quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Hebreus 2.1-4_ADVERTÊNCIAS AOS QUE JÁ OUVIRAM A PALAVRA

ADVERTÊNCIAS AOS QUE JÁ OUVIRAM A PALAVRA
HEBREUS 2.1-4

I – APEGAR-SE AO QUE FOI OUVIDO (v.1)

“Por esta razão”. A ‘razão’ é tudo o que foi dito no capítulo um a respeito de Jesus, principalmente na beleza do que está escrito nos versículos dois a quatro. “Nestes últimos dias”, como sendo, a dispensação do evangelho.
O autor espera dele mesmo e dos demais, o apego, com mais firmeza, às verdades ouvidas (v.2). A NTLH traz: “Devemos prestar mais atenção nas verdades que temos ouvido”. Quando prestamos atenção a alguma coisa passamos a considerá-la, vemos viabilidade naquilo que ouvimos.
As verdades são aquelas que atravessaram a história, reveladas pelo próprio de Deus aos homens. A verdade dentro da história que dá ao homem o privilégio de escrever a sua nova história (2 Cor 5.17).
As verdades do evangelho, às quais nos apegamos, não são modificadas com o tempo; elas não envelhecem. Nós passamos, as verdades trazidas pelo evangelho, não. E se alguém, apenas sonhar, em mudar as verdades trazidas pelo evangelho, Paulo disse que deveria ser anátema (Gálatas 1.8,9).
Qual o temor do autor da carta? O desvio daquilo que foi ouvido: “Para que delas jamais nos desviemos (παραρυωμεν)”. O fato de não se prestar atenção às verdades ouvidas; o fato de fazer de conta que não é conosco, pode fazer com que percamos a rota para o porto seguro (Cristo). “Esta palavra indicava um navio à deriva”. O homem sem Deus é como um barco a deriva (canta Feliciano Amaral).


II – SABER QUE TODA DESOBEDIÊNCIA SERÁ CASTIGADA (v.2, 3 a).

Embora o versículo possa referir-se à Lei de Moisés (At 7.53), não devemos desconsiderar o fato, de que Deus procurava alertar os homens antes de aplicar os seus juízos.
A palavra falada por meio de anjos era cumprida porque partia do próprio Deus. Os anjos eram portadores dos desígnios divinos (Sodoma e Gomorra Gn 19).
“E toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo”. A violação da Lei trouxe severos castigos sobre o povo de Deus; basta lermos o AT para conferirmos.
A desobediência, que é a rejeição expressa da vontade divina, trará sobre os que assim deliberarem, o justo castigo. Negligenciar a mensagem de Deus traz graves conseqüências.
O autor, diz no verso anterior que devemos prestar atenção, aqui ele está condenando os negligentes no ouvir. Desobediência é a falta de atenção, no sentido de atender às coisas que são estabelecidas. PARAKOUO, recusar-se a prestar atenção (Mt 18.17 παρακούση= recusar a ouvir).
Muitas vezes temos dificuldades em entendermos a prática da justiça por Deus. A justiça aplicada será o banimento eterno da presença do Senhor (castigo eterno). Muitos preferem acreditar que no final tudo acabará em pizza, isto é, todos à mesa com Abraão, Isaque e Jacó (universalistas).
Novamente o autor mostra a sua preocupação: “Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?” (v. 3 a). Se Deus não deixou de punir os outros, por que não nos puniria? E a punição será por conta da negligência de tão grande salvação. O desprezo à salvação oferecida trará a tão terrível perdição.

III – CONHECER O MENSAGEIRO DE TÃO GRANDE ANUNCIAÇÃO (v.3b, 4).

Cristo é o anunciador da salvação que ocorre através Dele mesmo (Jo 1.17 Lc 19.10). Em sua caminhada pelas cidades Jesus anunciava o Reino que trazia consigo o Salvador.
Os que andaram com o Senhor, porque o aceitaram como tal, agora eram os que confirmavam a palavra da salvação, não só porque ouviram, mas porque foram salvos pela palavra do evangelho.
“Dando Deus testemunho juntamente com eles”. A confirmação de tudo que havia acontecido, veio com a assinatura acima de qualquer suspeita, o próprio Deus juntou-se ao testemunho dos cristãos (v.4).
Mas como Deus testemunhou? Deus atestou através de sinais, prodígios e vários milagres. Deus invadiu fortalezas na implantação do Seu Reino (Col 1.13,14). Só pode libertar alguém de um império, aquele que chegar com um poder maior; assim fez Deus.
Interessante observarmos, que a ação de poder foi feita através do próprio Cristo e de seus apóstolos. Cada evento extraordinário, teve a finalidade de autenticar, estabelecer, dar credibilidade à mensagem de Cristo e de seus mensageiros. O próprio Jesus quando enviou os doze e os setenta, cuidou de dar-lhes autoridade para o cumprimento da missão.
Houve algo que poderíamos chamar de ‘A dinâmica da Trindade’: A tão grande salvação, anunciada inicialmente pelo Senhor, atestada por Deus através de sinais, prodígios e maravilhas (milagres) e por fim, as distribuições do Espírito Santo, que veio para dinamizar as ações da igreja.
Onde está a loucura do homem natural? Em ver toda a ação e esforço divino para salvá-lo, e ele continuar negligenciando tão grande salvação.

CONCLUSÃO


Há da parte do autor uma solene advertência, para que não deixemos de estar firmes.
A falta de firmeza pode levar para todos os lados como um barco à deriva, nos afastando do projeto salvador elaborado e consumado por Deus, através de Jesus Cristo.

PR. Eli da Rocha Silva
IBJH 20/07/2008

2 comentários:

Ev. Genes Freitas disse...

Essa postagem é uma verdadeira pérola da interpretação e aplicação bíblica.

Edmilson disse...

Parabêns Pastor pala maravilhosa reflexão Deus o abençoe sempre.