sábado, 1 de novembro de 2008

VIVENDO CORDIALMENTE COM OS INIMIGOS

VIVENDO CORDIALMENTE COM OS INIMIGOS


MATEUS 5.38-48



1. Os ensinos de Jesus são desconcertantes; imagine dar a face esquerda àquele que nos bateu na direita!
2. E o vexame de ficar nu por ter perdido a roupa para o inimigo. Andar com alguém que deseja o nosso mal, duas milhas ao invés de uma? Talvez diante de tudo isso, a única resposta nossa seja ‘nem pensar’.
3. Se a sociedade nos ensinar que devemos pagar com a mesma moeda, Jesus ensina que não deve ser assim (“Ouvistes que foi dito...Eu, porém, vos digo”) (v.38,39). Só entende o ensino de Jesus quem tomou a sua cruz e o seguiu.
4. Mas o primeiro ensino do Senhor é: “Não resistais o perverso”. Qual é o limite do perverso? É só lembrarmos dos últimos crimes bárbaros praticados na cidade de São Paulo, que vamos entender o conselho de Jesus.
5. Chegamos à conclusão, que não há limite para o perverso.
6. Mas Jesus ensina que o que sofre o dano deve ser voluntarioso. Talvez alguém diga: “Jesus pirou!” Mas Jesus não ‘pirou’ não; Ele estava ensinando os valores do Reino.
7. São.


II – O ROSTO, A ROUPA E A COMPANHIA

1. São três as situações tratadas por Jesus. As três primeiras atitudes das três situações são motivadas pela perversidade das pessoas; as três segundas atitudes são reações voluntárias daqueles que sofreram diante do perverso.
2. Aquele que tiver a face ferida pelo ofensor, voluntariamente, devia voltar-lhe a outra face (v.39);
3. Se alguém, através de demandas da lei, pleitear a túnica, voluntariamente, deixa-lhe também a capa. Jesus estava ensinando que o litígio deve ser evitado (v.40).
4. Se a companhia dor perverso não é nada agradável, ele quer a sua companhia por uma milha, voluntariamente, vai com ele duas (v.41).
5. Jesus teve a missão de ensinar os valores do Reino que chegara ; os valores que até então as pessoas estavam acostumadas não combinavam com aqueles que acabavam de chegar.

III – AMOR, ORAÇÃO E SAUDAÇÃO

1. Para Jesus, o crente deverá sempre, demonstrar ações que possam recuperar o homem perverso. São elas:
2. “Amai os vossos inimigos”. Que tipo de amor devemos demonstrar pelos nossos inimigos? O mesmo amor que Deus teve por nós; Ele nos amou a ponto de nos salvar. Sendo salvos, não devemos impor dificuldades em cooperar com Deus para a salvação daqueles que não nos querem bem.
3. “Orai pelos que vos perseguem”. Qual a oração que devemos fazer pelos que nos perseguem? Jesus nos ensinou: “Pai, perdoa-lhes por que não sabem o que fazem” (Lc 23.34). A vida cristã pode ser marcada por várias tribulações; assim como Paulo, levamos em nós as marcas de Jesus (Gl 6.17). A perseguição não nos exime da oração por aqueles que estão nos perseguindo, principalmente poir conta de defendermos o evangelho de Cristo.
4. “Se saudardes apenas os vossos irmãos, que fazeis de mais?” (v.47). A resposta é: nada. Jesus mesmo diz que os gentios fazem o mesmo. Os judeus tinham as suas saudações, igualmente os gentios. O problema que havia a dificuldade de se saudarem por conta de conceitos e preconceitos.
5. E nós, saudaremos apenas aqueles que comungam da nossa fé e dos nossos costumes (e as questões de moralidade)? As maneiras, as práticas gentílicas eram diferentes da dos judeus, pois estes tinham a Lei como regramento. Então, como saudar alguém que difere tanto de nós em tantas coisas?
6. Aqueles que diferem de nós em tantas coisas, em tantos pormenores, que vez por outra possa se levantar como um inimigo declarado, Jesus ordena: ore por ele.
7. A diferença pode se dar em relação à Bíblia, e consequentemente, no que se espera e crê do futuro, conforme prescrito por ela. Jesus mesmo disse: vinde a mim; e não disse: vocês são obrigados a virem a mim.
8. Para muitos a Bíblia é um livro ultrapassado. Em recente discussão no Superpop (Rede TV!), alguns defendiam a Lei contra a Homofobia e desqualificavam a Bíblia, enquanto uma pastora tentava defendê-la. Quero dizer que, Deus respeita a opinião das pessoas, não significando que serão inimputáveis. Entretanto, as diferenças não devem tornar a pessoas inimigas.


IV – SENTENÇA AOS CORDIAIS (OS CRENTES EM CRISTO)

1. “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (v.48). Depois de discorrer como deve ser o comportamento dos discípulos em relação aos inimigos de um modo geral, Jesus diz como de fato eles devem ser.
2. Jesus estabelece o padrão para o cristão: a perfeição que há em Deus, que mesmo quando ainda éramos pecadores nos estendeu a sua mão (Rm 5.8).
3. Jesus não estava cobrando de nós, que sejamos tal qual Deus é, porque isso é impossível para pecadores que somos, mas para que façamos como Ele fez: “Deus amou o mundo de tal maneira...” (Jo 3.16). Que saibamos amar também.


Pr. Eli Rocha Silva
02/11/2008 IBJH

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