segunda-feira, 18 de agosto de 2008

2 Reis 4.1-7 QUANDO PARECE NÃO HAVER MAIS ESPERANÇA

QUANDO PARECE NÃO HAVER MAIS ESPERANÇA
2 REIS 4.1-7

I – É PRECISO CLAMAR POR AJUDA
1. Quando os problemas parecem que vão nos engolir, é preciso clamar por ajuda. O salmista diz que Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações (Sl 46.1).
2. A mulher retratada no texto não tinha a quem recorrer, a não ser Eliseu. Melhor para ela: ela chamou o homem de Deus (v.7).
3. As dificuldades eram muitas: havia perdido o seu marido, discípulo de profeta; o marido morreu com contas a pagar: “É chegado o credor” (v.1); dos poucos bens, restaram-lhe apenas dois filhos, que poderiam nas condições das leis locais, serem dados como escravos em pagamento da dívida (v.1).
4. Quantas também não são também as nossas dificuldades? A quem clamar? Um dos profetas responde: “Clama a mim, e responder-te-ei” (Jr 33.3).
5. Muitas vezes clamamos a tudo e a todos, nos esquecendo de clamar Àquele que pode de fato ajudar, tomando o nosso fardo pesado (Mt 11.28-30).
6. Ele faz um solene convite, sem arrancar à força das nossas costas, os fardos que fazemos questão de não deixar de lado.
7. Quando clamamos precisamos nos mover. Alguns pedem, pedem, mas não movem uma palavra em busca de solução. Muitas orações se arrastam anos a fio sem se chegar a um resultado. Precisamos também ser práticos e rápidos quando queremos ver as coisas resolvidas.

II – É PRECISO COLOCAR ALGO À DISPOSIÇÃO.
1. Eliseu precisa de um ponto de partida. À sua pergunta, certamente a mulher não tinha a resposta: “Que te hei de fazer?”. Algum crente mal-educado diria que se soubesse não procuraria o pastor. Imagino Eliseu coçando a barba, pois não podia coçar os cabelos (2.23)! Ele quer saber: “Dize-me o que é que tens em casa”.
2. Os recursos eram poucos, que diante da dívida não representavam nada. A mulher não tinha nada em casa, senão uma botija de azeite (v.2). Algo que não podia faltar na casa de alguém era justamente o azeite. E uma pessoa prudente nunca o deixaria faltar em casa (Mt 25.1ss).
3. Na Bíblia, o azeite é utilizado como o símbolo da presença de Deus do Espírito Santo. Jacó, ao ter duas experiências sobrenaturais com Deus, em Betel, em ambas as vezes colocou no local uma coluna de pedra sobre a qual derramou azeite. (Gênesis 28:18 e 35:14). Os judeus utilizavam o azeite nos seus sacrifícios e também como uma divina unção que era misturada com perfumes raros. Usava-se, portanto, o azeite na consagração dos sacerdotes (Êxodo 29:2-23; Levítico 6:15-21), no sacrifício diário (Êxodo 29:40), na purificação dos leprosos (Levítico 14:10-18 e 21:24-28), e no complemento do voto dos nazireus (Números 6:15). Pode-se afirmar que a Lei previa três tipos de ofertas de manjares que deveriam ser acompanhadas com azeite e sem fermento, as quais eram: 1) flor de farinha com azeite e incenso; 2) bolos cozidos ou obreias (bolos muito finos) untadas com azeite; 3) grãos de cereais tostados com azeite e incenso. E, enquanto a ausência de fermento simbolizava a abstinência do pecado, o azeite representaria a presença de Deus.
4. Aquela mulher que pensava que não tinha nada, percebeu que tinha tudo.
5. O profeta dá uma ordem esquisita à mulher: Arrume quantas vasilhas puder (v.3).


III – É PRECISO CONFIAR NA PALAVRA QUE VENHA DE DEUS

1. Depois de conseguir todas as vasilhas possíveis, ela deveria fechar a porta sobre si. Secretamente ela deveria fazer algo muito estranho: derramar do seu azeite, da sua única botija, em todas as vasilhas tomadas emprestadas. Para ficar mais esquisito, a ordem era colocar de lado a vasilha emprestada que estive cheia (v.4).
2. Incompreensível ou não, ela obedeceu ao homem de Deus, ela fechou a porta sobre si e seus dois filhos e começaram a encher as vasilhas, e o azeite ia se multiplicando, até que todas ficaram cheias (v.5,6).
3. Quantas vezes temos dificuldade de ouvir o que o Senhor nos quer falar, e atender o que Ele nos fez ouvir. Alguns não entendem que Deus fala de várias maneiras, mas todas de acordo com a Sagrada Escritura. O problema é que alguns só atenderão se Deus os falar audivelmente, ou então através dos sonhos. Quem sabe interpretar sonhos? E se houver intérprete, muitos só aceitam se a interpretação lhes for favorável. Quão difícil é obedecer!
4. A mulher teve o seu problema resolvido porque agiu de modo simples:
• Procurou o homem de Deus
• Colocou à disposição o pouco que tinha
• Atendeu às ordens do profeta
• Tinha bom relacionamento com a vizinhança
• Confiou sem reservas, sendo obediente, mesmo que tudo pudesse parecer esquisito
• Não tomou nenhuma atitude precipitada: “Então, foi ela e fez saber ao homem de Deus” (v.7).
5. A mulher que esteve desesperada quando pela primeira vez encontrou o profeta, no segundo encontro, recebe novamente as suas orientações: “Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e, tu e teus filhos, vivei do resto” (v.7).

CONCLUSÃO
Diante de um quadro desesperador, é preciso que corramos para o lado certo, atrás das pessoas corretas.
Pouco se resolve fazer da nossa dor a nossa profissão (pedinte).
Não nos esqueçamos, a palavra é: “Clama a mim, e responder-te-ei”.

Pr. Eli da Rocha Silva
IBJH Residência John e Nei 11/04/2008

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