sábado, 14 de fevereiro de 2009

Lições em Romanos (5)_14.1-12

Lições em Romanos (5)_14.1-12
Texto: Almeida Revista e Corrigida
Os Fracos e os Fortes (Subdivisão NVI- Nova Versão Internacional)

(v.1) - ORA, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas.
1. Como traz a subdivisão, há na igreja os crentes fortes e os crentes fracos na fé. A fraqueza, fragilidade ou debilidade, por ser motivo de alguém se novo na fé, ou de ser imaturo, mesmo sendo crente ‘velho’.
2. Paulo estava escrevendo para uma igreja de crentes novos. Fossem judeus de Roma, ou gentios, a verdade é que a fé evangélica era coisa nova entre eles. Embora, é possível, que já houvesse entre eles crentes já experimentados.
3. A preocupação era de relacionamento (comunhão uns com os outros) e também doutrinária; de usos e costumes e forma de alimentação.
4. Na igreja de hoje alguns crentes podem também levantar situações controvertidas tais como o levantar de mãos, bater palmas, fechar os olhos enquanto louva, dar um ‘glória a Deus’, ou dizer Aleluia, etc
5. A idéia principal é que a igreja, com os crentes amadurecidos, deve ser agente de agregação dos que ainda são, ou que sempre serão fracos na fé.
6. Quantos aos fracos por serem novos na fé, podiam ficar desanimados, perdendo o ânimo para continuar; e os fracos, mesmo de há muito na fé evangélica, podiam permanecer na igreja, mas alijados dos demais.

(v.2) - Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes.
1. Havendo os fortes e os fracos dentro do grupo, a primeira divisão se dá quanto à comida.
2. “Um crê que de tudo se pode comer”. O crente forte não vai gastar o seu tempo discutindo se come ou não come. A sua fé é a sua base. Tendo Deus criado todas as coisas, o crente que participa de tudo que se coloca na mesa, participa sem restrições.
3. O que é fraco alimenta-se apenas de legumes. Aqui o foco são as restrições impostas pelo Antigo Testamento, que alguns ainda não tinham melhor discernimento (Ver Nota NKJV).

(v.3) - O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu.
1. Os crentes devem praticar a tolerância. Não era preciso que os crentes entrassem em discussões amalucadas, querendo cada um ser melhor que o outro.
2. Os crentes fracos não deviam ser desprezados, e nem os que se julgavam fortes ser julgados. Uma comunidade em pé de guerra e fonte de escândalo para os descrentes.
3. Imaginem após o término dos cultos, os crentes saindo carrancudos (os desprezados) e os fortes, indignados por terem sido julgados.
4. Paulo dá um cala-a-boca: “Deus o aceitou”. Na verdade, havia um julgamento de ambas as partes.

(v.4) - Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio SENHOR ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar.
1. Este versículo me leva a lembrar, quando alguns crentes (denominações) nos criticavam por termos televisão, ou por sermos batistas. Eles se julgavam melhores em todos os sentidos, e tentavam nos depreciar.
2. Paulo está censurando os crentes chamados de fracos, que tinham o costume de criticar e julgar os fortes, que viviam a fé cristã com muito mais liberdade.
3. Deus é Senhor de ambos, seja forte ou fraco. Não nos cabe julgar aqueles a quem Deus aceita, senão incorremos no erro de sermos juiz do próprio Senhor.
4. Quando eu era jovem, entrei na casa de um pastor e o vi deitado no sofá assistindo futebol. Achei o cúmulo. Pensei comigo mesmo: ‘Ele devia era estar evangelizando’. Eu o julguei, e se pudesse, a condenação estava decretada. Coitado de mim!

(v.5) - Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente.
(v.6) - Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o SENHOR não come, e dá graças a Deus.

1. O que Paulo espera dos crentes é que ajam com convicção, pois tudo que não é por fé é pecado (v.23).
2. Quem entende que não deve guardar o sábado (como entendia o judeu), ou que comer carne de porco (costelinhas salgadas!) não afeta a sua fé, muito bem; mas que esteja seguro em sua própria mente, ou seja, que ela mesma (a mente) não lhe condene. Comendo ou não, o importante era ter um coração grato.
3. Eu por exemplo, tenho dificuldade em comer galinha ao molho pardo; mas não julgo a quem come. Até os quarenta e sete anos, nunca tinha ido ao cinema (fui ensinado a não ir), mas não condenava quem ia (já fui uma vez).

(v.7) - Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si.
(v.8) - Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor.
(v.9) - Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos.


1. O que cada crente deve ter em mente é que está sob o senhorio de Cristo, assim sendo, a sua maior dedicação está em agradá-lo.
2. A morte e a ressurreição de Cristo, à vista de todo poder ou principado, ratificou o Seu direito de soberania sobre todas as coisas.

(v.10) - Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo.
1. Tenho a impressão que Paulo queria mesmo era trazer a paz entre os crentes de Roma.
2. Os fracos e os fortes foram questionados. Eles pensavam ser mais do que realmente eram.
3. Com qual cara haveremos de comparecer diante do tribunal de Cristo, se diante de coisas menores não conseguimos conservar a comunhão?

(v.11) - Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, e toda a língua confessará a Deus.
(v.12) - De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.

1. Aplicando Isaías 45.23 ao julgamento que virá sobre todos, Paulo quer mostrar aos dois grupos de crentes, quer seja o dos fracos ou dos fortes, cada pessoa dará conta de si mesmo a Deus.
2. Repito o que já disse em outra oportunidade: Na verdade, somos apenas pessoas carentes de Jesus. É por isso que, quando nos achamos tão fortes, basta uma única palavra que nos magoe, o nosso castelo parece ruir.

Que Deus nos abençoe.

Pr. Eli da Rocha Silva 15/02/2009
Igreja Batista em Jardim Helena – Itaquera – São Paulo - SP

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