quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Atos 2-4 O TIPO DE IGREJA QUE AJUDAREI A ESTABELECER AQUI

O TIPO DE IGREJA QUE AJUDAREI A ESTABELECER AQUI

ATOS 2-4

I- AJUDAREI A ESTABELECER UMA IGREJA PRIORITARIAMENTE BÍBLICA

1. Parece redundância querermos uma igreja prioritariamente bíblica. Só o fato de uma entidade levar o nome de igreja, poder-se-á imaginar a Bíblia como sua prioridade. É possível acreditarmos que é assim?
2. A igreja bíblica e aquela que conserva a doutrina. Doutrina é o ensino dos princípios bíblicos
3. A igreja dos primeiros dias era conhecida como bíblica. É-nos dito a respeito dela, que “perseveravam na doutrina (didachê- ensino, instrução) dos apóstolos” (v.42).
4. Como ensino dos apóstolos, compreenda-se o conjunto das coisas que eles tinham recebido do Senhor. Assim como o próprio Paulo diz: “Porque eu recebi do Senhor este ensinamento que passei para vocês” (1 Cor.11.23).
5. Os crentes da Beréia eram bíblicos, ninguém lhes ensinava qualquer coisa que eles não conferissem a veracidade (At. 17.10,11).
6. Como posso ajudar a estabelecer essa igreja bíblica?
• Crendo que a Bíblia a Palavra de Deus;
• Crendo que a Bíblia mostra-nos o caminho, sendo a regra e a prática.
• Sendo bíblico na conduta em todos os seus segmentos: moral, ético, social, etc
• Sendo um estudioso, não apenas um leitor da Bíblia.

7. Se a igreja não é da Palavra, não é a igreja de Cristo. E é certo que não queremos ser conhecidos como uma igreja sem Cristo. Igreja sem Cristo é igreja sem cabeça. Não é esquisito ver um corpo sem cabeça?
II – AJUDAREI A ESTABELECER UMA IGREJA QUE SAIBA ATRAIR SIMPATIA.

1. “Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos” (v.47).
2. Um exemplo de falta de simpatia da comunidade. Um amigo pastor me disse que a igreja que dirigira, como vice-presidente, por muitos anos, não contava com a simpatia dos seus vizinhos. É que os crentes iam chegando para o culto, e a rua sendo estreita, estacionavam os carros em frente às garagens das casas. Não poucas vezes os vizinhos tinham que ir até a igreja chamar os crentes.
3. Nós os crentes (a igreja) devemos ser simpáticos para termos a simpatia dos nossos vizinhos. Há um hino pentecostal que diz “onde está aquele povo barulhento?”. Com certeza alguns vizinhos da igreja não nos suportarão se fizermos muito barulho (Acabarão chamando o PSIU pra cima de nós!).
4. A igreja descrita por Lucas tinha (εχοντες ) a simpatia (χαριν=graça, favor) de todo o povo. Ela era vista com bons olhos. Então como membro da igreja, ajudarei na busca da simpatia aonde ela está inserida.
5. A comunidade abria-lhe as portas, e assim “cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos” (v.47).
6. Então a igreja esperava sentada que o Senhor acrescentasse os que iam sendo salvos? Não! Encontramos em Atos 4.32 que “todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus”.
7. Posso assumir o compromisso de, tentar ao máximo fazer da minha igreja uma agência de proclamação?




III – AJUDAREI A ESTABELECER UMA IGREJA DE CRENTES COM ALMA VOLUNTÁRIA
1. A alma voluntária é a alma espontânea, aquela que não precisa ser pressionada para que realize alguma coisa.
2. Quando Davi passava o trono de Israel ao seu filho Salomão disse a ele: “Tu, meu filho Salomão, conhece o Deus de teu pai e serve-o de coração íntegro e alma voluntária; porque o Senhor esquadrinha todos os corações e penetra todos os desígnios do pensamento. Se o buscares, ele deixará achar-se por ti; se o deixares, ele te rejeitará para sempre (1º Cron. 28.9).
3. Primeiro, Salomão deveria servir ao Senhor de coração íntegro, i. é, inteiro. A palavra íntegro, que em Hebraico é shâlêm, significa perfeito, justo, pronto, pacifista e quieto. Em Deuteronômio 27.6 há instrução que as pedras do altar deveriam ser shâlêm, pedras toscas, não cortadas. Salomão não deveria ter um coração cortado, dividido. E ainda, de shâlêm, derivam-se shalôm (paz) e shelomoh (Salomão, que é, homem de paz).
4. Segundo, Salomão deveria ser ao Senhor de alma voluntária. Deveria servi-lo com determinação, resoluto e decidido; disposto, de boa vontade, com prontidão, com prazer. Há uma palavra da mesma raiz hebraica, que significa “não estar escravizado”.
5. A partir da própria disposição de Davi (1 Cron. 29.3), houve em Israel uma avalanche de voluntários para a edificação do Templo ao Senhor (1 Cron. 28.21; 29.5 liberalmente, 6 voluntariamente ).
6. Escreve o autor das Crônicas que “O povo se alegrou com tudo o que se fez voluntariamente; porque de coração íntegro deram eles liberalmente ao SENHOR; também o rei Davi se alegrou com grande júbilo (v.9). O povo agiu com espontaneidade, com livre vontade e com liberdade.
7. Davi nos dá o porquê da liberalidade dele e do povo: “v.14 Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos. v.17 Bem sei, meu Deus, que tu provas os corações e que da sinceridade te agradas; eu também, na sinceridade de meu coração, dei voluntariamente todas estas coisas; acabo de ver com alegria que o teu povo, que se acha aqui, te faz ofertas voluntariamente.
8. Diante da liberalidade do povo de Deus, nós, que somos a sua igreja, o seu povo, queremos ter alma voluntária na adoração, no serviço (diakonia), na evangelização e na contribuição.

IV – AJUDAREI A ESTABELECER UMA IGREJA PRÁTICA NA MUTUALIDADE (ALLELÔNICA).

1. “E na comunhão, no partir do pão e nas orações”.
2. Na alegria de estarmos juntos. Estarmos juntos é muito mais que chegarmos atrasados e sairmos mais cedo.
3. Na alegria de termos objetivos comuns (v.44). “Tinham tudo em comum”. Nesta característica há muito mais do que, simplesmente, criarmos um grupo por afinidades, tais como: comunidades das que usam tranças ou das que a detestam; comunidade dos que só usam tênis de marca, ou dos que detestam tênis de marca; a comunidade daqueles que gostam de Apolo ou de Pedro, de Paulo ou de Cristo. Ter tudo em comum é não puxar a corda para o lado contrário. Ter tudo em comum é não torcer para que arrebente a corda.
4. Na alegria de nos preocuparmos uns com os outros (v.45). Na unidade da igreja havia o interesse pelo bem estar do irmão (4.32-35). Eles eram unidos pela graça de Deus. Pessoas imperfeitas não podem ser unidas sem graça (David Faust).
5. Na alegria de partirmos o mesmo pão (v.46). Segundo Shedd, o Ágape e a Ceia eram celebrados forçosamente em casas particulares.
6. O Ágape, era reunião de comunhão, como fazemos em nossas casas. Nessas reuniões eram feitas refeições conjuntas, cada pessoa levava um “pratinho”, ou o dono da casa servia do que tinha.
7. A Ceia do Senhor (v.42) era o momento de recordar a Sua presença entre eles. É no momento da ceia que podemos refletir o quando Ele sofreu em nosso lugar.
8. Na Ceia nos apropriamos de um mesmo pão (Jesus). É o que nos traz a simbologia que há na Ceia.
9. Na Ceia somos confrontados com o seu sangue. Geralmente, todos têm algum tipo de aversão ao sangue mas, foi através do seu sangue que fomos lavados. Assim cantamos “o sangue de Jesus me lavou”.

CONCLUSÃO

Eu quero ajudar a estabelecer neste lugar a igreja pretendida por Jesus. Eu quero ser voluntário.

Pr. Eli da Rocha Silva
IBJH 31/12/2006

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