sexta-feira, 10 de abril de 2009

A PAIXÃO DO NOSSO MESTRE

A PAIXÃO DO NOSSO MESTRE

LUCAS 17.11-24.53 (SEXTA-FEIRA)

I – O MESTRE É NEGADO, ZOMBADO E ESPANCADO (22.54-71)

1. Após ter sido preso, Jesus é levado à casa do sumo sacerdote (v.54). As dificuldades encontradas por Jesus durante o seu ministério foram, principalmente , com os religiosos: sacerdotes, escribas e fariseus. A religião instituída não suportava a forma de Jesus ensinar o povo.
2. Pedro, como seu fiel escudeiro não arreda o pé de Jesus. O mesmo Pedro que o Senhor intercedera por ele (v.31,32). O mesmo Pedro que puxara a espada contra o servo do sumo sacerdote (v.50).
3. O Pedro que se julgava pronto a ir com Jesus para a prisão e morte (v.33), nega o seu Senhor. Ele diz: “Mulher, não o conheço” (v.57). Quando acusado de ser um deles, temendo diz: “Homem, não sou” (v.58). Outra vez alguém diz: “Também este verdadeiramente estava com ele, porque também é galileu”. Mas Pedro insistia: Homem, não compreendo o que dizes” (v.59,60).
4. Pedro agiu como Jesus disse que agiria: “Hoje três vezes me negarás que me conheces, antes que o galo cante” (v.34). E o galo cantou (v.60).
5. Começa a agonia física do Senhor. Os homens que o detinham zombam de Jesus e lhe dão pancadas (v.63). Acostumados a judiar de profetas, judiaram de Jesus. Queriam que Ele profetizasse quem estava lhe batendo (v.64). Para eles, tratava-se apenas Jesus, um homem qualquer; mas para nós Ele é Senhor.
6. O Sinédrio reunido (v.66), que ao texto parece indicar, ser constituído dos anciãos, principais sacerdotes e escribas. O Sinédrio julgava questões religiosas, portanto não poderia impor a Jesus a pena capital.
7. Eles queriam que Jesus se incriminasse dizendo-lhes ser o Messias (eles falavam em aramaico). Mesmo que Jesus lhes dissesse que sim, eles não acreditariam no seu messiado (v.67).
8. Estava chegando a hora do Filho do homem assumir o seu lugar de honra (v.69,70). Não podendo julgá-lo, o Sinédrio apela a Pilatos.

II – NEM PILATOS E NEM HERODES, MAS O PRÓPRIO POVO (23.1-25).

1. Do ponto de vista do Sinédrio, o crime de Jesus era blasfêmia, pela alegação de ser Filho de Deus. O tribunal romano, junto com o governador não aplicaria a pena de morte por esse crime.
2. Então, “Levantando-se toda a assembléia, levaram a Jesus a Pilatos” (23.1), tecendo contra Ele falsas acusações: “Encontramos este homem pervertendo a nossa nação, vedando pagar tributo a César e afirmando ser ele o Cristo, Rei” (v.2). Mas era justamente o contrário, conforme registra o próprio Lucas (20.19-25).
3. Após interrogá-lo, Pilatos diz não ver nele crime algum (v.4). Diante da insistência da assembléia (v.5), o jeito é deixar que Herodes resolva (v.6,7).
4. Herodes não teve nenhuma preocupação em resolver a questão, e divertindo-se com a guarda, devolveu-o a Pilatos (v.11).
5. Nem Pilatos e nem Herodes viram em Jesus os crimes políticos que o acusavam (v.14). Por não haver nada que o pudesse condená-lo a morte, após castigá-lo, Pilatos o soltaria (v.16).
6. Mas a multidão gritava: “Solta-nos Barrabás” (v.17) “Crucifica-o! Crucufica-o! (v.21).
7. Pilatos novamente disse que após açoitá-lo o soltaria, mas a multidão insistia “com grande gritos pedindo que fosse crucificado. E o seu clamor prevaleceu” (v.22,23). Pilatos cedeu à grita do povo e dos principais sacerdotes judaicos (v.25).







III – A ÚLTIMA FASE DA SUA PAIXÃO: JESUS É CRUCIFICADO (V.26-49).

1. O Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho, hoje pastor em Campinas-SP., em Ponto Salientes de 1990, escreve que a paixão de Cristo teve três fases: (1) A paixão interior, o momento do sofrimento íntimo (Getsêmani) Lc 22.39-46; (2) A paixão física v.47-53 (22.47-23.25); e, (3) paixão conclusiva (v.33-49).
2. “Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram” (v.33). A crucificação era um método cruel e espetacular de execução. Era prática corrente naqueles dias, pois juntamente com Jesus, foram crucificados dois malfeitores.
3. Cumpre-se no Calvário a essência e o fundamento do plano divino de redenção (1 Cor 1.23,24). Na cruz foi paga a nossa dívida (Col 2.14). As forças do mal, que pensavam vencedoras, são vencidas por Jesus, que triunfa sobre elas na cruz (v.15). Naquela cruz foi crucificado o nosso velho homem (Rm 6.6).
4. A versão KJ traz: “Apesar de tudo, Jesus dizia: ‘Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo’” (Lc. 23.34) . O Senhor intercede por seus algozes. A cruz seria o grande benefício daqueles homens. Cumpre-se ali o Salmo 22 (v.18).
5. Na própria cruz, ainda em vida, Jesus assegura a um dos criminosos, mediante a sua pública profissão de fé, que após ambos morrerem, encontrar-se-iam no paraíso (v. 39-43). Aquela não era uma sentença de morte, mas uma palavra de salvação. Podemos dizer que aquele homem estava no lugar certo na hora certa.
6. Foram seis horas de agonia. Jesus sofreu na cruz das 09:00 às 15:00 horas. E nesta última hora Ele clama em grande voz: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (v.46). A morte não podia vencê-lo; Ele voluntariamente se entregou. Naquela hora Ele reassume a sua posição diante do Pai.

CONCLUSÃO
Com a sua morte na cruz Jesus nos confere (v.43):
• A salvação que é imediata: Hoje
• Garante todos nós sua maravilhosa companhia: Comigo
• E um lugar eterno, para uma vida que é eterna: Paraíso.
Amém.
Pr. Eli Rocha Silva

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