA PODER COMEÇAR

1. O pastor Jaime Kemp, na Bíblia da Família diz que ‘É difícil, mas necessário’. Não dá para começar a vida a dois, sem deixar de lado a vida ‘de muitos’: é preciso sair de casa (2.24).
2. A interferência dos pais nem sempre é vista de modo construtivo; há casos que o casamento começa já terminado, devido a imaturidade dos cônjuges ou de um deles. A relação conjugal tempo por base o ‘filhinho da mamãe’ ou a ‘filhinha do papai’ mina a estabilidade do casamento.
3. Deixar pai e mãe significa viver exclusivamente para o outro; o início da instituição familiar começa com a saída da casa da família genitora ou de afinidade.
4. A parte que decide não deixar pai e mãe não está apta para o casamento. Há casos, que um dos genitores precisa acompanhar o novo casal por não ter com quem ficar. Isso pode ser bom a princípio, mas pode transformar-se em prejuízo no futuro.
5. Famílias que vivem muito próximas umas das outras, sempre têm o que reclamar: é o conselho na hora errada, é a ‘passadinha’ demorada para ver os pais, é a interferência na criação dos filhos, etc
6. Muitas vezes usamos a proximidade com nossos pais para resolvermos parte dos nossos problemas: avós que buscam filhos na escola, cuidam dos netos em períodos de trabalho dos filhos; o que parece ser bom, se não for bem administrado, com cada um sabendo até onde vai o seu limite de influência, pode tornar-se um grande prejuízo para uma das partes, e no final, para a família.


CONCLUSÃO

Que Deus abençoe as nossas famílias.

Pr. Eli da Rocha Silva
01/05/2011 – Igreja Batista em Jd. Helena – Itaquera – S.Paulo - SP


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