sábado, 4 de abril de 2009

JEREMIAS 2.2-13 - ATITUDES QUE ATÉ DEUS PARECE DUVIDAR

ATITUDES QUE ATÉ DEUS PARECE DUVIDAR
JEREMIAS 2.1-13

INTRODUÇÃO
Quantas atitudes das pessoas nos deixam pasmos; porque não dizer, até algumas atitudes nossas que deixam os outros boquiabertos. Quem alguma vez não fez algo de deixar outros assombrados. Quem não fez que atire a primeira pedra. Basta olharmos fielmente para o que já fomos.
Talvez você possa me contestar (respeito sua contestação!), e dizer a mim, a si mesmo e a todos, que nunca tomou uma atitude autorreprovável.
Não quero parecer sacrílego, mas algumas vezes as pessoas tomam ‘atitudes que até Deus parece duvidar’. Talvez não seja o nosso caso.
Jeremias nos deixa escrito em livro (caso ele o tenha escrito, vamos deixar a discussão para a alta crítica), que Israel tomou esse tipo de atitude que deixou até Deus pasmado.

I- AS PRIMEIRAS ATITUDES NÃO SÃO PARA ESQUECER

1. As primeiras palavras do capítulo mostram Deus saudoso dos primeiros dias do relacionamento: “Eu me lembro de sua fidelidade quando você era jovem: como noiva, você me amava e me seguia pelo deserto” (v.2). Para muitos o tempo de namoro e noivado e mesmo coisa de dar saudades.
2. Havia da parte de Israel, naqueles dias, dedicação exclusiva ao Senhor: “Israel, meu povo, era santo, para o Senhor, os primeiros frutos da sua colheita” (v.3 a). Além de ser um povo separado para Deus, havia no relacionamento a alegria das primeiras coisas, de tudo aquilo que é novo, apreciável, belo.
3. Como acontece quando casamos: o uso das primeiras panelas, os lençóis, o cheiro de coisa nova. Ficamos fora de nós mesmos nos primeiros dias de casamento. Assim parecia ser a relação Deus-Israel.
4. Deus, além de provedor, era também o protetor de Israel. Como tesouro precioso (NVI), ai de quem mexesse com a noiva apaixonada (Israel): “Todos os que o devoravam eram considerados culpados, e a desgraça os alcançava” (v.3 b). Era inconcebível mexer com a noiva e ser inocentado ou passar ileso.
5. O relacionamento era perfeito. O casamento ia às mil maravilhas. Tratava-se do matrimônio ideal. O tipo de relacionamento que todos querem construir no casamento: Lado a lado o Amado e a amante (sentido ideal); o Protetor e a protegida; o Provedor e a provida.

II – ALGUMAS ATITUDES SÃO DIFÍCEIS DE SEREM COMPREENDIDAS

1. O marido estava inconformado (3.14). Que falta foi achada Nele? O que Ele teria feito para que a esposa se distanciasse? (v.5 a).
2. Onde a esposa estava com a cabeça para trocá-lo por um traste? Como trocar a segurança que há do lado do marido, por algo (ídolos) que não tem nada a oferecer, e de fato, nada podem fazer?
3. Por deixarem o esposo dedicado, Israel como esposa, faz baixar o seu próprio nível: “Eles se foram atrás de coisas inúteis e tornaram-se inúteis” (v.5 b NIBB).
4. Israel, para tristeza de Deus (antropopatia), não parou para pensar nos velhos tempos, quando era guiado pelo Protetor (v.6). Não se deu ao trabalho de lembrar-se da jovem noiva que foi e O seguia pelo deserto (v.2).
5. Além de esquecida, a Nação-esposa não soube ser grata: “Eu trouxe vocês a uma terra fértil, para que comessem dos seus frutos e dos seus bons produtos. Entretanto, vocês contaminaram a minha terra; tornaram a minha herança repugnante” (v.7 NVI).
6. A liderança cruzou os braços. Os que deviam cuidar da religião: sacerdotes, escribas e profetas, deixaram de lado as suas responsabilidades. A nação de Israel deixou Deus verdadeiro, ‘indo atrás de ídolos imprestáveis’ (v.8).
7. Mas Deus não ficaria se lamentando eternidade afora; e Ele, deixa isso bastante claro para o povo e a sua liderança: “Trarei acusações contra vós” (v.9)

III – AS ATITUDES QUE GERARAM ESTUPEFAÇÃO

1. Pasmo diante das atitudes de Israel, Deus manda que se envie emissários às outras nações, parece que se veja em seus anais, em seus livros de história, se já acontecera algo parecido: “Por acaso houve alguma nação que tenha trocado os seus deuses, posto que nem são deuses?” (v.11 a).
2. Deus declara o fato triste, lamentável, o disparate cometido por Israel: “Mas o meu povo trocou a sua glória por aquilo que é imprestável” (v.11 b).
3. Diante da assombrosa e tresloucada decisão, como um de ‘incredulidade’ e estupefação, Deus convoca os céus para que observem a escolha feita por Israel: “Espantem-se diante disso, ó céus! Fiquem horrorizados e abismados!” (v.12 NVI).
4. Para Deus, dois males: Abandoná-lo e buscar seus próprios caminhos. De que maneira? Deixar de lado a fonte de águas vivas (Jr 17.13). Israel não quis dessedentar-se em Deus.
5. Deixar Deus é deixar as delícias e os prazeres do banquete espiritual (Sl 36.7-9).
6. A loucura da troca: Israel trocou a segurança que há em Deus, pela fragilidade das coisas. O MANANCIAL DE ÁGUAS VIVAS POR CISTERNAS ROTAS (CISTERNAS RACHADAS).
7. Alguém, como Israel, que peregrinou no deserto, conhece bem a força desse argumento.

IV – MESMO DIANTE DE TAIS ATITUDES PERMANECE A PROMESSA QUE É ESTENDIDA A TODOS OS HOMENS

1. Existe da parte de Deus a promessa de um dia de águas vivas, que favoreça o povo, que sem sombra de dúvida, é rebelde.
2. Haverá para Israel um dia especial do Senhor, onde se verá abundância de águas (Joel 3.18) Ver Isaías 35. 1-7; 12.1-3; 58.11.
3. Mesmo em um contexto diferente, a promessa de restauração é estendida a todos os homens por meio de Jesus Cristo. JESUS, O DEUS-FILHO, É O NOSSO MANANCIAL.
4. Jesus veio para preencher as expectativas dos sedentos, pois Ele mesmo diz: “Aquele que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede” (João 4.14). Jesus se apresenta como servo: “que eu lhe der”. O aspecto atemporal do ato: “Nunca mais terá sede”.
5. Resultados de dessedentar-se em Jesus: “A água que eu lhe der SERÁ NELE uma fonte a jorrar para a vida eterna”. SERÁ NELE= Permanente em homens e mulheres cristãos.
6. Para os que crêem a água é abundante e de graça (Apoc. 21.6; 22.17).

CONCLUSÃO:
Israel não soube valorizar a presença e as bênçãos de Deus; não sejamos como ele.
Quaisquer pessoas, ou, todas as pessoas têm a possibilidade de mudar as suas atitudes; só não pode mudar quem já morreu. Não é demais lembrar que, enquanto há vida há esperança.
Tome esta atitude: deixe a vida seca e sem razão e participe do manancial inesgotável que é Jesus.

PR. Eli da Rocha Silva
Igreja Batista em Jardim Helena – Itaquera – São Paulo – SP 05/04/2009

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