quinta-feira, 14 de agosto de 2008

CARTA À IGREJA DE LAODICÉIA

CARTAS À IGREJA DE LAODICÉIA
APOCALIPSE 3.14-22
Fundada por Selêucida Antíoco II, que homenageou sua esposa Leodice, dando à cidade o nome de Laodicéia
Localização: 72 km de Filadélfia

I – CONHECENDO O REMETENTE (V.14)

1. O remetente: “...Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus”.
2. O caráter do remetente: “O Amém, a testemunha fiel e verdadeira”. A palavra amém tem o sentido de verdadeiro. Nas orações, entendemos como “assim seja”. O texto de João 8.34: “Em verdade, em verdade”, é a tradução do grego: “amen”. Assim apresenta-se Jesus, a testemunha na qual se pode confiar. A testemunha que declara a verdade, em quem não há sombra de dúvida.
3. Ainda o caráter do remetente: “O princípio da criação de Deus”. Temos aqui a idéia de principal, de cabeça da criação. Vejamos isso em Colossenses 1.15-20.

II – UMA DECLARAÇÃO DO REMETENTE AO DESTINATÁRIO (V.8).
1. “Conheço as tuas obras”. Reforçando o que foi dito anteriormente, trata-se de uma declaração comum a todas as igrejas, mas seguidas das implicações peculiares de cada uma, nas suas ações e conduta.
2. Mas o que conhecia o Senhor a respeito dessa igreja? A igreja foi sacudida pois vivia no indiferentismo. Podemos exagerar dizendo ser a religião dos indiferentes.
3. É dito que os crentes naquela cidade, tinham livre trânsito na sociedade. Talvez fossem banqueiros, políticos, profissionais liberais e etc., e isso resultou num certo comodismo e condescendência com o pecado. Era uma igreja de crentes nominais. Assim como se comportam alguns evangélicos nos dias de hoje, não são nada, mas dizem que são. Afinal, é chique!
4. O perfil da igreja denunciado pelo Senhor: “Nem és frio nem quente”. Palavras que indicam superficialidade, falta de resolução e indiferença. Aquele tipo de crente que diz assim: “Para mim tanto faz, se a igreja for, bom; se não for também está ótimo, a igreja é quem sabe” Você já viu um desanimado falando ? Sabe aqueles dias em que a preguiça pega? Era assim, sem gosto, sem sabor uma coisa, assim, uma coisa qualquer coisa.
5. A iminência baseada no estado daquela igreja: “Estou a ponto de vomitar-te da minha boca”. A igreja estava fazendo mal ao estômago do Senhor. Uma igreja difícil de ser digerida.
6. O contraste: falsa idéia (x) realidade. A falsa idéia: “Estou rico e abastado, e não preciso de coisa alguma”. Laodicéia se orgulhava de seu centro fabril, do seu sistema comercial e bancária, e ainda, por ter um avançado trabalho na área medicinal. Tendo como resultado na vida da igreja: A prosperidade daqueles crentes os contagiou, e eles ficaram vaidosos e cheios de orgulho. A realidade: “E nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu”.

II – ACONSELHAMENTO E NECESSIDADE DE MUDANÇA (V.18,19)
1. Apoiada em sua riqueza, a igreja não se apercebeu do seu real estado. Então o Senhor começa aconselha-la: 1º) O “ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres”, contrastando com a riqueza material da igreja, mas pobre espiritual; 2º) “Vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez”, contrastando com a igreja que vivia em lugar de confecção de roupas e tapetes, proporcionando aos crentes a possibilidade de terem um guarda-roupas chique, mas nus em relação às coisas espirituais; e, 3º) “Colírio para ungires os teus olhos, a fim de que vejas”. A igreja tinha visão das coisas materiais: talvez um bom templo, os crentes na última moda, os jovens em seus “carrões conversíveis” e universitários. Mas, a igreja sofria de falta de visão espiritual, era igreja era míope. Os crentes não estavam bem dos olhos da alma.
2. A igreja em Laodicéia, como qualquer outro pecador era alvo do amor do Senhor, que queria restaurá-la.
3. As repreensões àquela igreja eram a prova do interesse e o amor de Deus por ela: “Eu repreendo e disciplino a quantos amo”.
7. Era preciso sair do estado de mornidão, que era o traço da igreja: “Se, pois, zeloso”. Palavra originada de zelos, dando a idéia de fervor, calor, de queimar. Os crentes precisavam do calor espiritual. Precisavam que fosse aceso o fogo divinal em cada coração (Canto Cristão).

III – FECHARAM A PORTA E DEIXARAM CRISTO DO LADO DE FORA (V.20)
1. Poderia alguém em sã consciência deixar Cristo do lado de fora. Será que alguém excluiria Jesus da sua vida cristã? A verdade sobre Laodicéia, é que Jesus começa a tratá-la como se trata a qualquer pecador: “Eis que estou à porta, e bato”. Esta é a disposição de Jesus em relação a todos que precisam ser salvos. O Senhor não fará como vemos em algumas batidas policiais, ou do exército americano no Iraque, Ele não chutará a porta. Mas, pacientemente, baterá na porta.
2. Se a pessoa que estiver no interior da casa (coração) ouvir a voz do Senhor, como nos diz o hino: “De Jesus a doce voz, ouvi eu pecador”, abrir a porta, pelo exercício da sua vontade, sem nenhum constrangimento, diz o Senhor: “Entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo”. O Senhor na casa faz-nos arder o coração. Os crentes de Laodicéia precisavam da presença Daquele que faz arder corações (Discípulos de Emaús).
3. Se a igreja assim fizer, terá a sua visão renovada. Passará a ver a vida cristã de um novo ângulo. E, também, tomará posse, no sentido real da palavra, das coisas reservas aos que vencem (v.21): posição de realeza.
4. Se qualquer homem assim fizer, viverá plena comunhão com o Senhor (“ceará comigo”).
5. “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”.

CONCLUSÃO

Que possamos, ao terminarmos o estudo das sete cartas, às sete igrejas da Ásia, aprender que temos responsabilidade a cumprir para com o nosso Senhor.
Amém.
Pr. Eli Rocha IBJd.Helena 30/03/2008

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